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em PRECEPTORIA EM SAÚDE
PLANO DE
PRECEPTORIA I
UNIDADE 1 Um pouco mais sobre as
metodologias ativas
EMENTA
Contextualização histórica das estratégias governamentais de inte-
gração ensino-serviço. Instrumentalização para a ampliação da
capacidade de leitura da realidade, como profissional de saúde-
-preceptor. Problematização da preceptoria. Identificação dos nós críticos
(situações-problemas). Elaboração de estratégias (roteiro para
construção do Plano de Preceptoria) para a melhoria e qualificação das
suas atividades como preceptor no ambiente de ensino em serviço no
qual está inserido.
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OBJETIVOS
GERAL
Instrumentalizar a sistematização das atividades de precep-
toria desenvolvidas por você por intermédio do Plano de
Preceptoria (PP).
ESPECÍFICOS
• •Otimizar o processo de trabalho e de
ensino/aprendizagem nos cenários práticos.
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SITUAÇÃO PROBLEMA
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UNIDADE 1 – O PRECEPTOR
E SEU PLANO DE PRECEPTORIA
AULA 1: Estratégias governamentais de ensino na saúde e preceptoria
Iremos instrumentá-lo para uma leitura crítica-reflexiva da realidade, em que irá iden-
tificar as situações-problemas (nós críticos), que serão tratados como pontos-chave
para o seu Plano de Preceptoria (PP). Tudo isso, visando à melhoria da sua atividade no
processo de ensino-aprendizagem em serviço, seu autoconhecimento como educador
e a sistematização dessas atividades de ensino em suas atribuições institucionais.
AULA 1 - ESTRATÉGIAS
GOVERNAMENTAIS DE
ENSINO NA SAÚDE
E A PRECEPTORIA
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS
GOVERNAMENTAIS PARA O ENSINO
NA SAÚDE E A PRECEPTORIA
Em módulos anteriores deste curso, ou mesmo em momentos vivencia-
dos por você, alguns dos aspectos que iremos trazer neste módulo sobre
o ensino na saúde e a atividade de preceptoria já são de seu conhe-
cimento. Mas precisaremos revisitá-los, pois iremos provocar algumas
reflexões e será necessário que você se veja na rede, no processo de for-
mação e de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse resgate
o ajudará a problematizar o contexto no qual está inserido e a pensar
como poderá melhorá-lo por meio de um Plano de Preceptoria.
Assim como Maria Luiza, você é um preceptor, mas talvez não saiba por-
que é um preceptor, ou como se faz a preceptoria. Essas dúvidas não
são estranhas, e sim muito corriqueiras, pois no processo seletivo que
fez para o Hospital Universitário só havia questões sobre o seu exercício
profissional, como técnico de nível superior, não tinha nada sobre práti-
cas pedagógicas. Como saberia que seria um preceptor?
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2005 (BRASIL, 2005). Este documento estabelece a cooperação técnica e
científica para a formação e o desenvolvimento dos profissionais para
o SUS, com a integração entre as instituições de ensino e os serviços de
saúde (MS, 2006), para promover a integração ensino-serviço.
ACESSO NA PLATAFORMA
ESTRATÉGIAS GOVERNAMENTAIS DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO
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Atenção
Então, agora que a nossa missão no SUS está mais clara, você, como um
dos protagonistas dessa história, inserido em um ambiente de trabalho
híbrido – assistência à saúde e de ensino para diversos níveis de forma-
ção e categorias profissionais – precisa se preparar e qualificar para essa
multitarefa. Assim como Maria Luísa, a nossa enfermeira da situação-
-problema deste módulo, você terá que buscar se capacitar para desen-
volver o seu papel de educador (preceptor).
