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Procedimento Operacional Padrão

Processo: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar ou Assistência Ambulatorial


CRISTALINK CLINICA MEDICA LTDA COD: HOF-SJC-eda-POP-01-R01
Serviços de Saúde Data: 11-2022 Revisão nº: 1
DESCARTE DE MATERIAIS PERFURO CORTANTE Data da próxima revisão: 11-2024

I. OBJETIVO
Estabelecer normas de biossegurança e procedimentos no descarte de materiais perfurocortantes
(grupo E) realizados por todos os colaboradores envolvidos diretamente e
indiretamente no manuseio dos materiais perfurocortantes.

Toda manipulação de material perfuro cortante deve ser realizado com a utilização de EPI e materiais
com técnicas de apoio para prevenção de acidentes

II. ABRANGÊNCIA

Este documento se aplica aos colaboradores envolvidos diretamente e indiretamente no manuseio


dos materiais perfurocortantes.

SEGURANÇA OCUPACIONAL
16 - O pessoal envolvido diretamente com os processos de higienização, coleta,
transporte, tratamento, e armazenamento de resíduos, deve ser submetido a exame médico
admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, conforme
estabelecido no PCMSO da Portaria 3214 do MTE ou em legislação específica para o serviço
público
16.1 - Os trabalhadores devem ser imunizados em conformidade com o Programa
Nacional de imunização-PNI, devendo ser obedecido o calendário previsto neste programa ou
naquele adotado pelo estabelecimento.
16.2 - Os trabalhadores imunizados devem realizar controle laboratorial sorológico para
avaliação da resposta imunológica..
17 - Os exames a que se refere o item anterior devem ser realizados de acordo com as
Normas Reguladoras-NRs do Ministério do Trabalho e Emprego .
18 - O pessoal envolvido diretamente com o gerenciamento de resíduos deve ser
capacitado na ocasião de sua admissão e mantido sob educação continuada para as atividades
de manejo de resíduos, incluindo a sua responsabilidade com higiene pessoal, dos materiais e
dos ambientes.
18.1- A capacitação deve abordar a importância da utilização correta de equipamentos
de proteção individual - uniforme, luvas, avental impermeável, máscara, botas e óculos de
segurança específicos a cada atividade, bem como a necessidade de mantê-los em perfeita
higiene e estado de conservação.
19 - Todos os profissionais que trabalham no serviço, mesmo os que atuam
temporariamente ou não estejam diretamente envolvidos nas atividades de gerenciamento de
resíduos, devem conhecer o sistema adotado para o gerenciamento de RSS, a prática de
segregação de resíduos, reconhecer os símbolos, expressões, padrões de cores adotados,
conhecer a localização dos abrigos de resíduos, entre outros fatores indispensáveis à completa
integração ao PGRSS.
20 - Os serviços geradores de RSS devem manter um programa de educação
continuada, independente do vínculo empregatício existente, que deve contemplar dentre
outros temas:
- - Noções gerais sobre o ciclo da vida dos materiais;
- Conhecimento da legislação ambiental, de limpeza pública e de vigilância sanitária
relativas aos RSS;
- Definições, tipo e classificação dos resíduos e potencial de risco do resíduo;

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- Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;


- Formas de reduzir a geração de resíduos e reutilização de materiais;
- Conhecimento das responsabilidades e de tarefas;
- Identificação das classes de resíduos;
- Conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
- Orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual-EPI e Coletiva-
EPC;
- Orientações sobre biossegurança (biológica, química e radiológica);
- Orientações quanto à higiene pessoal e dos ambientes;
-Orientações especiais e treinamento em proteção radiológica quando houver rejeitos
radioativos;
- Providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações emergenciais;
- Visão básica do gerenciamento dos resíduos sólidos no município;
- Noções básicas de controle de infecção e de contaminação química.
20.1 - Os programas de educação continuada podem ser desenvolvidos sob a forma de
consorciamento entre os diversos estabelecimentos existentes na localidade.

III. EXIGÊNCIA JUSTIFICATIVA


Padronizar o acondicionamento a coleta e o descarte de resíduos perfurocortantes gerados no
hospital decorrente do serviço de saude, é exigência normativa e atende as boas práticas
exigência
1. Lei Federal 12.305 de 02/08/20110 dispõe sobre “Política nacional de resíduos sólidos”
2. Lei estadual 2.300 de 16/03/2016 dispõe sobre “Política estadual de resíduos sólidos”
3. resolução Anvisa RDC número 306 de 07/12/2014 dispõe sobre “Regulamento técnico para
gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.”
4. “Resolução CONAMA 358 de 29/04 “Disposição final dos resíduos dos serviços de saúde .”

IV. RESPONSABILIDADE
É de responsabilidade do responsável pelo serviço de saúde gerador fiscalizar as ações das
pessoas envolvidas no trabalho com materiais perfuros cortantes, orientando as contas formas de
utilização e descarte do resíduo gerado coordenar os processos de segregação acondicionamento
e identificação dos resíduospérfos cortantes a serem descartados.
É de responsabilidade do diretor da unidade providenciar treinamento geral e global para as
pessoas envolvidas no processo de manuseio e descarte de resíduos perfils cortantes no âmbito
de onde estão instalados designar responsável técnico para acompanhar etapas do processo de
recolhimento dos resíduos perfídos cortantes fornecer equipamentos para transporte seguro e

