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Aula 01 | Profº Débora

Lima
SES-MT (Fisioterapeuta) Conhecimentos
Específicos - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Débora Lima, Frederico Barreto
Kochem

15 de Março de 2023

05594435107 - MICHELE BRAGA


Débora Lima, Frederico Barreto Kochem
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Sumário

Introdução .................................................................................................................................................... 4

1- A Saúde Pública no Brasil: Um breve histórico ............................................................................... 4

2- Modelo Saúde X Doença ................................................................................................................ 8

3- Sistema Único de Saúde (SUS) ....................................................................................................... 9

3.1 - Artigo 196 .................................................................................................................................... 10

3.2 - Artigo 199 .................................................................................................................................... 10

3.3 - Artigo 200 .................................................................................................................................... 11

4- Leis Orgânicas .............................................................................................................................. 13

4.1 – Lei nº 8.080/90 ............................................................................................................................ 13

4.2 – Lei nº 8.142/90 ............................................................................................................................ 38

5- Normas Operacionais Básicas ...................................................................................................... 41

5.1 – NOB 01/91 ................................................................................................................................... 41

5.2 – NOB 01/92 .................................................................................................................................. 41

5.3 – NOB 01/93 ................................................................................................................................... 42

5.3 – NOB 01/96 .................................................................................................................................. 42

6- Portaria SAS/MS Nº 146 ............................................................................................................... 42

7- Níveis de Atenção à Saúde ........................................................................................................... 43

7.1 – Atenção Primária ou Atenção Básica........................................................................................... 44

7.2 – Média Complexidade ou Atenção Secundária ............................................................................. 45

7.3 – Alta Complexidade ou Atenção Terciária .................................................................................... 45

8 - Pacto pela Saúde ............................................................................................................................... 46

9 - Pacto pela Vida .................................................................................................................................. 47

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10 - Programa Saúde da Família (PSF) ................................................................................................ 48

11 - Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) ................................................................................ 50

Questões Comentadas ....................................................................................Erro! Indicador não definido.

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá querido aluno (a) do Estratégia Concursos, tudo bom? É com grande satisfação que iniciamos o nosso
Curso Regular de Fisioterapia.

Trata-se de um material preparado com muita dedicação e afinco. Fizemos uma varredura dos editais de
que foram lançados nos últimos anos e preparamos nossos livros digitais com os assuntos mais cobrados
pelas bancas.

Passaremos por todos os assuntos voltados para a fisioterapia. Seja qual for seu grau de estudos (desde o
concurseiro que está iniciando nos estudos até aquele que já está nessa carreira a mais tempo) você vai
conseguir estudar pelo nosso material :)

Os conceitos aqui expostos serão tratados da forma mais didática possível, com explicações das questões e
mapas mentais dos temas mais relevantes para você mandar bem nos estudos.

Para que você possa se organizar e se dedicar melhor aos estudos, mais abaixo temos o cronograma de
aulas. Vale a pena segui-lo!

Posso te dar uma dica? Resolver questões anteriores é de grande valia para nos situarmos diante das
possibilidades de cobrança da banca durante a prova. Não deixe de busca-las e resolve-las no final do nosso
livro!

Para finalizar essa nossa conversa inicial, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo
em .PDF é o contato direto e pessoal com o professor, além do fórum de dúvidas. Não podemos (e nem
devemos) ir para uma prova com dúvidas! Pode acontecer (e é natural que aconteça, inclusive) de que, ao
ler o material proposto, surjam dúvidas e curiosidades! Se isso acontecer, não hesite e me escreva.
Responderei sempre que for possível.

Além disso, teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a sua preparação. Mas é
importante salientar que AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE VAMOS
ANALISAR NOS PDFs. Ou seja, em alguns momentos haverá materiais com vários vídeos disponíveis, em
outros, apenas poderemos ter um vídeo único ou até mesmo materiais que não tenham nenhum vídeo.
Lembre-se sempre que nosso foco é sempre a metodologia de estudo ativa!

Esta é a nossa proposta para que você tenha o melhor material possível em mãos!

Vamos lá?

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INTRODUÇÃO
Querido (a) aluno (a), vamos hoje conversar um pouco sobre a nossa profissão na saúde pública?

Olha só que interessante: Você sabia que a fisioterapia, incialmente, foi criada para realizar sua
atuação no nível terciário de atenção à saúde (esse nível é voltado de fato para a reabilitação).
Interessante, né? Mas de alguns tempos para cá, isso foi se modificando, uma vez que houve a
implementação do Programa Saúde da Família lá nos anos 90 e com isso, uma mudança no perfil
epidemiológico da população aconteceu. O fisioterapeuta agora atua nos níveis primários (prevenindo e
promovendo a saúde) e secundários também (que o tratamento/intervenção), além claro, do terciário
como já acontecia.

Com isso, nosso livro didático vai abordar inicialmente a história da Saúde Pública no Brasil e focar
nas principais legislações Brasileiras que mais caem em concursos públicos na fisioterapia.

Vamos lá?

1- A Saúde Pública no Brasil: Um breve histórico

Quando paramos para analisar a história da saúde pública no Brasil, é importante destacarmos que
aconteceram inúmeras mudanças administrativas que ocorreram a partir de 1930. Até esse ano não havia
de fato nenhum tipo de organização que cuidasse da saúde da população.

Em uma época que médicos eram apenas aceitos em casos de epidemia, a população recorria a
curandeirismo, que era praticado por indivíduos sem uma formação específica. Com isso, podemos
entender a precariedade da saúde naquela época! Bem difícil, né?!

As coisas começaram a serem modificadas de fato no ano em que a corte portuguesa chegou ao
Brasil (que foi em 1808).

No Rio de Janeiro (centro das ações sanitaristas), foi fundada a academia médico-cirúrgica do Rio
de Janeiro (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) em 1813 e isso ocorreu dois anos mais tarde,
no estado da Bahia.

Alguns anos mais à frente, em 1889, o acontecimento da proclamação da República (que tinha como
principal objetivo a modernização do país) aconteceu, e mudanças relacionadas a atenção à saúde estavam
inclusas nesta modernização, já que haviam epidemias e muitas doenças transmissíveis estavam ocorrendo,
prejudicando a expansão do capitalismo. Foi aí que surgiu a saúde pública (que podemos chamar também
de medicina sanitária ou medicina pública).

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Um pouquinho mais à frente, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e da Saúde Pública, já
que uma nova estrutura organizacional da saúde que queria mostrar à população a preocupação do Estado
para com ela.

Esse ministério tinha como principal objetivo demonstrar à população a importância de ter hábitos
mais higiênicos e saudáveis, com objetivo de diminuir a incidência de doenças infectocontagiosas. Mas
como isso poderia ser feito? Simples! Através da atenção primária. Cartazes, panfletos e emissoras de rádio
transmitiam e levavam informação para a população.

Outra ação iniciada neste período foi a formação de enfermeiras sanitárias, que tinham o
compromisso de visitar os moradores em sua residência (bem parecido com o que vemos hoje no Programa
Saúde da Família), passando os ensinamentos de higiene e realizando o encaminhamento dos doentes
graves aos hospitais.

