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Aula 02 | Profº

Frederico Barreto
SES-MT (Fisioterapeuta) Conhecimentos
Específicos - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Débora Lima, Frederico Barreto
Kochem

20 de Março de 2023

05594435107 - MICHELE BRAGA


Débora Lima, Frederico Barreto Kochem
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Sumário

Introdução a Cinesiologia ................................................................................................................. 5

1 – Cinesiologia: Principais Conceitos ........................................................................................... 5

2. Cinemática do Movimento ........................................................................................................ 7

2.1 – Movimento de Translação ................................................................................................. 7

2.2 – Movimento de Rotação ..................................................................................................... 8

2.3 – Osteocinemática e Planos de Movimento......................................................................... 9

2.4 – Osteocinemática e Eixos de Rotação .............................................................................. 12

3 - Movimentos X Planos X Eixos ................................................................................................ 14

3.1 - Artrocinemática ................................................................................................................... 15

4 – Cinesiologia: Principais Conceitos ......................................................................................... 17

4.1 – Cargas Mecânicas que Agem Sobre um Corpo ................................................................. 18

5 – O Sistema Musculoesquelético ............................................................................................. 19

5.1 – Tecido Corporais ................................................................................................................ 19

5.2 – O Tecido Conjuntivo........................................................................................................... 20

6 – Músculos e suas Características ............................................................................................. 21

6.1 - A Estrutura Muscular ........................................................................................................... 22

6.2 – A Morfologia Muscular ....................................................................................................... 25

6.3 – A Arquitetura Muscular ....................................................................................................... 27

6.4 – Tipos de Ativação Muscular ................................................................................................ 27

6.5 - Terminologia Relacionada à Ações Musculares .................................................................. 28

7 - Alavancas Musculoesqueléticas ............................................................................................. 29

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7.1 – Alavancas de Primeira Classe (Interfixa) .............................................................................. 30

7.2 – Alavancas de Segunda Classe (Inter-Resistente) ................................................................ 31

7.3 – Alavancas de Terceira Classe (Interpotente) ....................................................................... 31

7.4 - Vantagem Mecânica ............................................................................................................ 32

8 – Articulações e Suas Características ........................................................................................ 33

8.1 – Classificação Articular com Base no Potencial de Movimento ........................................... 33

8.1.1 – Sinartroses .................................................................................................................... 34

8.1.2 – Anfiartroses .................................................................................................................. 35

8.1.3 – Diartroses: Articulações Sinoviais ................................................................................. 35

8.2 – Classificação Articular com Base em Analogias Mecânicas ................................................ 37

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá, querido(a) aluno(a)! É com muita alegria que iniciamos o nosso Curso de Regular para
Fisioterapia!

É um material que foi criado com muita dedicação e cuidado. Pesquisamos os editais e provas dos
últimos anos e preparamos nossos livros digitais com os temas mais solicitados na residência
multiprofissional.

Abordaremos todos os tópicos relacionados à cinesiologia e biomecânica. Independentemente do


seu grau (desde o candidato iniciando os estudos até aquele que tem mais anos de carreira), você
pode se guiar pelo nosso material!

Os conceitos aqui apresentados são utilizados da forma mais didática possível, empregando
explicações das questões e fluxogramas dos temas mais relevantes para que você possa se sair
bem nos estudos.

Para finalizar essa nossa conversa inicial, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o
estudo em .PDF é o contato direto e pessoal com o professor, além do fórum de dúvidas. Não
podemos (e nem devemos) ir para uma prova com dúvidas! Pode acontecer (e é natural que
aconteça, inclusive) de que, ao ler o material proposto, surjam dúvidas e curiosidades! Se isso
acontecer, não hesite e me escreva. Responderei sempre que for possível.

Além disso, teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a sua preparação. Mas
é importante salientar que AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE
VAMOS ANALISAR NOS PDFs. Ou seja, em alguns momentos haverá materiais com vários vídeos
disponíveis, em outros, apenas poderemos ter um vídeo único ou até mesmo materiais que não
tenham nenhum vídeo. Lembre-se sempre que nosso foco é sempre a metodologia de estudo
ativa!

Nossa intenção é a que você tenha acesso ao melhor material possível para estudar!

Todos prontos? Então, vamos lá!

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
Para que possamos nos conhecer melhor, eu gostaria de me apresentar! Meu nome é Frederico
Barreto Kochem, sou fisioterapeuta com experiência na área de saúde do trabalhador, saúde do
idoso e também fisioterapia traumato-ortopédica.

Eu sempre quis lecionar, era meu grande sonho! E, por isso, segui minha carreira acadêmica
conquistando degrau por degrau, passando pela especialização, MBA, mestrado até culminar no
doutorado em Ciências da Reabilitação.

Hoje em dia, sou professor de graduação e pós-graduação em algumas faculdades, inclusive já fui
coordenador de curso, o que representou um enorme desafio. Além da atividade acadêmica, eu
atuei como fisioterapeuta em um Centro Especializado em Reabilitação – CER 2.

Será um enorme prazer guiá-los neste trajeto rumo à conquista de seus sonhos!

Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los
da melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.

E-mail: frederico_kochem@hotmail.com

Instagram: instagram.com/frederico_kochem

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INTRODUÇÃO A CINESIOLOGIA

1 – Cinesiologia: Principais Conceitos

Daremos início aos nossos estudos entendendo um pouquinho melhor sobre o conceito de
cinesiologia. Você já ouviu essa palavra? Sabe o que esse conceito significa?

Porém, antes de abordarmos o conceito de cinesiologia, é importante voltarmos um pouco


e entendermos o conceito de biomecânica (que a ciência por trás da cinesiologia). Um dos
principais autores que analisamos em editais de concursos públicos voltados para essa área é a
professora Susan J. Hall (que é a autora do livro Biomecânica Básica).

Quando falamos de biomecânica, devemos saber que seu conceito está ligado a aplicação
dos princípios mecânicos em organismos vivos. Ou seja, a biomecânica é uma área que utiliza os
princípios da física para estudar, quantitativamente, como as forças interagem em um organismo
vivo.

