Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Débora
Lima)
PSS - Rede Sarah (Fisioterapeuta)
Conhecimentos Específicos - 2022
(Pós-Edital)
Autor:
Débora Lima, Gislaine dos Santos
Holler, Mara Claudia Ribeiro
08 de Outubro de 2022
Sumário
10.2 – Equilíbrio................................................................................................................................... 29
11 – Sensibilidade ................................................................................................................................... 30
12 – Flexibilidade .................................................................................................................................... 32
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Olá querido aluno (a) do Estratégia Concursos, tudo bom? É com grande satisfação que estou aqui para lhe
ajudar a estudar (e conquistar a aprovação) no tão sonhado concurso da Rede Sarah.
Trata-se de um material preparado com muita dedicação e afinco, exclusivo para esse edital de seleção.
Fizemos uma varredura dos temas e provas dos últimos anos desse concurso.
Passaremos por todos os assuntos voltados para a fisioterapia. Seja qual for seu grau de estudos (desde o
concurseiro que está iniciando nos estudos até aquele que já está nessa carreira a mais tempo) você vai
conseguir estudar pelo nosso material :)
Os conceitos aqui expostos serão tratados da forma mais didática possível, com explicações das questões e
mapas mentais dos temas mais relevantes para você mandar bem nos estudos.
Posso te dar uma dica? Resolver questões anteriores é de grande valia para nos situarmos diante das
possibilidades de cobrança da banca durante a prova. Não deixe de busca-las e resolve-las durante seus
estudos!
Para finalizar essa nossa conversa inicial, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo
em .PDF é o contato direto e pessoal com o professor, além do fórum de dúvidas. Não podemos (e nem
devemos) ir para uma prova com dúvidas! Pode acontecer (e é natural que aconteça, inclusive) de que, ao
ler o material proposto, surjam dúvidas e curiosidades! Se isso acontecer, não hesite e me escreva.
Responderei sempre que for possível.
Além disso, teremos vídeoaulas atualizadas para esse concurso! Essas aulas destinam-se a complementar a
sua preparação. Mas é importante salientar que AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS
QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFs. Ou seja, em alguns momentos haverá materiais com vários vídeos
disponíveis, em outros, apenas poderemos ter um vídeo único ou até mesmo materiais que não tenham
nenhum vídeo. Lembre-se sempre que nosso foco é sempre a metodologia de estudo ativa!
Esta é a proposta para que você tenha o melhor material possível em mãos!
Vamos lá?
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Eu ainda não me apresentei, né? Bom, meu nome é Débora Lima, sou fisioterapeuta com experiência
em fisioterapia neurofuncional, mestre e doutora em ciências da reabilitação. Ministro aulas presenciais e
online em algumas disciplinas na área da saúde, mas principalmente na fisioterapia, que é minha área de
formação. Já trabalhei como fisioterapeuta neurofuncional na Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ e atualmente,
além de lecionar (como disse ali em cima, também sou fisioterapeuta da Orquestra da Maré do Amanhã 0
RJ). Vai ser um prazer imenso estudar junto com vocês.
Aqui embaixo nessa caixinha eu vou deixar meu contato para que você tire quaisquer dúvidas ou até mesmo
queira me dar um feedback das aulas. Esse contato é muito importante :)
E-mail: deboralima.lc@gmail.com
Instagram I: https://www.instagram.com/neurostudent
Youtube: https://www.youtube.com/neurostudent
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
1 - Considerações Iniciais
Antes de iniciar a aula propriamente, é importante uma observação. Ao longo desta aula haverá
várias descrições de escalas de avaliação, mas com certeza não conseguiremos abordar todas. São
inúmeras! Focaremos aqui nas mais cobradas nos concursos em geral.
Nós, fisioterapeutas, testamos e medimos diversas características para identificar os problemas que
são apresentados pelos pacientes e usamos a informação obtidas para auxiliar a tomada de decisão em
matéria de diagnóstico, prognóstico, definição do plano de tratamento, dos resultados esperados e dos
resultados obtidos. Mas com que ferramentas o fazemos? Quão fidedigna e válida é a informação recolhida?
Antes de qualquer coisa devemos levar em consideração a prática baseada na evidência que
corresponde ao uso consciente, explícito e criterioso da melhor evidência disponível na tomada de
decisão clínica sobre cuidados aos pacientes.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
A CIF é constituída por duas partes, contendo, cada uma delas, dois componentes em separado: a
primeira parte se relaciona com a funcionalidade e a incapacidade, incluindo as estruturas e as funções
do corpo e as atividades e a participação; a segunda parte abrange os fatores contextuais, contemplando
os fatores ambientais e os fatores individuais.
Vamos entender um pouco mais da CIF observando a interação entre os componentes dela:
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
- Função: é a função da estrutura que foi acometida (por exemplo, se a estrutura for o membro inferior
esquerdo, mais especificamente o joelho, a função acometida pode ser a flexão ou extensão desse joelho).
- Fatores ambientais: vão desde o ambiente individual mais imediato ao mais genérico, incluindo o
ambiente físico, o social e as atitudes.
- Fatores pessoais: englobam as características do indivíduo (exemplo: gênero, idade...) que influenciam ou
podem influenciar a funcionalidade e a incapacidade.
Numa segunda instância, medir o modo como as deficiências alteram a execução de tarefas ou
atividades básicas, isto é, medir a limitação de atividades.
Por fim, medir o modo como limitações persistentes restringem a qualidade do desempenho social
do indivíduo, ou seja, medir a função nas suas dimensões física, psicológica e social.
Depois de tuuuuudo o que falamos, deu para entender que nós, fisioterapeutas, temos o papel de
mensurar e avaliar as características dos nossos pacientes através de testes funcionais reflitam as limitações
de atividade de vida diária do paciente e outras características importantes.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Os testes e medidas são meios avaliativos para coletar informação dos pacientes tratados por nós,
fisioterapeutas.
Vamos entender agora um pouco dos termos mais comuns que podemos escutar quando falamos
em avaliação :)
Interpretar: processo baseado nos dados qualitativos e/ou quantitativos obtidos em medidas e
avaliações.
Testar: tornar observável afim de formar interpretações através de um objetivo especifico por meio
de testes.
Examinado/ Avaliado: paciente, pessoa submetida aos exames sobre os critérios de avaliação.
Dados quantitativos: são dados com valores numéricos que estaticamente podem ser divididos em
discretos ou contínuos. Exemplos graus de amplitude, força em quilogramas.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Bom galera, agora que entendemos um pouco de CIF e de alguns termos importantes quando
falamos de avaliação, vamos, a partir desse momento, falar de tipos de avaliações e escalas (que também
chamamos de instrumentos de avaliação) que utilizamos em ocasiões específicas.
Lembrem-se que qualquer dúvida você pode recorrer ao fórum e/ou ao Instagram, beleza?
Vamos lá!
4 - Avaliação Postural
Atualmente essas avaliações podem ser realizadas através de sistemas informatizados, mas ainda
assim dependendo conhecimento técnico de um profissional de saúde para sua elaboração e interpretação,
um exemplo deste sistema é o Software de Avaliação Postural (SAPO).
Link: https://bmclab.pesquisa.ufabc.edu.br/sapo/
Ele funciona da seguinte forma: por meio da observação de pontos específicos, a avaliação permite
identificar alterações posturais, visíveis ou não.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Para avaliação qualitativa devemos marcar os pontos anatômicos com o intuito de identificar e
avaliar com maior e melhor precisão, o indivíduo que está sendo avaliado deve ser posicionado atrás do
semitrógrafo (ou de um pano escuro), a linha vertical central do semitrógrafo deve estar alinhada com o
nariz do paciente.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Se o alinhamento da linha não coincide com os pontos descritos acima, temos um indicativo de
escoliose, que podemos confirmar com a visão posterior.
