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Aula 06 (Prof.

Débora
Lima)
PSS - Rede Sarah (Fisioterapeuta)
Conhecimentos Específicos - 2022
(Pós-Edital)

Autor:
Débora Lima, Gislaine dos Santos
Holler, Mara Claudia Ribeiro

08 de Outubro de 2022

07231746365 - Luciano Carvalho


Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)

Sumário

MEDIDAS DE AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA: OBJETIVOS, APLICAÇÕES E INTERPRETAÇÕES .............. 5

1 - Considerações Iniciais .......................................................................................................................... 5

2 - Medidas de Avaliação em Fisioterapia ................................................................................................. 5

2.1 - Conceitos e Informações Importantes ........................................................................................... 5

2.2 - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) .................................. 6

2.3 - Testes, Medidas e seus Requisitos ................................................................................................. 8

3 – Termos Comuns Utilizados em Avaliações .......................................................................................... 8

4 - Avaliação Postural ............................................................................................................................... 9

5 - Avaliação de Força Muscular .............................................................................................................. 12

5.1 - Manobras Deficitárias .................................................................................................................. 15

6 - Amplitude de Movimento .................................................................................................................. 19

7 - Tônus Muscular .................................................................................................................................. 21

8 – Trofismo Muscular ............................................................................................................................ 24

9 – Reflexos Profundos e Superficiais ..................................................................................................... 24

10 – Equilíbrio e Coordenação ................................................................................................................. 28

10.1 - Coordenação Motora ................................................................................................................. 28

10.2 – Equilíbrio................................................................................................................................... 29

11 – Sensibilidade ................................................................................................................................... 30

11.1 – Dermátomos ............................................................................................................................. 31

12 – Flexibilidade .................................................................................................................................... 32

13 - Teste de Caminhada de 6 Minutos ................................................................................................... 33

14 – Chester Step Test ............................................................................................................................ 36

15 – Chair Sit and Reach Test .................................................................................................................. 36

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15 – Teste do Sentar e Levantar - 30 segundos ....................................................................................... 37

16 – Teste do Sentar e Levantar 5 Vezes ................................................................................................. 39

17 – Teste de Marcha - 10 Metros ............................................................................................................ 40

18 – One Leg and Tandem Stance .......................................................................................................... 42

18 – Escala de Borg Modificada............................................................................................................... 44

19 – Modified Medical Research Council Dyspnea Scale ......................................................................... 45

20 – Get Up and Go Test (Teste de Levantar e Sentar) ........................................................................... 45

21 – Timed Up and Go Test (Teste de Levantar e Andar Cronometrado) ................................................ 47

22 – Teste de Equilíbrio e Marcha (TINETTI) ........................................................................................... 48

23 – Velocidade de Marcha ..................................................................................................................... 51

24 – Circunferência da Panturrilha .......................................................................................................... 51

25 – Funções Cognitivas e Emocionais .................................................................................................... 51

26 – Capacidade Funcional ..................................................................................................................... 56

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Olá querido aluno (a) do Estratégia Concursos, tudo bom? É com grande satisfação que estou aqui para lhe
ajudar a estudar (e conquistar a aprovação) no tão sonhado concurso da Rede Sarah.

Trata-se de um material preparado com muita dedicação e afinco, exclusivo para esse edital de seleção.
Fizemos uma varredura dos temas e provas dos últimos anos desse concurso.

Passaremos por todos os assuntos voltados para a fisioterapia. Seja qual for seu grau de estudos (desde o
concurseiro que está iniciando nos estudos até aquele que já está nessa carreira a mais tempo) você vai
conseguir estudar pelo nosso material :)

Os conceitos aqui expostos serão tratados da forma mais didática possível, com explicações das questões e
mapas mentais dos temas mais relevantes para você mandar bem nos estudos.

Posso te dar uma dica? Resolver questões anteriores é de grande valia para nos situarmos diante das
possibilidades de cobrança da banca durante a prova. Não deixe de busca-las e resolve-las durante seus
estudos!

Para finalizar essa nossa conversa inicial, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo
em .PDF é o contato direto e pessoal com o professor, além do fórum de dúvidas. Não podemos (e nem
devemos) ir para uma prova com dúvidas! Pode acontecer (e é natural que aconteça, inclusive) de que, ao
ler o material proposto, surjam dúvidas e curiosidades! Se isso acontecer, não hesite e me escreva.
Responderei sempre que for possível.

Além disso, teremos vídeoaulas atualizadas para esse concurso! Essas aulas destinam-se a complementar a
sua preparação. Mas é importante salientar que AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS
QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFs. Ou seja, em alguns momentos haverá materiais com vários vídeos
disponíveis, em outros, apenas poderemos ter um vídeo único ou até mesmo materiais que não tenham
nenhum vídeo. Lembre-se sempre que nosso foco é sempre a metodologia de estudo ativa!

Esta é a proposta para que você tenha o melhor material possível em mãos!

Vamos lá?

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
Eu ainda não me apresentei, né? Bom, meu nome é Débora Lima, sou fisioterapeuta com experiência
em fisioterapia neurofuncional, mestre e doutora em ciências da reabilitação. Ministro aulas presenciais e
online em algumas disciplinas na área da saúde, mas principalmente na fisioterapia, que é minha área de
formação. Já trabalhei como fisioterapeuta neurofuncional na Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ e atualmente,
além de lecionar (como disse ali em cima, também sou fisioterapeuta da Orquestra da Maré do Amanhã 0
RJ). Vai ser um prazer imenso estudar junto com vocês.

Aqui embaixo nessa caixinha eu vou deixar meu contato para que você tire quaisquer dúvidas ou até mesmo
queira me dar um feedback das aulas. Esse contato é muito importante :)

E-mail: deboralima.lc@gmail.com

Instagram I: https://www.instagram.com/neurostudent

Instagram II: https://www.instagram.com/profdeboralima

Youtube: https://www.youtube.com/neurostudent

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MEDIDAS DE AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA:


OBJETIVOS, APLICAÇÕES E INTERPRETAÇÕES

1 - Considerações Iniciais

Na aula de hoje vamos estudar as Medidas de avaliação em fisioterapia.

Antes de iniciar a aula propriamente, é importante uma observação. Ao longo desta aula haverá
várias descrições de escalas de avaliação, mas com certeza não conseguiremos abordar todas. São
inúmeras! Focaremos aqui nas mais cobradas nos concursos em geral.

2 - Medidas de Avaliação em Fisioterapia

2.1 - Conceitos e Informações Importantes

A avaliação é o componente fundamental de uma boa prática da fisioterapia. A utilização de testes


e medidas válidos e úteis são importantes para o reconhecimento da profissão e dos seus profissionais
enquanto prestadores de cuidados de saúde.

Nós, fisioterapeutas, testamos e medimos diversas características para identificar os problemas que
são apresentados pelos pacientes e usamos a informação obtidas para auxiliar a tomada de decisão em
matéria de diagnóstico, prognóstico, definição do plano de tratamento, dos resultados esperados e dos
resultados obtidos. Mas com que ferramentas o fazemos? Quão fidedigna e válida é a informação recolhida?

Antes de qualquer coisa devemos levar em consideração a prática baseada na evidência que
corresponde ao uso consciente, explícito e criterioso da melhor evidência disponível na tomada de
decisão clínica sobre cuidados aos pacientes.

O fisioterapeuta deve sustentar a sua prática na melhor evidência disponível.

Um dos modelos de referência que mais tipifica a prática da fisioterapia é reconhecidamente o


modelo do processo de incapacidade.

O conceito está representado na CIF, que significa CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE


FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE. Trata-se de um modelo que engloba todos os aspectos da
saúde humana e algumas componentes relevantes para a saúde relacionada com o bem-estar,
descrevendo-os em termos de domínios da saúde e domínios relacionados com a saúde.

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2.2 - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde


(CIF)

A CIF é constituída por duas partes, contendo, cada uma delas, dois componentes em separado: a
primeira parte se relaciona com a funcionalidade e a incapacidade, incluindo as estruturas e as funções
do corpo e as atividades e a participação; a segunda parte abrange os fatores contextuais, contemplando
os fatores ambientais e os fatores individuais.

Vamos entender um pouco mais da CIF observando a interação entre os componentes dela:

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Resumindo um pouco da CIF:

- Estrutura: é a estrutura corporal acometida (exemplo: joelho, tornozelo, membros superiores...)

- Função: é a função da estrutura que foi acometida (por exemplo, se a estrutura for o membro inferior
esquerdo, mais especificamente o joelho, a função acometida pode ser a flexão ou extensão desse joelho).

- Atividade: refere -se à execução de uma tarefa ou ação pelo indivíduo;

- Participação: diz respeito ao envolvimento individual nas situações da vida.

- Fatores ambientais: vão desde o ambiente individual mais imediato ao mais genérico, incluindo o
ambiente físico, o social e as atitudes.

- Fatores Sociais: gênero, idade...

- Fatores pessoais: englobam as características do indivíduo (exemplo: gênero, idade...) que influenciam ou
podem influenciar a funcionalidade e a incapacidade.

Seguindo nossa linha de raciocínio, a avaliação em fisioterapia dirige-se, inicialmente, às


deficiências que estão subjacentes ao processo de incapacidade.

Numa segunda instância, medir o modo como as deficiências alteram a execução de tarefas ou
atividades básicas, isto é, medir a limitação de atividades.

Por fim, medir o modo como limitações persistentes restringem a qualidade do desempenho social
do indivíduo, ou seja, medir a função nas suas dimensões física, psicológica e social.

Depois de tuuuuudo o que falamos, deu para entender que nós, fisioterapeutas, temos o papel de
mensurar e avaliar as características dos nossos pacientes através de testes funcionais reflitam as limitações
de atividade de vida diária do paciente e outras características importantes.

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2.3 - Testes, Medidas e seus Requisitos

Os testes e medidas são meios avaliativos para coletar informação dos pacientes tratados por nós,
fisioterapeutas.

Utilizamos esses métodos com o intuito de auxiliar a identificação de sinais ou sintomas de


qualquer condição de saúde (doença, perturbação ou lesão), deficiência, limitação de atividade ou
restrição na participação; para facilitar o diagnóstico, prognóstico e tomada de decisão relativa ao plano
de tratamentos; para documentar as mudanças ocorridas no estado de saúde dos pacientes e ainda para
determinar os resultados das intervenções.