Outros dois conceitos interessantes que abordaremos mais a fundo nos próximos capítulos
são a cinemática e a cinética, que compõem as subdivisões para que possamos estudar a
biomecânica.

Quando falamos de cinemática, precisamos entender que esse termo significa a descrição
do movimento humano INCLUINDO considerações de espaço e tempo. Ela descreve a aparência
do movimento. Já a cinética é o estudo de ações das forças que agem sobre um corpo.

Agora, quando falamos de cinesiologia, é importante sabermos que esse termo significa o
estudo do movimento humano e com isso, todos os outros termos citados acima, fazem parte
dessa ciência.

Além disso, é de suma importância sabermos que a cinesiologia integra conceitos voltados
para antropologia, psicologia, anatomia e mecânica.

CINEMÁTICA ESTUDA O
MOVIMENTO
HUMANO INCLUINDO CINÉTICA ESTUDA AS
ESPAÇO E TEMPO AÇÕES DAS FORÇAS
SOBRE UM CORPO
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Nesse momento você deve estar se perguntando: “Porque estudar mecânica, anatomia...
quero saber dos tratamentos fisioterapêuticos”.

Eu te explico! A finalidade do estudo da biomecânica e da cinesiologia é poder compreender


as forças atuantes no corpo do nosso paciente e ter sabedoria para trata-las e manipula-las. Isso
fará com que o desempenho do corpo pós-tratamento melhore e o seu paciente tenha qualidade
de vida!

A análise do comportamento do corpo em movimento pode ser descrita a partir de aspectos


cinemáticos. Sendo correto afirmar que:

A) A velocidade de movimento de uma articulação é estudada pela cinemática


B) Quanto menor o número de movimentos maior a mobilidade de uma articulação
C) Para que ocorra um movimento o eixo deve ser paralelo ao plano
D) A amplitude de movimento de uma articulação é estudada pela cinética

Comentário: A resposta correta é a letra A. Como estudamos anteriormente, a cinemática


estuda movimentos humanos considerando tempo e espaço, sem aplicação de forças sobre
o movimento. Já a cinética estuda as forças aplicadas sobre um corpo (por isso a resposta
não poderia ser a letra D).

Além disso, vamos estudar mais a fundo as articulações e suas mobilidades, mas já podemos
entender que quanto menor o número de movimentos de uma articulação, maior será a sua
mobilidade, logo, a resposta B está incorreta. E, para finalizar essa questão, a letra C é
incorreta porque o eixo deve ser perpendicular ao plano para que movimentos ocorram no
nosso corpo, e não paralelo.

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2. Cinemática do Movimento

A cinemática é caracterizada pelo ramo da mecânica que tem como papel, descrever o
movimento de um corpo sem levar em consideração as forças ou torque que podem acontecer.
Ou seja, na cinemática, não estamos preocupados em entender as forças atuantes em um corpo,
e sim analisar os tipos de movimentos.

Na biomecânica, o termo corpo é utilizado de uma maneira bastante ampla, ou seja,


podemos estar nos referindo a um corpo inteiro ou de qualquer uma parte do corpo (membro
inferior, mão, dedos, ossos...).

Dito isso, devemos entender que existem dois tipos de movimentos importantes na
cinemática: o movimento de translação e o movimento de rotação.

2.1 – Movimento de Translação

No movimento de translação (que também pode ser denominado como movimento linear)
podemos descrever um movimento que é uniforme no qual todas as partes do corpo movem-se
na mesma direção e na mesma velocidade.

Quer um exemplo para podermos entender na prática?

Imagine um passageiro dormindo dentro de um avião que está em um voo suave. Esse
passageiro está em translação através do ar. Agora, imagine se no meio desse voo ocorre uma
turbulência e o passageiro fica agitado e se levanta em caso de pânico. Esse movimento deixa de
ser translacional, já que o corpo (que no caso do exemplo, é o passageiro) se moveu.

O movimento de translação, como aprendemos anteriormente, pode ser conceituado como


o movimento ao longo de uma linha. Se essa linha for reta, denominado esse movimento de
retilíneo; se a linha for curva, o movimento é denominado de curvilíneo.

Não conseguiu entender a diferença entre movimento retilíneo e curvilíneo?


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Olhe só esse exemplo abaixo. Na imagem A podemos observar uma ginasta que se move
em linha reta, puxando seu corpo para cima. Através da seta podemos analisar que esse
movimento é retilíneo. Agora, ao observarmos a imagem B, durante um pulo, a ginasta faz um
movimento curvilíneo (em curva).

A B

Arquivo pessoal da professora Débora Lima


- @neurostudent

2.2 – Movimento de Rotação

O movimento de rotação (que também pode ser denominado como movimento angular) se
caracteriza pela rotação ao redor de um ponto de pivô (um ponto central). Esse ponto de pivô para
o movimento angular do corpo é chamado de eixo de rotação.

Vamos exemplificar?

Na imagem abaixo podemos observar um membro superior. A rotação pode ser observada
no movimento do antebraço enquanto acontece a flexão do cotovelo. Nesse caso, a articulação
do cotovelo é o eixo de rotação (demonstrado pela bolinha verde presente na imagem) e o
antebraço está realizando o movimento angular.

E, aí? Ficou mais fácil de entender?

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Arquivo pessoal da professora Débora Lima


- @neurostudent

2.3 – Osteocinemática e Planos de Movimento

A osteocinemática descreve o movimento dos ossos em relação aos três planos cardeais do
corpo:

- Plano sagital;

- Plano frontal;

- Plano horizontal.

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Podemos representar esses planos através de um indivíduo em posição anatômica. Essa


posição não é a que um indivíduo adota naturalmente quando fica de pé, mas nos ajuda a estudar
de uma maneira correta quando falamos de terminologias para o movimento humano.

Observe a imagem abaixo:

https://personallplus.files.wordpress.com/2015/09/posic3a7c3a3o-
anatc3b4mica.png

Posição anatômica é a posição na qual o indivíduo está ereto, com todas as partes
do corpo, inclusive as palmas das mãos voltadas para frente; é considerada a
posição inicial de referência para os movimentos dos segmentos corporais

Vamos entender agora como esses planos funcionam.

