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FACULDADE LUCIANO FEIJÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

Gerenciamento de resíduos de
saúde
Professora Dra. Liana Freire Brito
Objetivos da aula
• Compreender sobre o gerenciamento dos resíduos nos serviços
odontológicos

• Resíduos comuns, resíduos biológicos, resíduos químicos, resíduos


perfurocortantes
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
QUAL O DESTINO DOS NOSSOS RESÍDUOS?
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
• Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a
partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais

• Objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um


encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos
naturais e do meio ambiente;
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE

• Processo capaz de minimizar ou até mesmo impedir os efeitos


adversos causados pelos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), do
ponto de vista sanitário, ambiental e ocupacional, sempre que
realizado racional e adequadamente.
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
• Os resíduos gerados nos serviços odontológicos causam risco à saúde
pública e ocupacional equivalente aos resíduos dos demais
estabelecimentos de saúde.

• Seus responsáveis técnicos devem implantar um plano de


gerenciamento de acordo com o estabelecido na RDC/Anvisa Nº 222,
DE 28 DE MARÇO DE 2018, ou a que vier substituí-la.
Plano de gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde (PGRSS):
• Documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, observadas suas
características e riscos, contemplando os aspectos referentes

• À geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta,


armazenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente
adequada

• Ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;


Plano de gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde (PGRSS):
• Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS),
observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito
Federal.

• Os novos geradores de resíduos tem prazo de 180 dias, a partir do início do


funcionamento, para apresentar o PGRSS.
Plano de gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde (PGRSS):
• No PGRSS, o gerador de RSS deve:
• Estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos,
• Descrever os procedimentos relacionados as etapas do
gerenciamento dos RSS;
• Estar em conformidade com as ações de proteção à saúde pública, do
trabalhador e do meio ambiente;
Plano de gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde (PGRSS):
• No PGRSS, o gerador de RSS deve:
• Estar em conformidade com a regulamentação sanitária e ambiental, bem como
com as normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana;

• Apresentar cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das


empresas prestadoras de serviços para a destinação dos RSS;
Plano de gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde (PGRSS):
• Uma cópia do PGRSS deve estar disponível para consulta sob
solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos
funcionários, dos pacientes e do público em geral.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• O manejo dos resíduos de serviços de saúde deve focar os aspectos intra e extra-
estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final:
1. Segregação
2. Acondicionamento
3. Identificação
4. Transporte Interno
5. Armazenamento Temporário
6. Tratamento
7. Armazenamento Externo
8. Coleta e Transporte Externos
9. Destinação e Disposição Final
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Segregação
• Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de
acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico
e os riscos envolvidos.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Acondicionamento
• Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e
ruptura.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Acondicionamento
• A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

• Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à


ruptura e vazamento e impermeáveis, e deve ser respeitado o limite
de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou
reaproveitamento.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Acondicionamento

• Os sacos devem estar contidos em recipiente de material lavável,


resistente a punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de
sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados,
e resistente ao tombamento
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Acondicionamento
• Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em
recipientes resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao
processo de descontaminação utilizado pelo laboratório.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Identificação
• Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.

• Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de


transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificados de tal forma
a permitir fácil visualização, de forma indelével.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Transporte Interno
• Consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
• Deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não
coincidentes com outras atividades e deve ser feito separadamente de acordo com o
grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Transporte Interno

• O coletor utilizado para transporte interno deve ser constituído de


material liso, rígido, lavável, impermeável, provido de tampa
articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas
arredondados.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Armazenamento Temporário
• Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores
e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Armazenamento Temporário
• Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos
sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de
acondicionamento.
• O armazenamento temporário pode ser dispensado nos casos em que a distância
entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Tratamento
• Mesmo não sendo usual em estabelecimentos de assistência odontológica o
tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou
esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança
e eficácia comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características
químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação
ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.