Vamos entender agora um pouco dos termos mais comuns que podemos escutar quando falamos
em avaliação :)

3 – Termos Comuns Utilizados em Avaliações

 Medir/Mensurar: associar um número a uma determinada característica;

 Avaliar: realizar julgamento sobre a medida;

 Interpretar: processo baseado nos dados qualitativos e/ou quantitativos obtidos em medidas e
avaliações.

 Testar: tornar observável afim de formar interpretações através de um objetivo especifico por meio
de testes.

 Exame: sinônimo de teste.

 Examinador/ Avaliador: aquele que aplica o teste.

 Examinado/ Avaliado: paciente, pessoa submetida aos exames sobre os critérios de avaliação.

 Usuário do teste: quem se utiliza dos dados obtidos.

 Bateria de testes: conjunto de exames relacionados.

 Dados qualitativos: são informações que representam características de qualidade de um


determinado atributo, pode ser classificado como bom razoável ou ruim.

 Dados quantitativos: são dados com valores numéricos que estaticamente podem ser divididos em
discretos ou contínuos. Exemplos graus de amplitude, força em quilogramas.

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Bom galera, agora que entendemos um pouco de CIF e de alguns termos importantes quando
falamos de avaliação, vamos, a partir desse momento, falar de tipos de avaliações e escalas (que também
chamamos de instrumentos de avaliação) que utilizamos em ocasiões específicas.

Lembrem-se que qualquer dúvida você pode recorrer ao fórum e/ou ao Instagram, beleza?

Vamos lá!

4 - Avaliação Postural

Através da avaliação postural apresentamos a capacidade de identificar desvios posturais e indicar


atividades e a maneira correta de realizar tais atividades, o objetivo principal é identificar os desequilíbrios
mais evidente afim de evitar lesões ou acentuar esses desequilíbrios e indicar o possível tratamento para
correção de desvios posturais.

Atualmente essas avaliações podem ser realizadas através de sistemas informatizados, mas ainda
assim dependendo conhecimento técnico de um profissional de saúde para sua elaboração e interpretação,
um exemplo deste sistema é o Software de Avaliação Postural (SAPO).

Você pode obtê-lo de graça, inclusive!

Link: https://bmclab.pesquisa.ufabc.edu.br/sapo/

Ele funciona da seguinte forma: por meio da observação de pontos específicos, a avaliação permite
identificar alterações posturais, visíveis ou não.

Se liga só na imagem abaixo:

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São observada acentuação de curvaturas fisiológicas, joelhos em hiperextensão ou semiflexão,


projeção dos ombros, proeminência abdominal, rotações da coluna entre outras posturas adotadas para
compensação de um problema adquirido ou congênito.

Para avaliação qualitativa devemos marcar os pontos anatômicos com o intuito de identificar e
avaliar com maior e melhor precisão, o indivíduo que está sendo avaliado deve ser posicionado atrás do
semitrógrafo (ou de um pano escuro), a linha vertical central do semitrógrafo deve estar alinhada com o
nariz do paciente.

O Simetrógrafo Postural é um equipamento portátil e muito utilizado para avaliação e


análise postural de coluna, joelho, quadril, ombro, verificando os desvios e as assimetrias
corporais posturais.

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O avaliador/fisioterapeuta deve estar posicionado à frente do aparelho, e observar se a linha central


coincide com o nariz, manúbrio do esterno, processo xifoide, linha alba, umbigo, sínfise púbica e membros
inferiores dividido -os em duas partes relativamente proporcionais.

Se o alinhamento da linha não coincide com os pontos descritos acima, temos um indicativo de
escoliose, que podemos confirmar com a visão posterior.

Podemos verificar com a avaliação frontal os seguintes desvios: escoliose, genro varo, geno valgo,
pés abduto, pé aduto, pé plano e pé cavo.

É importante ressaltar que a presença de escoliose será confirmada com a avaliação da vista
posterior.

A segunda vista a ser avaliada é a posterior, o alinhamento continua sendo pela linha vertical central
do semitrógrafo, o ponto anatômico para referência é o processo espinhoso da sétima vértebra cervical
(C7).

Podemos confirmar pela vista posterior escolioses, rotações de escapulas, simetria dos ângulos,
alinhamento das pregas poplíteas, geno valgo e varo.

A terceira vista e a lateral. O indivíduo a ser avaliado deve estar posicionado alinhado pelo orifício
auricular.

Na avaliação da vista lateral podemos verificar: a projeção dos ombros, verificar a posição das
escápulas, verificar o padrão das curvaturas, verificar presença de cifose (retração ou hipercifose), verificar
hiperlordose e hiperlordose lombar, verificar os joelhos e os pés, geno flexo, geno recurvato... enfim, uma
avaliação completa das estruturas corporais.

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5 - Avaliação de Força Muscular

Ao utilizarmos o teste de força muscular, sabemos que ele é de suma importância, pois nos auxilia a
aferir o grau de força muscular do indivíduo.

Já aprendemos lá na faculdade que podemos graduar a força muscular em uma escala que vai de
zero a cinco. A maioria dos concursos acaba cobrando e perguntando sobre a escala da Medical Research
Council.

Vamos observa-la:

Quando utilizamos essa escala, três peças fundamentais são analisadas: arco de movimento,
gravidade e resistência.

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Arco de
Movimento Gravidade Resistência
(ADM)

Normalmente, ao testarmos a força do paciente, ele é posicionado de forma que o músculo a ser testado
esteja em uma posição na qual seja necessária à sua sustentação, ou seja, em uma posição que o obrigue
a vencer a ação da gravidade.

Se o músculo não apresentar força suficiente para vencer a ação da gravidade, nós, como
avaliadores, devemos colocar a região a ser testada no PLANO HORIZONTAL, onde NÃO haverá a ação
da gravidade e aí sim testaremos a musculatura.

Agora querido (a) aluno (a), pense comigo:

Se o paciente NÃO consegue vencer a gravidade sem o fisioterapeuta colocar resistência, já


sabemos que esse indivíduo não apresenta grau de força 3 (que significa: "realiza movimento contra a
gravidade, porém sem resistência adicional") e com isso podemos descartar também o grau de força 4 e 5.
Ou seja, ele deverá ter somente um dos três graus de força que sobraram (0, 1 ou 2)! Entenderam?

Caso o raciocínio tenha ficado confuso, me procure no fórum ou nas redes sociais, sempre estarei
disposta a sanar todas as dúvidas de vocês!

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Bom, continuando nossa aula de como testar força, é importante sabermos que o avaliador
(fisioterapeuta) deverá aplicar resistência gradual na parte distal do segmento corporal na qual o músculo
se insere e em uma posição contrária ao torque produzido pelo músculo testado.

É importante sabermos que os graus desse teste fornecem uma impressão SUBJETIVA, ou
seja, apresentam valores relatados discordantes.

O que eu quero dizer com isso, querido (a) aluno (a) é que eu posso avaliar um mesmo paciente que
você e acharmos graus diferentes, pois isso vai depender da força que nós colocamos entre outras
diferenças.

Tudo bem até agora?

Bom, mas se eu quiser testar com algo fidedigno eu posso utilizar por exemplo o dinamômetro de
mão (que como o nome já diz, só serve para mensurar força de mão - pinça e preensão).

Você já teve a oportunidade de ver ou manusear um objeto desse? Caso nunca tenha visto ou ouvido
falar, vou deixar a imagem dele aqui embaixo:

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Um outro método ne analisarmos a força do paciente é através das manobras deficitárias. Essas
caem em concursos de maneira tímida, mas é uma aposta que eu faço para os próximos editais!

Vamos estudar comigo essa parte que ainda compõe o teste de força de um paciente neurológico?!

Simbora comigo!

5.1 - Manobras Deficitárias

Bom, quando estudamos as manobras deficitárias, como a manobra de Mingazini, que veremos mais
à frente, devemos saber que além de mais sensíveis à detecção de paresias leves, elas permitem constatar
se o déficit de força é global, distal (característico de lesões piramidais ou de nervos periféricos) ou proximal
(indicativo de miopatias).

Uma informação importante a ser dita é que EM TODAS AS MANOBRAS o paciente deve ficar na
postura por DOIS MINUTOS.

Caso o paciente não consiga ficar na postura por esse tempo estipulado ou comece a ter oscilações
nos membros testados, isso significa sinal de fraqueza.

Vamos estudar as principais agora?!

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Manobra de Mingazzini para membros superiores ou Manobra dos Braços


Estendidos

O paciente deve manter braços estendidos a 90 graus de flexão do ombro, palmas das mãos voltadas
para baixo e dedos afastados. O avaliador deve observar a queda das mãos e dos braços, bem como
oscilações.

Manobra de Mingazzini para membros inferiores

O paciente deve ficar em decúbito dorsal realizando flexão das coxas, com joelhos a 90 graus e
tornozelos em dorsiflexão a 90 graus também!

Como resposta devemos observar uma oscilação e queda progressiva da perna. Isso significa que há
uma insuficiência da quadríceps (músculo que realiza a extensão da perna)

Uma outra resposta que pode ocorrer é a queda isolada da coxa, que cursa com insuficiência do psoas
(músculo que realiza a flexão da coxa);

Uma terceira resposta ainda pode ser observada, que chamamos de fraqueza global. Ocorre a queda
simultânea da perna e da coxa.

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Manobra de Barret (ou Barré)

O paciente deve estar decúbito ventral, pernas fletidas sobre as coxas. Caso haja oscilação e queda indicam
insuficiência dos flexores da perna (músculos isquiotibiais).

Manobra de Raimistre (ou Raimiste)

Essa manobra é bastante utilizada para pacientes acamados.

O indivíduo deve estar deitado em decúbito dorsal, somente com o antebraço de ambos os membros
estendidos, formando um angulo de 90 graus com o plano horizontal.

A fraqueza se dá quando a queda dos braços ocorre sobre o tórax do paciente.

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Tudo bem, querido (a) aluno (a)?

As manobras são tranquilas de se entender e como eu disse, são minhas apostas para os próximos
editais!

Dê uma pausa, revise a matéria, assista a vídeo aula e se ainda assim você apresentar qualquer dúvida, me
procure no fórum e / ou nas redes sociais! Estou pronta para lhe ajudar!

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6 - Amplitude de Movimento

Bom, vamos agora falar de amplitude de movimento? Esse tipo de avaliação é um importante
parâmetro utilizado na avaliação e durante o acompanhamento do paciente na fisioterapia.