Podemos verificar com a avaliação frontal os seguintes desvios: escoliose, genro varo, geno valgo,
pés abduto, pé aduto, pé plano e pé cavo.
É importante ressaltar que a presença de escoliose será confirmada com a avaliação da vista
posterior.
A segunda vista a ser avaliada é a posterior, o alinhamento continua sendo pela linha vertical central
do semitrógrafo, o ponto anatômico para referência é o processo espinhoso da sétima vértebra cervical
(C7).
Podemos confirmar pela vista posterior escolioses, rotações de escapulas, simetria dos ângulos,
alinhamento das pregas poplíteas, geno valgo e varo.
A terceira vista e a lateral. O indivíduo a ser avaliado deve estar posicionado alinhado pelo orifício
auricular.
Na avaliação da vista lateral podemos verificar: a projeção dos ombros, verificar a posição das
escápulas, verificar o padrão das curvaturas, verificar presença de cifose (retração ou hipercifose), verificar
hiperlordose e hiperlordose lombar, verificar os joelhos e os pés, geno flexo, geno recurvato... enfim, uma
avaliação completa das estruturas corporais.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Ao utilizarmos o teste de força muscular, sabemos que ele é de suma importância, pois nos auxilia a
aferir o grau de força muscular do indivíduo.
Já aprendemos lá na faculdade que podemos graduar a força muscular em uma escala que vai de
zero a cinco. A maioria dos concursos acaba cobrando e perguntando sobre a escala da Medical Research
Council.
Vamos observa-la:
Quando utilizamos essa escala, três peças fundamentais são analisadas: arco de movimento,
gravidade e resistência.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Arco de
Movimento Gravidade Resistência
(ADM)
Normalmente, ao testarmos a força do paciente, ele é posicionado de forma que o músculo a ser testado
esteja em uma posição na qual seja necessária à sua sustentação, ou seja, em uma posição que o obrigue
a vencer a ação da gravidade.
Se o músculo não apresentar força suficiente para vencer a ação da gravidade, nós, como
avaliadores, devemos colocar a região a ser testada no PLANO HORIZONTAL, onde NÃO haverá a ação
da gravidade e aí sim testaremos a musculatura.
Caso o raciocínio tenha ficado confuso, me procure no fórum ou nas redes sociais, sempre estarei
disposta a sanar todas as dúvidas de vocês!
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Bom, continuando nossa aula de como testar força, é importante sabermos que o avaliador
(fisioterapeuta) deverá aplicar resistência gradual na parte distal do segmento corporal na qual o músculo
se insere e em uma posição contrária ao torque produzido pelo músculo testado.
É importante sabermos que os graus desse teste fornecem uma impressão SUBJETIVA, ou
seja, apresentam valores relatados discordantes.
O que eu quero dizer com isso, querido (a) aluno (a) é que eu posso avaliar um mesmo paciente que
você e acharmos graus diferentes, pois isso vai depender da força que nós colocamos entre outras
diferenças.
Bom, mas se eu quiser testar com algo fidedigno eu posso utilizar por exemplo o dinamômetro de
mão (que como o nome já diz, só serve para mensurar força de mão - pinça e preensão).
Você já teve a oportunidade de ver ou manusear um objeto desse? Caso nunca tenha visto ou ouvido
falar, vou deixar a imagem dele aqui embaixo:
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Um outro método ne analisarmos a força do paciente é através das manobras deficitárias. Essas
caem em concursos de maneira tímida, mas é uma aposta que eu faço para os próximos editais!
Vamos estudar comigo essa parte que ainda compõe o teste de força de um paciente neurológico?!
Simbora comigo!
Bom, quando estudamos as manobras deficitárias, como a manobra de Mingazini, que veremos mais
à frente, devemos saber que além de mais sensíveis à detecção de paresias leves, elas permitem constatar
se o déficit de força é global, distal (característico de lesões piramidais ou de nervos periféricos) ou proximal
(indicativo de miopatias).
Uma informação importante a ser dita é que EM TODAS AS MANOBRAS o paciente deve ficar na
postura por DOIS MINUTOS.
Caso o paciente não consiga ficar na postura por esse tempo estipulado ou comece a ter oscilações
nos membros testados, isso significa sinal de fraqueza.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
O paciente deve manter braços estendidos a 90 graus de flexão do ombro, palmas das mãos voltadas
para baixo e dedos afastados. O avaliador deve observar a queda das mãos e dos braços, bem como
oscilações.
O paciente deve ficar em decúbito dorsal realizando flexão das coxas, com joelhos a 90 graus e
tornozelos em dorsiflexão a 90 graus também!
Como resposta devemos observar uma oscilação e queda progressiva da perna. Isso significa que há
uma insuficiência da quadríceps (músculo que realiza a extensão da perna)
Uma outra resposta que pode ocorrer é a queda isolada da coxa, que cursa com insuficiência do psoas
(músculo que realiza a flexão da coxa);
Uma terceira resposta ainda pode ser observada, que chamamos de fraqueza global. Ocorre a queda
simultânea da perna e da coxa.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
O paciente deve estar decúbito ventral, pernas fletidas sobre as coxas. Caso haja oscilação e queda indicam
insuficiência dos flexores da perna (músculos isquiotibiais).
O indivíduo deve estar deitado em decúbito dorsal, somente com o antebraço de ambos os membros
estendidos, formando um angulo de 90 graus com o plano horizontal.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
As manobras são tranquilas de se entender e como eu disse, são minhas apostas para os próximos
editais!
Dê uma pausa, revise a matéria, assista a vídeo aula e se ainda assim você apresentar qualquer dúvida, me
procure no fórum e / ou nas redes sociais! Estou pronta para lhe ajudar!
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
6 - Amplitude de Movimento
Bom, vamos agora falar de amplitude de movimento? Esse tipo de avaliação é um importante
parâmetro utilizado na avaliação e durante o acompanhamento do paciente na fisioterapia.
É importante falarmos que a amplitude do movimento (ADM) varia de indivíduo para indivíduo de
acordo com idade, sexo, prática de atividade que o mesmo realiza, entre outros parâmetros.
Quando vamos avaliar a amplitude de movimento dos pacientes, temos dois tipos de ADM, que são:
ADM ativa e ADM passiva.
Vamos lá?
Nesse teste, solicita-se que o paciente realize movimentos de uma parte do corpo sem auxílio do
avaliador/fisioterapeuta.
Se caso o paciente não consiga realizar determinado movimento, devemos pensar em algumas
razões para a incapacidade, como: retrações de cápsula, de ligamentos, músculos e de tecidos moles,
anormalidades de superfície articular e de fraqueza muscular. Todos esses fatores podem restringir a
movimentação ativa, sendo assim o avaliador necessita realizar um teste adicional a fim de identificar a
verdadeira causa. É importante também analisar se o paciente apresenta dor ou crepitações durante a
realização do movimento ativo.
A movimentação passiva é o movimento realizado pelo avaliador, ou seja, sem auxílio do paciente.
É comum que a amplitude de movimento passiva seja maior que a amplitude de movimento ativa,
pois as articulações têm uma pequena quantidade de movimento no final de sua amplitude (que
chamamos de end feel), que não é controlado voluntariamente.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
É importante que o examinador NÃO use a estimativa visual, pois apresenta menor acurácia que as
medidas realizadas com o goniômetro.
