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Fatores de Riscos a Saúde

Conteudista: Prof.ª Esp. Janaina Binhame de Souza Oliveira 


Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Brites 

Objetivo da Unidade:

Conhecer os fatores de riscos mais falados atualmente que favorecem o


aparecimento de determinadas doenças e compreender a relação entre os
fatores de riscos e a atuação profissional em relação a eles.

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ʪ Referências
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ʪ Material Teórico

Promoção da Saúde 
Olá aluno, você estudou anteriormente a Saúde Coletiva, que visa à promoção da saúde e
qualidade de vida, certo?

 Compreenderemos a partir daqui, então, melhor o que é a promoção da Saúde. 

A promoção da saúde pode ser definida como aquelas atividades que auxiliam os indivíduos no
desenvolvimento de recursos que manterão ou estimularão o bem-estar e melhorarão sua
qualidade de vida. Essas atividades envolvem os esforços de uma pessoa para se manter saudável
na ausência dos sintomas, não precisando da assistência de um membro de equipe de saúde
(CHEEVER; HINKLE, 2005). 

A promoção da saúde tem como objetivo fazer com que a pessoa mude seu estilo de vida, o estilo
do ambiente, hábitos pessoais e bem-estar para que promova melhor a sua saúde. A promoção à
saúde não é algo prescrito, não existe uma formula mágica ou uma dieta que melhorará tudo de
uma só vez. É um processo de escolha que promoverá o bem-estar. 

A promoção da saúde apresenta alguns princípios como autorresponsabilidade, consciência


nutricional, redução e controle do estresse e busca por aptidão física. 

Autorresponsabilidade: a pessoa que controla sua própria


vida, onde ela mesma determina suas escolhas. Ela é
responsável por si só; 
Consciência nutricional: está relacionada à importância de se alimentar
adequadamente, de forma equilibrada, sem excessos 

Controle do estresse: o indivíduo tem o papel de controlar o seu estresse, sendo ele
um fator de risco para muitas doenças; 

Aptidão física: o indivíduo que quer promover saúde deve realizar atividades físicas
com frequência.

Esses princípios devem ser seguidos pelos indivíduos que querem promover saúde, e seguidos
por toda a vida. Os fatores de risco que você estudará na sequência são prejudiciais à saúde, em
desacordo com os princípios de promoção de saúde. 

Fatores de Riscos para a Saúde


Sabemos que todas as doenças, independente da gravidade delas, estão relacionadas a fatores de
risco. Vamos então compreender melhor os fatores de riscos à saúde? 8 9 Riscos são uma
consequência da livre e consciente decisão de se expor a uma situação na qual se busca a
realização de um bem ou de um desejo, em cujo percurso se inclui a possibilidade de perda ou
ferimento físico, material ou psicológico (SCHENKER, 2005).

O risco relacionado à saúde é um conceito que está relacionado à doença. Sendo assim, fatores
de risco são fatores que podem prejudicar a saúde do indivíduo acarretando o desenvolvimento
de doenças.

Alguns fatores são mais conhecidos dentro da Saúde Coletiva e da Estética. Muitos deles vêm
sendo atualmente trabalhados em diversas áreas com a finalidade de melhorar a qualidade de
vida das pessoas. 
Reflita
Você se considera uma pessoa sedentária? 

Agora que você já refletiu sobre o assunto, vamos ver o que é sedentarismo. 

Sedentarismo
O sedentarismo é um dos fatores de risco para as doenças, principalmente as doenças
cardiológicas e respiratórias. 

A pessoa sedentária é aquela que consome mais calorias do que gasta. O nosso corpo precisa se
alimentar e também precisa de atividades para se manter saudável. Quando consumimos mais
do que o necessário para o organismo, esse excesso é acumulado e, por vezes, prejudica a nossa
saúde. 