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instalações adequadas para o recebimento dos resíduos definir e contratar empresas que deverão
executar o serviço de transporte e destino final
É de responsabilidade da empresa de transporte fornecer veículos em condições adequadas às
necessidades de transporte com as placas de identificação correta e pessoal treinado tanto para o
recebimento quanto para a condução do veículo adequar-se ao atendimento das novas
especificações e legislações pertinentes sempre que necessário
É de responsabilidade da empresa encarregada pela destinação final dos resíduos fornecer
instalações e equipamentos adequados às especificações dos processos de destinação final
fornecer documentos de licenciamento e autorização de funcionamento adequar-se ao
atendimento das novas especificações das legislações pertinentes sempre que necessário

V. ABREVIAÇÕES

VI. DEFINIÇÕES

 Materiais perfurocortantes ou escarificantes,(GRUPO E) tais como: Lâminas de barbear,


agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios
de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros
similares.
 Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração,
imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros
referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento
desses recipientes para o seu reaproveitamento.
 As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando
descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
 O volume dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária
deste tipo de resíduo.
 Os recipientes mencionados devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de
sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da boca do recipiente,
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
 Os recipientes devem estar identificados de acordo com o item 1.3.6, com símbolo
internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de ?PERFUROCORTANTE? e os riscos
adicionais, químico ou radiológico.

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VII. MATERIAL NECESSÁRIO


Toda manipulação de material perfuro cortante deve ser realizado com a utilização de EPI e materiais com técnicas
de apoio para prevenção de acidentes
 Caixa de perfurocortantes; 
 Suporte para a caixa de descarte; 
 Máscara descartável; 
 Luvas.

Manejo de descarte de perfurocortantes em caixas sem desconectador de agulha (agulhas contaminadas ou não,
seringa com agulhas, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, lancetas, lâminas, agulha de fio de sutura):
Descartar imediatamente o material perfurocortante (após a sua utilização) na caixa coletora que deve ser localizada
o mais próximo possível do local do uso;
Descartar agulhas ou quaisquer outros materiais perfurucortantes sem quebrar, entortar ou reencapar após o uso;
Descartar a seringa junto com as agulha conectada na caixa;
Manter a caixa coletora de perfurocortante em lugar seco e dentro do suporte fixado na parede adequdo para seu
tamanho;
Garantir que a caixa coletora esteja em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura para
descarte;
Manejo de descarte de perfurocortantes em caixas com desconectador de agulha (agulhas contaminadas ou não,
ampolas de vidro, lâminas de bisturi, lancetas, lâminas, agulha de fio de sutura):
Descartar imediatamente o material perfurocortante (após a sua utilização) na caixa coletora que deve ser localizada
o mais próximo possível do local do uso;
Descartar agulhas ou quaisquer outros materiais perfurucortantes sem quebrar, entortar ou reencapar após o uso;
Desconectar as agulhas da seringa apenas nas caixas coletoras com desconectador de agulha;
Manter a caixa coletora de perfurocortante em lugar seco e dentro do suporte fixado na parede adequdo para seu
tamanho;
Garantir que a caixa coletora esteja em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura para
descarte;
Não virar a caixa de perfurocortante;
Respeitar o limite da caixa coletora de perfurocortantes que deve ser preenchida até 2/3 de sua capacidade.

Descarte das caixas coletoras:


Calçar luvas de procedimento;
Fechar a caixa coletora de perfurocortante, após atingir seu limite de uso em 2/3, com fitas adesivas e segurar pela
alça mantendo-as afastada do corpo;
Retirar a caixa coletora de perfurocortante, do suporte, segurando pelas alças, mantendo-a afastada do corpo;

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Abrigar a caixa coletora em local seguro e seco, longe da passagem de pessoas;


Desprezar as luvas em lixeira adequada;
Higienizar as mãos;
Comunicar ao Setor da supervisão da enfermagem; para solicitar o recolhimento por um agente externo da
higienização hospitalar;
Entregar ao agente externo, de forma segura, usando luvas, transportando sempre pela alça.

VIII. RECOMENDAÇÕES
Manter uma caixa coletora de perfurocortante (reserva) montada em cada setor;
Comunicar ao responsável do setor a ausência de qualquer parte do produto (da caixa), pois pode comprometer a
eficácia do mesmo;
Proibir a retirada de qualquer material perfurocortante da caixa coletora após o uso;
Proibir o descarte de materiais perfurocortantes em lixo comum;
Proibir o descarte de materiais perfurocortantes em lixo comum;

IX - AÇÕES EM CASO DE NÃO CONFORMIDADE (EVENTO ADVERSO)


Em casos de não conformidade com a caixa coletora, deve-se comunicar à supervisão de enfermagem;
Em casos de eventos adversos envolvendo pacientes/profissionais, deve-se comunicar à supervisão de enfermagem,
para realizarmos as notificação e abertura de CAT.

VIII. CUIDADOS ESPECIAIS


 Sempre utilizar os EPI´s recomendados na execução das atividades;
 Atentar para os riscos ergonômicos como postura incorreta e esforços repetitivos;

IX. AÇÕES EM CASO DE NÃO-CONFORMIDADE:

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X.

XI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº 302, de 13
outubro de 2005. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Brasília,
2005.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. 3d. - Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2006.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria
Colegiada. RDC nº 306. Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde. Brasília, 2004.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.204, de 20 de outubro de 2010. Aprova Norma Técnica de
Biossegurança para laboratórios de saúde pública. Brasília, 2010.
 https://saude.campinas.sp.gov.br/enfermagem/
POP_Segregacao_de_Residuos_nos_Centros_de_Imunizacao.pdf

XII. LEGISLAÇÕES RELACIONADAS


 LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e
instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores
e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

https://wp.ufpel.edu.br/residuos/files/2014/04/NBR-12808-1993-Res%C3%ADduos-de-
servi%C3%A7os-de-sa%C3%BAde.pdf

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XIII. ANEXO

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