Imagine uma linha que “atravessa” nosso corpo e divide nosso corpo em algumas partes.

O plano sagital (também podendo ser chamado de plano anteroposterior) divide o corpo
verticalmente em metades direita e esquerda. Na imagem ele é correspondido pela cor vermelha.

O plano frontal (que também é conhecido como plano coronal) divide o corpo verticalmente
em metades anterior e posterior. Na imagem ele é correspondido pela cor azul.

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O plano transverso (ou plano horizontal) divide o corpo em metades superior e inferior. Na
imagem ele é correspondido pela cor verde.

Na imagem abaixo podemos entender um pouquinho melhor:

==1c7a93==

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d8/Human_anatomy_planes-
ES.png

Esses planos de referência existem apenas com relação ao corpo humano. Se, por exemplo,
um indivíduo girar para a esquerda, todos os planos de referência também acompanham o
movimento e giram para a esquerda.

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2.4 – Osteocinemática e Eixos de Rotação

Quando um segmento corporal se move, ele roda em torno de um eixo de rotação


imaginário que passa pela articulação em que é inserido. Existem três eixos que nos ajudam a
descrever o movimento humano e cada um desses eixos apresenta ligação com os planos de
movimento que estudamos anteriormente.

Quais são esses eixos?

- Eixo médio-lateral;

- Eixo anteroposterior;

- Eixo longitudinal.

Vamos entender como esses eixos funcionam?

O eixo médio-lateral (que também pode ser conhecido como eixo frontal-horizontal) é
perpendicular ao plano sagital. Para simplificar, podemos imaginar uma linha ao redor da qual
ocorrem as rotações no plano sagital. Nesse eixo acontecem os movimentos de flexão e extensão.
Corresponde na imagem a imagem A.

O eixo longitudinal (que é conhecido também como eixo vertical) é uma linha imaginária
perpendicular ao plano transverso. Nesse eixo ocorrem os seguintes movimentos: rotação lateral
e rotação medial. Corresponde na imagem a imagem B.

O eixo anteroposterior (denominado também de eixo sagital-horizontal) é uma linha


imaginária ao redor da qual ocorrem rotações no plano frontal, ou seja, é perpendicular ao plano
frontal. Nesse eixo ocorrem os movimentos de abdução e adução. Corresponde na imagem a
imagem C.

Vamos descomplicar observando a imagem abaixo:

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https://sites.google.com/site/nerdstambemcolam/_/rsrc/1466708776316/home/anatomia-planos-
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eixos/ABAAAe4uoAL-44.jpg
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Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.

Os eixos são linhas reais ou imaginárias em torno das quais ocorrem os movimentos. Há
3 tipos básicos de eixos que são derivados da (s) ________ no espaço e ________ uns
aos outros.

A) dimensões; paralelos.

B) posição zero; perpendiculares.

C) posição zero; paralelos.

D) posição de referência; longitudinais.

E) dimensões; perpendiculares.

Comentário: A resposta correta é a letra E. Vamos lá! Os eixos são oriundos das
dimensões que os planos anatômicos estabelecem e eles SEMPRE serão
perpendiculares uns aos outros e também aos planos. É só imaginar os eixos como uma
linha que atravessa os planos e com isso, os movimentos ocorreram através deles
(eixos).

Essa questão realmente é bem complexa, mas não desista, querido aluno! Estamos aqui
para entendermos juntos como isso funciona! Se você ficou com dúvidas, volte e releia
o material novamente. Se ainda sim a dúvida permanecer, vá ao fórum de dúvidas ou
entre em contato comigo para conversarmos e entendermos da melhor forma possível
essa questão! A vaga é sua!

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3 - Movimentos X Planos X Eixos

Nessa parte dos estudos, devemos prestar bastante atenção, pois é muito fácil confundir os
termos e seus respectivos movimentos. Vamos lá!

Falamos de eixos e planos, mas agora, o importante e sabermos quais movimentos ocorrem
quando juntamos esses dois conceitos.

MOVIMENTOS NO PLANO SAGITAL

Os movimentos no plano sagital são realizados na direção anteroposterior. Quais são eles?
Flexão, extensão e hiperextensão. Esses movimentos giram em torno do eixo horizontal ou
transversal.

MOVIMENTOS NO PLANO FRONTAL

Os movimentos no plano frontal são realizados na direção latero-lateral. Quais são eles?
Abdução, adução e inclinação lateral. Esses movimentos giram em torno do eixo sagital ou
anteroposterior.

MOVIMENTOS NO PLANO TRANSVERSO

Os movimentos no plano transverso são realizados em sentido rotacional. Quais são eles?
Supinação, pronação, rotação medial e rotação lateral. Esses movimentos giram em torno do eixo
longitudinal.

Para resumir melhor o que aprendemos agora, observe a tabela abaixo:

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MOVIMENTO PLANO EIXO


Flexão / Extensão Sagital Horizontal
Abdução / Adução Frontal Sagital
Rotação / Pronação / Supinação Transverso Longitudinal

3.1 - Artrocinemática

A artrocinemática é descrita como o movimento que ocorre entre as superfícies articulares.


Vamos estudar isso um pouco mais a fundo quando falarmos de tipos de articulações, mas para
entendermos um pouco melhor, existem vários tipos de superfícies articulares, sendo algumas
ligeiramente curvas. E aí é importante sabermos a relação côncavo-convexo, apresentada na
maioria das articulações.

Essa relação auxilia o encaixe (congruência) e aumenta a área de dissipação das forças e,
além disso, fornece um guia para o movimento entre os ossos.

Vamos entender essa relação côncavo-convexo?!

- Em movimentos de superfícies convexas sobre superfícies côncavas o membro


convexo rola e desliza em direções opostas.

- Em movimentos de superfícies côncavas sobre convexas, o membro côncavo rola


e desliza em direções similares.