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AULA 2 - DIAGNÓSTICO,
ANÁLISE SITUACIONAL
E O PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO NA
PRECEPTORIA
DO DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
DA MINHA REALIDADE COMO PRECEPTOR
O diagnóstico situacional é uma ferramenta importante para auxiliar no
reconhecimento dos problemas e das necessidades sociais como, por
exemplo, a necessidade de saúde, educação, segurança, transporte,
habitação. Ademais, permite conhecer como é a organização dos servi-
ços de saúde (SANTOS; RIGOTTO, 2011; CHAGAS et al., 2011).
Nessa perspectiva, Carazatto (2000) traz que Matus define o PES como
uma ferramenta de liberdade, “pois permite explorar possibilidades e
escolher, o que propicia à razão humana ter domínio sobre as circuns-
tâncias” (OLIVEIRA, 2007).
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Saiba mais
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COMO FAZER UMA ANÁLISE SWOT?
Levantamento de Forças, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças
O exercício de criar a sua análise SWOT começa no levantamento do
maior número possível de itens para cada fator da matriz. Para isso,
responda as perguntas sobre a sua atividade de preceptoria e as liste na
matriz SWOT a seguir:
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
listar: listar:
EXTERNOS
FATORES
FORTES FRACOS
listar: listar:
INTERNOS
FATORES
POSITIVO NEGATIVO
Figura 1 - Exemplo de Matriz SWOT.
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RANQUEANDO OS FATORES INTERNOS E EXTERNOS
Após montar as listas de fatores, você agora deve considerar a deci-
são que pretende tomar, pois há forças que ajudam a sua atividade de
preceptoria no dia a dia, mas não exercerão qualquer interferência na
melhoria da sua atividade de preceptor, como ser profissional de saúde
da instituição, por exemplo. O segredo, então, é dar pesos aos fatores de
acordo com a decisão estratégica que está sendo estudada, ou seja, em
função de um plano de preceptoria.
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PREENCHA SUA MATRIZ SWOT.
CRUZANDO OS FATORES
A penúltima etapa da atividade é cruzar os fatores internos e externos.
Para isso, complete o quadro de acordo com a sua matriz SWOT.
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PREENCHA O CRUZAMENTO DE FATORES DE SUA MATRIZ SWOT.
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PREENCHA OS PLANOS DE AÇÃO DE SUA MATRIZ SWOT.
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ANÁLISE SITUACIONAL E A “VISÃO DE
FUTURO” PARA O PLANO DE PRECEPTORIA
No tópico anterior, a Matriz SWOT o ajudou a montar uma análise situ-
acional, retratando a sua atividade de preceptoria, com suas forças e
fatores. Agora, iremos fazer uma leitura da realidade direcionada aos
“nós críticos” que você poderá trabalhar no seu Plano de Preceptoria, no
qual irá elencar os problemas (pontos-chave) que lhe afligem na precep-
toria e identificar quais melhorias e, em alguns casos, as soluções.
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Exemplo:
ACESSO NA PLATAFORMA
MONTE SUA MATRIZ DE ANÁLISE SITUACIONAL.
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AULA 3 - Situação-
problema para seu
Plano de Preceptoria
PRIORIZANDO PROBLEMAS
PARA SEU PLANO DE PRECEPTORIA
Você, nas aulas anteriores deste módulo, montou um diagnóstico situ-
acional da sua atividade de preceptoria, identificou quais eram as suas
situações-problemas nessa atividade e as possíveis soluções e melhorias
para cada uma, fazendo uma análise situacional.
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MONTE SUA MATRIZ DECISÓRIA – VALOR E INTERESSE.
Ele será o seu foco e a partir dele você estabelecerá o seu objetivo no PP.
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ACESSO NA PLATAFORMA
PREENCHA O QUADRO SOBRE O OBJETO DO SEU PLANO DE PRECEPTORIA.
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AULA 4 - ATORES SOCIAIS
DO SEU PLANO DE
PRECEPTORIA
ATORES SOCIAIS:
QUAL MINHA REDE DE APOIO?