Bom, como vimos, começamos a falar de saúde pública somente em 1808, porém, o Ministério da
Saúde só veio a ser fundado no Brasil em 25 de julho de 1953, com a Lei nº 1920, que dividiu o então
Ministério da Educação e Saúde que falamos ali em cima em dois ministérios:

Ministério da Saúde e Ministério da Educação e Cultura.

A partir daí o Ministério passou a ser responsável pelas atividades que eram de responsabilidade do
Departamento Nacional de Saúde (DNS). Contudo, algumas ações relacionadas à saúde ainda ficaram à
cargo de outros ministérios e autarquias, dificultando o controle financeiro e de pessoal.

Concomitante as ações públicas, o setor privado também acabou se estruturando!

Considerando que a Previdência se responsabilizou pela prestação de assistência médico-hospitalar


aos trabalhadores, à custa do rebaixamento da qualidade dos serviços, a iniciativa privada da medicina
começou a venda de serviços à população, aos institutos de aposentadoria e pensões e ao próprio governo.

Outro problema que aconteceu durante essa época foi o aumento da mortalidade infantil nas
metrópoles, e isso se devia ao fato de estar acontecendo nessa mesma época o que conhecíamos como
êxodo rural (que é a migração do campo pelos seus moradores, que, para tentar melhorar as condições de
trabalho e vida, se transferiam de regiões menos condicionadas para outras. Mais comumente acontecia de
áreas rurais para centros urbanos).

Como medidas para tentar solucionar este problema, os serviços de higiene infantil e os postos de
puericultura acabaram por se multiplicarem. Estes postos ofereciam vacinas e tratamento para as crianças
doentes e também atenção à saúde das mães.

Infelizmente, nada disso fazia efeito, uma vez que não havia ainda investimentos em saneamento
básico, o que dificultava a erradicação dos problemas de saúde relacionados à falta de saneamento.

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Em 1963 mais um marco na história aconteceu. Foi realizada a III Conferência Nacional da Saúde
(CNS), que tinha como objetivo realizar modificações nos serviços de assistência médico-sanitária e
reestruturação das atribuições e responsabilidades político-administrativos, dando chances aos municípios
de também participarem do processo.

Continuando as tentativas de estruturar o sistema, foi criado em 1966 o Instituto Nacional de


Previdência Social (INPS), unificando todos os órgãos previdenciários, e ficando subordinado ao Ministério
do Trabalho. Nesse tempo a saúde contava com duas características: o INPS, que deveria tratar os doentes
individualmente, e o Ministério da Saúde, que deveria elaborar e executar programas sanitários e assistir à
população durante as epidemias.

Com o INPS, o Estado tornou-se único coordenador dos serviços de assistência médica,
aposentadorias e pensões, descontando 8% do salário dos trabalhadores.

Em 1974, foram criados o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e a Empresa de


Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev). Também em 1974 foi criado o INAMPS pelo
regime militar, pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

Hoje o órgão correspondente ao INAMPS é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Em 1975 foi criado o Sistema Nacional de Saúde (SNS), com objetivo de tornar mais eficazes as
ações de saúde em todo o país. Será que a partir daí tudo seria mais fácil querido (a) aluno (a)?

A criação de todos estes órgãos era para superar as deficiências no setor, que pareciam sem solução.
Entre tantos obstáculos, houve um cenário positivo: a expansão da assistência médica individual e do
número de leitos hospitalares repercutiu na queda do índice de mortalidade geral e, consequentemente, a
expectativa de vida aumentou, nesta época, para 63 anos.

Em 1971 o governo criou a Central de Medicamentos (CEME), com o objetivo de produzir, contratar
e distribuir remédios essenciais à população de baixa renda.

O INAMPS, na década de 80, passou por mudanças constantes, com universalização progressiva
do atendimento, já numa transição para o SUS.

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Em 1988 a Constituição Brasileira passou a vigorar e em 1989 os brasileiros elegeram o primeiro


presidente da República.

A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS. Na ocasião, ocorreram


alguns fatos que devem ser destacados: o evento reuniu cerca de 5 mil pessoas; foi a primeira CNS a ser
aberta à sociedade, ressaltando a importância da participação popular nas decisões. Além disso foi
importante também na propagação do movimento da Reforma Sanitária; resultou na implantação do
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS); um convênio entre o INAMPS e os governos
estaduais, subsidiou a elaboração da seção “Da Saúde” da Constituição Federal e Leis Orgânicas da Saúde
– Lei 8.080/90 e Lei 8.142/90 (vamos falar dessas leis mais à frente).

Neste contexto a saúde foi definida como “direito de todos e dever do estado”. Assim sendo, o
Sistema Unificado de Saúde (SUS) passou a existir, sendo o órgão responsável por organizar as atividades
do Ministério da Saúde, do INAMPS e dos serviços de saúde estaduais e municipais.

O movimento social reorganizou-se na última Constituinte, com intensa campanha travada pela
afirmação dos direitos sociais.

Em 1988, nova ordem jurídica, assentada na Constituição, define o Brasil um Estado Democrático de
Direito, proclama a saúde direito de todos e dever de Estado, estabelecendo canais e mecanismos de
controle e participação social para efetivar os princípios constitucionais que garantem o direito individual e
social.

Como pudemos perceber, para ocorrer a implantação do SUS tivemos que passar por vários passos.
Primeiramente surgiu o SUDS; em seguida, houve, em 1990, a incorporação do INAMPS ao Ministério da
Saúde; e, no final de 1990, foram criadas a Lei Orgânica da Saúde - Lei nº 8.080 (19 de setembro de 1990),
que fundou o SUS, e a Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990, que trouxe a participação da população na
gestão do serviço.

Além do Sistema Único de Saúde, outros sujeitos de direito que requerem proteção específica
também foram reconhecidos, assim como os povos indígenas, crianças e adolescentes, deficientes físicos,
etc.

A proteção e a promoção da saúde são de responsabilidade pública, ou seja, de competência de


todos os cidadãos do país, o que implica participação e controle social permanentes.

Ufa! Longo caminho até chegarmos ao SUS, né? Para ficar mais fácil de entender essa linha do
tempo, vamos para um esqueminha?

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VIII
III Instituto Conferência
Ministério da Sistema
Ministério da Conferência Nacional de Nacional de
Educação e Nacional de
Saúde Nacional de Previdência Saúde
da Saúde Saúde
Saúde (CNS) Social (INPS)
1953 1988
1930 1975
1963 1966

Linha do tempo em relação ao histórico da saúde no Brasil

2- Modelo Saúde X Doença

Quando falamos sobre o processo de saúde-doença, é importante entendermos que isso é uma
expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um
indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos
fatores.

De acordo com esse conceito, a determinação do estado de saúde de uma pessoa é um processo
complexo que envolve diversos elementos. O conceito de saúde-doença estuda os fatores biológicos,
econômicos, sociais e culturais e, com eles, pretende obter possíveis motivações para o surgimento de
alguma enfermidade.