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Fonte: Lima, Débora @neurostudent

Quando falamos de movimentos entre as superfícies articulares curvas, existem três tipos:
rolamento, giro e deslizamento. Estes movimentos ocorrem de acordo com o movimento da
superfície convexa em relação a superfície côncava.

Na tabela a seguir podemos resumir os movimentos, sua definição e um exemplo prático.

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MOVIMENTO DEFINIÇÃO EXEMPLO PRÁTICO


Rolamento Vários pontos em uma superfície articular em Um pneu rodando sobre
rotação fazem contato com vários pontos em outra uma pista.
superfície articular.
Deslizamento Um único ponto em uma superfície articular faz Um pneu parado sobre
contato com vários pontos em outra superfície uma pista de gelo.
articular.
Giro Um único ponto em uma superfície articular faz Um pião rodando em uma
contato com um único ponto em outra superfície mesa.
articular.

4 – Cinesiologia: Principais Conceitos

A cinética é o ramo de estudos da mecânica que descreve os efeitos de forças em um corpo.

Importante salientar que a “força” que age sobre um corpo é frequentemente chamada de
“carga”.

Mas antes de entendermos os efeitos das forças no corpo, devemos nos atentar a conceitos
básicos.

Vamos lá?

- Inércia: resistência a ação ou mudança, ou seja, resistência a aceleração. Para ser mais
claro ainda, a inercia é a tendência de um corpo manter o estado de movimento que se
encontra, esteja esse corpo parado ou em movimento com uma velocidade constante.

- Massa: caracterizada pela letra m, massa é a quantidade de matéria que compõe um


corpo. A unidade que usualmente utilizamos no nosso sistema métrico é o quilograma (kg).

- Força: caracterizada pela letra f, é definida como uma tração ou impulsão que age sobre
um corpo. No sistema métrico, a unidade de força mais utilizada é o Newton (N).

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- Centro de massa: é caracterizado por um ponto ao redor do qual o peso corporal do


indivíduo se equilibra de maneira igual em todas as direções, não importando a posição
que o corpo se encontre. Normalmente o centro de gravidade se encontra um centímetro
a frente da primeira vértebra sacral (S1).

- Peso: é a quantidade de força da gravidade que é exercida sobre um corpo.

- Torque: Efeito rotatório criado por uma força excêntrica. O torque também é conhecido
como momento de força.

- Impulso: É o resultado da força pelo tempo.

4.1 – Cargas Mecânicas que Agem Sobre um Corpo

As forças (ou cargas) que movimentam, fixam ou até mesmo estabilizam um corpo também
são as mesmas forças que podem desestabilizá-lo e causar lesões.

Na imagem abaixo podemos ver quais são as principais forças que são aplicadas ao nosso
sistema musculoesquelético.

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Vamos entendê-las?
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A força de compressão é caracterizada como uma força de esmagamento.

Já a força de tensão é uma força oposta a força de compressão. Ela consiste em uma força
de tração que tem a capacidade de criar uma tensão no objeto (ou corpo) em que é aplicada.

A força de cisalhamento é caracterizada por uma força com direção paralela à uma
superfície, esse tipo de força tende a causar deslizamento ou deslocamento.

A torção ocorre quando um corpo é levado de rodar sobre seu eixo. Isso ocorre geralmente
quando uma de suas extremidades está fixa.

Finalmente, a presença de mais de uma força é denominada de combinação de cargas. Isso


ocorre quando as forças são aplicadas simultaneamente durante a realização de atividades diárias
e é o tipo mais comum de carga que atua no corpo humano.

Qualquer tecido que existe no corpo (quando saudáveis) pode resistir a qualquer uma dessas
forças citadas acima. Porém, se há um tecido enfraquecido por uma determinada doença, um
trauma ou até mesmo por desuso pode não resistir a aplicação dessas cargas.

5 – O Sistema Musculoesquelético

O tecido conjuntivo e o tecido muscular formam, juntos, o sistema musculoesquelético. Esse


sistema trabalha intimamente com o tecido nervoso para produzir movimentos coordenados, a fim
de dar estabilização e retroalimentação adequada às articulações.

Para entendermos um pouco melhor sobre o sistema musculoesquelético, é necessária uma


breve revisão das suas estruturas. Vamos lá?

5.1 – Tecido Corporais

Com base na morfologia e na função, os tecidos do corpo humano são classificados em


quatro grupos básicos:

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• Tecido epitelial: É encontrado em todo o corpo humano sob duas formas:


membranoso e glandular. O epitélio membranoso forma estruturas como a camada
externa da pele, o revestimento interno das cavidades e do lúmen do corpo, bem
como o revestimento dos órgãos viscerais. O epitélio glandular é um tecido especial
que forma a parte secretora das glândulas.
• Tecido nervoso: Auxilia a coordenação dos movimentos por meio de um complexo
sistema de controle motor.
• Tecido conjuntivo: É encontrado em todo o corpo humano. Divide-se em subtipos
de acordo com a matriz de ligação das células. O tecido conjuntivo serve de apoio
estrutural e metabólico para outros tecidos e órgãos do corpo. Ele inclui os ossos, a
cartilagem, os tendões, os ligamentos e o tecido sanguíneo.
• Tecido muscular: É responsável pelo movimento de substâncias em todo o corpo,
pelo movimento de uma parte em relação a outra e pela locomoção.

5.2 – O Tecido Conjuntivo

As células mais comuns nesse tipo de tecido são os fibroblastos, que produzem fibras de
colágeno, elastina e reticulina. O colágeno e a elastina são componentes vitais do sistema
musculoesquelético.

Os colágenos são uma família de proteínas que desempenham papel extremamente


importante na manutenção da integridade estrutural dos vários tecidos e, além disso, são
responsáveis pela resistência à tensão.

A elastina é a responsável pelas propriedades elásticas dos tecidos. As fibras de elastina se


alongam e tendem a retornar à forma original, com a liberação da tensão. As fibras colagenosas e
elásticas são organizadas de maneira esparsa e irregular em tecidos conjuntivos frouxos e de forma
compactada em tecidos conjuntivos densos.

