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P ORTFÓLIO DE

C ONSULTORIA AMBIENTAL

Euziana Coelho Correa

Orientador: Eliete Ferreira


INTRODUÇÃO

A Região da Grande Vitória é formada pelos municípios de Cariacica, Fundão,


Guarapari, Serra, Vitória, Viana e Vila Velha. De acordo com dados
disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, a
estimativa é que, em 2017, esses municípios totalizariam 1.960.213 habitantes,
sendo o município de Serra o mais populoso, com 502.618 habitantes.
É na Região Metropolitana da Grande Vitória, mais precisamente nos municípios
de Vitória (capital) e Serra, que se encontra o Complexo Siderúrgico, composto
atualmente pelas empresas Vale S.A, ArcelorMittal, Samarco e outras operadoras
e multinacionais. O Complexo foi iniciado em 1962 pela Companhia Vale do Rio
Doce – CVRD, privatizada em 1997. De acordo com o artigo “Vale e a História do
Aço no Brasil”,
Nos últimos anos, moradores(as) da região (principalmente das orlas de Vitória e
Vila Velha), e Ministérios Públicos Estadual – MPE/ES e Federal – MPF vêm
denunciando danos ambientais e riscos à saúde provocados pelas atividades das
siderúrgicas que compõem o Complexo Siderúrgico e o Porto do Tubarão.
Algumas das demandas apontadas se tornaram mais evidentes na década de
1960 (cuja principal referência foi a Conferência das Nações Unidas sobre o
Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972), como a preocupação com
danos ambientais e impactos na saúde da população pela contaminação do ar.
Nos conflitos que envolvem danos ambientais e à saúde da população da Grande
Vitória, duas organizações sociais seguem denunciando as empresas envolvidas
e solicitando providências de órgãos e gestões públicas. Em julho de 2006, a
Associação Nacional dos Amigos do Meio Ambiente – ANAMA entrou com Ação
Civil Pública – ACP registrada sob o nº 2006.50.01.006596-7 contra a poluição
provocada pela Vale S.A. Para além da Vale, o Estado do Espírito Santo, o
Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA, a União Federal
e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA também foram responsabilizados por danos ambientais e problemas de
saúde pública gerados pela poluição do ar da Grande Vitória.

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Na ACP, a ANAMA denunciou a Companhia Vale S.A por: inadequado processo
de armazenamento de minério de ferro a céu aberto e dispersão de material
particulado na atmosfera, insuficientes métodos de aspersão, gases e
micropartículas nocivos à saúde (dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e
monóxido de carbono) expelidos pelas usinas de pelotização, decréscimo da
fauna marinha, desvalorização imobiliária e assoreamento da baía de Camburi.
desta vez denunciando os danos causados pela ArcelorMittal.
O Plano Estratégico de Qualidade do Ar – PEQAR teve sua primeira versão
divulgada em dezembro de 2014 no site do IEMA, e previa:
• modelagem matemática e estocástica de poluentes;
• utilização de modelo receptor e fomento ao desenvolvimento de novas
metodologias, cientificamente acreditadas;
• exigência de planos de ações dos principais setores poluidores visando o
atendimento dos padrões de qualidade do ar;
• realização de estudos para adoção de medidas de fomento a ações visando a
redução de emissões de poluentes atmosféricos;
• acompanhamento das melhores práticas de gestão nacionais ou internacionais
para a melhoria da qualidade do ar;
• avaliação e panejamento da expansão do monitoramento da qualidade do ar no
Estado do Espírito Santo;
• implantação das medidas previstas no Plano de Controle de Poluição Veicular;
• priorização para a renovação da Licença de Operação dos empreendimentos
integrantes.

As consequências negativas sobre o meio ambiente têm legitima da


despreocupação e a desresponsabilização da própria sociedade que
ainda precisa se preparar para se antecipar e até mesmo dar solução aos
problemas ambientais.
A ação do Governo do Estado começou com tentativas de limpeza dos MP
conhecidos como ´pó preto, através de sua Comissão de Meio Ambiente da
Câmara Municipal de Vitória realizou reunião com representantes das empresas
ArcelorMittal e Vale, O desenvolvimento de ações de proteção ambiental visando
garantir qualidade de vida da população e recuperação das áreas degradadas

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ambientalmente. Pessoas e máquinas trabalharam na limpeza do lixo jogado
indevidamente pela população.
Ao longo de anos a região de grande vitória tem pela frente grandes desafios
para o desenvolvimento sustentável e a garantia da manutenção do meio
ambiente. A grande vitória conseguiu desenvolvimento, mas o crescimento sem
planejamento e desordenado provocou uma série de problemas ambientais na
cidade. A interrupção desse ciclo de degradação ambiental é um desafio que
terá para preservar a fauna e flora para as próximas gerações dos municípios da
grande vitória estado do ES.

