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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - TÉCNICO

POSTO DE POP TEC 006

MEDICAMENTOS PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍODUOS


DE SAÚDE- PGRSS

Data:14/02/2020
Cópia: 01/01 Nº da Revisão: 02 Página 1 de 6

Elaborado por: Alex Dias de Souza Aprovado por: Alex Dias de Souza

Revisado por: Alex Dias de Souza

APRESENTAÇÃO

Os riscos ambientais decorrentes do descarte inadequado de resíduos em


ambientes, farmácias hospitalares e outros serviços de saúde podem gerar diversos
danos ao meio ambiente e saúde pública.

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde apresentado a


seguir traz diretrizes que visam o descarte e manuseio ambientalmente correto dos
resíduos a serem gerados na empresa. O documento apresentado aponta e descreve as
ações relacionadas ao manejo dos resíduos sólidos, observando suas características e
riscos, no âmbito do estabelecimento, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

O presente plano tem por objetivo proteger a saúde e o meio ambiente dos riscos
gerados decorrentes dos resíduos de serviços de saúde, diminuir a quantidade dos
resíduos gerados, atendendo a legislação (RDC nº 306/2004 – ANVISA), melhorando as
medidas de segurança e higiene no trabalho.

O posto de medicamentos Farmácia Nativa se encontra situada na rodovia Vitória


da Conquista/Barra do Choça, nº32, povoado da Estiva, Vitória da Conquista– Bahia.

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1. DEFINIÇÕES

A gestão dos resíduos de saúde no posto de medicamentos Farmácia Nativa,


desde sua concepção, partindo da geração, armazenamento, coleta até a disposição final,
há de ser uma preocupação constante. A existência de uma Política Nacional de
Resíduos Sólidos é fundamental para organização da gestão integrada, contribuindo para
mudança dos padrões de produção e consumo no país, melhoria da qualidade ambiental
e das condições de vida da população. A preocupação com a questão ambiental torna o
gerenciamento de resíduos um processo de extrema importância na preservação da
qualidade da saúde e do meio ambiente. A gestão integrada de resíduos deve priorizar a
não geração, a minimização da geração e o reaproveitamento dos resíduos, a fim de
evitar os efeitos negativos sobre o meio ambiente e a saúde pública.

As Resoluções RDC ANVISA no 306/04 e CONAMA no 358/05 dispõem,


respectivamente, sobre o gerenciamento interno e externo dos RSS. Dentre os vários
pontos importantes das resoluções destacam-se a importância dada à segregação na
fonte, à orientação para os resíduos que necessitam de tratamento e à possibilidade de
solução diferenciada para disposição final, desde que aprovada pelos Órgãos de Meio
Ambiente, Limpeza Urbana e de Saúde.

Segundo a RDC nº 306/04 - ANVISA, o gerenciamento dos RSS consiste em um


conjunto de procedimentos planejados e que devem ser seguidos, partindo de análises
científicas e técnicas, normativas e legais. Tem o objetivo de minimizar a geração de
resíduos e proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de forma eficiente, visando à
proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio
ambiente.

1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE

De acordo com a RDC nº 306/04 – ANVISA e a Resolução nº 358/05 – CONAMA, os


Resíduos Sólidos de Saúde são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.

 GRUPO A
Fazem parte desse grupo os componentes com possível presença de agentes
biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração,
podem apresentar risco de infecção.

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GRUPO B
Englobam resíduos que contenham substâncias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplo: medicamentos
vencidos ou danificados

 GRUPO C
Fazem parte desse grupo todos os resíduos resultantes de atividades humanas
que contenham radionuclídeos (radioativos) em quantidades superiores aos limites
de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear
– CNEN.

 GRUPO D
Os resíduos desse grupo não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Exemplo: lixo comum.