• Resíduos de Grupo A1 e A2 devem receber tratamento intrahospitalar,


submetidos à autoclave 121ºC e recolhido em saco branco como resíduo
biológico.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Armazenamento Externo
• Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da
etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado
para os veículos coletores.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Coleta e Transporte Externos
• Consistem na remoção do abrigo de resíduos (armazenamento
externo) até a unidade de tratamento ou disposição final
• Os veículos de transporte externo dos RSS não podem ser dotados de
sistema de compactação ou outro sistema que danifique os sacos
contendo os RSS, exceto para os RSS do Grupo D.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Destinação
• Incinerador
• O material é descontaminado, descaracterizado, triturado.
• Reduz o volume de resíduos e contribui com o meio ambiente, ao ampliar a vida
útil dos aterros, destino final dos RSS.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Disposição Final
• Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado
para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e
operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a legislação
ambiental.
O gerenciamento de resíduos deve
contemplar as etapas:
• Disposição Final

• Os RSS que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico


podem ser encaminhados para reciclagem, recuperação, reutilização,
compostagem, aproveitamento energético ou logística reversa.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
• Os resíduos gerados nos serviços de saúde podem ser classificados
em:

• GRUPO A
• GRUPO B
• GRUPO C
• GRUPO D
• GRUPO E
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
DO GRUPO A
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• O grupo A é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo
de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão
RESÍDUO INFECTANTE
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• A RDC 222/2018 da Anvisa classifica os resíduos perigosos do grupo
A (Infectantes) em cinco subgrupos:

• A1, A2, A3, A4 e A5.

• Resíduos perfurocortantes (Grupo E) também podem estar contaminados


com material possivelmente infectante.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• SUBGRUPO A1
• Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos
ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de
risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou
causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• SUBGRUPO A1

• Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos

• Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo


sangue ou líquidos corpóreos na forma livre

• Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes


RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A1
• Culturas e estoques de micro-organismos;
• Resíduos de fabricação de produtos biológicos;
• Descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados;
• Meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou
mistura de culturas;
• Resíduos de laboratórios de manipulação genética.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A2
• Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem
como suas forrações.

• Cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de


relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou
não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A3
• Peças anatômicas (membros) do ser humano;

• Produto de fecundação sem sinais vitais


• com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou
idade gestacional menor que 20 semanas

• que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou seus familiares.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A4
• Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.

• Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento


médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.

• Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro


procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A4
• Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções
• Provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes
classe de risco 4
• Não apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação
• Não contenha microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou
com suspeita de contaminação com príons.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A4

• Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não


contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

• Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos


provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de
confirmação diagnóstica.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• SUBGRUPO A4

• Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos


provenientes de animais não submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microrganismos.
• Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
A
• CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS PELO CONSULTORIO
ODONTOLOGICO
• GRUPO A / SUBGRUPO A4
• Resíduos com possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
• Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que
não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
• Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de
confirmação diagnóstica.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS PELO CONSULTORIO
ODONTOLOGICO - GRUPO A / SUBGRUPO A4
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A
• SUBGRUPO A5
• Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos
suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à
saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato
com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.

• Príons: estrutura proteica alterada relacionada como agente etiológico das diversas formas
de encefalite espongiforme;
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A:
MANEJO
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A:
MANEJO
• Os resíduos biológicos devem ser manejados de diferentes formas, de
acordo com sua composição:
• subgrupo A1 e A2
• Devem ser acondicionados em sacos vermelhos, que devem ser substituídos quando
atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas, e identificados.

• Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos que
vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A:
MANEJO
• Subgrupo A1 E A2
• Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:

• Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados em sacos
brancos leitosos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou
pelo menos uma vez a cada 24 horas, e identificados

• Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos
do Grupo D.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A:
MANEJO
• Subgrupo A3 E A5
• Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados para sepultamento,
cremação, incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão
ambiental competente.

• Os RSS do Subgrupo A5 devem ser encaminhados para tratamento


por incineração.
• Devem ser segregados e acondicionados em saco vermelho duplo, como
barreira de proteção, e contidos em recipiente exclusivo devidamente
identificado.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO A:
MANEJO
• SUBGRUPO A4
• Esses resíduos podem ser dispostos, sem tratamento prévio, em local
devidamente licenciado para disposição final de RSS.