OBJETIVO

Plano de gerenciamento de Resíduos Sólidos

O Plano de Resíduos Sólidos e Gerenciamento do programa de coleta seletiva


de resíduos sólidos da Região Metropolitana da Grande Vitória, considerado este
como estratégia de promoção à geração de trabalho e renda, inclusão social e
cidadania para as pessoas envolvidas na gestão integrada dos resíduos sólidos,
seguindo um processo participativo quando da realização das oficinas, consultas
pública e presencial e outros eventos, também Foram abordados projetos e ações
do poder público estadual e das prefeituras do da Grande Vitória.

O planejamento e implantação de sistemas de coleta seletiva, visando programas


de reciclagem dos materiais que compõem os resíduos sólidos de cidades e
comunidades do estado do espirito santo, devem ter início, invariavelmente, como
questão orientadora, o conhecimento do mercado em nosso Estado. Sabemos
que nas condições atuais, apenas os metais tem comercialização assegurada,
notadamente os não metálicos, que após a segregação e prensagem, são
remetidos para novos processos industriais em outros Estados.

O Estado do Espírito Santo tem considerado a questão da regionalização da


gestão dos resíduos sólidos. Diversas iniciativas e programas em âmbito estadual
vêm demonstrando esta preocupação do Estado em situar os resíduos sólidos
como um tema prioritário e fomentar a gestão associada.

Assim, foi implantado o Programa Espírito Santo sem Lixão que tem como
objetivo a busca da disposição final técnica e ambientalmente adequada dos
resíduos por meio da regionalização dos sistemas de transbordo e disposição
final, uma das questões também relevantes no planejamento é o processo de
inserção dos catadores nos distintos programas a cargo das municipalidades,
cujas associações, felizmente já estão em processo de organização e

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consolidação e se constitui num agente que contribui para a gestão integrada dos
resíduos sólidos urbanos.

O Plano de Resíduos Sólidos e Gerenciamento do programa de coleta seletiva


de resíduos sólidos da Região Metropolitana da grande Vitoria, juntamente com
o Estado, prefeituras e a iniciativa privada estão atuando juntos, com ações
integradas, na gestão de resíduos sólidos. Através dos programas criados, a
gestão dos resíduos tornou-se mais dinâmica e eficiente. Além da melhora na
qualidade do serviço de saneamento, destinando corretamente os resíduos para
os aterros sanitários, bem como a coleta seletiva e a reciclagem de materiais, é
importante salientar que:

• Os programas de gestão atuam também no desenvolvimento da área social


através das associações de catadores e outras associações afins.

• A colocação do tema “resíduos sólidos” na pauta da agenda estadual de


investimentos e com um ambiente institucional muito favorável para a
implementação dos ajustes necessários;

• A clara percepção da sociedade e dos gestores sobre as deficiências existentes


e sobre a necessidade de correções no ordenamento do manejo dos resíduos
sólidos.

Assim, é importante concluir que através dessas medidas de gestão, a máquina


pública está melhorando seus serviços de saneamento em prol da população.

JUSTIFICATIVA

Dispõe sobre a criação e o regulamento da Comissão Especial de Licitação para


a realização de licitação objetivando a Contratação da empresa de engenharia
para a prestação de serviços de coleta semiautomatizada e manual de resíduos
sólidos do tipo domiciliar, manipulação de resíduos, coleta de resíduos especiais
(inertes), coleta seletiva de resíduos, disponibilização e manutenção de caixas
estacionárias, varrição manual e mecanizada de vias públicas e limpeza
mecanizada de vias praia, serviços complementares de limpeza pública,
operação de transbordo de resíduos sólidos domiciliares, coleta e transporte de
resíduos de saúde, transporte de resíduos sólidos do tipo domiciliar e especiais
(inertes)

Para que o Município de Vitória consiga estruturar seus serviços de Coleta


Seletiva visando uma melhoria que atinja as metas estabelecidas de acordo com
o cenário escolhido será preciso atingir com eficiência cinco grandes metas, de
acordo com o que foi diagnosticado.

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A primeira meta, Político-institucional, servirá como forma de realização de
reformas administrativas necessárias para a implementação do PMCS e para
atingir as demais metas, por meio dos programas, projetos e ações. Esta Meta
conta com seis programas e seus projetos e ações.

A segunda meta, Limpeza Urbana, servirá para estruturação dos serviços de


limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, primordial para a eficiência dos
serviços de Coleta Seletiva.