Primeiramente, vamos definir o que seriam os atores sociais?
Lima (2010) traz que os atores sociais podem ser uma organização, uma
pessoa, uma personalidade ou um grupo social que atua no contexto, rela-
cionando-se com os problemas de maneira ativa. Isto é, participantes de
algum jogo social que podem ajudar ou dificultar a execução do seu plano.
Saiba mais
Jogo Social
É a característica básica da interação humana. Por isso, Matus
atribui a essa característica especial atenção. A teoria das
situações construída por Matus é de grande relevância na
compreensão da prática social e na construção das ciências e
métodos de governo.
Teoria do jogo social: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1413-81232010000500039>.
Nessa perspectiva, temos que os atores sociais são todos que estarão
envolvidos na construção, execução/aplicação e avaliação do seu PP, ou
seja, no seu jogo social. São as pessoas relevantes, que você terá que
mobilizar para atingir seus objetivos, geral e específicos, do PP para pro-
mover a melhoria no processo de ensino-aprendizagem proposta no seu
Plano de Preceptoria.
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O ator social e seus requisitos:
Portanto, para lhe ajudar nesta tarefa de formar a sua rede de apoio,
você terá que identificar todos os atores sociais e categorizar quem você
pode contar ou quem você terá que “ganhar” para executar o seu PP.
Para isso, você montará uma Matriz de Mapeamento de Atores Sociais.
ACESSO NA PLATAFORMA
PREENCHA A SUA MATRIZ DE MAPEAMENTO DE ATORES SOCIAIS.
ACESSO NA PLATAFORMA
PREENCHA O QUADRO DE CATEGORIZAÇÃO
DOS GRUPOS DE INTERESSE DOS ATORES SOCIAIS.
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Até o momento, você identificou e refletiu, por meio do planejamento
estratégico situacional, seus problemas/inquietudes na atividade de
preceptoria, e quem é sua rede de apoio, por meio de instrumentos de
decisão. Além disso, fez um recorte da realidade, na qual está inseri-
do, traçando dessa forma sua análise situacional. Por fim, a partir dos
pontos-chaves, priorizou problemas e estabeleceu seu objeto de estudo.
Mas será que ele é viável?
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AULA 5 - TRIÂNGULO
DE GOVERNABILIDADE
A GOVERNABILIDADE DO SEU
PLANO DE PRECEPTORIA
Iremos trabalhar com você a análise de Governabilidade, também
conhecida como Triângulo de Governo. Esta é uma ferramenta muito útil
para a análise de viabilidade política de projetos e ações. Esse modelo é
formado por três variáveis interdependentes:
Eu
Tu
G C
Figura 2 -Triângulo de governo.
Fonte: <http://books.scielo.org/id/d63fk/pdf/
rozenfeld-9788575413258-12.pdf>.
Acesso em: 20/05/2018.
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Alimente o seu Triângulo de Governo com as informações que você já
construiu para o seu PP nas aulas anteriores. Acrescente as que você
identificará neste momento, por meio de uma análise das potencialida-
des e fragilidades que você já possui para executar o PP, em relação a
sua governabilidade sobre as variáveis que você não controla.
ACESSO NA PLATAFORMA
PREENCHA O SEU TRIÂNGULO DE GOVERNO.
Parabéns, você cumpriu mais uma etapa deste módulo! Agora, vamos à
próxima aula, que tratará da problematização e a sua atividade de pre-
ceptoria: como transformá-la em um Plano de Preceptoria.
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AULA 6 - PROBLEMATIZAÇÃO
E O PLANO DE PRECEPTORIA
PROBLEMATIZANDO A MINHA
ATIVIDADE DE PRECEPTOR
No Módulo de Introdução à Preceptoria e nas aulas deste módulo,
procuramos fazer uma contextualização sobre o porquê de você ser
um preceptor, ou pelo menos por que está inserido nesse contexto. E
mostramos como pode melhorar o seu processo de ensino-aprendizagem.