O início e o final do movimento são medidos para registrar a amplitude movimento, no qual o
examinador utilizará o registro mais comum, o sistema de 0°a 180°, em que todos os movimentos, exceto
o movimento de rotação, iniciam-se na posição anatômica de 0°e progridem em direção a 180.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
7 - Tônus Muscular
Bom, querido (a) aluno (a), agora vamos estudar sobre tônus musculares?
Vamos lá?!
A primeira coisa que devemos entender é o conceito de tônus muscular, que é caracterizado pelo
estado permanente de tensão dos músculos, ou seja, o estado de contração basal, que é definido como
uma resistência à movimentação passiva.
A alteração que acontece com maior frequência nas desordens do neurônio motor superior é a
espasticidade, caracterizada por uma hiperexcitabilidade dos reflexos miotáticos e cutâneos que
fomentam o tônus muscular (e podemos chamar isso de hipertonia elástica).
A hipertonia muscular é uma anormalidade motora caracterizada pelo aumento dos reflexos
tônicos dependentes da velocidade do movimento (tônus musculares), resultando em hiperreflexia
miotática decorrente da hiperatividade reflexa, um componente da síndrome do neurônio motor superior
como falamos ali em cima.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Ela é a utilizada da seguinte forma: o examinador realiza o teste por meio da movimentação passiva
da extremidade com o arco de movimento para estirar determinados grupos musculares, quantificando sua
resistência ao movimento de forma rápida nas articulações.
Após isso, o examinador observará se o paciente apresenta uma hipertonia ou uma hipotonia
muscular.
No caso das hipertonias musculares, dependendo do que possa causa-la, o paciente poderá
apresentar uma hipertonia elástica (espasticidade) ou uma hipertonia plástica (rigidez).
Por outro lado, quando houver diminuição do tônus, o paciente apresentará hipotonia muscular.
Podemos citar como exemplo: cirurgias, lesões nos sistemas nervosos periférico e central, fatores
emocionais, sedentarismos, doenças degenerativas, lesões musculoesqueléticas e etc.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Como comentamos anteriormente, existem dois tipos de hipertonia muscular dependendo do fator
causal: as hipertonias piramidais (espasticidade) e as hipertonias extrapiramidais (rigidez).
TÔNUS
MUSCULAR
HIPOTONIA HIPERTONIA
ESPASTICIDADE RIGIDEZ
HIPERTONIA HIPERTONIA
ELÁSTICA PLÁSTICA
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
8 – Trofismo Muscular
Bom, querido (a) aluno (a), aqui você precisa tomar muito cuidado, pois é comum as pessoas se
confundirem entre trofismo e tônus. Mesmo sendo definições completamente diferentes, os nomes podem
causar um certo confundimento.
Vamos lá, a primeira coisa que devemos saber é que trofismo muscular é caracterizado pela circunferência
dos braços, antebraços, das coxas e pernas, ou seja, diz respeito volume da massa muscular.
Quando há uma diminuição do trofismo muscular podemos dizer que há hipotrofia muscular.
Na examinação do trofismo muscular, podemos utilizar o método de inspeção, ou seja, olhar locais
de maior comprometimento como os músculos adutor do polegar e deltoide; a cintura escapular; as
panturrilhas e etc.
Um outro método comum de aferição do trofismo é com a utilização de fita métrica, realizando a
perimetria das coxas, pernas, dos braços e antebraços em lugares, previamente, marcados e simétricos.
Lembre-se que qualquer coisa é só me procurar nas redes sociais ou no fórum. Estou aqui para te
ajudar sempre que necessário!
Bom, vamos iniciar esse tópico falando dos reflexos profundos e depois passamos para os reflexos
superficiais, beleza?
Vamos lá!
Quando estudamos os reflexos profundos, devemos saber que eles também são conhecidos como
reflexos miotáticos.
Do ponto de vista fisiológico, qualquer músculo estriado esquelético pode reagir reflexamente a uma
estimulação. Para que isso ocorra, devemos realizar uma percussão para testar os reflexos profundos,
percutindo determinados tendões, ossos ou até mesmo um músculo. Com isso, cada músculo poderá ser
estirado e contrair reflexamente por meio da estimulação de diferentes.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
- Presente (normal)
Bom, embora todos os músculos possam responder ao estímulo de estiramento com contração
reflexa, somente poucos reflexos são importantes do ponto de vista clínico e incluídos no exame
neurológico. Os mais avaliados são:
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Nos reflexos cutâneos superficiais, o estímulo é aplicado na pele (por isso o nome de cutâneo
superficial), buscando a contração reflexa do músculo. São diferentes dos reflexos profundos devido à
variedade de estímulos capazes de produzi-los. Enquanto cada músculo apresenta o seu reflexo miotático
(como vimos ali em cima), apenas poucos músculos respondem ao reflexo superficial.
Vamos estudar alguns reflexos que podem cair nas nossas provas?
a) Cutâneo abdominal: estimulação na região abdominal dos flancos para a cicatriz umbilical na
região da inervação das raízes T7-T9, T9-T10, T11-T12, com o paciente deitado em decúbito dorsal. É
importante que o estímulo provocado seja rápido, já que é bem mais difícil provocar a resposta com a
manobra lenta.
Como resposta, haverá a contração da musculatura abdominal com desvio da cicatriz umbilical para
o lado estimulado (músculo reto abdominal e oblíquos).
Normalmente esse reflexo encontra-se abolido nas lesões segmentares da medula (T6-T12) e nas lesões
piramidais acima de T6.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
b) Cutâneo-plantar: Devemos realizar a estimulação na planta dos pés, a partir do calcanhar em direção
aos dedos, pela borda lateral do pé, com o paciente deitado, como se nós estivéssemos desenhando a letra
C na sola do pé do paciente. Como resposta, ocorrerá contração dos músculos flexores dos pododáctilos (na
imagem abaixo está representado pela letra A). Nos casos de lesões nas vias piramidais, esse reflexo estará
abolido, sendo substituído pelo sinal de Babinski, que consiste na flexão dorsal ou extensão lenta do
hálux, provocada pela estimulação da região plantar. A abdução ou abertura em leque dos pododáctilos e
a retirada por flexão do joelho e do quadril pode ocorrer também, juntamente coma extensão do hálux
(na imagem abaixo está correspondendo pela letra B).
Nos casos de lesão piramidal, o sinal de Babinski estará presente e sempre será evidenciado por meio
da extensão do hálux.
Uma coisa importante a se falar é que se a planta do pé do paciente for muito sensível ou se a
resposta for equívoca, a extensão do hálux poderá ocorrer por outras manobras que conhecemos como
sucedâneos de Babinski.
Vamos estuda-las?
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
- Sinal de Chaddock: obtido por meio da estimulação da face lateral do pé, em torno do maléolo externo;
- Sinal de Oppenheim: obtido com a pressão dos dedos polegar e indicador sobre a face interna da tíbia.
10 – Equilíbrio e Coordenação
Quando falamos de coordenação motora, ouvimos também a palavra "ataxia" que é o termo geral
utilizado para descrever a coordenação anormal de movimentos, sendo caracterizada por deficiência na
velocidade, amplitude de deslocamento, precisão direcional e força de movimento.
Existem outros conceitos importantes quando falamos de coordenação muscular. São eles:
- Dismetria: caracterizada por amplitude incorreta de movimento e força mal direcionada e reflete a
deficiência na regulação da força muscular. Pode ocorrer uma quantidade excessiva de movimento
(hipermetria) ou quantidade insuficiente de movimento (hipometria). Os movimentos hipermétricos
podem ser melhor observados em movimentos curtos, rápidos e intencionais e durante os ajustes posturais.
