O documento discute as diretrizes para o gerenciamento adequado de resíduos gerados por serviços de saúde, incluindo a segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento temporário e transporte interno dos resíduos, bem como o tratamento, armazenamento externo, coleta, transporte e disposição final dos mesmos.
O documento discute as diretrizes para o gerenciamento adequado de resíduos gerados por serviços de saúde, incluindo a segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento temporário e transporte interno dos resíduos, bem como o tratamento, armazenamento externo, coleta, transporte e disposição final dos mesmos.
O documento discute as diretrizes para o gerenciamento adequado de resíduos gerados por serviços de saúde, incluindo a segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento temporário e transporte interno dos resíduos, bem como o tratamento, armazenamento externo, coleta, transporte e disposição final dos mesmos.
resíduos são gerados. O manejo, segregação, coleta, • tratamento, transporte e a destinação final desses resíduos merecem especial atenção tanto em face • dos riscos sanitários envolvidos quanto devido as normas legais vigentes no Pais. • O Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS) e entendido como o conjunto de ações de gestão planejadas, implantadas e implementadas, com bases técnico-científicas, normativas • e legais, objetivando minimizar a produção de resíduos gerados e proporcionar um encaminhamento • seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde publica, • dos recursos naturais e do meio ambiente. Neste caso, são os serviços de Saúde os responsáveis pelo • correto gerenciamento de todos os resíduos de serviços de Saúde (RSS) por eles gerados, desde o • momento de sua produção ate o destino final. • O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama)/Ministério do Meio Ambiente e a Anvisa/MS. Conceito – resíduos de serviços de Saúde • De acordo com a Resolução RDC/Anvisa nº 222/2018, definem-se como geradores de resíduos de serviços de Saúde todos os relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal. Segregação Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas e radioativas, o estado físico e os riscos envolvidos. Acondicionamento Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes, que evitem vazamentos e resistam as ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Identificação Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos ou recipientes, fornecendo informações ao correto manejo deles. Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta, o transporte interno e externo e os locais de armazenamento devem ser identificados em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma da ABNT, além de outras exigências relacionadas a identificação de conteúdos e ao risco especifico de cada grupo de resíduos. Não ha restrição quanto ao uso de adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes. Transporte interno Consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração ate o local destinado ao armazenamento temporário ou ao armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. Armazenamento temporário Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso. E obrigatória a conservação dos resíduos em recipientes de condicionamento. Se tiver sala exclusiva, esta deve ser identificada como “Sala de Resíduos”. No armazenamento temporário não e permitida a retirada dos sacos de RSS de dentro dos recipientes ali posicionados. Tratamento Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. Armazenamento externo • Consiste na guarda dos recipientes de resíduos ate a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado aos veículos coletores, não sendo permitida a manutenção dos sacos de RSS fora dos recipientes ali estacionados. Coleta e transporte externos Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos ate a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnica que garanta a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana, assim como da Resolução Conama no 358, de 29 de abril de 2005. A coleta e o transporte externo dos resíduos de serviços de Saúde devem ser realizados de acordo com as normas NBR no 12.810/1993 e NBR n. 14.652/2001 da ABNT. Disposição Final Consiste na disposição de resíduos no solo previamente preparado para recebe-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução do Conama no 237, de 19 de dezembro de 1997. Tratamento dos resíduos resultantes de atividades de vacinação. Os resíduos sólidos gerados podem ser classificados em 05 grupos abaixo definidos:
Grupo A - Resíduos que apresentam risco
potencial ou efetivo à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Os resíduos classificados no Grupo A1 :são aqueles resultantes da administração de imunobiológicos que contem na formulação resíduos com micro-organismos vivos atenuados, incluindo frascos de imunobiologicos com expiração do prazo de validade, frascos vazios com restos do produto ou conteúdo inutilizado. Estes devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. Grupo B Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Grupo C Materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos, em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratório de pesquisa e ensino na área de saúde; laboratórios de análises clinicas; serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação. Grupo D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. Tratamento dos resíduos resultantes de atividades de vacinação O PGRSS a ser elaborado nas diversas instancias devera ter como base os resíduos gerados em suas centrais, classificados como Grupos A1 e D, bem como ser compatível com as normas locais relativas a coleta, ao transporte e a disposição final dos resíduos gerados nos serviços de Saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas. Os resíduos perfuro cortantes necessitam ser acondicionados em recipientes resistentes, que atendam aos parâmetros referenciados na NBR ABNT n. 13.853/1997, que estejam devidamente identificados com a inscrição perfuro cortante e devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. Os resíduos provenientes de campanhas e de vacinação extramuros ou intensificações, quando não puderem ser submetidos ao tratamento nos locais de geração, devem ser recolhidos e devolvidos as secretarias de Saúde competentes, em recipientes rígidos, resistentes a punctura, ruptura, vazamento com tampa e, devidamente identificados, de forma a garantir o transporte seguro ate a unidade de tratamento. Exemplo: coletor de material perfuro cortante. Inutilização de imunobiológicos
Apos tratamento do resíduo do Grupo A1 e
havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados segundo a classificação do Grupo D, que são os resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico a saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Quanto a outros resíduos gerados a partir de atividades da Rede de Frio, como as caixas de poliuretano e/ou poliestireno expandido (isopor), as bobinas reutilizáveis, os papeis e derivados, são classificados segundo o Grupo D e destinados a reciclagem. Por se tratar de substancia atóxica, o conteúdo interno das bobinas reutilizáveis preenchidas com gel, pode ser descartado na rede de esgoto local, antes do condicionamento para a reciclagem. Com base na Resolução Conama n. 275, de 25 de abril de 2001, o acondicionamento para reciclagem deve estar de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana. São utilizados sacos impermeáveis, contidos em recipientes, mantidos em abrigos de guarda devidamente identificados, usando código de cores, suas correspondentes nomeações e símbolos do tipo de material reciclável. Apos o tratamento, os frascos de imunobiologicos que não tiveram suas estruturas físicas descaracterizadas, devem ser acondicionados em sacos brancos. Caso sejam descaracterizados, acondicionar como resíduos comuns do Grupo D, conforme RDC (n. 306) ..222/2018da Anvisa. Nos dois casos, encaminhar os resíduos para aterro licenciado. Quanto aos RSS condicionados em sacos brancos, transportar de forma diferenciada para o aterro, sem compactação RDC 222 O tratamento pode ser aplica do no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente. O processo de autoclavação aplicado em laboratórios para redução de carga microbiana de culturas e estoques de microrganismos está dispensado de licenciamento ambiental, ficando sob a responsabilidade dos serviços que as possuírem, a garantia da eficácia dos equipamentos mediante controles químicos e biológicos periódicos devidamente registrados. Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na Resolução CONAMA nº. 222/18. REFERENCIA BIBLIOGRAFI CAS • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de rede de frio / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 4. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2018.