Um exemplo: uma pessoa que consome 3.000 calorias por dia e gasta 1.000 calorias em
atividades, ela consome mais do que gasta. Essas 2.000 calorias vão ser acumuladas no
organismo, sendo armazenadas nos adipócitos em forma de triglicerídeos. 

Com esse acúmulo, as pessoas passam a engordar, podendo chegar à obesidade. O sedentário,
no decorrer de sua vida, prejudica os seus sistemas, deixando-os em desuso. Os seus órgãos são
prejudicados, as articulações ficam debilitadas, os músculos começam a atrofiar e aos poucos as
doenças começam a aparecer.

Algumas doenças estão relacionadas ao sedentarismo, como a já citada obesidade, diabetes,


hipertensão arterial e ansiedade. Sendo assim, o sedentarismo é um problema de saúde pública,
pois, se conseguirmos diminuir esse fator, consequentemente ocorrá a diminuição de doenças. 
Sendo assim, o sedentarismo é um problema de saúde pública, pois, se conseguirmos diminuir
esse fator, consequentemente ocorrá a diminuição de doenças 

Figura 1 
Fonte: Getty Images 

É importante pensarmos no que deveríamos fazer para melhorar o sedentarismo. Na maioria das
vezes, a prática de qualquer atividade física auxilia a mudar essa condição, que é caracterizada
pelo indivíduo que gasta menos de 2.220 calorias por semana. 

Atividade Física
Atualmente a atividade física está se tornando parte da rotina das pessoas, por elas perceberem a
importância do exercício para a melhora na saúde, em combate ao já citado sedentarismo. 
Você também já colocou a atividade física na sua rotina?

Muitas pessoas entendem que caminhar em casa, ir ao mercado, buscar o filho na escola e andar
alguns metros é a atividade do dia, sendo relativamente positivas em sua saúde. 

Porém, não é bem assim que funciona. 

Sabemos que o exercício físico pode fazer parte do nosso dia a dia, porém, é importante o
acompanhamento do profissional chamado de educador físico. Esse profissional acompanhará
você em uma rotina de atividades diárias, ou algumas vezes na semana, onde seu objetivo é o de
trabalhar todos os grupos musculares, aumentando o seu condicionamento e melhorando sua
resistência. 

Para que tudo ocorra bem, faz-se necessária, ainda, uma avaliação física, um acompanhamento
médico que fornecerá uma autorização para a realização das atividades. Também é importante
uma alimentação adequada, pois todo esse trabalho pode ter a ajuda de uma equipe
multidisciplinar.

Como já foi dito, muitas doenças atualmente são advindas de uma vida sedentária, entre outros
fatores aqui estudados. A atividade física pode melhorar o organismo como um todo, ajudar no
metabolismo, melhorar a flexibilidade, as funções neurológicas, a pele etc. Mas devem ser feitas
com consciência e orientação. 

Vamos agora conhecer como a atividade está relacionada à estética? 

Um programa de exercícios com peso durante o processo de envelhecimento tem efeitos


benéficos importantes não somente na massa e na força muscular, mas também no controle de
vários fatores importantes de doenças crônicas não transmissíveis. 

O efeito benéfico geralmente aparece entre a quarta e oitava semana de treinamento, geralmente
feito em uma carga de 80% da carga máxima, em exercícios que trabalham vários grupos
musculares, em duas séries de 8 a 10 repetições e em uma frequência semanal de duas vezes por
semana (MATSUDO, 2OO6). 
Sabemos que a população está cada vez mais idosa, o envelhecimento extrínseco e o intrínseco
não param, mas podemos melhorar através de atividades o envelhecimento extrínseco. 

Vários são os programas hoje pelo SUS que envolvem as pessoas em que a proposta é melhorar a
qualidade de vida a partir da atividade física frequente. Podemos entender que uma pessoa ativa,
que realiza atividade física frequente tende a apresentar uma saúde mais equilibrada, com menos
doenças, podendo até retardar um pouco o envelhecimento. Também é importante para nós,
esteticistas, que o cliente realize atividade física e esteja saudável, pois, ao avaliá-lo, não ficamos
tão restritos às contraindicações para a aplicação das técnicas estéticas. 