Como tecido conjuntivo frouxo temos a fáscia. Ela serve de suporte e de proteção para as
articulações e atua como interconexão entre tendões, aponeuroses, ligamentos, capsulas, nervos
e componentes intrínsecos do músculo.

Já o tecido conjuntivo denso é representado pelos ligamentos e tendões. Do ponto de vista


histológico, a composição dos tendões e dos ligamentos é idêntica, ou seja, são estruturas de
tecido conjuntivo densamente compactadas, consistindo, em sua maioria, em colágeno de alta
resistência à tensão e com orientação direcional.

Os tendões são estruturas em forma de cordão, cujo objetivo é ligar o músculo aos ossos.
São envoltos por uma bainha tendínea com discretas camadas sinoviais dentro e fora do tendão.
Os tendões são feitos de feixes de colágeno orientados em paralelo. A espessura de cada tendão
varia, sendo proporcional ao tamanho do músculo a partir do qual ele se origina.
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Os ligamentos são bandas fibrosas de tecido conjuntivo denso que servem de conexão entre
os ossos e as articulações. A organização celular dos ligamentos os torna ideais para sustentar
carga de tensão. Os ligamentos contribuem para a estabilidade da função articular, pois evitam
movimentos excessivos, agem como guias no movimento direto e fornecem informações
proprioceptivas para a função das articulações.

O osso é uma forma altamente vascular de tecido conjuntivo composto de colágeno, fosfato
de cálcio, água, proteínas amorfas e células. É o mais rígido dos tecidos conjuntivos. São funções
dos ossos:

• Servir de apoio
• Reforçar a alavancagem
• Proteger estruturas vitais
• Servir de união entre tendões e ligamentos
• Estocar minerais, principalmente o cálcio

Cada osso possui morfologia diferente, mas apresentam uma parte cortical e outra
esponjosa. O osso cortical constitui 80% do esqueleto humano. É a parte mais densa, compacta.
Encontra-se geralmente nas camadas externas dos ossos. Sua função mais importante é manter
uma estrutura rígida no esqueleto.

O osso esponjoso é responsável por 20% do esqueleto humano. Encontra-se no interior dos
ossos e tem uma aparência de esponja por possuir pequenas pontes chamadas trabéculas. Entre
suas funções, destacam-se a manutenção da força e elasticidade do esqueleto, além de alojar a
medula óssea, responsável pela produção de células sanguíneas, hemoglobina e gordura.

O desenvolvimento do osso costuma ser precedido pela formação do tecido cartilagíneo


articular. A cartilagem articular é um material viscoelástico altamente organizado composto de
células cartilagíneas chamadas condrócitos.

Por fim, as articulações são regiões em que os ossos são cobertos e circundados por tecidos
conjuntivos que os mantêm juntos e determinam o tipo e o grau de movimento entre eles. Como
veremos mais a frente, de acordo com o movimento potencial, as articulações podem ser
classificadas como diartrose, anfiartrose e sinartrose.

6 – Músculos e suas Características

Em nosso corpo humano, temos 206 ossos que têm o papel de sustentação conforme
interagimos com o ambiente. Existem muitos tipos de tecidos que se ligam ao nosso esqueleto e

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que sustentam o corpo, mas somente os músculos tem o importante papel de adaptar e prolongar
as forças que podem desestabilizá-lo.

Para entendermos um pouco melhor sobre o sistema muscular, é necessária uma breve
revisão da organização da estrutura muscular. Vamos lá?

6.1 - A Estrutura Muscular

Quando falamos de músculos, podemos citar muitos exemplos... bíceps, tríceps,


quadríceps. Todos esses músculos são formados por diversas fibras musculares.

Cada contração ou encurtamento realizado por cada fibra muscular, juntas acabam
resultando em contrações musculares.

A unidade mínima (ou fundamental) de cada fibra muscular é conhecida como sarcômero.

Esses sarcômeros ficam alinhados nas fibras musculares e quando eles realizam um
encurtamento, as fibras musculares também encurtam.

Com isso, podemos assumir que o sarcômero é considerado o gerador de força do músculo.

Um outro tópico importante que devemos aprender quando falamos de músculos são que
eles apresentam proteínas contrateis e não contráteis.

- Proteínas contráteis: presentes no sarcômero, como por exemplo a actina e a


miosina. Ambas interagem entre si com o papel de encurtar a fibra muscular e gerar
uma força ativa.

- Proteínas não contráteis: constituem grande parte do citoesqueleto (esqueleto


da célula) no interior das fibras musculares e entre elas, por isso podemos chamá-
las também de proteínas estruturais, já que elas apresentam um papel fundamental
de sustentação das estruturas das fibras musculares. Podemos citar como exemplo
a titina e a desmina.

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Falando um pouquinho mais a fundo sobre a actina e a miosina, podemos entender que a
actina é uma proteína que faz parte de uma família de proteínas que formam microfilamentos. Em
conjunto com a miosina, ela tem o papel fundamental de realizar o movimento muscular.

A miosina é uma ATPase que tem como característica a movimentação ao longo da actina
e, quando há a presença de ATP, juntamente com a actina realiza a contração muscular.

As proteínas que estão presentes nos sarcômeros ficam organizadas de maneiras diferentes
(isso vai de acordo com cada tipo muscular). Cada banda muscular tem uma característica que,
quando observamos no microscópio, conseguimos enxergar por exemplo que elas dão um aspecto
estriado ao músculo cardíaco e ao esquelético.

Já ao observarmos o músculo liso, por ele ter uma característica diferente, não conseguimos
ver essas "estrias" uma vez que esse tipo de musculatura não apresenta sarcômeros.

Para entendermos melhor essa parte de sarcômero e contração muscular, se liga na


explicação:

A zona em que um sarcômero se liga a outro sarcômero é caracterizada por uma linha mais
escura, chamada de linha Z (que é a linha mais escura que podemos ver na imagem).

Um sarcômero corresponde ao espaço que separa duas linhas Z consecutivas.

De cada lado da linha Z encontra-se uma banda clara, denominada banda I, que são
compostas pelos filamentos finos de actina.