Saiba mais
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Este método é utilizando nos cenários reais e vivenciados no serviço de
saúde para o aprendizado do discente, tendo como gatilho de aprendi-
zagem a Situação-Problema (SP), conforme nos relata Berbel (1998) e
Mitre et al. (2008).
REALIDADE
APLICAÇÃO
OBSERVAÇÃO
À REALIDADE
DA REALIDADE
HIPÓTESES
DE SOLUÇÃO PONTOS
CHAVES
TEORIZAÇÃO
Etapas do Arco:
1) Observação da realidade
• Observe o contexto real, local onde está inserido.
2) Pontos-chave
• Faça a pergunta: Por que esse problema existe?
• Faça uma análise criteriosa da situação em busca de solução.
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• Elabore os pontos essenciais que deverão ser estudados para
responder à questão maior.
• Liste os pontos-chave a serem pesquisados.
3) Teorização
• A teorização compreende a busca de contribuições científicas para
o esclarecimento do estudo, ou seja, pontos-chave (problemas
identificados por você).
4) Hipóteses de solução
Três perguntas precisam ser feitas:
5) Aplicação à realidade
• As decisões que foram determinadas precisam ser executadas.
Agora, para lhe ajudar na construção do seu arco, vamos fazer algumas
reflexões e problematizar sobre as questões a seguir:
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• Eu me vejo como um educador (preceptor)?
• Qual(is) situação(ões) na preceptoria não lhe agrada(am)?
• O que eu posso fazer para melhorar minha atividade de
preceptor?
• Como eu posso melhorar o processo de ensino-aprendi-
zagem dos discentes?
• De que forma eu posso verificar/avaliar se o que eu ensinei
foi aprendido?
E por aí vai...
Assim, utilizando uma situação vivida ou construída por você como con-
texto estimulador para a aprendizagem, formará hipóteses, analisará
contextos, irá comparar, interpretar situações e avaliá-las, além de bus-
car bases teóricas. Também irá ampliar/ressignificar o seu olhar acerca
das práticas pedagógicas aplicadas no contexto do ensino-serviço e isso
lhe ajudará na construção do seu Plano de Preceptoria.
ACESSO NA PLATAFORMA
PREENCHA O QUADRO DE PROBLEMATIZAÇÃO DO SEU PLANO DE PRECEPTORIA.
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Saiba mais
E vamos ao roteiro!
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AULA 7 - CONSTRUÇÃO DO
PLANO DE PRECEPTORIA
ELEMENTOS ESTRUTURANTES
DO PLANO DE PRECEPTORIA – PP
Neste momento, você irá montar a estrutura do seu PP, com os elemen-
tos que construiu durante este módulo. Se cumpriu todas as tarefas em
cada aula, você verá que seu TCC está bem adiantado.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 80.281, de 5 de setembro de 1977. Regulamenta a
Residência Médica, cria a Comissão Nacional de Residência Médica e dá
outras providências. Diário Oficial da União. Brasília (DF). 1977 06 jun.
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BERBEL, N. N. Metodologia da Problematização: uma alternativa
metodológica apropriada para o Ensino Superior. Semina: Londrina, v. 6,
n. 2, p. 9-19, 1995. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.
php/seminasoc/article/viewFile/9458/8240>. Acesso em: 4 maio 2018.
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MIRANDA, K. C. L.; BARROSO, M. G. T. A contribuição de Paulo Freire
à prática e educação crítica em enfermagem. Rev. Latino-Am.
Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 4, p. 631-635, 2004. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v12n4/v12n4a08.pdf>. Acesso em:
3 maio 2018.
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SANTOS, A. L.; RIGOTTO, R. M. Território e territorialização:
incorporando as relações produção, trabalho, ambiente e saúde na
atenção básica à saúde. Trab. Educ. Saúde., v. , n. 3, p. 387-406, 2011.
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