É importante falarmos que a amplitude do movimento (ADM) varia de indivíduo para indivíduo de
acordo com idade, sexo, prática de atividade que o mesmo realiza, entre outros parâmetros.

Quando vamos avaliar a amplitude de movimento dos pacientes, temos dois tipos de ADM, que são:
ADM ativa e ADM passiva.

Vamos lá?

Amplitude de Movimento Ativa

A movimentação ativa é o movimento realizado voluntariamente, ou seja, sem auxílio do avaliador.

Nesse teste, solicita-se que o paciente realize movimentos de uma parte do corpo sem auxílio do
avaliador/fisioterapeuta.

Se caso o paciente não consiga realizar determinado movimento, devemos pensar em algumas
razões para a incapacidade, como: retrações de cápsula, de ligamentos, músculos e de tecidos moles,
anormalidades de superfície articular e de fraqueza muscular. Todos esses fatores podem restringir a
movimentação ativa, sendo assim o avaliador necessita realizar um teste adicional a fim de identificar a
verdadeira causa. É importante também analisar se o paciente apresenta dor ou crepitações durante a
realização do movimento ativo.

Amplitude de Movimento Passiva

A movimentação passiva é o movimento realizado pelo avaliador, ou seja, sem auxílio do paciente.

É comum que a amplitude de movimento passiva seja maior que a amplitude de movimento ativa,
pois as articulações têm uma pequena quantidade de movimento no final de sua amplitude (que
chamamos de end feel), que não é controlado voluntariamente.

Ao contrário da amplitude de movimentação ativa, a movimentação passiva não depende da força


muscular e da coordenação do paciente, afinal o movimento é realizado pelo examinador; mas da mesma
forma que a amplitude de movimentação ativa, a amplitude de movimentação passiva depende da
integridade das superfícies articulares e da distensibilidade das cápsulas articulares, dos tendões e dos
tecidos moles.

Existe um instrumento interessante e muito utilizado para a avaliação de amplitude de movimento


que chamamos de goniômetro.

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É importante que o examinador NÃO use a estimativa visual, pois apresenta menor acurácia que as
medidas realizadas com o goniômetro.

O goniômetro é o instrumento mais comumente utilizado na prática clínica. A goniometria é


dependente dos pontos de referência usados como padrão para posicionamento dos braços do goniômetro
e isso varia de acordo com a articulação testada.

O início e o final do movimento são medidos para registrar a amplitude movimento, no qual o
examinador utilizará o registro mais comum, o sistema de 0°a 180°, em que todos os movimentos, exceto
o movimento de rotação, iniciam-se na posição anatômica de 0°e progridem em direção a 180.

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7 - Tônus Muscular

Bom, querido (a) aluno (a), agora vamos estudar sobre tônus musculares?

Vamos lá?!

A primeira coisa que devemos entender é o conceito de tônus muscular, que é caracterizado pelo
estado permanente de tensão dos músculos, ou seja, o estado de contração basal, que é definido como
uma resistência à movimentação passiva.

A alteração que acontece com maior frequência nas desordens do neurônio motor superior é a
espasticidade, caracterizada por uma hiperexcitabilidade dos reflexos miotáticos e cutâneos que
fomentam o tônus muscular (e podemos chamar isso de hipertonia elástica).

A hipertonia muscular é uma anormalidade motora caracterizada pelo aumento dos reflexos
tônicos dependentes da velocidade do movimento (tônus musculares), resultando em hiperreflexia
miotática decorrente da hiperatividade reflexa, um componente da síndrome do neurônio motor superior
como falamos ali em cima.

A espasticidade normalmente é decorrente de algumas situações clínicas, como por exemplo:


acidente vascular encefálico (AVE), paralisia cerebral, lesões medulares, traumatismos cranianos, doenças
degenerativas e também doenças desmielinizantes.

Ao avaliarmos o tônus muscular, podemos realiza-lo através da palpação, da percussão e da


movimentação passiva.

1. Palpação: verificação da consistência do músculo, podemos perceber se há aumento do tônus


(hipertonia) ou diminuição do tônus (hipotonia);

2. Percussão: produção do fenômeno miotônico;

3. Movimentação passiva: quanto à extensibilidade e à passividade;

Uma escala que usamos comumente na avaliação da espasticidade é a Escala Modificada de


Ashworth.

Vamos observa-la abaixo:

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Ela é a utilizada da seguinte forma: o examinador realiza o teste por meio da movimentação passiva
da extremidade com o arco de movimento para estirar determinados grupos musculares, quantificando sua
resistência ao movimento de forma rápida nas articulações.

Após isso, o examinador observará se o paciente apresenta uma hipertonia ou uma hipotonia
muscular.

No caso das hipertonias musculares, dependendo do que possa causa-la, o paciente poderá
apresentar uma hipertonia elástica (espasticidade) ou uma hipertonia plástica (rigidez).

Por outro lado, quando houver diminuição do tônus, o paciente apresentará hipotonia muscular.

Beleza, mas o que pode causar a hipotonia muscular?

Podemos citar como exemplo: cirurgias, lesões nos sistemas nervosos periférico e central, fatores
emocionais, sedentarismos, doenças degenerativas, lesões musculoesqueléticas e etc.

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Como comentamos anteriormente, existem dois tipos de hipertonia muscular dependendo do fator
causal: as hipertonias piramidais (espasticidade) e as hipertonias extrapiramidais (rigidez).

Nas hipertonias piramidais há o sinal do canivete, e nas hipertonias extrapiramidais, o sinal da


roda denteada ou sinal da catraca.

Vamos entender a diferença entre essas duas hipertonias?

Na hipertonia piramidal o estando o segmento estendido, na tentativa de realizar uma flexão


(solicitando do paciente que fique relaxado) há uma resistência inicial e, vencida esta resistência inicial, o
movimento fica fácil, quase espontâneo até a flexão total do mesmo (que como falamos anteriormente,
também conhecemos como sinal de canivete). É comum observarmos no AVE.

Na hipertonia extrapiramidal: estando o segmento fletido ou estendido, ao estendê-lo ou fleti-lo


há resistências periódicas, como se fosse uma roda denteada. Esse tipo de hipertonia poderá ser detectado
supinando e pronando as mãos do paciente, ficando este, passivo em relação ao movimento realizado pelo
examinador. Comum observarmos na doença de Parkinson.

Para finalizarmos esse tópico, vamos observar esse resumo abaixo:

TÔNUS
MUSCULAR

HIPOTONIA HIPERTONIA

ESPASTICIDADE RIGIDEZ

HIPERTONIA HIPERTONIA
ELÁSTICA PLÁSTICA

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8 – Trofismo Muscular

Bom, querido (a) aluno (a), aqui você precisa tomar muito cuidado, pois é comum as pessoas se
confundirem entre trofismo e tônus. Mesmo sendo definições completamente diferentes, os nomes podem
causar um certo confundimento.

Vamos lá, a primeira coisa que devemos saber é que trofismo muscular é caracterizado pela circunferência
dos braços, antebraços, das coxas e pernas, ou seja, diz respeito volume da massa muscular.

Quando há uma diminuição do trofismo muscular podemos dizer que há hipotrofia muscular.

Agora, quando há um aumento da circunferência do músculo, dizemos que há hipertrofia muscular


ou pseudo-hipertrofia (no caso da distrofia muscular de Duchenne, que vamos estudar na aula de
pediatria).

Na examinação do trofismo muscular, podemos utilizar o método de inspeção, ou seja, olhar locais
de maior comprometimento como os músculos adutor do polegar e deltoide; a cintura escapular; as
panturrilhas e etc.

Um outro método comum de aferição do trofismo é com a utilização de fita métrica, realizando a
perimetria das coxas, pernas, dos braços e antebraços em lugares, previamente, marcados e simétricos.

Beleza? Trofismo é bem tranquilo de entender, né?

Vamos para o nosso próximo tópico de avaliação?

Lembre-se que qualquer coisa é só me procurar nas redes sociais ou no fórum. Estou aqui para te
ajudar sempre que necessário!

9 – Reflexos Profundos e Superficiais

Bom, vamos iniciar esse tópico falando dos reflexos profundos e depois passamos para os reflexos
superficiais, beleza?

Vamos lá!

Quando estudamos os reflexos profundos, devemos saber que eles também são conhecidos como
reflexos miotáticos.

Do ponto de vista fisiológico, qualquer músculo estriado esquelético pode reagir reflexamente a uma
estimulação. Para que isso ocorra, devemos realizar uma percussão para testar os reflexos profundos,
percutindo determinados tendões, ossos ou até mesmo um músculo. Com isso, cada músculo poderá ser
estirado e contrair reflexamente por meio da estimulação de diferentes.

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Podemos graduar a resposta reflexa em:

- Abolição do reflexo (arreflexia)

- Presente (normal)

- Presente com intensidade crescente (hiperreflexia)

- Clônus (que pode transitório ou permanente)

Bom, embora todos os músculos possam responder ao estímulo de estiramento com contração
reflexa, somente poucos reflexos são importantes do ponto de vista clínico e incluídos no exame
neurológico. Os mais avaliados são:

- Reflexo bicipital (seguimentos medulares de C5-C6)

- Reflexo tricipital (seguimentos medulares de C6-C8)

- Reflexo estilorradial - resposta proximal (seguimentos medulares de C5-C6) e distal (seguimentos


medulares C7-C8)

- Reflexo do adutor da coxa (seguimentos medulares de L2-L4)

- Reflexo patelar (seguimentos medulares de L2-L4)

- Reflexo aquileu (seguimentos medulares de S1-S2);

Na imagem abaixo, podemos ver um exemplo da exploração do reflexo patelar.

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Vamos agora estudar os reflexos superficiais?

Nos reflexos cutâneos superficiais, o estímulo é aplicado na pele (por isso o nome de cutâneo
superficial), buscando a contração reflexa do músculo. São diferentes dos reflexos profundos devido à
variedade de estímulos capazes de produzi-los. Enquanto cada músculo apresenta o seu reflexo miotático
(como vimos ali em cima), apenas poucos músculos respondem ao reflexo superficial.

Normalmente ao realizarmos esses estímulos e evocarmos os reflexos, o estímulo provocador do


reflexo é superficial, feito, em geral, com uma agulha de ponta romba (um exemplo é o palito de fósforo
ou a tampa de uma caneta. Em alguns martelos de percussão podemos encontrar a agulha de ponta romba
também) e a resposta é a contração de um grupo muscular.