Vídeo
Atividade Físicas: Apenas Faça!

ATIVIDADES FÍSICAS: APENAS FAÇA!


É importante entendermos, aqui, que o excesso de exercícios, ultrapassando os nossos limites,
pode sim prejudicar a saúde. O organismo precisa de equilíbrio. Agora, vamos falar de três
fatores de riscos que estão interligados: a alimentação a obesidade e o IMC 

Alimentação
A alimentação saudável deve ser iniciada pela amamentação nos primeiros dias de vida da
criança. O SUS preconiza a importância da amamentação, pois é através dela que todos os
nutrientes necessários são passados para a criança. O leite materno ajuda na imunização ou,
como alguns profissionais costumam falar, esse é uma forma de “vacina”. 

Após esse período, a criança vai crescendo, decidindo o que comer, seu paladar vai se definindo;
infelizmente, nem sempre por uma alimentação saudável. Na adolescência, são comuns hábitos
alimentares como o consumo excessivo de refrigerantes, açúcares e lanches do tipo fast food, e
baixa ingestão de frutas, verduras e alimentos do grupo do leite. Esse padrão alimentar é
preocupante, visto que pode levar ao excesso de peso e a maior probabilidade de doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias na vida
adulta (LEAL et al., 2010) 

Leitura 
Prevalência de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis em Adolescentes: Resultados da Pesquisa Nacional de
Saúde do Escolar (PeNSE) 
Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

A questão da alimentação na adolescência é algo complexo e crítico. Como convencer os


adolescentes da necessidade de deixar de comer lanches, tomar refrigerantes, entre outros
alimentos com comprovado impacto negativo na saúde? Você já pensou nisso? 

Como podemos ajudá-los? 

São várias as formas de melhorar a alimentação para que se diminua o risco para as doenças,
mas muitas pessoas acabam optando pelas dietas radicais, onde o objetivo é a perda de peso
rápida sem pensar na qualidade de vida e em buscar uma alimentação saudável e prazerosa. 

Assim, uma proposta de alimentação saudável, para prevenção de doenças crônicas não
transmissíveis, deve trazer dietas que estejam ao alcance da sociedade como um todo, que
tenham um impacto sobre os mais importantes fatores relacionados às várias doenças.
Aumentar o consumo de frutas e verduras e estimular o consumo de arroz e feijão são exemplo
de proposições que preenchem esses requisitos (SICHIERI et al., 2000). 

O SUS também tem programas de orientação alimentar disponíveis para os grupos de risco, em
que as pessoas passam por uma avalição e recebem uma orientação alimentar e
acompanhamento durante o período necessário 
Vídeo
Qual é o Papel da Alimentação na Qualidade de Vida e Desenvolvimento
das Crianças?

QUAL É O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO NA QUALIDADE DE VIDA E D…

A estética tem um papel de orientação, onde a esteticista pode indicar uma nutricionista ou o
sistema público de saúde para que a cliente faça um acompanhamento junto a um profissional
que, com o tempo, contribuirá para qualidade de vida  

Obesidade
A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente,
estilos de vida e fatores emocionais. Há aumento significativo da prevalência da obesidade em
diversas populações do mundo, incluindo o Brasil (ABESO, 2010). 

O maior índice de pessoas obesas costuma ser entre as pessoas de classe social baixa, pois a
dificuldade em ter acesso a uma alimentação adequada é grande. Acaba-se aumentando o
consumo de alimentos de grande proporção gordurosa, sendo esse um dos fatores da
obesidade. 

Sabemos que seguir uma alimentação saudável e de baixo teor de gordura não é fácil, mas
podemos melhorar a qualidade da alimentação, associando a essa atividades físicas e
melhorando os hábitos de vida diários. 