Com isso, o homem necessita de um equilíbrio entre aspectos biológicos e em relação ao meio
ambiente, para que possa desfrutar de boa saúde.

A história natural da doença é a descrição da evolução de uma doença em um indivíduo desde o


momento da exposição aos agentes causais até a recuperação ou a morte (iremos abordar isso mais a

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frente, em segundo livro, quando formos estudar anamnese e exame físico de um paciente). O
conhecimento da história natural da doença é relevante para a prevenção e controle das doenças.

O lado prático desta situação é que se pode atuar na prevenção da doença mesmo sem o
conhecimento de sua patogênese.

Em contrapartida, a análise patológica da história natural da doença se restringe ao organismo vivo.

Tudo bem até aqui querido aluno? Agora vamos discutir de fato o que é o SUS e as suas
leis. Temas importantes que com toda a certeza vão cair na sua prova de concurso público!
Lembre-se que em caso de dúvidas, estou no fórum ou nas redes sociais pronta para sanar
suas dúvidas. Vamos continuar?

3- Sistema Único de Saúde (SUS)

Quando falamos do Sistema Único de Saúde (SUS), devemos entender algumas informações
básicas.

O SUS é considerado uma assistência universal e gratuita que o governo oferece. Esse sistema é
considerado um dos maiores sistemas públicos do mundo todo. Ele foi instituído na Constituição Federal
de 1988.

Logomarca do SUS

Você sabe do que o SUS é composto?

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Bom, basicamente, encontramos no SUS postos de saúde, hospitais, laboratórios, hemocentros,


serviços de Vigilância Sanitária, Ambiental e Epidemiológica, além, claro de fundações e institutos de
pesquisa.

Então, podemos afirmar que o fisioterapeuta que trabalha na saúde publica trabalha em todos esses
lugares.

Na Constituição Federal Brasileira, temos a seção que fala sobre Saúde, que é composta pelos
artigos 196, 199 e 200.

Vamos entender cada um desses artigos?

3.1 - Artigo 196

O artigo 196 fala o seguinte para a gente:

Art. 196. "A saúde é DIREITO DE TODOS e DEVER DO ESTADO, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação."

Podemos perceber aqui nesse artigo que é responsabilidade do Estado em construir políticas sociais e
econômicas. A prevenção da Saúde é importante! Nesse artigo também abordamos das diretrizes do SUS:
Universalidade e Igualdade. Vamos falar sobre isso mais a frente!

3.2 - Artigo 199

O artigo 199 fala sobre a assistência à saúde na iniciativa privada.

Vamos lá:

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde,


segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

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§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com
fins lucrativos.

§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde


no País, salvo nos casos previstos em lei.

§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento
e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

Podemos perceber que a iniciativa privada pode participar do SUS, mas de forma complementar!

3.3 - Artigo 200

O artigo 200 é bem extenso e fala sobre outras atribuições do SUS em termos da lei.

Vamos lá querido (a) aluno (a)!

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

I - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da


produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

III - Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

V - Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;

VI - Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas
e águas para consumo humano;

VII - Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e


produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.


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Perceba, querido (a) aluno (a), que a abrangência do SUS é bem grande.

Como fisioterapeutas, devemos ter conhecimento desta Seção Constitucional para atuarmos tanto
no sistema público como na assistência privada.

Esse artigo 200 pode aparecer nas suas provas de concursos, então, devemos ter um carinho especial
por ele!

Vamos praticar um pouquinho? Essa questão caiu em uma prova para o cargo de enfermeiro, mas
entenda que ela fala sobre o que acabamos de estudar!

Ano: 2019 - Banca: IBFC - Prova: SESACRE - Enfermeiro

O SUS foi instituído pela Constituição Federal de ____________. Assinale a alternativa que
preencha corretamente a lacuna.

A) 1986

B) 1990

C) 1988

D) 1987

Comentário da questão: Bom querido (a) aluno (a), podemos responder essa questão
facilmente, não é mesmo? Sabemos que o SUS foi criado pela constituição Federal de 1988
e regulamento pelas leis 8080/90 (iremos falar em breve sobre essa Lei) e pela lei 8142/90
com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência da saúde da
população, fazendo com que o atendimento público seja obrigatório a qualquer cidadão
Brasileiro. Ou seja, resposta correta, letra C.

Tenha muito cuidado com esse tipo de questão! Apesar de parecer bem fácil, às vezes,
por falta de atenção ou até mesmo cansaço, pode acontecer de errarmos!

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4 - Leis Orgânicas

O SUS apresentou seus princípios estabelecidos na Lei orgânica de saúde (Lei nº8080, de 19 de setembro
de 1990) em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988.

As Leis Orgânicas que são amplamente estudadas são compostas de duas leis editadas: a Lei
8080/90 e a Lei 8142/90, que leva ao cumprimento ao mandamento constitucional de disciplinar
legalmente a proteção e a defesa da saúde.

Vamos estudar essas duas Leis separadamente?!

4.1 – Lei nº 8.080/90

Bom, essa lei aqui é CLÁSSICA! Sempre cai nos concursos, então vamos estudar com cuidado!

A primeira coisa que devemos prestar atenção é que a Lei 8080/90 regulamentou o SUS, e não o criou,
beleza!?

Vamos estudar as partes mais importantes dessa Lei, certo?

Bom, vamos lá:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º - Esta lei regula, em todo o TERRITÓRIO NACIONAL, as ações e serviços de saúde, executados
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito
público ou privado.

Ou seja, nesse primeiro artigo podemos perceber que o SUS regulamenta toda e qualquer atividade de saúde no
Brasil, e não somente as que são promovidas pelo poder público.

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º - A saúde é um DIREITO FUNDAMENTAL do ser humano, DEVENDO O ESTADO prover as


condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e


sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições
que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.

§ 2º - O dever do Estado NÃO EXCLUI o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

Art. 3o - Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais.

DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Art. 4º - O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder
Público, CONSTITUI O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).

Querido (a) aluno (a) essa definição que vimos aí em cima é cobrado com muita frequência nos concursos!

Agora vamos falar sobre os objetivos do SUS! Essa parte em especial cai bastante também nos concursos, então
vale a pena ficar mais ligadinho (a)!

Art. 5º - São OBJETIVOS do Sistema Único de Saúde SUS:

I - A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;

II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância
do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;

III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com
a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
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Art. 6º Estão INCLUÍDAS ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):

I - A execução de ações de:

a) Vigilância Sanitária

b) Vigilância Epidemiológica

c) Saúde do Trabalhador

d) Assistência Terapêutica Integral (inclusive farmacêutica)

II - A participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;

III - A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - A vigilância nutricional e a orientação alimentar;

V - A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

VI - A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de


interesse para a saúde e a participação na sua produção;

VII - O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;

VIII - A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;

IX - A participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias


e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

X - O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;

XI - A formulação e execução da política de sangue e seus derivados.