Vamos estudar alguns reflexos que podem cair nas nossas provas?

a) Cutâneo abdominal: estimulação na região abdominal dos flancos para a cicatriz umbilical na
região da inervação das raízes T7-T9, T9-T10, T11-T12, com o paciente deitado em decúbito dorsal. É
importante que o estímulo provocado seja rápido, já que é bem mais difícil provocar a resposta com a
manobra lenta.

Olha só a imagem abaixo:

Como resposta, haverá a contração da musculatura abdominal com desvio da cicatriz umbilical para
o lado estimulado (músculo reto abdominal e oblíquos).

Normalmente esse reflexo encontra-se abolido nas lesões segmentares da medula (T6-T12) e nas lesões
piramidais acima de T6.

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b) Cutâneo-plantar: Devemos realizar a estimulação na planta dos pés, a partir do calcanhar em direção
aos dedos, pela borda lateral do pé, com o paciente deitado, como se nós estivéssemos desenhando a letra
C na sola do pé do paciente. Como resposta, ocorrerá contração dos músculos flexores dos pododáctilos (na
imagem abaixo está representado pela letra A). Nos casos de lesões nas vias piramidais, esse reflexo estará
abolido, sendo substituído pelo sinal de Babinski, que consiste na flexão dorsal ou extensão lenta do
hálux, provocada pela estimulação da região plantar. A abdução ou abertura em leque dos pododáctilos e
a retirada por flexão do joelho e do quadril pode ocorrer também, juntamente coma extensão do hálux
(na imagem abaixo está correspondendo pela letra B).

Vamos observar a imagem abaixo:

Nos casos de lesão piramidal, o sinal de Babinski estará presente e sempre será evidenciado por meio
da extensão do hálux.

Uma coisa importante a se falar é que se a planta do pé do paciente for muito sensível ou se a
resposta for equívoca, a extensão do hálux poderá ocorrer por outras manobras que conhecemos como
sucedâneos de Babinski.

Vamos estuda-las?

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- Sinal de Chaddock: obtido por meio da estimulação da face lateral do pé, em torno do maléolo externo;

- Sinal de Gordon: pesquisado por meio da compressão da panturrilha;

- Sinal de Oppenheim: obtido com a pressão dos dedos polegar e indicador sobre a face interna da tíbia.

- Sinal de Shafer: obtido através da compressão do tendão de Aquiles.

10 – Equilíbrio e Coordenação

10.1 - Coordenação Motora

Quando falamos de coordenação motora, ouvimos também a palavra "ataxia" que é o termo geral
utilizado para descrever a coordenação anormal de movimentos, sendo caracterizada por deficiência na
velocidade, amplitude de deslocamento, precisão direcional e força de movimento.

Existem outros conceitos importantes quando falamos de coordenação muscular. São eles:

- Dismetria: caracterizada por amplitude incorreta de movimento e força mal direcionada e reflete a
deficiência na regulação da força muscular. Pode ocorrer uma quantidade excessiva de movimento
(hipermetria) ou quantidade insuficiente de movimento (hipometria). Os movimentos hipermétricos
podem ser melhor observados em movimentos curtos, rápidos e intencionais e durante os ajustes posturais.
Por ouro lado, os movimentos hipométricos são mais observados em movimentos lentos e de pequena
amplitude.

Para avaliarmos a coordenação motora, existem testes específicos. São eles:

a) Prova index-nariz: o paciente irá tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova deverá ser realizada
acompanhada ou não pelo auxílio da visão.

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b) Prova índex-nariz-índex: o paciente deverá tocar o nariz com o índex (dedo indicador) e,
posteriormente, o índex do examinador (que fica com o dedo indicador esperando o contato do terapeuta)
de forma repetida e com deslocamento de posição do índex (dedo indicador) do examinador.

c) Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal, tocar o joelho com o calcanhar do lado oposto e
deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia. Essa prova pode ser cronometrada caso haja necessidade.

d) Prova dos movimentos alterados: efetuar movimentos sucessivos de pronação e supinação das mãos
de maneira alternada. Chamamos também de disdiadococinesia.

10.2 – Equilíbrio

Quando estudamos equilíbrio, é importante que saibamos que ele é caracterizado pela capacidade
do indivíduo de responder aos estímulos externos, sendo capaz de assegurar que o centro de gravidade do
seu corpo se mantenha dentro da base de suporte, e isso deve acontecer em condições estáticas (como por
exemplo o ortostatismo), quanto dinâmicas (exemplo: marcha).

Para avaliarmos o equilíbrio podemos utilizar as seguintes algumas manobras, que são:

TESTE ROMBERG PARA AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO

O teste é realizado em pé, com os pés unidos e olhos fechados. No caso de alteração do equilíbrio, o
paciente apresentará oscilação corporal e com isso aumentará sua base de suporte.

TESTE DE PASSO FUKUDA PARA AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO DINÂMICO

O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios têm 0,5 m de
diferença entre si. Esses círculos são divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, formando
um ângulo de 30°. A paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem deslocar-se,
executando 60 passos (um por segundo) com os braços estendidos e com os olhos fechados. São
considerados resultados patológicos se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°.

Um outro jeito de avaliar o equilíbrio estático e dinâmico do paciente é através da escala de


equilíbrio de Berg. Você já ouviu falar sobre ela?

A realização dessa escala leva em torno de 20 minutos e compreende um conjunto de 14 tarefas


relacionadas ao equilíbrio simples, que vão desde levantar-se de uma posição sentada até ficar de pé com
um pé. O grau de sucesso em alcançar cada tarefa recebe uma pontuação de zero (incapaz) a quatro
(independente) e a medida final é a soma de todas as pontuações, que pode ir de 0 (equilíbrio ruim ou sem
equilíbrio) até 56 pontos (excelente equilíbrio).

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11 – Sensibilidade

Na aferição da sensibilidade devemos saber que existem testes para analisar a sensibilidade
exteroceptiva (tátil) e proprioceptiva, descritos a seguir:

a) Sensação tátil: o fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que este indique quando perceber a sensação
teste. A pele é tocada com o objeto do teste em partes e lados do corpo de forma aleatória. Lembrando que
o paciente deve estar de olhos fechados. Podemos realiza-lo da seguinte forma:

- Toque leve: tocar levemente a pele com algodão ou com estesiômetros (observe a figura abaixo)

- Pressão: aplicar com o dedo indicador o suficiente para deformar o contorno da pele.

- Discriminação entre dois pontos: podemos utilizar um compasso, 1 ou 2 pontos simultaneamente são
aplicados sobre a pele, de forma irregular durante 0,5 segundos. O paciente deverá responder se 1 ou 2
pontos estão em contato com a pele.

Também podemos realizar testes relacionado a habilidade do paciente. Vamos entender melhor
isso:

- Estereognosia: é um teste de habilidade no reconhecimento de objetos por meio do toque, isto é, com
os olhos vendados. O avaliador coloca um objeto na mão do paciente e ele terá 15 segundos
aproximadamente para discriminar o objeto, nomeando-o ou descrevendo-o. Podemos colocar para o
paciente reconhecer alguns objetos, como por exemplo: moedas, pente, lápis, caneta, chaves....

- Sensação cinestésica ou proprioceptiva: aqui são testados simultaneamente a direção do movimento e


sensação da posição da articulação. Dessa forma, o fisioterapeuta irá avaliar cada articulação do membro
afetado separadamente e pede-se ao paciente para realizar o mesmo movimento com o membro oposto.

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• Direção do movimento: o paciente é capaz de reproduzir a direção do movimento, mas sua nova posição
está incorreta;

• Posição da articulação: paciente repete os movimentos do teste até cerca de 10°em relação à nova
posição.

11.1 – Dermátomos

Quando estudamos os dermátomos devemos saber que ele é caracterizado pela região da pele
inervada por um único par de raízes sensitivas. É isso que forma um dermátomo. Cada raiz dorsal (sensitiva)
é responsável pela sensibilidade de determinadas regiões do corpo humano, sendo assim é possível criar
um mapa corporal.

Olha só essa imagem aqui embaixo:

https://pbs.twimg.com/media/CEIa0-sW8AAL38C.jpg

Isso é muito importante para nós, fisioterapeutas, pois a partir destes mapas é possível estimar, por
exemplo, quais raízes sensitivas foram afetadas em um paciente com lesão medular, ou identificar qual raiz
sensitiva está sendo comprimida por uma hérnia de disco.

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12 – Flexibilidade

A capacidade de um indivíduo em realizar movimentos com a amplitude máxima fisiológica é uma


das definições e flexibilidade. Ela (a flexibilidade) pode ser ativa onde é a amplitude é alcançada de forma
voluntaria e ou passiva com o auxílio do avaliador.

A flexibilidade pode ser definida com o a capacidade de movimentar um segmento


corporal sem ênfase na velocidade, levando um a articulação ou combinação funcional
de articulações à máxima amplitude de movimentação.

Existem vários métodos para avaliar a flexibilidade; talvez o mais comum seja o Teste Sentar e
Alcançar. Nesse teste utiliza-se uma caixa (Banco de Wells), onde o paciente que está sendo avaliado deve
fazer três tentativas e permanecer por dois segundos na posição “alcança” mantendo o joelho estendido,
o resultado é medido com a maior distância alcançada com os dedos da mão.

A goniometria também pode ser utilizada na avaliação de flexibilidade (falamos dela ali em cima,
lembra?)

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Uma coisa que você pode estar pensando aí é: "ué, mas amplitude de movimento e
flexibilidade não são a mesma coisa?" Bom, elas têm conceitos diferentes e como estamos
falando de um concurso específico para uma organização, pode ser que a banca cobre
dessa forma, então melhor também estudarmos dessa forma! Beleza?

13 - Teste de Caminhada de 6 Minutos

O objetivo deste teste é avaliar a capacidade aeróbia/endurance através da distância percorrida


durante 6 minutos. Indicado: Crianças e adultos, com e sem patologia.

Domínios que avalia: Capacidade Aeróbia/Endurance

Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito Tempo de aplicação: 6 minutos Número de
testes necessários: 2 testes, intervalo mínimo de 30 minutos entre os testes.

Descrição: Este teste sub-máximo avalia a distância que um indivíduo é capaz de percorrer durante 6
minutos, utilizando um percurso de 30 metros. O indivíduo deve usar roupa e calçado confortáveis para
caminhar. A medicação habitual e os auxiliares de marcha devem ser mantidos. Durante o teste usam-se
frases de encorajamento estandardizadas.