• Devem ser acondicionados em sacos brancos leitosos, que devem ser


substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos
uma vez a cada 48 horas, e identificados.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B: RESÍDUOS QUÍMICOS
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Resíduos contendo produtos químicos que podem apresentar risco à
saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO B
• Produtos antimicrobianos, citostáticos e antineoplásicos;
imunossupressores, quando apresentarem prazo de validade vencido
ou se tornarem impróprios para o consumo.

• Anestésicos.

• Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).


RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Saneantes e desinfetantes • Resíduos de amálgama
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Radiografias odontológicas.

• Demais produtos considerados perigosos (tóxicos, corrosivos,


inflamáveis e reativos).
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• As características dos produtos químicos estão identificadas nas
Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ),
não se aplicando aos produtos farmacêuticos e cosméticos.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com características de
periculosidade, sempre que considerados rejeitos, devem ser
dispostos em aterro de resíduos perigosos – CLASSE I
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Radiografias odontológicas
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Radiografias odontológicas
• O filme radiográfico é composto por plástico transparente, acetato de
celulose que serve para dar suporte à emulsão.
• A parte principal do filme é a emulsão que consiste de uma mistura
homogênea de gelatina e sais que são os grãos de prata
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Radiografias odontológicas
• Prata: reconhecido potencial tóxico quando despejada sem critérios
no ambiente
• Metais pesados
• efeito acumulativo no organismo e causam problemas renais, motores e
neurológicos.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Radiografias odontológicas

• Reciclagem do filme radiográfico


• a prata é reaproveitada
• os filmes plásticos são transformados em embalagens para presentes e caixas
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Os RSS do Grupo B com características de periculosidade, no estado
líquido, devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final
ambientalmente adequada.

• Quando submetidos a processo de solidificação devem ser destinados


conforme o risco presente.

• É vedado o encaminhamento de RSS na forma líquida para disposição final em


aterros sanitários.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Revelador radiográfico - • Fixador radiográfico –
composição composição
• água (60 – 65%); • água (50 – 55%);
• sulfito de potássio (5 – 10%); • tiossulfato de amônio (32 %);
• dietilenoglicol (5 – 10%); • acetato de sódio (1 – 5%);
• sulfito de sódio (5 – 10%); • ácido acético (1 – 5%);
• hidroquinona (6 %); • ácido bórico (1 – 5%);
• carbonato de potássio (1 – 5%). • sulfato de alumínio (1 – 5 %).

A etapa de revelação torna visível a prata sensibilizada pelos raios-x,


e logo após, a etapa de fixação remove a prata não sensibilizada da
película radiográfica
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Os reveladores utilizados em radiologia devem ser tratados, podendo ser
submetidos a processo de neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem
posteriormente lançados na rede coletora de esgoto com tratamento, atendendo
às determinações dos órgãos de meio ambiente e do serviço de saneamento.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Os fixadores usados em radiologia, quando não submetidos a
processo de recuperação da prata, devem ser encaminhados para
tratamento antes da disposição final ambientalmente adequada.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Os resíduos contendo mercúrio (Hg) devem ser acondicionados em
recipientes sob selo d’água e encaminhados para recuperação.

• Cápsulas de amálgama: devem ser descartadas em recipientes de plástico


rígido, tampados e sob selo d´água
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
B
• Resíduos químicos que não apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente não
necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de reutilização,
recuperação ou reciclagem

• Resíduos no estado líquido podem ser lançados na rede coletora de esgoto ou em


corpo receptor, desde que atendam, respectivamente, as diretrizes estabelecidas
pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento
competentes
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
C – REJEITOS RADIOATIVOS
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
C
• Resíduos contaminados com radionuclídeos, provenientes de
laboratório de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e
radioterapia.

