PASSO A PASSO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO

DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – PGRSS

Todos os estabelecimentos que geram resíduos de saúde são obrigados,

através de Normas, como a Resolução da Diretoria Colegiada - ANVISA- RDC
Nº 222, de 28 de março de 2018 e Resoluções CONAMA N° 283/01 e N°
358/05, a destiná-los de forma adequada. Para assegurar a preservação do
meio ambiente e da saúde pública, os estabelecimentos devem elaborar o
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde-PGRSS, documento que
descreve o conjunto de operações desenvolvidas no interior do
estabelecimento, que envolve desde a geração, segregação,
acondicionamento, identificação, tratamentos preliminares, armazenamento
temporário e externo, até a destinação final. O PGRSS deve definir como esses
processos ocorrem, e estar disponível para os órgãos que fiscalizam o
estabelecimento.

Quanto mais complexos forem os processos encontrados no

estabelecimento, maiores são as exigências técnicas da equipe que
deverá elaborar e implementar o PGRSS.

Passo 1: A elaboração do PGRSS deve obedecer a critérios técnicos,

legislação ambiental, legislação sanitária, normas de coleta e transporte dos
serviços locais de limpeza urbana, entre outras orientações, por isso, o
responsável pela elaboração do plano deve consultar as normas antes de
iniciar o documento.

Obs: A elaboração, a implantação e o monitoramento do PGRSS pode ser

terceirizada.
Passo 2: Identificar todas as informações que caracterizam a empresa
geradora dos resíduos e o profissional que será responsável pela elaboração
do PGRSS;

Passo 3: Identificar a empresa contratada para coletar e transportar os

resíduos até o seu destino final. A empresa deve apresentar a licença
ambiental vigente;

Passo 4: Descrever quais os ambientes do estabelecimento que são geradores

dos resíduos de saúde;

Passo 5: Identificar quais os tipos de resíduos gerados e em quais quantidades

eles são produzidos;

OBS: Quando o estabelecimento não gera algum dos resíduos listados na classificação, poderá
preencher a tabela com a sigla NG (“Não gerado”).

Passo 6: Descrever como ocorre o processo de manejo, que envolve os

processos de segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno,
armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo, coleta e
transporte externo e disposição final;

OBS: Estabelecimentos de menor complexidade e que geram um menor número de resíduos

podem não apresentar todas as etapas descritas, como por exemplo, o armazenamento
externo.

Passo 7: Descrever quais serão os procedimentos a serem adotados em casos

de exposição ocupacional dos profissionais e como estes estão capacitados
com relação ao manejo dos resíduos de saúde. Além disso, descrever quais
são as ações a serem trabalhadas na prevenção da saúde desses
trabalhadores;

Passo 7: Descrever no PGRSS, como o estabelecimento aplica medidas

preventivas de combate a vetores (insetos e roedores);
 Passo 8: Descrever quais são as rotinas e os processos de higienização que
envolvam o manejo dos resíduos;

Passo 9: Manter cópia do PGRSS disponível para consulta das autoridades

sanitárias, ambientais ou outras que vierem a fiscalizar o estabelecimento, dos
funcionários, dos pacientes e do público em geral;

MODELO SIMPLIFICADO DE PGRSS:

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – PGRSS

IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR

Razão Social:
Endereço/Bairro/Cidade:
Telefone/ E-mail:
C.N.P.J.:
Responsável: CPF:
Profissão: Registro profissional:

EMPRESA RESPONSÁVEL PELO TRANSPORTE DOS RESÍDUOS

Razão Social:
Licença Ambiental:

EMPRESA RESPONSÁVEL PELA DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS:

Razão Social:
Licença Ambiental:

IDENTIFICAÇÃO/QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

 CÓDIGO PESO
FREQUÊNCIA DESTINAÇÃO
DOS DESCRIÇÃO ESTIMADO
RESÍDUOS (Kg/Coleta)
DA COLETA FINAL

A Resíduos Infectantes

B Resíduos Químicos

C Rejeitos Radioativos

D Resíduos Comuns

E Resíduos Perfurocortantes

ACONDICIONAMENTO/MANUSEIO:

GRUPO A: São acondicionados em sacos plásticos, impermeáveis e resistentes, de cor branca

leitosa, identificados com o símbolo de resíduo infectante. No armazenamento temporário são
utilizados recipientes rígidos, vedados, impermeáveis e identificados com o símbolo infectante.
GRUPO B: São acondicionados em duplo saco plástico de cor branca leitosa, com o símbolo de
resíduo químico.
GRUPO C: São acondicionados de acordo com as normas da Comissão Nacional de Energia
Nuclear – CNEN.
GRUPO D: São acondicionados em sacos pretos resistentes de modo a evitar derramamento
durante seu manuseio.
GRUPO E: são acondicionados em recipientes rígidos, impermeáveis e identificados com o
símbolo de perfurocortante.

ARMAZENAMENTO

GRUPO A: São armazenados em recipientes de polietileno com tampa e estanque, identificados e

de fácil higienização e manuseio.
GRUPO B: São armazenados em recipiente rígido e estanque, identificados com o nome do
conteúdo e compatível com as características físico-químicas do resíduo ou produto a ser
descartado.
GRUPO C: São armazenados de acordo com as normas da Comissão Nacional de Energia
Nuclear – CNEN.
GRUPO D: São armazenados em sacos pretos resistentes e acondicionados em recipientes
identificados.
GRUPO E: São armazenados em recipientes rígidos, impermeáveis e identificados com o símbolo
de perfurocortante.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

- Os profissionais que trabalham direta ou indiretamente com o PGRSS são submetidos a exames
admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, mudança e de demissão, que compreendem
exames físicos, mentais, bioquímicos, anamnese ocupacional, entre outros.
- Devem apresentar vacinação contra Tétano, Tuberculose, Difteria e Hepatite B.
- Os profissionais devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual no manejo dos resíduos de
saúde, que incluem luvas, luvas em PVC e cano longo, máscara, óculos de proteção, avental
impermeável e sapatos fechados.
- Em caso de Exposição Ocupacional, devem lavar imediatamente o local exposto com água e
sabão e procurar imediatamente um serviço de urgência.

REFERÊNCIAS:

- RDC N° 222 de 28 de março de 2018 – ANVISA. Regulamenta as Boas Práticas de

Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
- NBR 12.807/93 – Resíduos de serviços de saúde – terminologia.
- NBR 12.808/93 – Resíduos de serviços de saúde – classificação.
- NBR 12.809/93 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde – procedimentos.
- NBR 12.810/93 – Coleta de resíduos de serviços de saúde – procedimentos.
- NBR 9.190/93 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – classificação.
- NBR 9.191/93 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – especificação.
- NBR 13.853/97 – Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes –
requisitos e métodos de ensaio.

Responsável pela elaboração do PGRSS: ___________________________________

Nome do responsável
.

Data e local:
Referências:

RDC N° 222 de 28 de março de 2018 – ANVISA. Regulamenta as Boas

Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras
providências.