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RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E

PGRSS
Enfª: Nathália Delesposte
AMEAÇAS

× Mudanças Climáticas
× Meio Ambiente – comprometimento dos
recursos naturais
× Doenças – comprometimento da qualidade
de vida
× Água (contaminação)
× Novos padrões de consumo
× Crescimento populacional
× Aumento da produção de lixo (resíduos)

Podemos fazer alguma


coisa???
SERVIÇOS DE SAÚDE

× Qualquer atividade de natureza médico


assistencial humana ou animal, tais como
clínicas veterinárias, clínicas odontológicas,
farmácias, centro de pesquisa (farmacologia e
saúde), medicamentos vencidos, necrotérios,
funerárias, medicina legal e barreira sanitária.
O QUE É O PGRSS

× O PGRSS não é somente um registro de


intenções, vai além, pois contempla todo
gerenciamento de resíduos e constitui em um
conjunto de procedimentos de gestão,
planejados e implementados a partir de bases
científicas e técnicas, normativas e legais, que
objetiva conscientizar e direcionar a equipe de
saúde quanto a condutas em relação aos
resíduos gerados em uma instituição de
saúde.
BREVE HISTÓRICO NO BRASIL
× Até os anos 70- conveniência e “bom senso”
× Anos 80 – AIDS e o crescimento do Controle de IH (IRAS)
× Anos 90 – intensa discussão no meio técnico e o CONAMA lança a
resolução 05/93
× 2000 – CAOS! Notícias na mídia: o lixo hospitalar – Governo (MS)
lança uma consulta pública – CP 48
× 2002 – Governo lança um Curso de Saúde Ambiental e Gestão de
Resíduos. CONAMA atualiza a 05/93 283
× 2003 – Governo (MS) publica RDC 33
× 2004 – Governo (MS) atualiza a RDC 33 e publica a RDC 306
× 2005 – Governo (MMA) publica a Resolução 358
× 2010 – Governo regulamenta a Política Nacional de Resíduos
LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS FEDERAIS

× Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos


× Lei nº6.938/1981 – Política Nacional de Meio Ambiente
× Lei nº 7.804/1989 – Aplicação da Política do Meio Ambiente
× Lei Ordinária nº 9605/1998 – Sanções penais em relação ao
meio ambiente
× Decreto Federal nº 5940/2006 – Coleta seletiva em prédios
da União
× Decreto Federal nº 6514/2008 – Infrações e sanções
administrativas em relação ao meio ambiente
ANVISA

× RDC nº 50/2002
× RDC Nº306/2004
RDC 222/18

Norteadores
MINISTÉRIO DO TRABALHO
× NR-4 – SESMT
× NR-6 – EPI
× NR-7 – PCMSO
× NR-9 –PPRA
× NR-15 – Atividades insalubres
× NR-17 – Ergonomia
× NR -23 – Proteção a incêndios
× NR- 24 – Condições sanitárias e condições de
trabalho
× NR-32 – Segurança no trabalho em serviços de
saúde
RESPONSABILIDADES

× Cidadão – preservar o meio ambiente


× Governo – definir diretrizes para reduzir riscos
e viabilizar recursos
× Prestadores de serviços de Saúde – elaborar,
implantar e supervisionar o PGRSS
A responsabilidade pelo resíduo é do GERADOR,
até o destino final.
TIPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
× Sólidos
× Efluentes Líquidos
× Efluentes Gasosos
RESÍDUOS SÓLIDOS

× Parte de componentes em estado sólido ou


semi-sólido que resultam de atividades
industriais, domésticas, agrícolas,
hospitalares, comercial e de varrição. Foi
incluído também o lodo que é procedente de
sistema de tratamento de água, gerado em
equipamentos e instalações de controle da
poluição ou rede de esgoto. CONAMA nº
05/1993
RISCOS POTENCIAIS AO AMBIENTE

× Classe I: perigosos – inflamabilidade,


corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade.
× Classe II: não perigosos – e são subdivididos
em Classe II-A e Classe II-B
Classe II-A: biodegradáveis, solubilidade na água
Classe II-B: comprometem a potabilidade da
água
NBR 10.004/2004
PONTOS IMPORTANTES
× Todas as instituições, públicas e privadas,
geradoras de resíduos devem ter um Plano de
Gerenciamento de seus Resíduos;
× Órgãos Federais, Municipais e Estaduais poderão
orientar e fiscalizar o cumprimento das etapas do
manejo;
× O Plano deve ser do conhecimento de todos os
profissionais da instituição e estar disponível para
consulta;
× A responsabilidade pelo resíduo é do GERADOR, até
o destino final.
ETAPAS DO MANEJO
Geração
Segregação e identificação

Acondicionamento

Coleta (interna e externa)


Armazenamento
temporário
Transporte
Tratamento interno
Disposiçã
o final
SEGREGAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO

× Consiste na separação dos RSS no momento e local


de sua geração, de acordo com as características
físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os
riscos envolvidos.
ACONDICIONAMENTO

× Consiste em embalar os resíduos segregados, em


recipientes (sacos, lixeiras ou contenedores) que
evitem vazamentos e resistam à punctura e
ruptura.
× A capacidade dos recipientes de
acondicionamento deve ser compatível com a
geração diária de cada tipo de resíduo.
× Os recipientes devem ser preenchidos até ± 2/3
(80%) de sua capacidade.
COLETA E TRANSPORTE INTERNO
× Consiste em recolher os resíduos nos pontos
de geração e encaminhá-los para os locais
de armazenamento temporário.
PONTOS IMPORTANTES

× Os resíduos NUNCA devem ser compactados;


× Os sacos de lixo e recipientes na coleta devem de estar no
nível de 80% de sua capacidade (manejo seguro);
× Contenedores para resíduos comuns e biológicos devem ser
exclusivos, diferenciados e limpos;
× O profissional que realiza este trabalho deverá usar todos os
equipamentos de proteção individual necessários;
× Deve ser estruturado um fluxograma com as rotas de
coletas.
ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO
× Consiste em manter os resíduos em
condições seguras até o momento mais
adequado para a retirada dos mesmos para
o abrigo externo.
Armazenamento de lâmpadas e papelão!!!!
TRATAMENTO INTERNO

× Consiste em eliminar as características


de periculosidade dos resíduos.
COLETA E TRANSPORTE
INTERNO

× Consiste no recolhimento dos resíduos


armazenados no abrigo interno e seu
transporte para o abrigo externo, em
condições seguras.
ARMAZENAMENTO EXTERNO
× Consiste no armazenamento temporário,
em condições seguras, até o momento da
coleta externa.
COLETA E TRANSPORTE EXTERNO
×
Consiste no recolhimento dos resíduos
armazenados no abrigo externo e seu
transporte para o tratamento ou disposição
final.
PONTOS IMPORTANTES

× As embalagens contendo resíduos biológicos devem ser mantidas íntegras


até a disposição final;
× Os resíduos comuns seguem as mesmas recomendações aplicáveis ao
resíduo domiciliar;
× Horário e frequência devem ser determinados;
× O percurso entre a geração e o armazenamento deve ser o mais curto
possível;
× Os contenedores devem ser adequados, exclusivos e identificados e
limpos;
× Todos os profissionais devem utilizar EPI, conforme o risco ao qual estão
expostos.
DISPOSIÇÃO FINAL

× Última etapa do manejo de resíduos


de serviços de saúde.
CLASSIFICADOS EM 5 GRUPOS:
× Grupo A – agentes biológicos
× Grupo B – substâncias químicas
× Grupo C – serviços de medicina nuclear e
radioterapia
× Grupo D – resíduos domiciliares
× Grupo E – pérfuro-cortantes
GRUPO A OU POTENCIALMENTE INFECTANTES
× São resíduos com a possível presença de
agentes biológicos que, por suas
características de maior virulência ou
concentração, podem apresentar risco de
infecção. Estes resíduos não podem ser
reciclados, reutilizados ou reaproveitados.
PONTOS IMPORTANTES

× Líquidos corpóreos - LCR, pericárdico, pleural,


articular, ascítico e amniótico.
× Forma livre - é a saturação de um líquido em
um resíduo que o absorva ou o contenha, de
forma que possa produzir gotejamento,
vazamento ou derramamento
espontaneamente ou sob compressão
mínima.
GRUPO A1
× Laboratório: Meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura mistura de culturas culturas e sobras de amostras amostras de
laboratório laboratório contendo contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes
e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou
liquido corpóreos na forma livre.
× Sala de Vacinas : Resíduos resultantes de atividades de vacinação com
microorganismos vivos ou atenuados, incluindo frascos Grupo A1 de vacinas com
expiração do prazo de validade, com conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do
produto, agulhas e seringas.
× Agencia Transfusional: Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes
rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade
vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta; sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma
livre. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.
× Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos
com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
GRUPO A2

× Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos


provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos, bem
como suas forrações, forrações, e os cadáveres cadáveres de
animais animais suspeitos suspeitos de serem portadores de
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de
disseminação, que foram submetidos ou não a estudo
anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
GRUPO A3

× Peças anatômicas (membros) do ser humano;


produto de fecundação sem sinais vitais, com
peso menor que 500 gramas ou estatura
menor que 25 centímetros ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha
havido requisição pelo paciente ou familiares
GRUPO A4
× Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este
tipo de resíduo.
× Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde,
que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
× Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de
confirmação diagnóstica.
× Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-
transfusão
× Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e
gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa;
× Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo
fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não
contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de
Risco 4;
GRUPO A5

× Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais


perfurocortantes ou escarificantes e demais
materiais resultantes da atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita suspeita
ou certeza certeza de contaminação
contaminação com príons. Devem sempre
ser encaminhados a sistema de incineração,
de acordo com o definido na RDC ANVISA nº
305/2002.
O que vai no saco branco ???