Entre as bandas I encontra-se a banda A mais escura, onde ocorre uma sobreposição de
filamentos finos com filamentos espessos de miosina.

No centro da banda A temos a banda H, onde podemos encontrar os filamentos de miosina.

É nesta zona que se vai iniciar a contração muscular, através da interação entre filamentos
finos (actina) e grossos (miosina).

Ufa, um pouco complicadinho isso, né? Normalmente as bancas não cobram muito a
fisiologia da contração muscular, mas é importante sabermos que tudo isso ocorre no sarcômero!

Observe a imagem abaixo para entender melhor essa parte de banda A, I e H:

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Além disso, quando falamos de músculos, há os tecidos conjuntivos extracelulares muscular


que são divididos em três conjuntos.
https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQiuoR7807LtVJaXVR16
- Epimísio; niCzf3s9idFJzaiGlFykMnkZslqV8uY

- Perimísio;

- Endomísio.

http://3.bp.blogspot.com/-6zx
VVnLX4/ThD1gjj1y1I/AAAAAAAAARM/FkbH7xAERGc/s1600/bioenergetica_clip_image011_0002.jpg

O epimísio é caracterizado por uma estrutura firme que cerca toda a superfície de um ventre
muscular e o separa dos outros músculos. Ou seja, o epimísio é responsável por dar a forma ao

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ventre muscular e também apresenta fibras de colágeno que fazem com que o músculo resista ao
estiramento.

Já o perimísio repousa sobre o epimísio e tem o papel de dividir os músculos em fascículos


(ou seja, grupo de fibras) que formam uma passagem para vasos e nervos. Assim como o epimísio,
o perimísio também é resistente a estiramentos.

Finalmente, o endomísio tem o papel de cercar cada fibra muscular e é bem íntimo
externamente ao sarcolema (membrana celular do músculo). É o endomísio que maraca a
localização da troca metabólica entre as fibras musculares e os capilares sanguíneos.

6.2 – A Morfologia Muscular

Quando falamos de morfologia muscular, devemos entender que estamos falando sobre o
formato de um músculo como um todo. Como sabemos, um músculo pode ter diferentes formatos
e tamanhos, e isso, claro, influencia na sua função final.

Dois dos formatos mais comuns que encontramos são: formato fusiforme e o penado (que
vem de pena).

Os músculos com formato fusiforme como por exemplo o bíceps braquial, apresentam fibras
paralelas uma as outras e um tendão central.

Já os músculos penados, por sua vez, apresentam fibras obliquas em relação ao tendão
central. Esses músculos contém um número maior de fibras e, com isso, geram forças maiores.

A grande maioria dos músculos presentes no nosso corpo são considerados músculos
penados.

Abaixo podemos observar diferentes formatos de músculos.

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https://4.bp.blogspot.com/-
G0huv5_HUHM/WLu3X8kGKlI/AAAAAAAADQQ/x1laApKySf4krw7s2Sjm4UCe8BuE4aO-QCLcB

/s1600/Tipos%2Bmusculos.png

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6.3 – A Arquitetura Muscular

Nessa parte do nosso estudo, iremos entender duas importantes características


arquitetônicas de um músculo: a área transversal fisiológica e o ângulo de penação.

Quando falamos de área transversal fisiológica de um músculo, o que isso quer dizer é que
essa área reflete a quantidade de proteínas ativas disponíveis para gerar força de contração.

Ou seja, um músculo mais espesso gera uma maior força do que um músculo fino (delgado).

Agora, quando falamos de ângulo de penação, estamos nos referindo ao ângulo de


orientação entre as fibras musculares e o tendão. A maioria dos músculos presentes no nosso corpo
tem ângulos de penação entre 0 e 30 graus.

6.4 – Tipos de Ativação Muscular

Podemos considerar um músculo ativo quando ele é estimulado pelo sistema nervoso.

Uma vez que esse músculo é ativado, ele produz força por meio de uma dessas três maneiras que
vamos aprender:

- Isométrica;

- Concêntrica;

- Excêntrica.

ATIVAÇÃO ISOMÉTRICA ATIVAÇÃO CONCÊNTRICA

ATIVAÇÃO EXCÊNTRICA

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A ativação isométrica se dá quando um músculo produz uma força de tração enquanto


mantem seu comprimento constante. Um fato interessante e que nos ajuda a entender melhor esse
tipo de contração é a origem da palavra isométrica (isos, do grego igual, e metron, comprimento).

Ou seja, não há encurtamento muscular ou rotação da articulação porque o torque interno


produzido é o igual ao torque externo.

Já a ativação concêntrica ocorre quando um musculo produz uma força de tração ao se


contrair (encurtar). Normalmente quem faz esse tipo de movimentação é o músculo agonista
(vamos ver sobre esse conceito no tópico abaixo).

A ativação excêntrica, por sua vez, é o oposto da contração concêntrica. Nesse tipo de força
o que vai ocorrer é que um músculo irá produzir uma força de tração ao ser alongado por outra
força mais dominante. Normalmente quem faz esse tipo de ativação é o músculo antagonista. Ele
funciona como se estivesse “freando” o movimento.

6.5 - Terminologia Relacionada à Ações Musculares

Normalmente, os seguintes termos são frequentemente utilizados quando descrevemos as ações


musculares:

- Agonista;

- Antagonista;

- Sinergistas.

Vamos entende-los melhor?

Um músculo (ou um grupamento muscular) denominado agonista é aquele que está diretamente
relacionado ao início e a execução de um determinado movimento.

Quer um exemplo? Na dorsiflexão de tornozelo, o musculo tibial anterior é definido como o


agonista do movimento.

Quando um músculo é denominado de antagonista, ele apresenta a ação aposta ao agonista. Para
exemplificar, vamos pensar nos músculos gastrocnêmico e sóleo. Eles são considerados
antagonistas do músculo tibial anterior do exemplo acima.

Finalmente, os músculos sinergistas são aqueles que cooperam durante a execução de um


movimento. Os movimentos mais significativos do nosso corpo envolvem a ação de muitos
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músculos sinergistas. Os sinergistas podem ser classificados como neutralizadores e


estabilizadores.

