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Restauração Ecológica

A restauração ecológica é definida como o processo de alterar intencionalmente os


habitats para que seja possível estabelecer um ecossistema definido, natural e histórico. O
objetivo deste processo é imitar a estrutura, função, diversidade e dinâmica do ecossistema
que existia originalmente naquele ambiente. A restauração ecológica é a restauração artificial
das condições ambientais de um ecossistema perturbado, incluindo o trabalho na vegetação,
animais, plantas, clima, solo, água e microorganismos.

Para que o programa seja bem-sucedido, é preciso combinar conhecimentos científicos


de vários campos, como a ecofisiologia das espécies, a dinâmica dos nutrientes, a história e o
resgate natural dos ecossistemas. Outro ponto importante para o sucesso do processo de
restauração ecológica de um ecossistema natural é a capacidade do sistema de se sustentar
ecológica e socialmente, possibilitando a geração de recursos para as comunidades ao
entorno.

Existem nove atributos que fornecem uma base para determinar quando a Restauração
Ecológica foi alcançada, segundo a Society for Ecological Restoration International (Sociedade
Internacional para a Restauração Ecológica, em tradução livre). A expressão de todos os
atributos não é essencial para provar uma restauração. Ao contrário, eles apenas demonstram
um caminho adequado ao desenvolvimento do projeto.

1. O ecossistema restaurado contém um conjunto característico de espécies que ocorrem em


ecossistemas de referência;
2. O ecossistema restaurado é formado em sua maior parte por espécies nativas. Admite-se
espécies exóticas domesticadas que não atrapalhem o desenvolvimento das espécies nativas.
Plantas ruderais, isto é, que colonizam áreas perturbadas também são importantes na
restauração;
3. Os grupos funcionais necessários para o desenvolvimento contínuo ou estabilidade do
ecossistema restaurado são representados por espécies capazes de colonizar meios naturais;
4. O ambiente físico do ecossistema restaurado é capaz de sustentar suficientes populações
reprodutivas de espécies para sua estabilidade continuada ou desenvolvimento ao longo da
trajetória desejada;
5. O ecossistema restaurado funciona normalmente para seu estágio ecológico de desenvolvimento
e não há sinais de disfunção;
6. O ecossistema restaurado é integrado em uma ampla paisagem ou matriz ecológica que interage
através de trocas e fluxos bióticos e abióticos;
7. Ameaças potenciais da paisagem circundante à saúde e integridade do ecossistema restaurado
foram eliminadas ou reduzidas ao máximo possível;
8. O ecossistema restaurado é resiliente para suportar eventos estressantes normais e periódicos
no ambiente local que servem para manter a integridade do ecossistema;
9. O ecossistema restaurado é auto-sustentado no mesmo grau que seu ecossistema de referência
e tem o potencial de persistir sob as condições ambientais existentes. Além disso, aspectos da
sua biodiversidade, estrutura e funcionamento podem mudar como parte do desenvolvimento
normal de um ecossistema, e podem variar em resposta a estresses periódicos normais e
perturbações ocasionais. Assim como em qualquer ecossistema intacto, a composição de
espécies e outros atributos de ecossistemas restaurados pode evoluir conforme o ambiente.

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