Informação geral: O indivíduo deve usar roupa e calçado confortáveis para caminhar (se possível, aquando
da convocatória do indivíduo, deve informá-lo desta questão). O indivíduo, caso use habitualmente um
auxiliar de marcha, deve usá-lo durante o teste (bengala, andarilho, etc.). A medicação habitual do indivíduo
deve ser mantida, incluindo oxigenoterapia se utilizar.

- O indivíduo não deve ter-se exercitado de forma vigorosa nas 2 horas anteriores ao teste. Não
deve ser realizado um período de aquecimento antes do teste.

- O indivíduo deve sentar-se em repouso numa cadeira, perto da posição inicial, durante pelo menos
10 minutos antes do teste começar. Durante este tempo, deve-se verificar se este cumpre algumas das
contraindicações para o teste.

- Deve registar a saturação periférica de oxigénio, tensão arterial, frequência cardíaca, frequência
respiratória, perceção de dispneia e de fadiga dos membros inferiores (Escala de Borg modificada).

- A repetição do teste deve ser realizada após 30 minutos do primeiro teste.

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Material: Corredor livre com 30 metros de comprimento, cronômetro (dois, se possível), 2 cones de
sinalização, cadeira que possa ser facilmente movida ao longo do percurso de marcha, oxímetro
(preferencialmente portátil), medidor de tensão arterial, cardiofrequencímetro (opcional caso o oxímetro
forneça a frequência cardíaca), escala de Borg modificada, fita métrica, fita adesiva.

Contraindicações: As contraindicações absolutas para a realização do TM6M incluem: angina instável ou


enfarte agudo do miocárdio no mês anterior. As contraindicações relativas incluem: frequência cardíaca
de repouso superior a 120bpm, pressão arterial sistólica superior a 180mmHg e diastólica superior a
100mmHg.

As razões para se interromper imediatamente o TM6M são: dor no peito, dispneia intolerável, cãibras nas
pernas, marcha cambaleante, diaforese e palidez ou aparência acinzentada. Se o teste for interrompido por
qualquer uma destas razões, o indivíduo deve ficar sentado ou deitado em decúbito dorsal com uma ligeira
inclinação da cabeceira da marquesa, conforme a gravidade do evento. O profissional de saúde deve
recolher dados relativos à tensão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio e se necessário
encaminhar para o profissional ou serviço de saúde adequados.

Procedimentos: Medir e marcar um percurso de 30 metros. Marcar o percurso a cada 3 metros. Sinalizar os
pontos de mudança de sentido (cones).

O indivíduo deve ser instruído da seguinte forma: O objetivo deste teste é caminhar o mais rapidamente
possível durante 6 minutos. Vai andar para a frente e para trás neste corredor. Durante o teste,
provavelmente vai sentir falta de ar ou ficar exausto e, portanto, se sentir necessidade pode andar mais
devagar, parar e descansar. Pode encostar-se à parede enquanto descansa mas, por favor, retome a
caminhada logo que se sinta capaz. Quando chegar junto dos cones, por favor dê a volta energicamente em
torno dos mesmos e continue a caminhar de volta, sem hesitar.

Demonstração: Demonstra-se uma volta, caminhando e dando a volta em torno do cone de forma
enérgica. Está pronto para fazer o teste? Vou contar o número de voltas completas que dá. Lembre-se que
o objetivo é caminhar o mais rapidamente possível durante 6 minutos, mas não deve correr. Comece agora
ou assim que estiver pronto.

O indivíduo é posicionado na linha de partida e o avaliador deve ficar perto da linha de partida durante o
teste. Este não deve caminhar com o indivíduo.

Logo que o indivíduo comece a caminhar inicia-se a contagem do tempo. O avaliador não deve falar com
ninguém durante o teste e deve projetar um tom de voz neutro nas frases standard de encorajamento. Não
se devem usar palavras de encorajamento ou linguagem corporal para acelerar o indivíduo.

Se o indivíduo parar de caminhar durante o teste e precisar de descansar deve dizer-se o seguinte: Pode
encostar-se à parede se quiser e quando se sentir capaz continue a caminhar. No entanto, não se pára o
cronómetro.

Use o segundo cronômetro para contabilizar o tempo de paragem. -Se o indivíduo parar antes dos 6
minutos e se recusar a continuar (ou se o avaliador decide que este não deve continuar), o indivíduo deve
sentar-se na cadeira.

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A distância percorrida, o tempo que restava para o final do teste e o motivo da paragem precoce são
registados. Depois do primeiro minuto, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Está a sair-se bem. Tem 5
minutos para continuar.

Quando o cronômetro marcar que faltam 4 minutos, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Continue a
fazer um bom trabalho. Tem 4 minutos para continuar.

Quando o cronômetro marcar que faltam 3 minutos, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Está a sair-
se bem. Metade já está feito!

Quando o cronômetro marcar 2 minutos restantes, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Continue a


fazer um bom trabalho. Só lhe restam 2 minutos!

Quando o cronômetro marcar 1 minuto restante, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Está a sair-se
bem. Só tem 1 minuto para caminhar.

Quando faltarem 15 segundos para completar o teste, deve-se dizer-se o seguinte: Dentro de momentos
vou dizer-lhe para parar. Quando eu o fizer, pare direito onde está e eu vou ter consigo.

Quando o cronómetro tocar diz-se o seguinte: Pare! - Entretanto, o avaliador caminha em direção ao
indivíduo e dá-lhe a cadeira, se este parecer exausto. Marca-se o ponto onde o indivíduo está através de um
pedaço de fita adesiva no chão. A perceção de dispneia e de fadiga dos membros inferiores são registados
através da Escala de Borg Modificada.

Final do teste: Regista-se a saturação periférica de oxigénio, a tensão arterial, a frequência cardíaca, a
frequência respiratória e a percepção de dispneia e de fadiga dos membros inferiores (Escala Borg
modificada). Conta-se o número total de voltas e regista-se a distância adicional caminhada (o número de
metros da última volta parcial).

Calcula-se a distância total, arredondada ao metro mais próximo. Felicita-se o indivíduo pelo esforço e
oferece-se água.

Se o indivíduo parar antes dos 6 minutos pergunta-se o seguinte: O que o/a impediu de continuar o teste?

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14 – Chester Step Test

O Objetivo desse teste é avaliar a capacidade aeróbia/endurance através da subida e descida de um


degrau com velocidade controlada e progressivamente aumentada.

Indicado: Adultos saudáveis, Indivíduos com DPOC/Bronquiectasias.

Domínios que avalia: Capacidade Aeróbia/Endurance.

Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito.

Tempo de aplicação: 10 minutos

Número de testes necessários: 2 testes, intervalo mínimo de 30 minutos entre testes.

Descrição: O CST é um teste de exercício submáximo incremental no qual o indivíduo tem de subir/descer
um degrau a uma velocidade controlada por uma série de sinais sonoros pré-gravados. O CST é
incremental, o que significa que, com cada nível de aumento, a velocidade na qual o indivíduo tem que subir
e descer o degrau aumenta (5 níveis de 2 minutos cada). A velocidade da cadência aumenta até ao máximo
tolerado pelo indivíduo ou até uma duração de 10 minutos.

15 – Chair Sit and Reach Test

O objetivo deste teste é avaliar a flexibilidade dos isquiotibiais em pessoas idosas.

Indicado: Adultos, idosos, com e sem patologia.

Domínios que avalia: Motor.

Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito

Tempo de aplicação: 1-2 minutos.

Número de testes necessários: 2 testes

Descrição: Durante o teste, o indivíduo flete lentamente o tronco anteriormente, e desliza com os braços
esticados e as mãos sobrepostas sobre o membro inferior em extensão, numa tentativa de tocar nos dedos
dos pés. É uma modificação do teste Sit and Reach. O teste avalia a distância (em cm) entre as pontas
dos dedos das mãos e os dedos dos pés. Não é comum avaliar os dois membros inferiores, usar o membro
inferior preferido (o que gerar melhor score).

Informação geral: O Chair sit-and-reach test é uma modificação do teste Sit and Reach.

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Não é comum avaliar os dois membros inferiores, usar o membro inferior preferido (o que gerar melhor
score). Aconselhar o indivíduo a expirar durante a realização do teste. O indivíduo deve usar roupa
confortável e pode estar calçado. Permitir ao indivíduo praticar 2 vezes o teste antes de medir a distância.

Material: Fita métrica ou régua com 45 cm, cadeira com encosto (sem braços) com a altura do assento a
aproximadamente 43 cm (a cadeira deve estar estabilizada contra a parede, para evitar que deslize durante
o teste).

Procedimentos: Indivíduo sentado na parte anterior do assento da cadeira; O membro inferior a avaliar é
colocado com o joelho em extensão (anca a 0º de abdução), o calcanhar no chão e o pé em posição neutra;
o pé do outro membro inferior deve estar bem apoiado no chão;

- Explicar ao indivíduo que o objetivo será ele tentar tocar nos dedos dos pés;

- Instruir o indivíduo a inspirar e depois expirar lentamente enquanto flete o tronco anteriormente
(mantendo a coluna e a cabeça alinhadas) e desliza com os braços esticados e as mãos sobrepostas sobre o
membro em extensão;

- O indivíduo deve manter a posição máxima por 2 segundos (mantendo sempre joelho em extensão);

- Meça a distância entre as pontas dos dedos das mãos e os dedos dos pés. Registre com sinal (–) ou com
sinal (+), se o indivíduo não atingir a ponta do pé ou se ultrapassar a ponta do pé, respetivamente. Registe
um score de 0 cm se as pontas dos dedos das mãos tocarem os dedos dos pés.

15 – Teste do Sentar e Levantar - 30 segundos

O objetivo deste teste é avaliar a força dos membros inferiores e o risco de queda, e, avalia a
resistência dos membros inferiores em indivíduos que vivem na comunidade.

Indicado: Adultos e Idosos, Indivíduos com osteoartrite.

Domínios que avalia: Equilíbrio não vestibular e Mobilidade Funcional.

Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito

Tempo de aplicação: 30 segundos.

Número de testes necessários: 1 teste

Descrição: O 30STS avalia o número de ações “levantar/sentar” que um indivíduo pode completar em 30
segundos. O 30STS pode também ser útil na quantificação da mudança funcional de movimentos de
transição e equilíbrio não vestibular. O indivíduo inicia o teste sentado e deve ser encorajado a completar
tantas ações “levantar/sentar” quanto possível.