Os músculos ou grupo muscular neutralizador previne movimentos indesejados. A ação que ele
realiza depende principalmente do ângulo de tração.

O estabilizador um músculo ou grupo muscular que suporta ou mantém firme uma parte do corpo
e auxilia o agonista a trabalhar mais eficientemente.

E aí, como estamos? Algumas dúvidas? Não se esqueça de me chamar lá no Fórum para
podermos conversar e tirar todos os seus questionamentos! Qualquer coisa também pode me
procurar nas redes sociais, beleza? Vamos continuar nossos estudos? Agora vamos conversar um
pouquinho sobre Alavancas. Cuidado, pois é bem fácil de confundi-las, mas vamos comigo, vou te
ajudar!

7 - Alavancas Musculoesqueléticas

Fizemos um intervalo e agora, voltamos com aquele gás e com muita atenção para
entendermos as alavancas musculoesqueléticas! Bora!?

No nosso corpo, sabemos que forças internas e externas produzem torques por meio de um
sistema de alavancas ósseas.

Se analisarmos, uma alavanca é um objeto simples, composta por um bastão rígido suspenso
por um ponto de pivô. Quer um exemplo? A tesoura, por exemplo é considerada uma alavanca.

Olhe só essa imagem abaixo:

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As forças mais importantes envolvidas nas alavancas musculoesqueléticas são aquelas


produzidas pelos músculos, pela gravidade e pelo contato físico com o ambiente.
https://vidadefisioterapeuta.files.wordpress.com/2015/09/tesoura
1.jpg
Como na imagem acima, no nosso corpo, os torques internos e externos podem ser iguais
(como por exemplo em uma atividade que necessite de uma contração isométrica) ou, um dos dois
torques apresenta maior força (que é o que mais acontece no nosso corpo), resultando então na
movimentação da articulação.

Podemos classificar as alavancas em três tipos: alavanca de primeira classe (ou interfixa),
alavanca de segunda classe (ou inter-resistente) e alavanca de terceira classe (ou interpotente).

7.1 – Alavancas de Primeira Classe (Interfixa)

Esse tipo de alavanca apresenta seu eixo de rotação posicionado entre as forças opostas.

Para entendermos melhor, um exemplo de alavanca de primeira classe que encontramos no


nosso corpo é formado pelos músculos extensores da cabeça e do pescoço que controlam a
postura no plano sagital. Observe a imagem abaixo:

https://sciencetrainingra.files.wordpress.com/2014/04/536172_561116130590112_6530116
_n.jpg

Nas alavancas de primeira classe, as forças internas e externas geralmente agem em direções
similares, porém, podem produzir um torque em direções rotatórias opostas.

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7.2 – Alavancas de Segunda Classe (Inter-Resistente)

Uma alavanca de segunda classe apresenta duas características.

1 – Seu eixo de rotação fica localizado em uma extremidade do osso;

2 – O músculo ou a força interna apresenta maior alavancagem do que força externa.

Esse tipo de alavanca é muito raro no nosso sistema musculoesquelético.

Quer um exemplo? Ficar nas pontas dos pés. O eixo de rotação dessa ação atua por meio
das articulações metatarsofalageanas.

https://sciencetrainingra.files.wordpress.com/2014/04/536172_561116130590112_6530116_n.jpg

7.3 – Alavancas de Terceira Classe (Interpotente)

Nesse tipo de alavanca, igualmente a alavanca de segunda classe, o eixo de rotação fica
localizado na extremidade do osso.

Os músculos que realizam flexão do cotovelo, por exemplo, usam esse tipo de alavancagem
para produzir um torque necessário para produzir força para realizar o movimento de flexão.

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O peso externo suportado por esse tipo de alavanca possui maior alavancagem do que a
força muscular, por isso, a alavanca de terceira classe é a mais comum de ser observada no corpo
humano.

https://sciencetrainingra.files.wordpress.com/2014/04/536172_561116130590112_6530116_n.jpg

7.4 - Vantagem Mecânica

A vantagem mecânica (VM) de uma alavanca musculoesquelética pode ser caracterizada


pela relação entre o braço de momento interno e o braço de momento externo.

Quando falamos de vantagem mecânica devemos ter em mente que ela nada mais é do que
a eficiência de uma alavanca em mover uma resistência.

O braço de momento (ou braço de força) é caracterizado pela distância do eixo (ponto fixo)
até a força braço de resistência.

Vamos entender a VM de cada uma das alavancas?

- Alavancas de primeira classe: podem apresentar VM igual, menor ou menor a um. Ou seja,
a força necessária para movimentar uma resistência é exatamente igual a resistência.

- Alavancas de segunda classe: VM maior que um. A força necessária para movimentar uma
resistência é menor do que a resistência.

- Alavancas de terceira classe: VM menor que um. A força necessária para movimentar uma
resistência é maior do que a resistência.

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A maioria da musculatura do nosso sistema musculoesquelético funciona com uma VM


menor do que um.

8 – Articulações e Suas Características

Uma articulação pode ser caracterizada como uma junção entre dois ou mais ossos.

Se nosso corpo se movimenta de maneira harmônica como um todo, isso ocorre por causa
das articulações presentes nele, que permitem as rotações de ossos.

As articulações também nos permitem transferir e dissipar as forças produzidas pela


gravidade e pelas ativações musculares.

Quando dizemos que estudamos as articulações, o nome desse estudo é chamado de


artrologia. Com ele entendemos as classificações, estruturas e as funções que as articulações
apresentam, sendo uma base muito importante para a cinesiologia.

Muitas coisas podem interferir no bom uso das articulações, como por exemplo o
envelhecimento, o sedentarismo, o imobilismo prolongado, traumas e algumas doenças.

Ao categorizar as articulações, podemos fazer isso de duas formas: de acordo com seu
potencial de movimento e de acordo com suas analogias mecânicas. Vamos entender melhor essas
classificações?