§ 1º Entende-se por VIGILÂNCIA SANITÁRIA: um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou


prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção
e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:

I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e

II - O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

§ 2º Entende-se por VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA um conjunto de ações que proporcionam o


conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.
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§ 3º Entende-se por SAÚDE DO TRABALHADOR para fins desta lei, um conjunto de atividades que se
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:

I - Assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do


trabalho;

II - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas,


avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;

III - Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização,


fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do
trabalhador;

IV - Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;

V - Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes
de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações
ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética
profissional;

VI - Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas


instituições e empresas públicas e privadas;

VII - Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e

VIII - A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina,
de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou saúde dos trabalhadores.

Art. 7º As ações e serviços PÚBLICOS de saúde e os serviços PRIVADOS contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no Art.
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes PRINCÍPIOS:

I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema;

III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;

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V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;

VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a


orientação programática;

VIII - Participação da comunidade;

IX - Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:

a) Ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;

b) Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;

X - Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;

XI - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

XII - Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

XIII - Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

XIV - Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência
doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias
plásticas reparadoras.

Tudo bem por aí querido aluno? Essa parte do SUS é puxada mesmo, mas vamos continuar? Agora
vamos falar sobre os Princípios Doutrinários do SUS, que são aqueles que afirmam a garantia do direito à saúde!

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PRINCIPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS

Queridos (a) alunos (as) essa parte da Lei é bem importante e pode ser que caia em concursos! Leia com
carinho e se precisar me chame nas redes sociais ou no fórum para tirarmos dúvidas! Vamos juntos?

UNIVERSALIZAÇÃO

A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas (por isso é chamado de UNIVERSAL) e cabe
ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. Todos
têm direito a saúde, não importa a sua condição econômica ou social.

EQUIDADE

O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades (IGUALDADE PARA TODOS). Apesar de todas
as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades
distintas.

Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde
a carência é maior.

INTEGRALIDADE

Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para
isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o
tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com
outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham
repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

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PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO

Os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma


determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e
conhecimento da população a ser atendida.

A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o


comando unificado deles.

Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a


serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis
numa dada região.

DESCENTRALIZAÇÃO E COMANDO ÚNICO

Descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo.

Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir
o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos.

No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem
ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta
função.

Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único,
onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os
princípios gerais e a participação da sociedade.

PARTICIPAÇÃO POPULAR

A sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as
Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.

ORGANIZAÇÃO DIREÇÃO E GESTÃO

Art. 8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou

mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e


hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
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Art. 9º - A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da
Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:

Governos Órgãos
Governo Federal Ministério da Saúde
Governo Estadual Secretarias Estaduais
Governo Municipal Secretarias Municipais

Art. 10 - Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços
de saúde que lhes correspondam.

§ 1º - Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos


atos constitutivos disporão sobre sua observância.

§ 2º - No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a
integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.

O Art. 11 - (vetado)

Art. 12. - Serão criadas COMISSÕES INTERSETORIAIS de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho
Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da
sociedade civil.

Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de


interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS).

Art. 13 - A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em
especial, as seguintes atividades:

I - Alimentação e nutrição;

II - Saneamento e meio ambiente;

III - Vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;

IV - Recursos humanos;
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V - Ciência e tecnologia; e

VI - Saúde do trabalhador.

Art. 14 - Deverão ser criadas comissões permanentes de integração entre os serviços de saúde e as
instituições de ensino profissional e superior.

Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e estratégias
para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na
esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.

Art. 14-A. As comissões intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação
e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo:

I - Decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS,


em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos
conselhos de saúde;

II - Definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes de
ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das
ações e serviços dos entes federados;

III - Fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contra
referência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes
federados.

Art. 14-B - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (CONASEMS) são reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais
e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante
função social, na forma do regulamento.

§ 1o O CONASS e o CONASEMS receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo
Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar
convênios com a União.

§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) são reconhecidos como entidades que
representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde
que vinculados institucionalmente ao COMASEMS, na forma que dispuserem seus estatutos.

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COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES

Querido (a) aluno (a), vamos entender agora as atribuições.

Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo,
as seguintes atribuições:

I - Definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de
saúde;

II - Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;

III - Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais;

IV - Organização e coordenação do sistema de informação de saúde;

V - Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que


caracterizam a assistência à saúde;

VI - Elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção da saúde do


trabalhador;

VII - Participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e colaboração
na proteção e recuperação do meio ambiente;

VIII - Elaboração e atualização periódica do plano de saúde;

IX - Participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos


humanos para a saúde;

X - Elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano
de saúde;

XI - Elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua
relevância pública;

XII - Realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo
Senado Federal;

XIII - Para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de


perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da
esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como
de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização;

XIV - Implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;

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XV - Propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde, saneamento


e meio ambiente;

XVI - Elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde;

XVII - Promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras entidades
representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e
serviços de saúde;

XVIII - Promover a articulação da política e dos planos de saúde;

XIX - Realizar pesquisas e estudos na área de saúde;

XX - Definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária;

XXI - Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento emergencial.

Art. 16 - A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

I - Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;

II - Participar na formulação e na implementação das políticas:

a) De controle das agressões ao meio ambiente;

b) De saneamento básico; e

c) Relativas às condições e aos ambientes de trabalho;

III - Definir e coordenar os sistemas:

a) De redes integradas de assistência de alta complexidade;

b) De rede de laboratórios de saúde pública;

c) De vigilância epidemiológica; e

d) Vigilância sanitária;

IV - Participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio
ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;

V - Participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes de
trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador;

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VI - Coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;

VII - Estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

VIII - Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos,
substâncias e serviços de consumo e uso humano;

IX - Promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como
com entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;

X - Formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos
e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;

XI - Identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de padrões


técnicos de assistência à saúde;

XII - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;

XIII - Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para
o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;

XIV - Elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados
contratados de assistência à saúde;

XV - Promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de
saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal;

XVI - Normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;

XVII - Acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências


estaduais e municipais;

XVIII - Elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com
os Estados, Municípios e Distrito Federal;

XIX - Estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em
todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal.

Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias
especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.

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Art. 17 - À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:

I - Promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;

II - Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);

III - Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde;

IV - Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:

a) De vigilância epidemiológica;

b) De vigilância sanitária;

c) De alimentação e nutrição; e

d) De saúde do trabalhador;

V - Participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham
repercussão na saúde humana;

VI - Participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico;

VII - Participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho;

VIII - Em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e


equipamentos para a saúde;

IX - Identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade,


de referência estadual e regional;

X - Coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades


que permaneçam em sua organização administrativa;

XI - Estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde;

XII - Formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedime ntos de controle
de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano;

XIII - Colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

XIV - O acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito


da unidade federada.

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Art. 18 - À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

I - Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os


serviços públicos de saúde;

II - Participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do


Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;

III - Participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes
de trabalho;

IV - Executar serviços:

a) De vigilância epidemiológica;
==1c7a93==

b) De vigilância sanitária;

c) De alimentação e nutrição;

d) De saneamento básico; e

e) De saúde do trabalhador;

V - Dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;

VI - Colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde
humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

VII - Formar consórcios administrativos intermunicipais;

VIII - Gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;

IX - Colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e


fronteiras;

X - Observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de
serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;

XI - Controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;

XII - Normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.