• Esses resíduos não são gerados pela grande maioria dos


estabelecimentos de assistência odontológica no Brasil;
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO D:
RESÍDUOS COMUNS
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
D
• Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico
à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares

• Para o gerenciamento desses resíduos devem ser seguidas as


orientações estabelecidas pelo órgão ambiental competente e pelo
serviço de limpeza urbana
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
D
• Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados para reutilização,
recuperação, reciclagem, compostagem, logística reversa ou
aproveitamento energético, devem ser classificados como rejeitos.
• Os rejeitos sólidos devem ser dispostos conforme as normas ambientais
vigentes.
• Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede coletora de esgotos.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO
D
• Artigos e materiais utilizados na área de trabalho, incluindo vestimentas e
Equipamento de Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem sinais ou
suspeita de contaminação química, biológica ou radiológica, podem ter seu
manejo realizado como RSS do Grupo D.

• Os procedimentos de segregação, acondicionamento e identificação dos


coletores dos resíduos do Grupo D, para fins de reciclagem, devem estar descritos
no PGRSS.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E
RESÍDUOS PERFUROCORTANTES E
ESCARIFICANTES
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E

• São todos os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos


ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E

• Resíduos perfurocortantes ou
escarificantes, tais como:
• agulhas
• ampolas de vidro
• brocas, limas endodônticas
• fios ortodônticos cortados
• próteses bucais metálicas
inutilizadas
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E

Resíduos perfurocortantes ou
escarificantes, tais como:
• pontas diamantadas
• lâminas de bisturi
• lancetas
• espátulas e todos os utensílios de
vidro quebrados no laboratório
(pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri)
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E

• Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes


identificados, rígidos, providos com tampa, resistentes à punctura,
ruptura e vazamento.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E

• Os recipientes de acondicionamento devem ser substituídos de


acordo com a demanda ou quando o nível de preenchimento atingir
3/4 (três quartos) da capacidade ou de acordo com as instruções do
fabricante, sendo proibidos seu esvaziamento manual e seu
reaproveitamento
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DO GRUPO E

• É permitida a separação do conjunto seringa agulha com auxílio de


dispositivos de segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape
manual de agulhas.
ACIDENTE DE TRABALHO E CONDUTA APÓS
EXPOSIÇÃO AO MATERIAL BIOLÓGICO
ACIDENTE DE TRABALHO E CONDUTA APÓS
EXPOSIÇÃO AO MATERIAL BIOLÓGICO
• Os diferentes sistemas de vigilância implantados em todo o mundo
têm permitido o monitoramento e a identificação das principais
circunstâncias e causas da ocorrência de exposições ao material
biológico entre profissionais de saúde.

• O conhecimento de fatores determinantes das situações de maior


risco de exposição, por sua vez, tem possibilitado a implementação de
medidas de prevenção e outras intervenções.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 1. MANTENHA A CALMA.
• Você tem cerca de 2 horas para agir.
• Segundo o Ministério da Saúde, as quimioprofilaxias contra HBV e HIV devem
ser iniciadas até duas horas após o acidente.
• Em casos extremos, pode ser realizada até 24 a 36 horas depois.
• Após esse período de tempo, sua eficácia para o HIV é discutível.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• O risco de transmissão ocupacional do HIV para o trabalhador de saúde após
exposição percutânea é estimada em 0,3% e após exposição mucocutânea em
0,09%.

• Para a hepatite B, o risco para o profissional depende da situação do paciente


fonte.
• o risco varia de 22% a 31% para desenvolver doença clínica e de 37% a 62% para a conversão
sorológica.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 2. LAVAR O LOCAL
• Lave exaustivamente com água e sabão o ferimento ou a pele exposta
ao sangue ou fluido orgânico.
• Lave as mucosas com soro fisiológico ou água em abundância;
• Não provoque maior sangramento do local ferido e não aumente a
área lesada, a fim de minimizar a exposição ao material infectante.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 3. PROCURAR AJUDA
• Dirija-se imediatamente ao Centro de Referência no atendimento de acidentes
ocupacionais com material biológico de sua região.
• CRIS - Centro de referência em Infectologia de Sobral (antigo COAS)

• Nesse local, deverá ser comunicado o fato ao Técnico de Segurança do Trabalho,


preenchido o inquérito de notificação e emitida a Comunicação de Acidente de
Trabalho – CAT.