8.1 – Classificação Articular com Base no Potencial de Movimento

Até o presente momento, podemos afirmar que existem três tipos de articulações:

- Sinartroses (articulações imóveis);

- Anfiartroses (articulações semimóveis);

- Diartrose (articulações móveis).

Vamos entender cada uma delas?

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8.1.1 – Sinartroses

As sinartroses são articulações fibrosas (e com isso, imóveis) que podem atenuar (absorver)
forças, como traumas, porém, permitem pouco ou nenhum movimento dos ossos que se articulam.

Ainda podem ser subdivididas em:

a) Suturas: nesse tipo de articulação as superfícies ósseas articulares apresentam ranhuras


irregulares que tem encaixes extremamente delicados e estão firmemente conectadas
através de fibras contínuas ao periósteo. Essas fibras começam a se ossificar no início da
fase adulta e, finalmente acabam sendo substituídas por completo pelos ossos. Os únicos
exemplos existentes no nosso corpo humano são as suturas do crânio.

b) Sindesmoses: nessas articulações, um tecido fibroso e denso une os ossos, permitindo a


realização de movimentos limitados. Exemplo: articulações radioulnar média, tibiofibular
média, tibiofibular distal e coracoacromial.

c) Gonfoses: Essas articulações são muito específicas. Elas ocorrem entre os dentes e seus
receptáculos, os alvéolos dentários. O tecido fibroso do ligamento periodontal segura
firmemente o dente no seu alvéolo. A presença de movimentos nesta articulação significa
uma condição patológica.

Um exemplo de sinartrose, como dito anteriormente são as suturas entre os ossos occipital e
parietal do crânio. Observe a imagem abaixo:

https://www.auladeanatomia.com/upload/site_pagina/craniosutura.jpg?x7 34
3193

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8.1.2 – Anfiartroses

As anfiartroses são articulações semimóveis que atenuam as forças aplicadas e permitem


maior movimento dos ossos em relação as articulações fibrosas (que vimos anteriormente).

Elas também podem ser subdivididas em:

a) Sincondroses: nesse tipo de articulação, os ossos que se articulam são mantidos juntos por
meio de uma fina camada de cartilagem hialina. Exemplo: articulações esternocostais (do
esterno com as costelas) e as placas epifisárias (antes de ocorrer o processo de ossificação).

b) Sínfises: nessas articulações, laminas finas de cartilagem hialina separam um disco


fibrocartilaginoso dos ossos. Exemplo: a articulação da sínfise pública.

http://s2.glbimg.com/r33B_wmHAZWBsT-
ehw2gI7r1jbc=/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2013/09/03/sinfise_pubiana.jpg

8.1.3 – Diartroses: Articulações Sinoviais

As articulações chamadas de diartroses apresentam mobilidade de moderada a extensa.


Esse tipo de articulação apresenta uma cavidade sinovial preenchido por um fluído, chamado de
líquido sinovial.

Essas articulações compreendem a grande maioria das articulações do corpo humano.

As diartroses são especializadas em movimento e apresentam sete elementos principais:

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- Cartilagem articular: recobre as extremidades e outras superfícies articulares dos


ossos;

- Cápsula articular: lâmina de tecido conjuntivo que reveste a articulação;

- Membrana sinovial: camada interna da capsula articular;

- Fluido sinovial: fluído translucido (ou amarelo-claro). Ele recobre as superfícies


articulares e minimiza a fricção entre as superfícies articulares, além de fornecer
nutrição para as cartilagens articulares.

- Ligamentos: podem ser caracterizados como ligamentos capsulares e


extracapsulares.

- Vasos sanguíneos: capilares que penetram na cápsula articular e suprem a


estrutura.

- Discos intra-articulares (meniscos): funcionam como coxins de fibrocartilagem


aumentando a congruência articular e melhorando a dispersão de forças.

https://static.todamateria.com.br/upload/ar/tc/artciulacaosinuvial-
cke.jpg

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8.2 – Classificação Articular com Base em Analogias Mecânicas

Nesse segundo momento da aula, relacionada com as articulações, vale lembrar que o
entendimento sobre as articulações sinoviais é de importância gigantesca, já que elas são as mais
comuns do nosso corpo.

Agora vamos classificá-las em relação as analogias mecânicas.

https://image.slidesharecdn.com/asistarticulacionesfundamentosprim2015-150403025958-
conversion-gate01/95/anatoma-sistmica-articulaciones-fundamentos-41-
638.jpg?cb=1428048107

a) Articulações em dobradiça (gínglimo): Essas articulações contém uma superfície articular


óssea convexa e outra superfície articular côncava. Exemplo: articulações umeroulnar e
interfalângicas.

b) Articulações deslizantes (planas; artrodiais): nessas articulações as superfícies articulares


ósseas são quase planas e o único movimento permitido é o de deslizamento. Exemplo:
facetas articulares das vértebras; articulações intercarpais.

c) Articulações em pivô (trocoides): nesse tipo de articulação a rotação é permitida ao redor


de um eixo. Exemplo: articulação atlantoaxial.

d) Articulações condilares (elipsoides): nesse tipo de articulação, uma das superfícies ósseas
que se articulam tem formato convexo ovóide e a outra superfície tem formato
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reciprocamente côncavo à primeira. Nessas articulações são permitidos movimentos de


flexão, extensão, adução, abdução e circundução. Exemplo: articulação radiocarpal.

e) Articulações em sela (selar): Nessas articulações, ambas as superfícies ósseas que se


articulam têm formato do assento de uma sela de cavalo. Os movimentos permitidos são os
mesmo da articulação anterior, mas com amplitudes um pouco maiores. Exemplo:
articulação carpometacarpal do polegar.

f) Articulações esferoidais (bola e soquete): Nessas articulações, as superfícies articulares são


reciprocamente côncavas e convexas. A rotação nessa articulação é permitida nos três
planos de movimento. Exemplos: articulação do quadril e do ombro.

E aí querido (a) aluno (a), como estamos até agora? Tudo bem? Se for preciso, antes de
partirmos para as questões comentadas, dê uma olhada novamente no material, grife as partes
importantes! Se for necessário, escreva para mim no fórum, vamos caminhar juntos!

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