 GRUPO E
Fazem parte desse grupo os materiais perfuro cortantes ou escarificantes oriundos
da sala de injetáveis

Descrição dos resíduos gerados no estabelecimento, de acordo com a legislação


vigente (RDC 306/04 – ANVISA):

GRUPO A Não Gera


GRUPO B Gera
GRUPO C Não gera
GRUPO D Gera
GRUPO E Gera

2. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE MANEJO DE RESÍDUOS

 MANEJO
O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus
aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final,
incluindo as seguintes etapas:

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1. Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de
sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas,
o seu estado físico e os riscos envolvidos.
2. Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados,
em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de
punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve
ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os resíduos
sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material
resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000
da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu
esvaziamento ou reaproveitamento. Os sacos devem estar contidos em
recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento,
com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos
arredondados e ser resistente ao tombamento.
3. Identificação: Consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo
informações ao correto manejo dos RSS. A identificação deve estar aposta
nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa,
nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de
armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével,
utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros
referenciados na norma NBR 7500 da ABNT além de outras exigências
relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada
grupo de resíduos A identificação dos sacos de armazenamento e dos
recipientes de transporte poderá ser feita por adesivos, ou outros, desde que
seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos
sacos e recipientes. O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância
infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos. O Grupo B é identificado através do símbolo de
risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação
de substância química e frases de risco. O Grupo C é representado pelo
símbolo internacional de presença de radiação ionizante em rótulos de fundo
amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO
RADIOATIVO. O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância
infectante constante na NBR 7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.
4. Armazenamento externo: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos
até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com
acesso facilitado para os veículos coletores. No armazenamento externo
não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali
estacionados. Deverá se definir o local para armazenamento externo, bem
como a forma de acesso.

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5. Coleta e transporte externos: Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos
(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se
técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de
acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana. A coleta e transporte
externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as
normas NBR 12810 e NBR 14652 da ABNT. Deverá se definir os procedimentos para
coleta e transporte externos pela Unidade Geradora.

3. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS NA UNIDADE

 IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS (CÓDIGO DOS


RESÍDUOS)

GRUPO B (Resíduos químicos) – Gera


Peso estimado em quilogramas: 5 kg/coleta
Frequência da coleta: 1x no mês
Transportadora: Grupo Ladeia
Destino final: Incineradores Ecológicos

GRUPO D (Resíduos comuns) – Gera


Peso estimado em quilogramas: 10kg/coleta
Frequência da coleta: todos os dias
Transportadora: Coleta urbana
Destino final: Aterro sanitário municipal

 MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO

GRUPO A: Não gerado

GRUPO B: Resíduo Químico


São acondicionados em duplo saco plástico de cor branca leitosa, com identificação
do resíduo e dos riscos. Ou acondicionado em recipiente rígido e estanque, compatível
com as características físico-químicas do resíduo ou produto a ser descartado,
identificado de forma visível com o nome do conteúdo e suas principais características.

GRUPO C: Não gerado

Grupo D: Resíduo Comum


São acondicionados em sacos azuis resistentes de modo a evitar derramamento
durante seu manuseio.
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Grupo E: Não gerado

 ARMAZENAMENTO

GRUPO A: Não gerado

GRUPO B: Resíduo Químico


São armazenados em recipiente rígido e estanque, compatível com as características
físico-químicas do resíduo ou produto a ser descartado, identificado de forma visível
com o nome do conteúdo e suas principais características.

GRUPO C: Não gerado

GRUPO D: Resíduo Comum


São armazenados em sacos azuis resistentes de modo a evitar derramamento durante
seu manuseio.

Grupo E: Não gerado

4. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

O pessoal envolvido com o PGRSS deve receber treinamento e ser submetido a


exame admissional periódico, de retorno ao trabalho, mudança de função e demissional.
Exames e avaliações a serem submetidos: Anamnese Ocupacional, Hemograma
Completo. Vacinações necessárias: Tétano, Tuberculose, Hepatite.

Outros cuidados:

- O pessoal envolvido com o PGRSS deverá estar em perfeito estado de saúde, não ter
problemas com gripes, mesmo leves ou pequenos ferimentos nas mãos ou braços;
- Nos trabalhos de coleta e armazenamento deverá estar protegidos pelos equipamentos
pessoais (EPIs);
- Usar luvas resistentes para evitar cortes ou perfurações;
- Evitar comer, não fumar, não mastigar qualquer produto durante o manuseio dos
resíduos;
- Ter acesso imediato a anti-sépticos, algodão, ataduras, esparadrapo e sabão germicida;
- Retirar-se imediatamente do local caso sinta náuseas;
- No caso de acidente durante o manuseio dos resíduos que provoque feridas ou
arranhões, lavá-los com água e sabão para desinfetá-los, cobrindo-os rapidamente.
Havendo necessidade, recorrer aos serviços de urgência;
- Registrar sempre os acidentes ocorridos durante o manuseio dos resíduos.

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