A obesidade vem crescendo cada vez mais em nosso pais, principalmente entre as crianças e
adolescentes. Isso vem ocorrendo devido ao ambiente tecnológico e alguns de seus fatores que
atualmente estimulam fatores relacionados ao sedentarismo e à produção de alimentos de alto
teor calórico em alta demanda, fatores que, como já citado, são favoráveis à obesidade. 

Vamos observar os alimentos que estão representados na Figura 2? 


Figura 2
Fonte: Getty Images

Quando observamos a Figura 2, podemos notar que, do lado esquerdo, temos as verduras e as
frutas, ou seja, a parte saudável, e, do outro lado, as guloseimas, a parte gostosa e com índice
maior de gordura. Infelizmente, a nossa sociedade consome muito mais os alimentos
gordurosos, com alto teor de açúcar, aumentando o índice de obesidade. 

O ponto mais importante referente a esse assunto é que a obesidade está relacionada a várias
doenças, ela prejudica o nosso organismo prejudicando os nossos sistemas endócrino,
respiratório, cardíaco, diminuindo também a nossa resistência corporal. 

Na Fisioterapia, temos como objetivo a prevenção das doenças cárdiovasculares e metabólicas


que são consideradas silenciosas, utilizando da cinesioterapia e orientações para minimizar os
efeitos do descontrole/aumento da pressão arterial, da glicemia e do triglicérides, vilões dos
casos de infarto e acidente vascular cerebral.
Índices da Massa Corporal (IMC)
O IMC é um índice de medida baseada no peso corporal e na altura, onde o valor obtido é
comparado com os padrões estabelecidos. Ele está altamente correlacionado com a gordura
corporal, mas a massa corporal magra aumentada ou uma grande estrutura corporal também
podem aumentar o IMC (CHEEVER; HINKLE, 2005). 

Observa a Tabela 1 a seguir: 

Tabela 1 - Classificação de Peso pelo IMC 

Risco de
Classificação IMC (kg/m²)
Conformidades

Baixo Peso Menor do que 18,5 Baixo

Peso Normal 18, 5 a 24,9 Médio 

Igual ou maior a
Sobrepeso -----
25,0

Pré-obeso 25,0 a 29,9 Aumentado 

Obeso I 30,0 a 34,9 Moderado

Obeso II 35,0 a 39,9 Grave

Igual ou maior
Obeso III Muito Grave
40,0
Fonte: Adaptada de Abeso, 2010 

Como você pode observar, a Tabela 1 apresentada mostra através do cálculo do IMC se as pessoas
apresentam riscos de conformidades. O IMC é um meio de conseguirmos mensurar valores que
poderão nos auxiliar na orientação do nosso cliente. É uma técnica utilizada por profissionais da
saúde, assim como por fisioterapeutas. 

Após a identificação dos valores e da classificação, cabe ao profissional fisioterapeuta orientar o


cliente para que busque profissionais como nutricionistas, por exemplo, que irão orientá-lo
como melhorar essa qualidade. 

Leitura
Impactos da Pandemia do Covid-19 Sobre os Hábitos Alimentares e
Atividade Física

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ACESSE

A alimentação, a obesidade e o IMC são assuntos que estão extremamente relacionados, tendo
em vista que, na maioria das vezes, uma alimentação inadequada leva à obesidade que, por
consequência, altera o IMC. 
Como melhorar a qualidade da saúde se pensarmos em melhorar somente um fator de risco?
Devemos entender que o corpo é um sistema completo e levou anos para sofrer suas alterações.
Podemos sempre melhorar a situação existente, mas só se conseguirmos modificar a situação
tendo em vista vários fatores de riscos. 

Lamounier (2012) credita que através da conscientização, o combate ao sedentarismo e o


tratamento da obesidade implicará na adesão dos pacientes a de estilos de vida saudáveis que
visem à redução ou manutenção do peso e priorizem hábitos saudáveis. 