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Informação geral: O 30STS avalia o número de ações “levantar/sentar” que um indivíduo pode completar
em 30 segundos.

Os indivíduos devem ser avaliados com o seu calçado habitual;

A contagem deve ser feita de forma silenciosa; a pontuação atribuída corresponde ao número de ações
“levantar/sentar” realizadas nos 30 segundos, sendo que quando o indivíduo vai a mais de metade do
levantamento quando se atinge os 30 segundos, este deve ser considerado como completo.

As ações “levantar/sentar” realizadas de forma incorreta não são contabilizadas. Material Cronómetro
Cadeira standard, com um assento firme e uma altura entre 43 – 46 cm sem braços.

Procedimentos: A cadeira deve estar encostada a uma parede, para impedir que se mova;

O indivíduo deve sentar-se na cadeira, a meio do assento, com as costas direitas;

Os pés do indivíduo devem estar no mesmo alinhamento dos ombros, com um pé ligeiramente à frente do
outro para ajudar a manter o equilíbrio durante o levante;

Os braços do indivíduo devem estar cruzados no peito (com as mãos apoiadas nos ombros);

Durante a realização do teste, o indivíduo deve manter os pés bem assentes no chão, os braços cruzados no
peito e as costas direitas;

O avaliador deve estar posicionado lateralmente ao indivíduo.

Instruções ao indivíduo: O indivíduo deve ser encorajado a completar tantas ações “levantar/sentar”
quanto possível sendo instruído a sentar completamente entre cada ação;

O indivíduo deve ser instruído da seguinte forma: Quando eu disser a palavra VÁ, vai levantar-se e sentar-
se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais rápido que conseguir durante 30 segundos.

Por favor, tenha em atenção que deve esticar completamente o joelho quando se levanta e não precisa tocar
com as costas no encosto da cadeira de cada vez que se senta.

Eu vou contar o número de vezes que se vai levantar e sentar nos próximos 30 segundos.

Agora vou mostrar-lhe. Por favor, veja a forma como eu me sento e levanto sem hesitação. (Demonstra e
permite que o indivíduo pratique 1-2 repetições). Está pronto para fazer o teste?

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16 – Teste do Sentar e Levantar 5 Vezes

O objetivo deste teste é avaliar a força muscular dos membros inferiores relacionada com a
funcionalidade (mobilidade funcional, força).

Indicado: Idosos; Indivíduos com Paralisia Cerebral; Indivíduos com Doença de Parkinson; Indivíduos com
distúrbios vestibulares; Indivíduos em recuperação de Acidentes Vasculares Cerebrais. Domínios que avalia:
Equilíbrio não vestibular e Mobilidade Funcional.

Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito.

Tempo de aplicação: Menos de 5 minutos.

Número de testes necessários: 1 teste.

Descrição: O 5STS pode também ser útil na quantificação da mudança funcional de movimentos de
transição. Durante o teste, o indivíduo levanta-se e senta-se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais
rápido que consegue durante 5 vezes. Contabiliza-se o tempo total necessário para o indivíduo completar
as 5 repetições.

Informação geral: O 5STS é um teste simples que pode ser executado em espaços pequenos. Durante o
teste, o indivíduo levanta-se e senta-se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais rápido que consegue
durante 5 vezes. Contabiliza-se o tempo total necessário para o indivíduo completar as 5 repetições.

Material: Cadeira com assento rígido (altura do assento 43-45cm), Cronômetro.

Contraindicações: Nenhuma contraindicação de referência, contudo os valores dos sinais vitais, glicémia e
saturações periféricas de O2 devem ser sempre verificados antes da execução do teste.

Procedimentos: - A cadeira deve estar encostada a uma parede, para impedir que se mova;

- O indivíduo deve usar roupa e calçado confortáveis;

- O indivíduo não deve ter-se exercitado de forma vigorosa nas 2 horas anteriores ao teste; 

Registros: tempo desde que é dado o comando verbal para início do teste até o indivíduo se voltar a sentar
pela 5ª vez.

Instruções ao indivíduo: O indivíduo deve ser instruído a sentar-se na cadeira com os braços cruzados sobre
o peito e com as costas encostadas ao encosto.

- Nos indivíduos que sofreram um AVE, é permitido ter o braço comprometido ao lado ou numa tipoia. De
seguida, o indivíduo deve ser informado do seguinte: Quando eu disser a palavra VÁ, vai levantar-se e
sentar-se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais rápido que conseguir durante 5 vezes.

- Por favor, tenha em atenção que deve esticar completamente o joelho quando se levanta e não precisa
tocar com as costas no encosto da cadeira de cada vez que se senta. Agora vou mostrar-lhe. Por favor, veja

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a forma como eu me sento e levanto sem hesitação. (Demonstra e permite que o indivíduo pratique 1-2
repetições).

17 – Teste de Marcha - 10 Metros

O objetivo deste teste é avaliar a velocidade de marcha num percurso de 10 metros.

Indicado: Adultos saudáveis, população idosa, indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crónica,
acidente vascular cerebral (AVC), lesões medulares, doença de Parkinson, dor osteoarticular, esclerose
múltipla.

Domínios que avalia: Mobilidade Funcional, Marcha, Capacidade Aeróbia e Componente


Vestibular/Equilíbrio

Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito

Tempo de aplicação: Inferior a 5 minutos

Número de testes necessários: 3 testes

Descrição: Indivíduo caminha sem assistência durante 10 metros e o tempo é cronometrado durante os 6
metros intermédios para permitir aceleração e desaceleração.

O teste pode ser avaliado à velocidade confortável (preferred gait speed) e/ou velocidade máxima (fastest
gait speed) do indivíduo. Existe valor clínico em avaliar o teste nas duas velocidades garantindo tempo de
repouso suficiente entre testes para permitir um estado cardiorrespiratório basal semelhante.

Auxiliares de marcha podem ser usados mas a sua utilização deve ser consistente de teste para teste e esta
informação registada.

Informação geral: A velocidade de marcha em adultos é importante tanto devido às suas implicações na
comunidade, como devido à sua relação com variáveis consequentes, tais como a realização de atividades
de vida diária de forma independente e a história da queda.

Este instrumento pode ser interpretado como indicador de Mobilidade Funcional, Marcha, Capacidade
Aeróbia e Componente Vestibular.

Objetivo do teste é avaliar a velocidade de marcha, em metros por segundos, utilizando um percurso de 10
metros.

Material: Cronômetro, fita métrica para marcar o percurso, fita adesiva para efetuar as marcações

Contraindicações: Nenhuma contraindicação de referência, contudo os valores dos sinais vitais, glicemia e
saturações periféricas de O2 devem ser sempre verificados antes da execução do teste.

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Procedimentos: O indivíduo deve utilizar calçado confortável, de forma a minimizar o risco de lesão e a
melhorar a performance do teste.

Deve ser registado inicialmente a utilização ou não de auxiliar de marcha. Indivíduo caminha sem
assistência durante 10 metros e o tempo é cronometrado para os 6 metros intermédios para permitir
aceleração e desaceleração.

Começar a cronometrar quando os dedos do pé do membro inferior que vai à frente ultrapassam a marca
dos 2 metros (figura 1);

Parar de cronometrar quando os dedos do pé do membro inferior que vai à frente ultrapassam a marca dos
8 metros (figura 1);

O indivíduo realiza marcha individual, à sua velocidade confortável (preferred gait speed) e/ou velocidade
máxima (fastest gait speed) – o tipo de velocidade avaliado deve ser registado de modo a permitir
reavaliação.

Repetir a medição 3 vezes para cada velocidade (confortável + máxima) e calcular o valor médio das três
avaliações.

Imediatamente após o teste, o investigador deve converter para velocidade de marcha em m/s dividindo o
tempo total por 6.

Deve ser realizada uma demonstração do teste antes de iniciar.

Este teste requer um percurso de 10 m em linha reta: 2m iniciais reservados à aceleração, 8 m intermédios
para avaliação, e os 2 m finais para desaceleração.

Se um indivíduo precisar de assistência durante a realização do teste, deve ser fornecida apenas a
quantidade mínima necessária para que conclua a tarefa.

O nível de assistência deve ser documentado e deve refletir a maior quantidade de assistência fornecida
durante o teste. Por exemplo, se um indivíduo necessitou de assistência mínima para a maioria do teste,
mas necessitou de assistência moderada para estabilidade em uma ocasião, deve ser registada a assistência
moderada. A assistência deve ser fornecida apenas para evitar uma queda ou colapso (ou seja, colapso do
joelho, colapso do tronco, etc).

A assistência não deve ser fornecida para oscilação do membro ou para impulsionar o indivíduo para frente.

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O registo do nível de assistência utiliza uma escala de 7 pontos:

1 = assistência total [o indivíduo realiza 0% -24% da tarefa]

2 = assistência máxima [o indivíduo executa 25% -49% da tarefa]

3 = assistência moderada [indivíduo realiza 50% -74% da tarefa]

4 = assistência mínima [o indivíduo executa 75% -99% da tarefa]

5 = supervisão [o indivíduo necessita de presença próxima, mas sem contato físico]

6 = independente modificada [o indivíduo necessita de dispositivos auxiliares, precisa de tempo extra]

7 = independente

Instruções ao indivíduo Velocidade Confortável de Marcha: “Quando eu disser vá, caminhe na velocidade
que considere mais confortável e em segurança até eu dizer pare.”

Velocidade Máxima de Marcha: “Quando eu disser vá, caminhe o mais rápido possível em segurança até
eu dizer pare.” Os indivíduos não devem falar durante o teste, com exceção naturalmente se o indivíduo
precisar de interromper o teste ou relatar quaisquer sintomas (por exemplo, dor, tontura).

18 – One Leg and Tandem Stance

O objetivo deste teste é avaliar o controle postural e equilíbrio estático.

Indicado: Adultos saudáveis, Indivíduos com doença de Parkinson ou em reabilitação Neurológica.

Domínios que avalia: Função motora e equilíbrio

Componente da CIF: Funções do corpo, Atividades e Participação Custo: Gratuito

Tempo de aplicação: Aproximadamente 5 minutos.