São cinco programas que, com seus projetos e ações específicas terão o objetivo
de tornar o gerenciamento dos resíduos e os serviços de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos mais eficiente para que o sistema de Coleta Seletiva
seja privilegiado.

A terceira meta é denominada Demanda de Mercado é possui abrangência


territorial estadual. Seus dois programas deverão ser feitos em conjunto com os
demais municípios interessados e ser capitaneado pelo Governo do Estado. Essa
é uma meta muito importante para melhorar a condição de venda dos produtos
das Associações de Catadores além de fomentar um mercado de recicláveis no
Estado com uma cadeia produtiva completa.

A quarta meta é a mais importante e específica, denominada Coleta Seletiva ela


agrega quatro grandes programas que terão objetivo de reestrutura e otimizar os
serviços de Coleta Seletiva dentro do município de Vitória.

A quinta meta, Educação Ambiental, traz um Programa único que agrega vários
projetos e ações que deverão permear todos os outros com objetivo de fomentar
uma educação colaborativa e verdadeiramente de caráter ambiental.

A Conclusão de atingir essa meta significa tornar a população de Vitória


interessada e integrante do sistema de Coleta Seletiva, melhorando assim todos
os outros aspectos do sistema. Para os 20 anos de horizonte do PMCS foram
previstos investimentos de R$ 175.985.000,00 para Projetos e ações de imediato,
curto, médio e longo prazos.

A meta Político-Institucional tem uma previsão de investimentos de R$


7.065.00,00. Já 95 MUNICÍPIO DE VITÓRIA PLANO MUNICIPAL DE COLETA
SELETIVA Produto 2 – Metas, Projetos, Ações e Programas a meta Limpeza
Urbana possui uma previsão de R$ 38.620.000,00 em todos os seus programas,
projetos e ações.

Por ser uma meta de maior responsabilidade do Governo do Estado do Espírito


Santo, a meta Demanda de Mercado tem previsão de investimentos de R$
5.500.000,00. Com maior montante de investimentos, a meta Coleta Seletiva tem
previsão de R$ 112.900.000,00 em seus programas, projetos e ações. Por fim,
para que a população tenha conhecimento e seja capacitada de maneira eficiente

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para fazer parte do processo, estão previstos R$ 7.900.000,00 em um Programa
de Educação Ambiental para Coleta Seletiva.

Dessa maneira, o município de Vitória espera se tornar referência na Coleta


Seletiva, com atuação forte das Associações de Catadores, com um sistema de
Limpeza Urbana e Coleta Seletiva bem estruturado, fomentando um mercado de
materiais recicláveis na região e inserindo a população no processo, capacitando-
a para que seja ela o maior incentivador e fiscalizador dos programas, projetos e
ações do PMCS 96 MUNICÍPIO DE VITÓRIA PLANO MUNICIPAL DE COLETA
SELETIVA Produto 2 – Metas, Projetos, Ações e Programas

REFERÊNCIAS

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR ISO


10004: Resíduos Sólidos Urbanos. Rio de Janeiro, 2004.

2. Ministério do Meio Ambiente - Plataforma Educares


3. Site:https://antigo.mma.gov.br/educacao-ambiental/programas-projetos-e-a
%C3%A7%C3%B5es/plataforma-educares.html
4. Ministério do Meio Ambiente – Coleta Seletiva
5. Ministério do Meio Ambiente – Resíduos Sólidos
6.https://www.studocu.com/pt-br/document/servico-nacional-de-aprendizagem-
comercial/gestao-ambiental/projeto-integrador-tma-parecer-iii-portfolio-
mychely/65910379
7. Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Iconha
8. Site:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm
9.Estudo: Educação Ambiental, Reciclagem de resíduos sólidos e
responsabilidade social: Formação de educadores Ambiel - Ana Lúcia
Crisóstomo

10. NAUMOFF, Alexandre Feraz; PERES, Clarita Schvartz. Reciclagem de


matéria orgânica. In:D’ALMEIDA, Maria L. O.; VILHENA, André. Lixo
Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE,
2000.

16. NETO, J. da C. M. Gestão dos resíduos de construção e demolição no


Brasil. São Carlos: Rima, 2005.

17. REMBISKI, Fabrícia Delfino. Centro de Revalorização Integral dos


Resíduos de Construção e Demolição da Região Metropolitana da Grande

6
Vitória. Vitória: Monografia, Departamento de Arquitetura, Universidade
Federal do Espírito Santo, 2006.

18. SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini, Gestão Ambiental: Instrumentos,


Esferas de ação e Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011

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