Fotoexposição
A fotoexposição solar é um fator extremamente importante para o desenvolvimento do câncer
de pele. Sabemos que a incidência de câncer de pele aumenta consideravelmente todo ano. No
Brasil, segundo Souza (2012), esse tipo de câncer corresponde a 25% de todos os tumores
malignos. Sendo que Silva (2018) relata que a incidência corresponde a 30%. 

É um tipo de câncer que apresenta cura, mas se diagnosticado precocemente e se tratado rápido.
Entretanto, sabemos que a assistência à saúde é lenta, principalmente pelo sistema único de
saúde, onde, para se iniciar um tratamento, tem-se tanta burocracia que se acaba demorando
muito tempo para iniciar o tratamento conforme deveria. Uma forma de prevenir a pele diante da
exposição solar, diminuindo os riscos para o câncer de pele, é a utilização frequente de filtro
solar. 

Leitura 
Sol é ao Mesmo Tempo Essencial à Saúde e Fator de Risco para a Pele 
Você pode observar que antes do texto escrito na Folha de São Paulo
aparece algumas imagens retratando algumas doenças de pele
causadas pelo Sol. Ao mesmo tempo que pode causar esses problemas,
o Sol apresenta benefícios e malefícios ao ser humano

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ACESSE

A fotoproteção é uma área da cosmetologia que estuda as formulações cosméticas para a


proteção da pele contra o fotoenvelhecimento, as fotoalergias, e os danos causados pelos
radicais livres. A necessidade de fotoproteção começou a partir da década de oitenta, quando
ocorreu um aumento na incidência de câncer de pele. O uso do fotoprotetor é muito
recomendado desde então, como medida de prevenção, contra a ação lesiva da radiação
ultravioleta (SANTOS; LUBI, 2017). 

Além de a fotoproteção proteger a pele, também auxilia no processo de envelhecimento da pele.


A fotoproteção pode se dar por várias formas, como a utilização de óculos, chapéus, roupas
protetoras e, o mais importante, o fotoprotetor mais conhecido como filtro solar. 

A orientação do uso do filtro solar priorizando nos horários mais críticos, entre 10h e 16h. A sua
aplicação deve ocorrer a cada 2 e 3 horas, essas aplicações dependerão da orientação do
profissional, das características da pele e suas alterações estéticas ou dermatológicas 

Vídeo
Fotoproteção e Protetores Solares 
Agora que você já conhece um pouco sobre fotoexposição e
fotoproteção, assista a seguir.

Fotoproteção e protetores solares

O vídeo que você acabou de assistir mostra a importância do uso do filtro solar, além de explicar
um pouco sobre a radiação solar e como ela age na pele. 

É importante todo esse conhecimento para que você, na hora de indicar um filtro solar para sua
cliente, saiba reconhecer a importância do seu uso e explicá-la de forma correta, detalhando o
uso adequado. 

Envelhecimento
O processo de envelhecimento vem sendo visto como um dos maiores desafios da saúde pública
contemporânea, uma vez que, em países desenvolvidos, representa uma parcela significativa da
população e, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o aumento da população idosa tem
índices de crescimento muito maiores do que os da população em geral. 

Paralelamente a isso, constatou-se que um importante fator de risco para o câncer é o


envelhecimento (SILVA; SILVA, 2005). Sabemos que o envelhecimento é multifatorial, tem
relação com nossos hábitos de vida, nossa alimentação, com o fato da idade que chega para
todos e também com os fatores genéticos. Porém, para retardar o envelhecimento, devemos
mudar nossos hábitos de vida, cuidar mais da saúde, entre outras formas de promover saúde. 

Vídeo
Envelhecimento ou Velhice? 

envelhecimento ou velhice?
É nosso papel como pessoa e profissional entender todo esse processo do envelhecer de forma
saudável e como fazer para envelhecer com saúde. 