Por ouro lado, os movimentos hipométricos são mais observados em movimentos lentos e de pequena
amplitude.
a) Prova index-nariz: o paciente irá tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova deverá ser realizada
acompanhada ou não pelo auxílio da visão.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
b) Prova índex-nariz-índex: o paciente deverá tocar o nariz com o índex (dedo indicador) e,
posteriormente, o índex do examinador (que fica com o dedo indicador esperando o contato do terapeuta)
de forma repetida e com deslocamento de posição do índex (dedo indicador) do examinador.
c) Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal, tocar o joelho com o calcanhar do lado oposto e
deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia. Essa prova pode ser cronometrada caso haja necessidade.
d) Prova dos movimentos alterados: efetuar movimentos sucessivos de pronação e supinação das mãos
de maneira alternada. Chamamos também de disdiadococinesia.
10.2 – Equilíbrio
Quando estudamos equilíbrio, é importante que saibamos que ele é caracterizado pela capacidade
do indivíduo de responder aos estímulos externos, sendo capaz de assegurar que o centro de gravidade do
seu corpo se mantenha dentro da base de suporte, e isso deve acontecer em condições estáticas (como por
exemplo o ortostatismo), quanto dinâmicas (exemplo: marcha).
Para avaliarmos o equilíbrio podemos utilizar as seguintes algumas manobras, que são:
O teste é realizado em pé, com os pés unidos e olhos fechados. No caso de alteração do equilíbrio, o
paciente apresentará oscilação corporal e com isso aumentará sua base de suporte.
O teste é realizado sobre três círculos concêntricos desenhados no chão, cujos raios têm 0,5 m de
diferença entre si. Esses círculos são divididos em 12 partes iguais, por retas que cruzam o centro, formando
um ângulo de 30°. A paciente marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45° sem deslocar-se,
executando 60 passos (um por segundo) com os braços estendidos e com os olhos fechados. São
considerados resultados patológicos se houver deslocamento maior do que 1m e/ou rotação superior a 30°.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
11 – Sensibilidade
Na aferição da sensibilidade devemos saber que existem testes para analisar a sensibilidade
exteroceptiva (tátil) e proprioceptiva, descritos a seguir:
a) Sensação tátil: o fisioterapeuta deve solicitar ao paciente que este indique quando perceber a sensação
teste. A pele é tocada com o objeto do teste em partes e lados do corpo de forma aleatória. Lembrando que
o paciente deve estar de olhos fechados. Podemos realiza-lo da seguinte forma:
- Toque leve: tocar levemente a pele com algodão ou com estesiômetros (observe a figura abaixo)
- Pressão: aplicar com o dedo indicador o suficiente para deformar o contorno da pele.
- Discriminação entre dois pontos: podemos utilizar um compasso, 1 ou 2 pontos simultaneamente são
aplicados sobre a pele, de forma irregular durante 0,5 segundos. O paciente deverá responder se 1 ou 2
pontos estão em contato com a pele.
Também podemos realizar testes relacionado a habilidade do paciente. Vamos entender melhor
isso:
- Estereognosia: é um teste de habilidade no reconhecimento de objetos por meio do toque, isto é, com
os olhos vendados. O avaliador coloca um objeto na mão do paciente e ele terá 15 segundos
aproximadamente para discriminar o objeto, nomeando-o ou descrevendo-o. Podemos colocar para o
paciente reconhecer alguns objetos, como por exemplo: moedas, pente, lápis, caneta, chaves....
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
• Direção do movimento: o paciente é capaz de reproduzir a direção do movimento, mas sua nova posição
está incorreta;
• Posição da articulação: paciente repete os movimentos do teste até cerca de 10°em relação à nova
posição.
11.1 – Dermátomos
Quando estudamos os dermátomos devemos saber que ele é caracterizado pela região da pele
inervada por um único par de raízes sensitivas. É isso que forma um dermátomo. Cada raiz dorsal (sensitiva)
é responsável pela sensibilidade de determinadas regiões do corpo humano, sendo assim é possível criar
um mapa corporal.
https://pbs.twimg.com/media/CEIa0-sW8AAL38C.jpg
Isso é muito importante para nós, fisioterapeutas, pois a partir destes mapas é possível estimar, por
exemplo, quais raízes sensitivas foram afetadas em um paciente com lesão medular, ou identificar qual raiz
sensitiva está sendo comprimida por uma hérnia de disco.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
12 – Flexibilidade
Existem vários métodos para avaliar a flexibilidade; talvez o mais comum seja o Teste Sentar e
Alcançar. Nesse teste utiliza-se uma caixa (Banco de Wells), onde o paciente que está sendo avaliado deve
fazer três tentativas e permanecer por dois segundos na posição “alcança” mantendo o joelho estendido,
o resultado é medido com a maior distância alcançada com os dedos da mão.
A goniometria também pode ser utilizada na avaliação de flexibilidade (falamos dela ali em cima,
lembra?)
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Uma coisa que você pode estar pensando aí é: "ué, mas amplitude de movimento e
flexibilidade não são a mesma coisa?" Bom, elas têm conceitos diferentes e como estamos
falando de um concurso específico para uma organização, pode ser que a banca cobre
dessa forma, então melhor também estudarmos dessa forma! Beleza?
Componente da CIF: Atividades e Participação Custo: Gratuito Tempo de aplicação: 6 minutos Número de
testes necessários: 2 testes, intervalo mínimo de 30 minutos entre os testes.
Descrição: Este teste sub-máximo avalia a distância que um indivíduo é capaz de percorrer durante 6
minutos, utilizando um percurso de 30 metros. O indivíduo deve usar roupa e calçado confortáveis para
caminhar. A medicação habitual e os auxiliares de marcha devem ser mantidos. Durante o teste usam-se
frases de encorajamento estandardizadas.
Informação geral: O indivíduo deve usar roupa e calçado confortáveis para caminhar (se possível, aquando
da convocatória do indivíduo, deve informá-lo desta questão). O indivíduo, caso use habitualmente um
auxiliar de marcha, deve usá-lo durante o teste (bengala, andarilho, etc.). A medicação habitual do indivíduo
deve ser mantida, incluindo oxigenoterapia se utilizar.
- O indivíduo não deve ter-se exercitado de forma vigorosa nas 2 horas anteriores ao teste. Não
deve ser realizado um período de aquecimento antes do teste.
- O indivíduo deve sentar-se em repouso numa cadeira, perto da posição inicial, durante pelo menos
10 minutos antes do teste começar. Durante este tempo, deve-se verificar se este cumpre algumas das
contraindicações para o teste.
- Deve registar a saturação periférica de oxigénio, tensão arterial, frequência cardíaca, frequência
respiratória, perceção de dispneia e de fadiga dos membros inferiores (Escala de Borg modificada).
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Material: Corredor livre com 30 metros de comprimento, cronômetro (dois, se possível), 2 cones de
sinalização, cadeira que possa ser facilmente movida ao longo do percurso de marcha, oxímetro
(preferencialmente portátil), medidor de tensão arterial, cardiofrequencímetro (opcional caso o oxímetro
forneça a frequência cardíaca), escala de Borg modificada, fita métrica, fita adesiva.
As razões para se interromper imediatamente o TM6M são: dor no peito, dispneia intolerável, cãibras nas
pernas, marcha cambaleante, diaforese e palidez ou aparência acinzentada. Se o teste for interrompido por
qualquer uma destas razões, o indivíduo deve ficar sentado ou deitado em decúbito dorsal com uma ligeira
inclinação da cabeceira da marquesa, conforme a gravidade do evento. O profissional de saúde deve
recolher dados relativos à tensão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio e se necessário
encaminhar para o profissional ou serviço de saúde adequados.