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Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios:

Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, em todo o
território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei.

Art. 19-B. É instituído um SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA, componente do Sistema


Único de Saúde (SUS), criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com
o qual funcionará em perfeita integração.

Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.

Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos responsáveis
pela Política Indígena do País.

Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais poderão atuar
complementarmente no custeio e execução das ações.

Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a REALIDADE LOCAL E ESPECIFICIDADES


da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve
pautar por uma ABORDAGEM DIFERENCIADA E GLOBAL, contemplando os aspectos de assistência
à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação
sanitária e integração institucional.

Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado,
hierarquizado e regionalizado.

§ 1o - O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais
Indígenas.

§ 2o - O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para
isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as populações
indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem
discriminações.

§ 3o - As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de centros
especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e
terciária à saúde.

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Art. 19-H. As populações indígenas TERÃO DIREITO a participar dos organismos colegiados de formulação,
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso.

DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR

Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o ATENDIMENTO DOMICILIAR
e a INTERNAÇÃO DOMICILIAR.

§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principalmente,


os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre
outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.

§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão
nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.

§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com
expressa concordância do paciente e de sua família.

DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PRÉ PARTO, PARTO E PÓS


PARTO IMEDIATO.

Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada,
ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o
período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será INDICADO PELA PARTURIENTE

§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo constarão do
regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo.

§ 3o Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em LOCAL VISÍVEL de suas dependências,
AVISO informando sobre o direito estabelecido no caput deste artigo.

Art. 19-L. Vetado

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DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE

Art. 19-M. A assistência terapêutica integral [...] consiste em:

I - Dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde*, cuja prescrição esteja em


conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à
saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;

II - Oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de


tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde (SUS), realizados no território nacional
por serviço próprio, conveniado ou contratado.

Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições:

I - Produtos de interesse para a saúde*: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos;

II - Protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença
ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados,
quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a
verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.

Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou


produtos necessários nas DIFERENTES FASES EVOLUTIVAS DE DOENÇAS OU DO AGRAVO à saúde de
que tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de
intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de
primeira escolha.

Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo serão
aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases
evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo.

Art. 19-P. Na FALTA DE PROTOCOLO CLÍNICO ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada:

I - Com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as
competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão
Intergestores Tripartite;

II - No âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações
de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento
será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite.

III - No âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos
instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada
no Conselho Municipal de Saúde.

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Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são
atribuições do MINISTÉRIO DA SAUDE, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS.

§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento


são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo
Conselho Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho
Federal de Medicina.

§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em consideração,


necessariamente:

I - As evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento,


produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a
autorização de uso.

II - A avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já


incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando
cabível.

Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a
instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta)
dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa)
dias corridos, quando as circunstâncias exigirem.

§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de
29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais:

I - Apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na forma do
regulamento, com informações necessárias para o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q;

II - Vetado

III - Realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer emitido pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS;

IV - Realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a relevância da matéria justificar


o evento.

§ 2o Vetado

Art. 19-S. (Vetado)

Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:

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I - O pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou


cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);

II - A dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou


importado, sem registro na Anvisa.

Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a
saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite.

DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO na
promoção, proteção e recuperação da saúde.

Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. (Como consta na CF/88)

Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as
normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu
funcionamento.

Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos:

I - Doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades


de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;

II - Pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:

a) Hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica
especializada;

b) Ações e pesquisas de planejamento familiar;

III - Serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e

IV - Demais casos previstos em legislação específica.

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DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR

Agora querido (a) aluno (a), vamos entender o que significa a iniciativa privada no SUS de maneira a ser
complementar!

Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa privada.

Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato
ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.

Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência
para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial
serão estabelecidos pela DIREÇÃO NACIONAL do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho
Nacional de Saúde.

§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração aludida neste
artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo
econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados.

§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e


diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.

§ 3° Vetado

§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado exercer


cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS)

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DOS RECURSOS HUMANOS

Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada, articuladamente,
pelas DIFERENTES ESFERAS DO GOVERNO, em cumprimento dos seguintes objetivos:

I - Organização de um sistema de formação de recursos humanos em TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO,


inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal;

II - Vetado

III - Vetado

IV - Valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de
prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema
educacional.

Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de TEMPO INTEGRAL!

§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em
mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de tempo integral, com
exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento.

Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão regulamentadas por
Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das
entidades profissionais correspondentes.

DO FINANCIAMENTO

Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com
a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta
elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência
Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:

[...]

II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;

III - ajuda, contribuições, doações e donativos;


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IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;

V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);

VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados.

§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente
em CONTAS ESPECIAIS, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.

§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas SUPLETIVAMENTE pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito
Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Ações de saneamento não é na forma COMPLEMENTAR, mas sim na forma SUPLEMENTAR e o


financiamento é por todos os entes.

§ 4º Vetado

§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão financiadas pelo


Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições
de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras.

§ 6º Vetado

DA GESTÃO FINANCEIRA

Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em
cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.

§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros


Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através
do Fundo Nacional de Saúde.

§ 2º (Vetado).

§ 3º (Vetado).

§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de AUDITORIA, a conformidade à


programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a
malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas
previstas em lei.

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Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente arrecadada transferirão
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo único deste
artigo,os recursos financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade
Social, a projetos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a
mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social.

Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios,
será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:

I - Perfil demográfico da região;

II - Perfil epidemiológico da população a ser coberta;

III - Características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;

IV - Desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;

V - Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;

VI - Previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;

VII - Ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.

§ 1º Revogado

§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os critérios demográficos
mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial
o número de eleitores registrados.

§ 3º (Vetado).

§ 4º (Vetado).

§ 5º (Vetado).

§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de controle interno e externo e
nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão
dos recursos transferidos.

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DO PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO

Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do
NÍVEL LOCAL AO FEDERAL, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades
da política de saúde com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do
Distrito Federal e da União.

§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do Sistema
Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária.

§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de
saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde.

Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração
dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da organização dos serviços em
cada jurisdição administrativa.

Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de serviços de
saúde com finalidade lucrativa.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 39. (Vetado).

§ 1º (Vetado).

§ 2º (Vetado).

§ 3º (Vetado).

§ 4º (Vetado).

§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps para órgãos integrantes do Sistema Único de
Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio da Seguridade Social

§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os seus acessórios,
equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão de direção municipal
do Sistema Único de Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição administrativase
encontrem, mediante simples termo de recebimento.

§ 7º (Vetado).

§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais
de Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a gerencia
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informatizada das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico -


hospitalares.

Art. 40. (Vetado)

Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer,
supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), permanecerão como referencial
de prestação de serviços, formação de recursos humanos e para transferência de tecnologia.

Art. 42. (Vetado).

Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços públicos contratados,
ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as entidades privadas.

Art. 44. (Vetado).

Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema Único de
Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao
patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pela s
instituições a que estejam vinculados.

§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência social deverão integrar-se à


direção correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem
como quaisquer outros órgãos e serviços de saúde.

§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas poderão
integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em convênio que, para esse fim, for
firmado.

Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos à participação do setor
privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia das
universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às
empresas nacionais.

Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do Sistema Único de

Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de informações em saúde, integrado
em todo o território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.

Art. 48. (Vetado).

Art. 49. (Vetado).

Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas
Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for sendo absorvido
pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Art. 51. (Vetado).

Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas
públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em
finalidades diversas das previstas nesta lei.

Art. 53. (Vetado).

Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à assistência à saúde são
aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana, produção e fornecimento de
medicamentos e produtos para saúde, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e de
diagnóstico por imagem e são livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais
estrangeiros

Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975, e
demais disposições em contrário.

4.2 – Lei nº 8.142/90

Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências


intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e das outras providências.

Art. 1° - O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará,
em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes INSTÂNCIAS
COLEGIADAS*:

I - A Conferência de Saúde; e

II - O Conselho de Saúde.

*Querido (a) aluno (a) quando falamos de Instâncias Colegiadas, devemos saber que são aquelas em que há
representações diversas e as decisões são tomadas em grupo.

Como pudemos perceber, essas duas leis nacionais que apresentam diretrizes e limites que devem ser
respeitados pela União, estados e municípios ao elaborarem suas próprias normas.

Pudemos também perceber que elas têm como principal objetivo, o esclarecimento do papel das esferas do
governo na proteção e na defesa da saúde, orientando suas respectivas atuações, garantindo assim o
cuidado com a saúde.

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§ 1º - Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de
controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e
hemoderivados, e de equipamentos para saúde.

§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter


complementar.

§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais,
para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de
Saúde.

§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo (tem poder de decisão), órgão colegiado
composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua
na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera do governo.

§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários


Municipais de Saúde (CONASEMS) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.

§ 4° - A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao
conjunto dos demais segmentos.

§ 5° - As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de funcionamento


definidas em REGIMENTO PRÓPRIO, aprovadas pelo respectivo conselho.

Art. 2° - Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como:

I - Despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta
e indireta;

II - Investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo


Congresso Nacional;

III - Investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde;

IV - Cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito
Federal. *

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Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV* deste artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de
serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.

Art. 3° - Os recursos referidos no inciso IV*do art. 2° desta lei serão repassados de forma regular e
automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da
Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.

§ 1°- Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1°
do mesmo artigo.

§ 2° - Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos 70%, aos Municípios, afetando -se o
restante aos Estados.

§ 3° - Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de saúde,


remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.

Art. 4° - Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito
Federal deverão contar com:

I - Fundo de Saúde;

II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de
1990;

III - Plano de saúde;

IV - Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990;

V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos
para sua implantação.

Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos
requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados,
respectivamente, pelos Estados ou pela União.

Art. 5° - É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a estabelecer


condições para aplicação desta lei.

Art. 6° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7° - Revogam-se as disposições em contrário.

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Querido (a) aluno (a), podemos perceber que essa lei é menor (bem menor) que a Lei 8.080/90. Apesar
de não comentar muito sobre ela, faço algumas apostas que ela venha estar cada vez mais presente nos
concursos públicos! Principalmente quando falamos de que os hospitais particulares podem atender pacientes
e usuários do SUS de maneira a ser complementar.

Vamos agora dar uma estudada nas normas operacionais básicas do SUS?

5- Normas Operacionais Básicas

O processo de descentralização político-administrativa, com progressiva transferência de


responsabilidades e recursos do nível federal para os gestores estaduais e municipais, foi um dos principais
avanços do SUS na década de 90 e se deu através das Normas Operacionais Básicas.

As Normas Operacionais do SUS representam um importante instrumento de regulamentação


desse processo de descentralização, à medida que estabelecem, de forma negociada, mecanismos e
critérios para a transferência de responsabilidades e recursos para estados e municípios.

Ao longo da década de 1990, foram editadas quatro dessas normas – as NOB 01/91, NOB 01/92,
NOB 01/93 e NOB 01/96, sendo que as duas últimas foram resultantes de processos de negociação
progressivamente mais intensos entre os atores setoriais, particularmente no âmbito da Comissão
Intergestores Tripartite e do Conselho Nacional de Saúde.

5.1 – NOB 01/91

Tem como função fornecer instruções aos responsáveis pela implantação e operacionalização do
Sistema Único de Saúde – SUS, elaborada de conformidade com as Leis nºs 8.074/90 e 8.080/90.

5.2 – NOB 01/92

Tem como objetivos normalizar a assistência à saúde no SUS; estimular a implantação, o


desenvolvimento e o funcionamento do sistema; e dar forma concreta e instrumentos operacionais à
efetivação dos preceitos constitucionais da saúde.

Saúde, entendida como direito de todo cidadão e dever do Estado, a ser garantido pelo acesso
gratuito, universal e equânime a um conjunto de ações e serviços de saúde organizados e distribuídos de
forma regionalizada e articulados de forma hierarquizada, constituindo um sistema único, com gestor único
em cada esfera de governo, de execução municipalista em termos operacionais e gerenciais, com
obrigatória participação da sociedade organizada no seu planejamento, execução, controle e avaliação.

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5.3 – NOB 01/93

Tem o objetivo de disciplinar o processo de descentralização da gestão das ações e serviços de


saúde na perspectiva de construção do Sistema Único de Saúde.

5.3 – NOB 01/96

Promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os


Municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus
cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios.

6 - Portaria SAS/MS Nº 146

Querido (a) aluno (a), vamos entender rapidamente essa portaria, que é bem importante, pois
estabelece as diretrizes gerais para a concessão de Próteses e Órteses através da Assistência Ambulatorial.

Ela foi criada em 14 de outubro de 1993 e nos diz o seguinte:

1. Estabelecer diretrizes gerais para a concessão de Próteses e Órteses através da Assistência


Ambulatorial.

2. A coordenação, supervisão, controle, avaliação e aquisição das próteses e órteses, constantes da referida
portaria, ficará sob a responsabilidade das Secretarias Estaduais/Municipais de Saúde, através de
coordenação técnica designada pelo gestor local.

3. O Secretário Estadual/Municipal de Saúde deverá:

a) Estabelecer critérios e fluxo para a concessão das próteses e órteses;

b) Cadastrar as unidades públicas, que contenham as especialidades médicas, específicas para cada tipo de
próteses e órteses;

c) Fixar a programação físico-orçamentária para a concessão dos equipamentos constantes da referida


portaria;

d) Constituir comissão técnica nas unidades cadastradas para apreciação, autorização, fornecimento,
treinamento e controle das próteses e órteses.

4. Somente deverão ser cadastradas para concessão de próteses e órteses, as unidades públicas,
observados os níveis de hierarquia previstos na Portaria n.º 116, de 9/9/93.

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4.1. Excepcionalmente, a Comissão Bipartite poderá designar instituições da rede complementar para
realizar esta atividade.