• O ideal é que o acidentado e as condições do acidente sejam avaliados por uma


equipe multiprofissional.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 4. CONHECER O PACIENTE-FONTE
• Obtenha do paciente-fonte uma anamnese recente e detalhada:
• hábitos de vida, história de hemotransfusão, uso de drogas, vida sexual, uso
de preservativos, passado em presídios ou manicômios, história de hepatite e
DSTs e sorologias anteriores, para analisar a possibilidade de situá-lo numa
possível janela imunológica.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 4. CONHECER O PACIENTE-FONTE
• Janela imunológica
• Intervalo de tempo entre infecção e detecção de anticorpos
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 5. CONFERIR VACINAÇÃO
• Leve sua carteira de vacinação ou informe sobre seu estado vacinal e dados
recentes de sua saúde, sorologias anteriores, etc.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 6. REALIZAÇÃO DE EXAMES
• Deverá ser solicitada pelo médico a coleta de amostras de sangue seu e do
paciente-fonte, em tubos de ensaio, sem anticoagulante, devidamente
identificados, que serão encaminhados imediatamente ao laboratório de
referência para serem centrifugados.

• O paciente-fonte pode recusar-se a se submeter à realização da sorologia para


HIV.
• Caso isso ocorra, deve-se considerar o paciente como sendo soropositivo e
com alto título viral
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 7. SOROLOGIA DO PACIENTE-FONTE
• Caso o quadro caracterize situação de risco, as quimioprofilaxias
contra o HBV e o HIV serão iniciadas.

• PACIENTE SE RECUSA A REALIZAR O TESTE


• PACIENTE CIENTE E INFORMA SOBRE SUA SOROLOGIA POSITIVA
• NÃO É POSSÍVEL IDENTIFICAR O PACIENTE-FONTE
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 8. SOROLOGIA DO PACIENTE FONTE
• O médico, se necessário, fará a solicitação para o paciente-fonte do antiHIV (Elisa
convencional, teste rápido), Anti-HCV e HbsAg (quando o profissional não foi
imunizado para hepatite B).
• Paciente-fonte positivo para HIV:
• iniciar com quimioprofilaxia, seguindo orientações do Ministério da Saúde.
• Fazer a coleta de sangue do funcionário para o seguimento e avaliação da quimioprofilaxia,
entre eles hemograma, transaminases, uréia, creatinina e glicemia basal.
• Paciente-fonte com HIV desconhecido ou que o resultado do teste anti-HIV
demorar
• iniciar com o esquema básico de antiretroviral (AZT + 3TC ou Lamivudina) e procurar o serviço
especializado para reavaliar o acidente.
• Paciente-fonte positivo para hepatite B (HbsAg positivo) e funcionário não
vacinado
• fazer imunoglobulina (Centro de Referência de Imunobiológico) e iniciar vacinação.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 9. Repetir as sorologias
• seis semanas, três meses, seis meses e um ano após o acidente ou a critério
do médico.
• Se o paciente-fonte for negativo não é necessário o acompanhamento
sorológico do funcionário.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 10. RETORNOS MÉDICOS
• O profissional acidentado, em uso de quimioprofilaxia antiretroviral, deverá
retornar à consulta médica semanalmente, ou conforme protocolo do serviço,
para acompanhamento clínico dos sinais de intolerância medicamentosa.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 11. OCORRÊNCIA DE NOVO ACIDENTE
• Se durante o acompanhamento ocorrer novo acidente com o funcionário, ele
deverá submeter-se ao protocolo novamente sendo, desconsiderado todos os
procedimentos já realizados.
CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL
PERFURO CORTANTE
• 12. SOROCONVERSÃO
• Nos casos em que ocorrer a soroconversão para HIV ou hepatite o funcionário
será encaminhado ao médico do trabalho para as orientações legais e a um
centro de referência para o acompanhamento e tratamento necessário.
E na faculdade?
Bons estudos!

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