Número de testes necessários: 3 testes para avaliação do desempenho de olhos abertos e outros 3 testes
para avaliação do desempenho de olhos fechados

Descrição: Durante o teste, o indivíduo fica de pé apoiado apenas sobre um membro inferior, com os braços
sobre o peito. Deve realizar o teste com os olhos abertos e fechados, idealmente descalço.

Informação geral: Este teste pode ser interpretado como indicador de Controlo Postural e Equilíbrio
Estático. O indivíduo deve ficar de pé apoiado sobre a perna dominante, colocar os braços sobre o peito e
manter esta posição o máximo tempo possível.  Deve realizar o teste de olhos abertos e fechados.  Deve
cumprir o teste sem calçado.

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Material: cronômetro

Procedimentos: Antes de iniciar o teste o avaliador deve registar qual o membro dominante. Um exemplo
será o membro utilizado para chutar uma bola.

Os indivíduos realizam 3 testes que correspondem a 3 tentativas com os olhos abertos e 3 tentativas com os
olhos fechados, alternando entre as condições. Por exemplo, uma tentativa com olhos abertos seguida de
uma tentativa com olhos fechados corresponde a um teste.

Pelo menos 5 minutos de descanso são permitidos entre cada teste para evitar a fadiga.

O avaliador usa um cronômetro para medir o tempo que o sujeito fica em cada posição.

O tempo começa quando o sujeito levanta o pé do chão.

O tempo termina quando:

1) as pernas tocarem uma na outra

2) o pé de apoio mover-se no chão

3) o pé elevado tocar no chão 4)

os braços moverem-se da posição inicial

5) o indivíduo abrir os olhos (nas tentativas com olhos fechados).

Deve ser considerado, como resultado final, o melhor resultado (em segundos) para cada uma das condições
(olhos abertos e olhos fechados)

Instruções ao indivíduo:

Olhos Abertos

1. Inicialmente o indivíduo é instruído a cruzar os braços sobre o peito com as mãos a tocar os ombros.

2. Demonstrar o teste ao indivíduo e explicar “Deve ficar de pé sobre uma perna e não deixe as pernas se
tocarem; olhar em frente com os olhos abertos e focado num objeto a cerca de 90 cm à sua frente.”

Olhos Fechados

1. Inicialmente o indivíduo é instruído a cruzar os braços sobre o peito com as mãos a tocar os ombros.

2. Demonstrar o teste ao indivíduo e explicar: “Deve ficar de pé sobre uma perna e não deixar que as pernas
se toquem. Deve fechar os olhos assim que estiver em posição.”

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18 – Escala de Borg Modificada

O objetivo deste teste é graduar a dispneia ou fadiga em tempo real.

Indicado: Adolescentes e adultos, com e sem patologia

Domínios que avalia: Dispneia/fadiga

Componente da CIF: Funções do corpo Custo: Gratuito

Tempo de aplicação: Menos de 1 minuto

Descrição: A EBM é uma escala de 10 pontos (0-10) que ajuda a compreender a intensidade/gravidade da
falta de ar/cansaço.

Durante a sua aplicação, a EBM impressa (tamanho de letra mínimo de 20) deve ser apresentada ao
indivíduo, e este convidado a ler todos os níveis possíveis.

Explicar ao indivíduo que 0 significa não experienciar dispneia/fadiga no momento, e que 10 significa a pior
dispneia/fadiga que já experienciou ou a pior dispneia/fadiga imaginável.

Em seguida, pedir ao indivíduo para graduar a sua sensação de falta de ar/fadiga no momento, usando a
escala.

Esta escala é particularmente útil nos testes de endurance máximos/submáximos e nas sessões de exercício
físico.

Caso a EBM seja utilizada para graduar a dispneia/fadiga no fim de um teste/atividade, relembrar o indivíduo
do valor seleccionado antes do teste/atividade e pedir novamente ao indivíduo para graduar a sua sensação
de falta de ar/fadiga no final, usando a escala.

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19 – Modified Medical Research Council Dyspnea Scale

O objetivo deste teste é avaliar a dispneia de acordo com diferentes níveis de atividade.

Domínios que avalia: Dispneia

Componente da CIF: Funções do Corpo, Atividades e Participação Custo: Gratuito

Tempo de aplicação: Menos de 1 minuto

Descrição: A mMRC é uma escala de 5 pontos (0-4), que ajuda a avaliar a incapacidade relacionada com a
dispneia.

É útil numa avaliação inicial para estabelecer o perfil do indivíduo durante a sua aplicação, a mMRC impressa
(tamanho de letra mínimo de 20) deve ser apresentada ao indivíduo, e este convidado a ler todas as
afirmações.

Em seguida, pedir ao indivíduo que seleccione a afirmação que melhor descreve a sua sensação de falta de
ar.

A mMRC é usada para calcular o índice de BODE (body-mass index (B), the degree of airflow obstruction
(O), dyspnoea (D), and exercise capacity (E)).

20 – Get Up and Go Test (Teste de Levantar e Sentar)

Esse teste é realizado com o paciente levantando de uma cadeira reta e com encosto, caminhando três
metros, voltando, após girar 180° para o mesmo local e se sentando novamente.

Com isso podemos avaliar o equilíbrio do paciente sentado, o equilíbrio durante a marcha e a
transferência.

A interpretação desse teste é a seguinte:

( 1 ) Normalidade;

( 2 ) Anormalidade Leve;

( 3 ) Anormalidade Média;

( 4 ) Anormalidade Moderada;;

( 5 ) Anormalidade Grave.

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Caso o paciente apresente uma pontuação de 3 pontos ou mais, indica um risco de quedas
aumentado.

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21 – Timed Up and Go Test (Teste de Levantar e Andar


Cronometrado)

O Timed up and Go (TUG) é uma variação do teste que estudamos ali em cima. Ele, além de avaliar os itens
relacionados, mensura o tempo da realização da tarefa.

A interpretação é a seguinte (e pasmem, esse tempo já foi questão de concurso!).

- Menor ou igual a 10 segundos - independente, sem alterações;

- Entre 11 e 20 segundos - Independente em transferências básicas, baixo risco de quedas;

- Maior ou iguala 20 segundos - dependente em várias atividades de vida diária e na mobilidade, alto risco
de quedas.

Vale aqui lembrar que no TUG, o paciente precisa estar sentando em uma cadeira com encosto, e ao
comando do avaliador (que vai estar cronometrando o teste), vai se desencostar, levantar, andar 3 metros,
girar 180° e voltar. O examinador só para o cronometro quando o paciente se senta e encosta novamente
no encosto da cadeira.

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22 – Teste de Equilíbrio e Marcha (TINETTI)

Esse teste é realizado devido à grande propensão dos indivíduos idosos a instabilidade postural e a
alterações de marchas, que levam a um aumento do risco de quedas.

Em 2003 esse teste foi adaptado para que nós, brasileiros, pudéssemos usa-los também, mas aqui
ele recebeu o nome de POMA (Performance Oriented Mobility Assessment).

O teste consiste em uma escala de 16 tarefas que são avaliadas por meio da observação do
examinador.

São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas totalizando no máximo 48 pontos.

O valor abaixo de 19 pontos e entre 19 e 24 pontos representam respectivamente um alto e


moderado risco de quedas.

O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas: de equilíbrio e de marcha.

A primeira escala (equilíbrio) possui 9 itens: equilíbrio sentado, levantar da cadeira, tentativas de
levantar, equilíbrio em pé, equilíbrio ao girar. Observe abaixo:

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==27e58e==

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Já a segunda escala (marcha) possui 7 itens: início da marcha, comprimento e altura dos passos,
simetria dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos tornozelos.

Nas tarefas/manobras em que é necessário o uso de uma cadeira, o paciente inicia a avaliação numa
cadeira rígida, sem braços e costas eretas. Vamos observar abaixo:

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23 – Velocidade de Marcha

Para a aferição da velocidade da marcha é bem simples! Ela é medida pelo tempo, em segundos e
milésimos de segundo que o paciente leva para percorrer 4 metros. O cálculo é realizado pela média de
três tentativas. O normal é que o paciente demore menos que 0,8 m/s para realizar essa medida de
velocidade da marcha.

24 – Circunferência da Panturrilha

É a medida mais sensível e mais utilizada para avaliação da massa muscular em idosos (o normal é ≥ 31 cm).

25 – Funções Cognitivas e Emocionais

Quando falamos de cognição é importante que saibamos que ela é um processo de aquisição de
conhecimentos e inclui a atenção, o raciocínio, o pensamento, a memória, o juízo, a linguagem entre outas
características importantes.

Ao realizarmos uma avaliação cognitiva, podemos identificar as principais alterações de saúde


mental do idoso.

Esses testes são importantes pois através deles conseguimos rastrear (veja bem, RASTREAR NÃO
É DIAGNOSTICAR, CUIDADO!) déficits cognitivos importantes.

Existem várias escalas e testes que podemos realizar, vamos ver os mais utilizados e os mais
cobrados nas provas dos concursos?

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Mini Exame do Estado Mental (MEEM)

Querido (a) aluno (a), se eu pudesse falar um teste para você se apegar, seria esse! O MEEM é um
instrumento rápido, fácil e avalia os principais aspectos das funções cognitivas.

Observe só como ele é realizado:

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O MEEM é constituído de duas partes, uma que abrange orientação, memória e atenção, com
pontuação máxima de 21 pontos e, outra que aborda habilidades específicas como nomear e
compreender, com pontuação máxima de 9 pontos, totalizando um escore de 30 pontos.

Os valores mais altos do escore indicam maior desempenho cognitivo. O MEEM aborda questões
referentes à memória recente e registro da memória imediata, orientação temporal e espacial, atenção e
cálculo e linguagem - afasia, apraxia e habilidade construcional.

Devido à conhecida influência do nível de escolaridade sobre os escores totais do MEEM, adotou-se
pontuações diferentes para pessoas com distintos graus de instrução.

Como assim, Débora? Bom, eu explico!

- 20 pontos para analfabetos (pessoas sem escolaridade);

- 25 pontos para pessoas com escolaridade de 1 a 4 anos de estudo;

- 26 pontos para 5 a 8 anos de estudo;

- 28 para aqueles com 9 a 11 anos de estudo;

- 29 pontos para mais de 11 anos de estudo.

Teste do Desenho do Relógio

O teste do desenho do relógio (TDR) tem como função avaliar as funções executivas, memória,
habilidades visuoconstrutivas, abstração e compreensão verbal. É de fácil aplicação.

Para realiza-lo devemos ofertar para o paciente um papel em branco e um lápis.