Procedimentos: Medir e marcar um percurso de 30 metros. Marcar o percurso a cada 3 metros. Sinalizar os
pontos de mudança de sentido (cones).
O indivíduo deve ser instruído da seguinte forma: O objetivo deste teste é caminhar o mais rapidamente
possível durante 6 minutos. Vai andar para a frente e para trás neste corredor. Durante o teste,
provavelmente vai sentir falta de ar ou ficar exausto e, portanto, se sentir necessidade pode andar mais
devagar, parar e descansar. Pode encostar-se à parede enquanto descansa mas, por favor, retome a
caminhada logo que se sinta capaz. Quando chegar junto dos cones, por favor dê a volta energicamente em
torno dos mesmos e continue a caminhar de volta, sem hesitar.
Demonstração: Demonstra-se uma volta, caminhando e dando a volta em torno do cone de forma
enérgica. Está pronto para fazer o teste? Vou contar o número de voltas completas que dá. Lembre-se que
o objetivo é caminhar o mais rapidamente possível durante 6 minutos, mas não deve correr. Comece agora
ou assim que estiver pronto.
O indivíduo é posicionado na linha de partida e o avaliador deve ficar perto da linha de partida durante o
teste. Este não deve caminhar com o indivíduo.
Logo que o indivíduo comece a caminhar inicia-se a contagem do tempo. O avaliador não deve falar com
ninguém durante o teste e deve projetar um tom de voz neutro nas frases standard de encorajamento. Não
se devem usar palavras de encorajamento ou linguagem corporal para acelerar o indivíduo.
Se o indivíduo parar de caminhar durante o teste e precisar de descansar deve dizer-se o seguinte: Pode
encostar-se à parede se quiser e quando se sentir capaz continue a caminhar. No entanto, não se pára o
cronómetro.
Use o segundo cronômetro para contabilizar o tempo de paragem. -Se o indivíduo parar antes dos 6
minutos e se recusar a continuar (ou se o avaliador decide que este não deve continuar), o indivíduo deve
sentar-se na cadeira.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
A distância percorrida, o tempo que restava para o final do teste e o motivo da paragem precoce são
registados. Depois do primeiro minuto, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Está a sair-se bem. Tem 5
minutos para continuar.
Quando o cronômetro marcar que faltam 4 minutos, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Continue a
fazer um bom trabalho. Tem 4 minutos para continuar.
Quando o cronômetro marcar que faltam 3 minutos, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Está a sair-
se bem. Metade já está feito!
Quando o cronômetro marcar 1 minuto restante, transmite-se ao indivíduo o seguinte: Está a sair-se
bem. Só tem 1 minuto para caminhar.
Quando faltarem 15 segundos para completar o teste, deve-se dizer-se o seguinte: Dentro de momentos
vou dizer-lhe para parar. Quando eu o fizer, pare direito onde está e eu vou ter consigo.
Quando o cronómetro tocar diz-se o seguinte: Pare! - Entretanto, o avaliador caminha em direção ao
indivíduo e dá-lhe a cadeira, se este parecer exausto. Marca-se o ponto onde o indivíduo está através de um
pedaço de fita adesiva no chão. A perceção de dispneia e de fadiga dos membros inferiores são registados
através da Escala de Borg Modificada.
Final do teste: Regista-se a saturação periférica de oxigénio, a tensão arterial, a frequência cardíaca, a
frequência respiratória e a percepção de dispneia e de fadiga dos membros inferiores (Escala Borg
modificada). Conta-se o número total de voltas e regista-se a distância adicional caminhada (o número de
metros da última volta parcial).
Calcula-se a distância total, arredondada ao metro mais próximo. Felicita-se o indivíduo pelo esforço e
oferece-se água.
Se o indivíduo parar antes dos 6 minutos pergunta-se o seguinte: O que o/a impediu de continuar o teste?
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Descrição: O CST é um teste de exercício submáximo incremental no qual o indivíduo tem de subir/descer
um degrau a uma velocidade controlada por uma série de sinais sonoros pré-gravados. O CST é
incremental, o que significa que, com cada nível de aumento, a velocidade na qual o indivíduo tem que subir
e descer o degrau aumenta (5 níveis de 2 minutos cada). A velocidade da cadência aumenta até ao máximo
tolerado pelo indivíduo ou até uma duração de 10 minutos.
Descrição: Durante o teste, o indivíduo flete lentamente o tronco anteriormente, e desliza com os braços
esticados e as mãos sobrepostas sobre o membro inferior em extensão, numa tentativa de tocar nos dedos
dos pés. É uma modificação do teste Sit and Reach. O teste avalia a distância (em cm) entre as pontas
dos dedos das mãos e os dedos dos pés. Não é comum avaliar os dois membros inferiores, usar o membro
inferior preferido (o que gerar melhor score).
Informação geral: O Chair sit-and-reach test é uma modificação do teste Sit and Reach.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Não é comum avaliar os dois membros inferiores, usar o membro inferior preferido (o que gerar melhor
score). Aconselhar o indivíduo a expirar durante a realização do teste. O indivíduo deve usar roupa
confortável e pode estar calçado. Permitir ao indivíduo praticar 2 vezes o teste antes de medir a distância.
Material: Fita métrica ou régua com 45 cm, cadeira com encosto (sem braços) com a altura do assento a
aproximadamente 43 cm (a cadeira deve estar estabilizada contra a parede, para evitar que deslize durante
o teste).
Procedimentos: Indivíduo sentado na parte anterior do assento da cadeira; O membro inferior a avaliar é
colocado com o joelho em extensão (anca a 0º de abdução), o calcanhar no chão e o pé em posição neutra;
o pé do outro membro inferior deve estar bem apoiado no chão;
- Explicar ao indivíduo que o objetivo será ele tentar tocar nos dedos dos pés;
- Instruir o indivíduo a inspirar e depois expirar lentamente enquanto flete o tronco anteriormente
(mantendo a coluna e a cabeça alinhadas) e desliza com os braços esticados e as mãos sobrepostas sobre o
membro em extensão;
- O indivíduo deve manter a posição máxima por 2 segundos (mantendo sempre joelho em extensão);
- Meça a distância entre as pontas dos dedos das mãos e os dedos dos pés. Registre com sinal (–) ou com
sinal (+), se o indivíduo não atingir a ponta do pé ou se ultrapassar a ponta do pé, respetivamente. Registe
um score de 0 cm se as pontas dos dedos das mãos tocarem os dedos dos pés.
O objetivo deste teste é avaliar a força dos membros inferiores e o risco de queda, e, avalia a
resistência dos membros inferiores em indivíduos que vivem na comunidade.
Descrição: O 30STS avalia o número de ações “levantar/sentar” que um indivíduo pode completar em 30
segundos. O 30STS pode também ser útil na quantificação da mudança funcional de movimentos de
transição e equilíbrio não vestibular. O indivíduo inicia o teste sentado e deve ser encorajado a completar
tantas ações “levantar/sentar” quanto possível.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Informação geral: O 30STS avalia o número de ações “levantar/sentar” que um indivíduo pode completar
em 30 segundos.
A contagem deve ser feita de forma silenciosa; a pontuação atribuída corresponde ao número de ações
“levantar/sentar” realizadas nos 30 segundos, sendo que quando o indivíduo vai a mais de metade do
levantamento quando se atinge os 30 segundos, este deve ser considerado como completo.
As ações “levantar/sentar” realizadas de forma incorreta não são contabilizadas. Material Cronómetro
Cadeira standard, com um assento firme e uma altura entre 43 – 46 cm sem braços.