× Meios de culturas
× Placenta

× Resíduo de hemoterápicos (bolsa sangue,


plaquetas, plasma)
× Kits de linhas arteriais (utilizados em
hemodiálise)
× Materiais contendo grande volume de secreção
e sangue
GRUPO B
-
× Substâncias químicas : são resíduos contendo substâncias químicas que
podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
Ex: Resíduos de hormônios, Antibióticos, Citostáticos, Antineoplásicos,
Antiretrovirais vencidos, contaminados ou parcialmente utilizados. }

Resíduos e insumos farmacêuticos de medicamentos controlados. }

Saneantes, desinfetantes e desinfestantes }

Substâncias para revelação de filmes usados em RX } Resíduos


contendo metais pesados } Reagentes para laboratório, isolados ou em
conjunto } Outros resíduos contaminados com substâncias
químicas perigosas
O que é químico ???

× Medicações
Vencidas
× Medicamentos Antimicrobianos e Hormônios Sistêmicos
× Benzina (frasco vazio ou com resíduo)
× Cassete de Peróxido de Hidrogênio
× Reveladores e Fixadores
× Filmes Plásticos – Radiografias
× Reagente para Laboratório
× Lâmpadas Fluorescentes
× Embalagens vazias ou com resto dos produtos utilizados na
higienização
GRUPO C

× Qualquer material resultante de atividade


humana que contenha radionuclídeos em
quantidades superiores aos limites de
eliminação especificados nas normas da
Comissão Nacional de Energia Nuclear -
CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria.
– serviços de medicina nuclear e radioterapia.
Rejeitos radioativos somente serão considerados resíduos após decorrido o tempo de decaimento, no local
de sua geração. Quando atingido o limite de eliminação, passam a ser considerados resíduos das
categorias biológica, química ou comum, devendo seguir as determinações do grupo ao qual
pertencem.
GRUPO D

× são resíduos que não apresentam risco


biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados
aos resíduos domiciliares.
× – resíduos domiciliares. Quase tudo pode ser reciclado.
O que é
comum ???

× Resíduos de
Sanitários
× Esparadrapo
× Papel Toalha
× Máscara
× Sonda Descartável
× Preservativo
× Lençol de Papel
× Seringa Descartável
× Gesso
× Fralda Descartável
× Luvas de procedimento sem sangue
GRUPO E
× são materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como:
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, limas
endodônticas, pontas diamantadas, lâminas em geral,
lancetas; tubos capilares; e todos os utensílios de vidro
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea
e placas de Petri) e outros similares.
× – pérfuro-cortante
Ex: lâminas, agulas, ampolas de vidro, pontas diamantadas,

lâminas de bisturi,lancetas, espátulas.


O que vai na caixa ???

× Agulhas
× Scalpes
× J elcos
× Lâminas de bisturi
× Lancetas
× Seringas acopladas a agulhas
× Ampolas de medicação
SEGREGAÇÃO HOSPITALAR
PRINCIPAIS DÚVIDAS!!!

× Caixa de pérfuro × Luvas?


Quem fecha? Onde pode ter?
O que vai na caixa? Quando trocar?
× Capotes?
× Máscaras?
× Esgoto da Gaso?
× Resíduos do ×

paciente em
precaução?
PRINCIPAIS DÚVIDAS!!!

Ampolas de
×
antimicrobianos?
× FRALDA???
× Ampolas de medicação? × Equipos?
× Antiretrovirais?
× Bolsa de CVD???
× Material de curativo
× Talheres e copos com secreção??
de paciente em
precaução???
PONTOS IMPORTANTES

× Os resíduos devem ser separados de acordo


com a classificação;
× “Saco Branco” – Infectante.
× “Saco Verde” – Comum.
× O transporte deverá ser feito em carros
fechados e separados.
PONTOS IMPORTANTES
× As embalagens contendo resíduos biológicos devem ser
mantidas íntegras até a disposição final;
× Os resíduos comuns seguem as mesmas recomendações
aplicáveis ao resíduo domiciliar;
× Horário e frequência devem ser determinados;
× O percurso entre a geração e o armazenamento deve ser o
mais curto possível;
× Os contenedores devem ser adequados, exclusivos e
identificados e limpos;
× Todos os profissionais devem utilizar EPI, conforme o risco ao
qual estão expostos.
EPI

× Todo funcionário que transporta os resíduos


deverá usar os EPIs.

Precisamos preservar nosso planeta!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

× Manual de gerenciamento de resíduos de


serviços de saúde / Ministério da Saúde,
Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
× RDC 306/04
× COMANA 358/05
× Hotelaria Hospitalar – Manuais de
Especialização – Albert Einstein

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