5. A indicação das próteses e órteses poderá ser efetuada por qualquer profissional médico da
especialidade relativa ao equipamento e encaminhada à comissão técnica da unidade cadastrada, para
apreciação, de acordo com os critérios fixados pela Secretaria Estadual/Municipal de Saúde.

6. Após o fornecimento das próteses e órteses, a unidade deverá preencher o Boletim de Produção
Ambulatorial para fins de processamento e pagamento, através do Sistema de Informações Ambulatoriais
do Sistema Único de Saúde – SIA-SUS.

7. Deverão ser estabelecidos o cadastro dos usuários atendidos nas unidades, os equipamentos cedidos, a
data do fornecimento e a entidade fornecedora, para fins de controle e avaliação e acompanhamento.

8. A aquisição de próteses e órteses deverá obedecer a disposição legal em vigor que regulamenta as
licitações.

9. O processo de licitação, contendo o pedido do equipamento, o parecer da comissão técnica, recibo do


usuário e as notas fiscais de compra, deverá ser arquivado durante 5(cinco) anos de modo a permitir
exame/auditagem a qualquer tempo.

10. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Bem simples né? O que pode virar pegadinha em questões de concursos é sobre a gestão! A Coordenação
de Secretarias Municipais e Estaduais, quem faz é um GESTOR LOCAL. Cuidado, uma palavra pode modificar
tudo!

7 - Níveis de Atenção à Saúde

Querido (a) aluno (a), quando falamos de atenção à saúde, devemos estar cientes de que é tudo que
envolve o cuidado com a saúde do ser humano, incluindo as ações e serviços de promoção, prevenção,
reabilitação e tratamento de doenças.

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No SUS, o cuidado com a saúde está ordenado em níveis de atenção, que são: a básica, a de média
complexidade e a de alta complexidade. Esta organização permite uma melhor programação e
planejamento das ações e serviços do sistema.

Bom, inicialmente é importante sabermos que o modelo de atenção à saúde existente hoje no Brasil é
centrado no hospital. Contudo, estudos apontam que quando as unidades básicas de saúde (UBS)
funcionam adequadamente, são capazes de resolver, com qualidade, cerca de 80% dos problemas de saúde
da população. Assim, é necessário aprimorar os serviços públicos neste nível de atenção.

A atenção à saúde, que encerra todo o conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em todos os
níveis de governo, para o atendimento das demandas pessoais e das exigências ambientais, compreende
três grandes campos, a saber:

1 - Da assistência, em que as atividades são dirigidas às pessoas, individual ou coletivamente, e que


é prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros espaços, especialmente no domiciliar;

2 - Das intervenções ambientais, no seu sentido mais amplo, incluindo as relações e as condições
sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas
de saneamento ambiental (mediante o pacto de interesses, as normalizações, as fiscalizações e outros); e

3 - Das políticas externas ao setor saúde, que interferem nos determinantes sociais do processo
saúde-doença das coletividades, de que são partes importantes questões relativas às políticas
macroeconômicas, ao emprego, à habitação, à educação, ao lazer e a disponibilidade e qualidade dos
alimentos.

Vamos agora entender os níveis de atenções separadamente?! Lembre-se que a qualquer momento você
pode me mandar mensagens no fórum para tirar dúvidas, beleza?

7.1 – Atenção Primária ou Atenção Básica

A atenção básica é a definição usada para o primeiro nível de atenção à saúde oferecido pelo SUS.
Engloba um conjunto de ações de caráter individual ou coletivo, abrangendo a promoção da saúde, a
prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação dos pacientes.

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Esse nível da atenção à saúde também é popularmente chamado de porta de entrada no SUS, por
oferecer o primeiro atendimento ao cidadão que procura por assistência pública à saúde.

O SUS tem as suas ações para que o usuário receba toda a atenção de que necessita para resolução
de seu problema de saúde.

A atenção básica também tem como papel, o providenciamento de encaminhamentos dos usuários para
os atendimentos de média e alta complexidade.

Os problemas mais comuns devem ser resolvidos na atenção básica, deixando que os ambulatórios
de especialidades e os hospitais cumpram com competência seu verdadeiro papel, resultando numa maior
satisfação dos usuários e na utilização mais racional dos recursos existentes.

A estratégia adotada pelo Ministério da Saúde, como prioritária para a organização da atenção básica é a
estratégia Saúde da Família. A responsabilidade pela oferta de serviços de atenção básica à saúde é da
gestão municipal, já o financiamento é de responsabilidade das três esferas de governo.

7.2 – Média Complexidade ou Atenção Secundária

Esse é o segundo nível de atenção à saúde, composto por ações e serviços que visam atender os
principais problemas de saúde e agravos da população.

A média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços que visam atender aos
principais problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática
clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos
tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento.

7.3 – Alta Complexidade ou Atenção Terciária

A alta complexidade é o nível mais elevado da atenção à saúde.

Pode ser definida como um conjunto de procedimentos que envolve alta tecnologia e alto custo,
proporcionando à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos níveis de atenção básica e de
média complexidade.

Os procedimentos da alta complexidade são executados em sua maioria no âmbito hospitalar, sendo
realizado em menor número no nível ambulatorial, mas com impacto financeiro extremamente alto, como
é o caso dos procedimentos de diálise, da quimioterapia, da radioterapia, cirurgias de alta complexidade e
da hemoterapia.

Essa parte até que é tranquila, né? Caso você tenha ficado com alguma dúvida ainda, vamos esclarecer com o
resumo abaixo?!

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Atenção Básica - É o primeiro atendimento ao cidadâo que


procura por assistência pública a saúde.

Atenção Secundária - Atendem os principais problemas e


agravos de saúde da população cuja complexidade
necessite de profissionais especializados

Atenção Terciária - Procedimentos e atendimentos a


população que envolvem alto custo e alta tecnologia, com
profissionais extramente qualificados.

8 - Pacto pela Saúde

Vamos lá queridos (as) alunos (as), agora vamos conversar sobre o Pacto pela Saúde.

Bom, ele surgiu em 2006, a partir das discussões realizadas pelo Conselho Nacional dos Secretários
de Saúde, com objetivo de revisar o processo normativo do SUS.

O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três
esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e
instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único
de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função
das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social.

Ele foi aprovado pelos gestores do SUS na reunião da Comissão Intergestores Tripartite do dia 26 de
janeiro de 2006, e foi operacionalizado por meio do documento de Diretrizes Operacionais do Pacto pela
Saúde 2006. Com o Pacto pela Saúde, os estados e municípios poderão receber os recursos federais por
meio de cinco blocos de financiamento:

- Bloco 1 - Atenção Básica;

- Bloco 2 - Atenção de Média e Alta Complexidade;

- Bloco 3 - Vigilância em Saúde;

- Bloco 4 - Assistência Farmacêutica; e

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- Bloco 5 - Gestão do SUS.

9 - Pacto pela Vida

O Pacto pela vida reforça no SUS o movimento da gestão pública por resultados, estabelece um
conjunto de compromissos sanitários considerados prioritários, pactuado de forma tripartite, a ser
implementado pelos entes federados.