Procedimentos: A cadeira deve estar encostada a uma parede, para impedir que se mova;
Os pés do indivíduo devem estar no mesmo alinhamento dos ombros, com um pé ligeiramente à frente do
outro para ajudar a manter o equilíbrio durante o levante;
Os braços do indivíduo devem estar cruzados no peito (com as mãos apoiadas nos ombros);
Durante a realização do teste, o indivíduo deve manter os pés bem assentes no chão, os braços cruzados no
peito e as costas direitas;
Instruções ao indivíduo: O indivíduo deve ser encorajado a completar tantas ações “levantar/sentar”
quanto possível sendo instruído a sentar completamente entre cada ação;
O indivíduo deve ser instruído da seguinte forma: Quando eu disser a palavra VÁ, vai levantar-se e sentar-
se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais rápido que conseguir durante 30 segundos.
Por favor, tenha em atenção que deve esticar completamente o joelho quando se levanta e não precisa tocar
com as costas no encosto da cadeira de cada vez que se senta.
Eu vou contar o número de vezes que se vai levantar e sentar nos próximos 30 segundos.
Agora vou mostrar-lhe. Por favor, veja a forma como eu me sento e levanto sem hesitação. (Demonstra e
permite que o indivíduo pratique 1-2 repetições). Está pronto para fazer o teste?
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
O objetivo deste teste é avaliar a força muscular dos membros inferiores relacionada com a
funcionalidade (mobilidade funcional, força).
Indicado: Idosos; Indivíduos com Paralisia Cerebral; Indivíduos com Doença de Parkinson; Indivíduos com
distúrbios vestibulares; Indivíduos em recuperação de Acidentes Vasculares Cerebrais. Domínios que avalia:
Equilíbrio não vestibular e Mobilidade Funcional.
Descrição: O 5STS pode também ser útil na quantificação da mudança funcional de movimentos de
transição. Durante o teste, o indivíduo levanta-se e senta-se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais
rápido que consegue durante 5 vezes. Contabiliza-se o tempo total necessário para o indivíduo completar
as 5 repetições.
Informação geral: O 5STS é um teste simples que pode ser executado em espaços pequenos. Durante o
teste, o indivíduo levanta-se e senta-se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais rápido que consegue
durante 5 vezes. Contabiliza-se o tempo total necessário para o indivíduo completar as 5 repetições.
Contraindicações: Nenhuma contraindicação de referência, contudo os valores dos sinais vitais, glicémia e
saturações periféricas de O2 devem ser sempre verificados antes da execução do teste.
Procedimentos: - A cadeira deve estar encostada a uma parede, para impedir que se mova;
- O indivíduo não deve ter-se exercitado de forma vigorosa nas 2 horas anteriores ao teste;
Registros: tempo desde que é dado o comando verbal para início do teste até o indivíduo se voltar a sentar
pela 5ª vez.
Instruções ao indivíduo: O indivíduo deve ser instruído a sentar-se na cadeira com os braços cruzados sobre
o peito e com as costas encostadas ao encosto.
- Nos indivíduos que sofreram um AVE, é permitido ter o braço comprometido ao lado ou numa tipoia. De
seguida, o indivíduo deve ser informado do seguinte: Quando eu disser a palavra VÁ, vai levantar-se e
sentar-se da cadeira, sem a ajuda das mãos, o mais rápido que conseguir durante 5 vezes.
- Por favor, tenha em atenção que deve esticar completamente o joelho quando se levanta e não precisa
tocar com as costas no encosto da cadeira de cada vez que se senta. Agora vou mostrar-lhe. Por favor, veja
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
a forma como eu me sento e levanto sem hesitação. (Demonstra e permite que o indivíduo pratique 1-2
repetições).
Indicado: Adultos saudáveis, população idosa, indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crónica,
acidente vascular cerebral (AVC), lesões medulares, doença de Parkinson, dor osteoarticular, esclerose
múltipla.
Descrição: Indivíduo caminha sem assistência durante 10 metros e o tempo é cronometrado durante os 6
metros intermédios para permitir aceleração e desaceleração.
O teste pode ser avaliado à velocidade confortável (preferred gait speed) e/ou velocidade máxima (fastest
gait speed) do indivíduo. Existe valor clínico em avaliar o teste nas duas velocidades garantindo tempo de
repouso suficiente entre testes para permitir um estado cardiorrespiratório basal semelhante.
Auxiliares de marcha podem ser usados mas a sua utilização deve ser consistente de teste para teste e esta
informação registada.
Informação geral: A velocidade de marcha em adultos é importante tanto devido às suas implicações na
comunidade, como devido à sua relação com variáveis consequentes, tais como a realização de atividades
de vida diária de forma independente e a história da queda.
Este instrumento pode ser interpretado como indicador de Mobilidade Funcional, Marcha, Capacidade
Aeróbia e Componente Vestibular.
Objetivo do teste é avaliar a velocidade de marcha, em metros por segundos, utilizando um percurso de 10
metros.
Material: Cronômetro, fita métrica para marcar o percurso, fita adesiva para efetuar as marcações
Contraindicações: Nenhuma contraindicação de referência, contudo os valores dos sinais vitais, glicemia e
saturações periféricas de O2 devem ser sempre verificados antes da execução do teste.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Procedimentos: O indivíduo deve utilizar calçado confortável, de forma a minimizar o risco de lesão e a
melhorar a performance do teste.
Deve ser registado inicialmente a utilização ou não de auxiliar de marcha. Indivíduo caminha sem
assistência durante 10 metros e o tempo é cronometrado para os 6 metros intermédios para permitir
aceleração e desaceleração.
Começar a cronometrar quando os dedos do pé do membro inferior que vai à frente ultrapassam a marca
dos 2 metros (figura 1);
Parar de cronometrar quando os dedos do pé do membro inferior que vai à frente ultrapassam a marca dos
8 metros (figura 1);
O indivíduo realiza marcha individual, à sua velocidade confortável (preferred gait speed) e/ou velocidade
máxima (fastest gait speed) – o tipo de velocidade avaliado deve ser registado de modo a permitir
reavaliação.
Repetir a medição 3 vezes para cada velocidade (confortável + máxima) e calcular o valor médio das três
avaliações.
Imediatamente após o teste, o investigador deve converter para velocidade de marcha em m/s dividindo o
tempo total por 6.
Este teste requer um percurso de 10 m em linha reta: 2m iniciais reservados à aceleração, 8 m intermédios
para avaliação, e os 2 m finais para desaceleração.
Se um indivíduo precisar de assistência durante a realização do teste, deve ser fornecida apenas a
quantidade mínima necessária para que conclua a tarefa.
O nível de assistência deve ser documentado e deve refletir a maior quantidade de assistência fornecida
durante o teste. Por exemplo, se um indivíduo necessitou de assistência mínima para a maioria do teste,
mas necessitou de assistência moderada para estabilidade em uma ocasião, deve ser registada a assistência
moderada. A assistência deve ser fornecida apenas para evitar uma queda ou colapso (ou seja, colapso do
joelho, colapso do tronco, etc).
A assistência não deve ser fornecida para oscilação do membro ou para impulsionar o indivíduo para frente.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
7 = independente
Instruções ao indivíduo Velocidade Confortável de Marcha: “Quando eu disser vá, caminhe na velocidade
que considere mais confortável e em segurança até eu dizer pare.”
Velocidade Máxima de Marcha: “Quando eu disser vá, caminhe o mais rápido possível em segurança até
eu dizer pare.” Os indivíduos não devem falar durante o teste, com exceção naturalmente se o indivíduo
precisar de interromper o teste ou relatar quaisquer sintomas (por exemplo, dor, tontura).