Após isso, solicitar para que o paciente desenho um relógio com todos os números e ponteiros
marchando a 2:45 (duas horas e quarenta e cinco minutos).

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Não há um consenso para pontuação dos indivíduos realizarem, mas há um quadro na literatura,
observe abaixo:

Escala de Depressão Geriátrica (GDS)

A GDS é uma escala utilizada para rastrear quadros depressivos, já que nessa faixa etária as
manifestações são muito atípicas. É uma escala de fácil aplicação e o paciente tem que replicar questões
com respostas sim/não (chamamos essas respostas de dicotômicas).

Existe a versão original, que tem 30 questões, mas há também versões simplificadas, de 15 e menos
questões. Tanto que a versão mais utilizada é a de 15 itens e também a validada no Brasil.

Lembre-se de que nós RASTREAMOS e não DIAGNOSTICAMOS.

Podemos (na verdade, devemos) encaminhar o paciente para testes neuropsicológicos mais
elaborados caso haja desconfiança de alguma patologia.

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Vamos observar a escala:

Na interpretação, quando há uma pontuação > que 5 pontos, sugere-se depressão.

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26 – Capacidade Funcional

Podemos definir capacidade funcional como a aptidão do idoso para realizar tarefas que lhe permita cuidar
de si mesmo e ter uma vida independente em seu meio.

A funcionalidade do idoso é determinada pelo seu grau de autonomia e independência


(conversamos sobre isso lá no início desse livro, lembra?).

Quando estudamos as Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD), devemos entender que essas se
referem ao autocuidado, ou seja, são as atividades fundamentais necessárias para realizar, como por
exemplo: banho, se vestir, promover higiene, se transferir da cama para a cadeira, capacidade de se
alimentar e de deambular.

Se o idoso apresenta incapacidade nessas tarefas, podemos entender que o mesmo apresenta um
alto grau de dependência

As escalas mais utilizadas para avaliar as atividades básicas de vida diária são a escala de Katz e
o Índice de Bathel.

Vamos estuda-las separadamente?

Escala de Katz

A escala de Katz permite avaliar a autonomia do idoso para realizar as atividades básicas e
imprescindíveis à vida diária como citamos ali em cima (tomar banho e se vestir, por exemplo)

Ela foi desenvolvida para avaliação dos resultados de tratamento em idosos e para predizer o
prognóstico nos doentes crônicos. Consta de seis itens que medem o desempenho do indivíduo nas
atividades de autocuidado, obedecendo uma hierarquia de complexidade: alimentação, controle de
esfíncteres, transferência, higiene pessoal, capacidade para se vestir e tomar banho, baseando-se em
funções primárias biológicas e psicossociais.

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Índice de Bathel

O índice de Barthel é um instrumento que avalia o nível de independência do sujeito para a


realização de dez atividades básicas de vida: comer, higiene pessoal, uso dos sanitários, tomar banho,
vestir e despir, controle de esfíncteres, deambular, transferência da cadeira para a cama e subir e descer
escadas.

Na versão original a pontuação da escala varia de 0-100 (com intervalos de 5 pontos). A pontuação
mínima de zero corresponde a máxima dependência para todas as atividades de vida diárias (AVD)
avaliadas, e a máxima de 100 equivale a independência total para as mesmas AVD avaliadas.

Existem versão desenvolvidas por pesquisadores que propõem uma pontuação dos itens em (0,1,2
ou 3), obtendo um escore total da escala entre 0 (totalmente dependente) e 20 (totalmente independente)
em oposição à versão original (0-100).

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Escala de Lawton

A escala de Lawton é uma das mais utilizadas para avaliar as AIVDS (utilização do telefone,
realização de compras, preparação das refeições, tarefas domésticas, lavagem da roupa, utilização de meios
de transporte, manejo da medicação e responsabilidade de assuntos financeiro).

Sua pontuação é de 27 pontos, correspondendo à maior independência, enquanto a pontuação


mínima, de 9 pontos, corresponde a maior dependência.

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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 01 - (CESPE - HUB - MG - Fisioterapeuta - 2018). No que se refere à atuação do fisioterapeuta
junto a pacientes idosos, julgue o seguinte item.

Os índices de Katz e Barthel avaliam atividades instrumentais da vida diária, como usar transporte
público, tomar medicação, fazer compras e preparar refeições.

a) Certo

b) Errado

Comentários:

A alternativa A está incorreta.

A alternativa B é a correta. O índice de Katz e de Barthel são usados para avaliar ATIVIDADES DE VIDA
DIÁRIA e não atividades instrumentais de vida diária.

As Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) são atividades de autocuidado ou de cuidado pessoal, como
alimentar-se, banhar-se e vestir-se; e as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) consistem em
habilidades de mobilidade ou atividades para manutenção do ambiente, que englobam tarefas mais
complexas e, por vezes, relacionadas à participação social do sujeito, como, por exemplo, realizar compras,
atender o telefone e utilizar meios de transporte.

O Índice de Barthel abrange 10 funções e atividades fundamentais no cotidiano, como alimentar-se,


banhar-se, pentear-se, vestir-se, controle intestinal, controle vesical, transferência para o vaso sanitário,
transferência da cadeira para a cama, caminhar e subir escadas.

A contagem total vai de 0 a 100 pontos (independência total), em aumentos de 5 pontos. As funções são
mensuradas de acordo com a importância para a independência funcional. A realização da contagem toma
apenas 5 a 10 minutos, porém a observação das tarefas leva uma hora. Um resultado de 60 pontos obtidos
parece ser o ponto de transição da dependência para a independência assistida. Muitos pesquisadores
do Barthel indicam que este instrumento possui excelente confiabilidade e validade. A sensibilidade deste
teste ainda não foi bem aferida.

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Questão 02 - (Prefeitura de Fortaleza - CE - Fisioterapeuta - 2018). Sobre os instrumentos de avaliação


da capacidade funcional, frequentemente utilizados em idosos, assinale a alternativa correta.

A) O questionário BOMFAQ avalia a dificuldade referida e a quantificação de comprometimento na


realização de 7 atividades instrumentais da vida diária.

B) A escala de Barthel mede o grau de independência em 10 atividades da vida diária que são pontuadas
entre 0, 10, 20, 30, proporcional à dependência.

C) O índice de Katz avalia as habilidades de manutenção de 6 atividades diárias, hierarquicamente, sob o


aspecto fisiológico de funções mais complexas, como banho, para funções mais simples, como alimentação.

D) A MIF avalia o grau de independência em 18 tarefas agrupadas em 2 dimensões: autocuidado e


locomoção.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. No BOMFAQ, são avaliadas 15 atividades básicas da vida diária e quantifica
o grau de comprometimento em leve, moderado e grave.

A alternativa B está incorreta. Índice de Barthel: São avaliadas 4 atividades (alimentação; transferência;
higiene pessoal; e uso do banheiro). Dentro dessas atividades, são classificadas com valores, de acordo com
a dependência em 0, 5, 10 e 15.

A alternativa C é a correta. O índice de Katz avalia as habilidades de manutenção de 6 atividades diárias,


hierarquicamente, sob o aspecto fisiológico de funções mais complexas, como banho, para funções mais
simples, como alimentação.

A alternativa D está incorreta. A MIF avalia a capacidade funcional de acordo com 3 dimensões: CUIDADOS
PESSOAIS; MOBILIDADE/TRANSFERÊNCIAS E LOCOMOÇÃO. E são 11 tarefas e não 18.

Questão 03 - (UFES - Fisioterapeuta - 2018). NÃO é um teste validado para quantificar o risco de queda
de idosos:

A) Escala de Equilíbrio de Berg.

B) Índice de Barthel.

C) Timed Up and Go (TUG).

D) Teste de sentar e levantar 5 vezes.

E) Tinetti POMA.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta. Avalia equilíbrio estático e dinâmico, e com isso pode nos predizer se esse
indivíduo poderá a ter quedas.

A alternativa B é a correta. O Índice de Barthel avalia o nível de independência do sujeito para a realização
de dez atividades básicas de vida diária (ABVD): comer, higiene pessoal, uso dos sanitários, tomar banho,
vestir e despir, controlo de esfíncteres, deambular, transferência da cadeira para a cama, subir e descer
escadas.

A alternativa C está incorreta. Esse teste nos mostra equilíbrio e mobilidade, fazendo com que possamos
predizer o risco de quedas.

A alternativa D está incorreta. Pode nos ajudar a predizer o risco de quedas.

A alternativa E está incorreta. Pode nos ajudar a predizer o risco de quedas.

Questão 04. (CESPE – EBSERH – Fisioterapeuta Neurofuncional – 2018). O exame neurológico do


paciente, quando corretamente realizado e interpretado, proporciona ao fisioterapeuta elementos
importantes para a adequada programação do tratamento. Acerca desse exame, julgue o item
seguinte.

O sinal de Romberg, que deve ser testado com o paciente em pé, de olhos fechados e com pés unidos,
tem como sinal positivo a ocorrência de oscilações no corpo, podendo acontecer queda em qualquer
direção, o que pode ser evidenciado em pacientes com alterações das sensibilidades profundas.

A) Certo

B) Errado

Comentários:

A alternativa A é a correta. O sinal de Romberg é realizado exatamente dessa forma! Ele deve ser testado
com o paciente em pé, de olhos fechados e com pés unidos, tem como sinal positivo a ocorrência de
oscilações no corpo, podendo acontecer queda em qualquer direção, o que pode ser evidenciado em
pacientes com alterações das sensibilidades profundas.

A alternativa B está incorreta.

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Questão 05. (FCM - IF FARROUPILHA - RS - Fisioterapeuta - 2016). Ao avaliar a coordenação de um


paciente, podem-se identificar diversas alterações, dentre elas a disdiadococinesia, definida como

A) Movimentos mais lentos do que o normal.

B) Dificuldade em realizar movimentos alternantes rápidos.

C) movimentos involuntários, rápidos, irregulares e bruscos

D) movimento realizado de modo fragmentado, não homogêneo.

E) alteração na capacidade de mudanças a movimentos coordenados.

Comentários:

A alternativa A está incorreta. Podemos chamar de bradicinesia.

A alternativa B é a correta. A disdiadococinesia é a dificuldade em realizar movimentos alternantes


rápidos.

A alternativa C está incorreta. Podemos caracterizar esse movimento como coreia.

A alternativa D está incorreta. Isso é caracterizado pela disdiadococinesia.

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