Esses compromissos deverão ser efetivados pela rede do SUS, de forma a garantir o alcance das
metas pactuadas.

Vamos entender agora quais são os objetivos e metas desse movimento:

I- Atenção à saúde do idoso;

II- Controle do câncer de colo de útero e de mama;

III- Redução da mortalidade infantil e materna;

IV- Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue,
hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids;

V- Promoção da saúde;

VI- Fortalecimento da atenção básica;

VII- Saúde do trabalhador;

VIII- Saúde mental;

IX- Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;

X- Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência;

XI- Saúde do homem.

As prioridades do Pacto pela vida e seus objetivos são:

- Saúde do idoso: implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.

- Câncer de colo de útero e de mama: contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero
e de mama.

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- Atenção básica à saúde: consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção
básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.

- Promoção da saúde: elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na
adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade
individual da prática de atividade física regular alimentação saudável e combate ao tabagismo.

- Mortalidade infantil e materna: reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença
diarreica e por pneumonias.

- Doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e


Influenza: fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.

10 - Programa Saúde da Família (PSF)

Tema bastante em alta quando falamos do SUS, o Programa Saúde da Família (PSF), é uma
estratégia da atenção básica.

Na década de 1990 iniciou-se a implementação da estratégia do Programa Saúde da Família (PSF)


que, no contexto da política de saúde brasileira, deveria contribuir para a construção e consolidação do
Sistema Único de Saúde (SUS).

Tendo em sua base os pressupostos do SUS, a estratégia do PSF propõe a expectativa relativa à
reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica.

O Programa de Agente Comunitários de Saúde (PACS), antecedeu o Programa Saúde da Família,


e foi parte do processo de reforma do setor da saúde, com intenção de aumentar a acessibilidade ao SUS e
aprimorar as ações de prevenção e promoção da saúde.

Em 1994 o Ministério da Saúde lançou o Programa Saúde da Família como política nacional de
Atenção Básica. Hoje, quase vinte anos depois de sua criação, o PSF é tido como uma das principais
estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de
assistência. Porém, traz muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar os propósitos do
Programa.

A Saúde da Família é uma estratégia de ação, operacionalizada mediante a implantação de equipes


multiprofissionais em unidades básicas de saúde. As equipes são responsáveis pelo acompanhamento de
um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada.

As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de


doenças e agravos, e na manutenção da saúde desta comunidade.

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Atualmente, o PSF é definido como Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto
que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização, e esta
estratégia, qualificada e resolutiva, não prevê um tempo para finalizar.

Um dos pontos positivos do programa vem sendo a valorização dos aspectos que influenciam a
saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar.

OPSF é regulamentado pela Portaria Nº 648, de 28 de março de 2006, que estabelece que o PSF é
a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a Atenção Básica — que tem como um dos
seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando
os princípios básicos do SUS: universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação
da comunidade (isso acontece mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários).

O que se faz no processo de trabalho da Saúde da Família?

- Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar, de forma sistemática, os dados

para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais,


demográficas e epidemiológicas do território;

- Definição precisa do território de atuação, mapeamento e reconhecimento da área adstrita, que


compreenda o segmento populacional determinado, com atualização contínua;

- Diagnóstico, programação e implementação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando
solução dos problemas de saúde mais frequentes;

- Prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do conhecimento da estrutura e da


funcionalidade das famílias que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos
indivíduos, das famílias e da própria comunidade;

- Trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações;

- Promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais, buscando parcerias e integrando projetos sociais e


setores afins, voltados para a promoção da saúde, de acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão
municipal;

- Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva,
possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito;

- Promoção e estímulo à participação da comunidade no controle social, no planejamento, na execução e


na avaliação das ações; e acompanhamento e avaliação sistemática das ações implementadas, visando à
readequação do processo de trabalho.

É importante sabermos que existem critérios para a implementação das equipes de saúde da família,
como por exemplo: uma equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo
que a média recomendada é de 3.000.

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A equipe básica composta por minimamente médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem (ou
técnico de enfermagem) e Agentes Comunitários de Saúde, tem uma jornada de trabalho de 40 horas
semanais para todos os integrantes.

Inúmeras cidades brasileiras contratam outros profissionais como farmacêuticos, nutricionistas,


educadores físicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.

Nos municípios que ainda não implantaram o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), esta é a maneira
do fisioterapeuta atuar pelos municípios na atenção básica à saúde.

Falando em NASF, vamos conversar um pouquinho sobre ele agora?!

11 - Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF)

Considerando, dentre outras questões, o Inciso II do Art. 198 da Constituição da República Federativa
do Brasil, de 1988, que dispõe sobre a integralidade da atenção como diretriz do Sistema Único de Saúde
(SUS), o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) – através da Portaria
Nº154, de 24 de janeiro de 2008

Segundo o Art. 1º da Portaria, os NASF têm por objetivo: “ampliar a abrangência e o escopo das
ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da
Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica”.

Para isso, a Portaria classifica os NASF em duas modalidades: NASF 1 e NASF 2.

Para cada uma das modalidades, estipula um mínimo de profissionais de nível superior, como o
Profissional de Educação Física, o Assistente Social, o Fisioterapeuta, o Fonoaudiólogo, dentre outros,
conforme descrito no Art. 3

Art. 3º - Determinar que os NASF estejam classificados em duas modalidades, NASF 1 e NASF 2, ficando
vedada a implantação das duas modalidades de forma concomitante nos Municípios e no Distrito Federal.

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§ 1º - O NASF 1 deverá ser composto por, no mínimo cinco profissionais de nível superior de ocupações
não-coincidentes entre as listadas no § 2º deste artigo.

§ 2º - Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 1 as seguintes ocupações do
Código Brasileiro de Ocupações (CBO): Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional da Educação
Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico Homeopata;
Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional.

§ 3º - O NASF 2 deverá ser composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não
coincidentes entre as listadas no § 4º deste artigo.

§ 4º - Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 2 as seguintes ocupações do
Código Brasileiro de Ocupações (CBO): Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico;
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional.

NASF 1

• Mínimo de 5 profissionais de nível superior;


• Médico Acumputurista, Assistente Social, Educador Físico, Farmacêutico,
Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico Ginecologista, Médico Homeopata,
Psiologo, Pediatra, Médico Psiquiatra e Terapeuta Ocupacional.

NASF 2

• Mínimo de 3 profissionais de nível superior


• Assistente Social, Educador Físido, Farmacêutico, Fisioterapêuta, Fonoaudiólogo,
Psicólogo, Nutricionista e Terapeuta Ocupacional.

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Queridos (as) alunos (as) A criação do NASF foi extremamente importante para a nossa classe fisioterapêutica
na atuação na atenção primária.

A contratação de fisioterapeutas, que era prática de apenas alguns gestores municipais, passou a ser
regulamentada com o NASF, fortalecendo também a oferta de tratamento multiprofissional à população.

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