Número de testes necessários: 3 testes para avaliação do desempenho de olhos abertos e outros 3 testes
para avaliação do desempenho de olhos fechados
Descrição: Durante o teste, o indivíduo fica de pé apoiado apenas sobre um membro inferior, com os braços
sobre o peito. Deve realizar o teste com os olhos abertos e fechados, idealmente descalço.
Informação geral: Este teste pode ser interpretado como indicador de Controlo Postural e Equilíbrio
Estático. O indivíduo deve ficar de pé apoiado sobre a perna dominante, colocar os braços sobre o peito e
manter esta posição o máximo tempo possível. Deve realizar o teste de olhos abertos e fechados. Deve
cumprir o teste sem calçado.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Material: cronômetro
Procedimentos: Antes de iniciar o teste o avaliador deve registar qual o membro dominante. Um exemplo
será o membro utilizado para chutar uma bola.
Os indivíduos realizam 3 testes que correspondem a 3 tentativas com os olhos abertos e 3 tentativas com os
olhos fechados, alternando entre as condições. Por exemplo, uma tentativa com olhos abertos seguida de
uma tentativa com olhos fechados corresponde a um teste.
Pelo menos 5 minutos de descanso são permitidos entre cada teste para evitar a fadiga.
O avaliador usa um cronômetro para medir o tempo que o sujeito fica em cada posição.
Deve ser considerado, como resultado final, o melhor resultado (em segundos) para cada uma das condições
(olhos abertos e olhos fechados)
Instruções ao indivíduo:
Olhos Abertos
1. Inicialmente o indivíduo é instruído a cruzar os braços sobre o peito com as mãos a tocar os ombros.
2. Demonstrar o teste ao indivíduo e explicar “Deve ficar de pé sobre uma perna e não deixe as pernas se
tocarem; olhar em frente com os olhos abertos e focado num objeto a cerca de 90 cm à sua frente.”
Olhos Fechados
1. Inicialmente o indivíduo é instruído a cruzar os braços sobre o peito com as mãos a tocar os ombros.
2. Demonstrar o teste ao indivíduo e explicar: “Deve ficar de pé sobre uma perna e não deixar que as pernas
se toquem. Deve fechar os olhos assim que estiver em posição.”
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Descrição: A EBM é uma escala de 10 pontos (0-10) que ajuda a compreender a intensidade/gravidade da
falta de ar/cansaço.
Durante a sua aplicação, a EBM impressa (tamanho de letra mínimo de 20) deve ser apresentada ao
indivíduo, e este convidado a ler todos os níveis possíveis.
Explicar ao indivíduo que 0 significa não experienciar dispneia/fadiga no momento, e que 10 significa a pior
dispneia/fadiga que já experienciou ou a pior dispneia/fadiga imaginável.
Em seguida, pedir ao indivíduo para graduar a sua sensação de falta de ar/fadiga no momento, usando a
escala.
Esta escala é particularmente útil nos testes de endurance máximos/submáximos e nas sessões de exercício
físico.
Caso a EBM seja utilizada para graduar a dispneia/fadiga no fim de um teste/atividade, relembrar o indivíduo
do valor seleccionado antes do teste/atividade e pedir novamente ao indivíduo para graduar a sua sensação
de falta de ar/fadiga no final, usando a escala.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
O objetivo deste teste é avaliar a dispneia de acordo com diferentes níveis de atividade.
Descrição: A mMRC é uma escala de 5 pontos (0-4), que ajuda a avaliar a incapacidade relacionada com a
dispneia.
É útil numa avaliação inicial para estabelecer o perfil do indivíduo durante a sua aplicação, a mMRC impressa
(tamanho de letra mínimo de 20) deve ser apresentada ao indivíduo, e este convidado a ler todas as
afirmações.
Em seguida, pedir ao indivíduo que seleccione a afirmação que melhor descreve a sua sensação de falta de
ar.
A mMRC é usada para calcular o índice de BODE (body-mass index (B), the degree of airflow obstruction
(O), dyspnoea (D), and exercise capacity (E)).
Esse teste é realizado com o paciente levantando de uma cadeira reta e com encosto, caminhando três
metros, voltando, após girar 180° para o mesmo local e se sentando novamente.
Com isso podemos avaliar o equilíbrio do paciente sentado, o equilíbrio durante a marcha e a
transferência.
( 1 ) Normalidade;
( 2 ) Anormalidade Leve;
( 3 ) Anormalidade Média;
( 4 ) Anormalidade Moderada;;
( 5 ) Anormalidade Grave.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Caso o paciente apresente uma pontuação de 3 pontos ou mais, indica um risco de quedas
aumentado.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
O Timed up and Go (TUG) é uma variação do teste que estudamos ali em cima. Ele, além de avaliar os itens
relacionados, mensura o tempo da realização da tarefa.
- Maior ou iguala 20 segundos - dependente em várias atividades de vida diária e na mobilidade, alto risco
de quedas.
Vale aqui lembrar que no TUG, o paciente precisa estar sentando em uma cadeira com encosto, e ao
comando do avaliador (que vai estar cronometrando o teste), vai se desencostar, levantar, andar 3 metros,
girar 180° e voltar. O examinador só para o cronometro quando o paciente se senta e encosta novamente
no encosto da cadeira.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Esse teste é realizado devido à grande propensão dos indivíduos idosos a instabilidade postural e a
alterações de marchas, que levam a um aumento do risco de quedas.
Em 2003 esse teste foi adaptado para que nós, brasileiros, pudéssemos usa-los também, mas aqui
ele recebeu o nome de POMA (Performance Oriented Mobility Assessment).
O teste consiste em uma escala de 16 tarefas que são avaliadas por meio da observação do
examinador.
São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas totalizando no máximo 48 pontos.
A primeira escala (equilíbrio) possui 9 itens: equilíbrio sentado, levantar da cadeira, tentativas de
levantar, equilíbrio em pé, equilíbrio ao girar. Observe abaixo:
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
==27e58e==
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Já a segunda escala (marcha) possui 7 itens: início da marcha, comprimento e altura dos passos,
simetria dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos tornozelos.
Nas tarefas/manobras em que é necessário o uso de uma cadeira, o paciente inicia a avaliação numa
cadeira rígida, sem braços e costas eretas. Vamos observar abaixo:
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
23 – Velocidade de Marcha
Para a aferição da velocidade da marcha é bem simples! Ela é medida pelo tempo, em segundos e
milésimos de segundo que o paciente leva para percorrer 4 metros. O cálculo é realizado pela média de
três tentativas. O normal é que o paciente demore menos que 0,8 m/s para realizar essa medida de
velocidade da marcha.
24 – Circunferência da Panturrilha
É a medida mais sensível e mais utilizada para avaliação da massa muscular em idosos (o normal é ≥ 31 cm).
Quando falamos de cognição é importante que saibamos que ela é um processo de aquisição de
conhecimentos e inclui a atenção, o raciocínio, o pensamento, a memória, o juízo, a linguagem entre outas
características importantes.
Esses testes são importantes pois através deles conseguimos rastrear (veja bem, RASTREAR NÃO
É DIAGNOSTICAR, CUIDADO!) déficits cognitivos importantes.
Existem várias escalas e testes que podemos realizar, vamos ver os mais utilizados e os mais
cobrados nas provas dos concursos?
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Querido (a) aluno (a), se eu pudesse falar um teste para você se apegar, seria esse! O MEEM é um
instrumento rápido, fácil e avalia os principais aspectos das funções cognitivas.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
O MEEM é constituído de duas partes, uma que abrange orientação, memória e atenção, com
pontuação máxima de 21 pontos e, outra que aborda habilidades específicas como nomear e
compreender, com pontuação máxima de 9 pontos, totalizando um escore de 30 pontos.
Os valores mais altos do escore indicam maior desempenho cognitivo. O MEEM aborda questões
referentes à memória recente e registro da memória imediata, orientação temporal e espacial, atenção e
cálculo e linguagem - afasia, apraxia e habilidade construcional.
Devido à conhecida influência do nível de escolaridade sobre os escores totais do MEEM, adotou-se
pontuações diferentes para pessoas com distintos graus de instrução.
O teste do desenho do relógio (TDR) tem como função avaliar as funções executivas, memória,
habilidades visuoconstrutivas, abstração e compreensão verbal. É de fácil aplicação.
Após isso, solicitar para que o paciente desenho um relógio com todos os números e ponteiros
marchando a 2:45 (duas horas e quarenta e cinco minutos).
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Não há um consenso para pontuação dos indivíduos realizarem, mas há um quadro na literatura,
observe abaixo:
A GDS é uma escala utilizada para rastrear quadros depressivos, já que nessa faixa etária as
manifestações são muito atípicas. É uma escala de fácil aplicação e o paciente tem que replicar questões
com respostas sim/não (chamamos essas respostas de dicotômicas).
Existe a versão original, que tem 30 questões, mas há também versões simplificadas, de 15 e menos
questões. Tanto que a versão mais utilizada é a de 15 itens e também a validada no Brasil.
Podemos (na verdade, devemos) encaminhar o paciente para testes neuropsicológicos mais
elaborados caso haja desconfiança de alguma patologia.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
26 – Capacidade Funcional
Podemos definir capacidade funcional como a aptidão do idoso para realizar tarefas que lhe permita cuidar
de si mesmo e ter uma vida independente em seu meio.
Quando estudamos as Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD), devemos entender que essas se
referem ao autocuidado, ou seja, são as atividades fundamentais necessárias para realizar, como por
exemplo: banho, se vestir, promover higiene, se transferir da cama para a cadeira, capacidade de se
alimentar e de deambular.
Se o idoso apresenta incapacidade nessas tarefas, podemos entender que o mesmo apresenta um
alto grau de dependência
As escalas mais utilizadas para avaliar as atividades básicas de vida diária são a escala de Katz e
o Índice de Bathel.
Escala de Katz
A escala de Katz permite avaliar a autonomia do idoso para realizar as atividades básicas e
imprescindíveis à vida diária como citamos ali em cima (tomar banho e se vestir, por exemplo)
Ela foi desenvolvida para avaliação dos resultados de tratamento em idosos e para predizer o
prognóstico nos doentes crônicos. Consta de seis itens que medem o desempenho do indivíduo nas
atividades de autocuidado, obedecendo uma hierarquia de complexidade: alimentação, controle de
esfíncteres, transferência, higiene pessoal, capacidade para se vestir e tomar banho, baseando-se em
funções primárias biológicas e psicossociais.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Índice de Bathel
Na versão original a pontuação da escala varia de 0-100 (com intervalos de 5 pontos). A pontuação
mínima de zero corresponde a máxima dependência para todas as atividades de vida diárias (AVD)
avaliadas, e a máxima de 100 equivale a independência total para as mesmas AVD avaliadas.
Existem versão desenvolvidas por pesquisadores que propõem uma pontuação dos itens em (0,1,2
ou 3), obtendo um escore total da escala entre 0 (totalmente dependente) e 20 (totalmente independente)
em oposição à versão original (0-100).
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Escala de Lawton
A escala de Lawton é uma das mais utilizadas para avaliar as AIVDS (utilização do telefone,
realização de compras, preparação das refeições, tarefas domésticas, lavagem da roupa, utilização de meios
de transporte, manejo da medicação e responsabilidade de assuntos financeiro).
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 01 - (CESPE - HUB - MG - Fisioterapeuta - 2018). No que se refere à atuação do fisioterapeuta
junto a pacientes idosos, julgue o seguinte item.
Os índices de Katz e Barthel avaliam atividades instrumentais da vida diária, como usar transporte
público, tomar medicação, fazer compras e preparar refeições.
a) Certo
b) Errado
Comentários:
A alternativa B é a correta. O índice de Katz e de Barthel são usados para avaliar ATIVIDADES DE VIDA
DIÁRIA e não atividades instrumentais de vida diária.
As Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) são atividades de autocuidado ou de cuidado pessoal, como
alimentar-se, banhar-se e vestir-se; e as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) consistem em
habilidades de mobilidade ou atividades para manutenção do ambiente, que englobam tarefas mais
complexas e, por vezes, relacionadas à participação social do sujeito, como, por exemplo, realizar compras,
atender o telefone e utilizar meios de transporte.
A contagem total vai de 0 a 100 pontos (independência total), em aumentos de 5 pontos. As funções são
mensuradas de acordo com a importância para a independência funcional. A realização da contagem toma
apenas 5 a 10 minutos, porém a observação das tarefas leva uma hora. Um resultado de 60 pontos obtidos
parece ser o ponto de transição da dependência para a independência assistida. Muitos pesquisadores
do Barthel indicam que este instrumento possui excelente confiabilidade e validade. A sensibilidade deste
teste ainda não foi bem aferida.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
B) A escala de Barthel mede o grau de independência em 10 atividades da vida diária que são pontuadas
entre 0, 10, 20, 30, proporcional à dependência.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. No BOMFAQ, são avaliadas 15 atividades básicas da vida diária e quantifica
o grau de comprometimento em leve, moderado e grave.
A alternativa B está incorreta. Índice de Barthel: São avaliadas 4 atividades (alimentação; transferência;
higiene pessoal; e uso do banheiro). Dentro dessas atividades, são classificadas com valores, de acordo com
a dependência em 0, 5, 10 e 15.
A alternativa D está incorreta. A MIF avalia a capacidade funcional de acordo com 3 dimensões: CUIDADOS
PESSOAIS; MOBILIDADE/TRANSFERÊNCIAS E LOCOMOÇÃO. E são 11 tarefas e não 18.
Questão 03 - (UFES - Fisioterapeuta - 2018). NÃO é um teste validado para quantificar o risco de queda
de idosos:
B) Índice de Barthel.
E) Tinetti POMA.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Avalia equilíbrio estático e dinâmico, e com isso pode nos predizer se esse
indivíduo poderá a ter quedas.
A alternativa B é a correta. O Índice de Barthel avalia o nível de independência do sujeito para a realização
de dez atividades básicas de vida diária (ABVD): comer, higiene pessoal, uso dos sanitários, tomar banho,
vestir e despir, controlo de esfíncteres, deambular, transferência da cadeira para a cama, subir e descer
escadas.
A alternativa C está incorreta. Esse teste nos mostra equilíbrio e mobilidade, fazendo com que possamos
predizer o risco de quedas.
O sinal de Romberg, que deve ser testado com o paciente em pé, de olhos fechados e com pés unidos,
tem como sinal positivo a ocorrência de oscilações no corpo, podendo acontecer queda em qualquer
direção, o que pode ser evidenciado em pacientes com alterações das sensibilidades profundas.
A) Certo
B) Errado
Comentários:
A alternativa A é a correta. O sinal de Romberg é realizado exatamente dessa forma! Ele deve ser testado
com o paciente em pé, de olhos fechados e com pés unidos, tem como sinal positivo a ocorrência de
oscilações no corpo, podendo acontecer queda em qualquer direção, o que pode ser evidenciado em
pacientes com alterações das sensibilidades profundas.
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho
Débora Lima, Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
Aula 06 (Prof. Débora Lima)
Comentários:
07231746365
2614670
- Luciano Carvalho