Todos os fatores aqui abordados estão relacionados a só uma palavra: saúde. Para se ter saúde,
precisamos modificar a nossa qualidade de vida e promover qualidade de vida a partir de
mudanças diárias 

Estresse
O estresse pode ser entendido como sendo a reação do organismo diante de emergências e/ou
perigo que nos permite encontrar maneiras de lidar com os eventos estressores (ARAGÃO et al.,
2009). 

Em 1926, Hans Selye utilizou o termo estresse pela primeira vez definindo-o como “um
conjunto de reações que o organismo desenvolve ao submetera uma situação que exige esforço
para adaptação”, e “estressor” é todo o agente ou demanda que evoca reações do estresse
(SEGANTIN; MAIA, 2007). 

O estresse é uma reação do organismo que pode ocorrer em qualquer pessoa e alguns autores
relatam que não podemos viver sem ele, mas podemos aprender a lidar com ele. Essas alterações
se apresentam por fases e por algumas reações como: tontura, sudorese, hipertensão, tensão
muscular, taquicardia, dificuldades para dormir, aperto da mandíbula, entre outros. 

Esses fatores aos poucos vão aumentando, podendo levar a alguns tipos de doenças como:
hipertensão, ansiedade, câncer, úlcera, infarto, depressão; problemas que hoje podemos
encontrar com maior frequência na população e também estudos sobre o assunto. É importante
que você entenda que não é o estresse que leva à doença, mas ele pode proporcionar o
desencadeamento das doenças e seus agravos. Vários fatores estão relacionados para o
desenvolvimento do estresse, como o suporte social, a família, o emocional, o bem-estar
psicológico e a qualidade de vida, entre outras situações que ocorrem no decorrer da vida. 
Normalmente não percebemos o agravamento do estresse no processo de saúde e doenças. No
início, onde os primeiros fatores aparecem, a fala é “estou estressado por uma reação de
nervoso em uma determinada situação”; a pessoa não pensa que isso pode se agravar. As
pessoas consideram que aquela é uma situação que se está passando naquele momento, e que no
futuro as coisas vão melhorar, afinal, “tudo passa”. 

Mas é importante observarmos nossas reações e as entendermos, já que o índice de


profissionais da área da saúde que apresentam estresse por trabalho vem crescendo, e com
frequência. O fisioterapeuta lida com pessoas que apresentam diversas particularidades. Muitas
vezes, durante o atendimento do paciente, precisamos dar uma atenção especial para ele que
quer conversar, desabafar. 

Se o profissional não conseguir se organizar e lidar com o seu público, pode sim prejudicar a
própria saúde. Sabemos que a rotina de trabalho do esteticista pode ser além do limite, pois,
muitas vezes, trabalhamos em um espaço e, nas horas livres, atendemos de forma particular, o
que causa a sobrecarga de trabalho. 

No início, não percebemos essa sobrecarga, mas ao poucos os sinais vão aparecendo, são
notados, embora, logo acostumemos e continuemos em nossa rotina, por mais nociva que seja.
Entretanto, o organismo uma hora se sobrecarrega e começa aparecer as patologias. 

Precisamos nos preocupar e saber lidar com tudo isso. Identificar um quadro inicial de estresse
em nosso cliente também é importante para podermos lidar com isso e construir um programa
adequado que proporcione a qualidade vida, a diminuição desse estresse, o relaxante e até
mesmo a alteração na rotina. 

Leitura 
Estresse Ocupacional: Causas e Consequências 
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ACESSE

Estudamos aqui alguns fatores desencadeantes de doenças, que atualmente são estudados e
trabalhados pelo sistema de saúde como uma forma de prevenir as doenças diminuindo as
alterações desses fatores. 

A melhor forma de trabalhar esses fatores é controlando-os e, quando possível, evitando que
ocorram. Mesmo com dificuldades, precisamos aprender a lidar com isso para ter qualidade de
vida e evitar determinadas patologias. 

Na próxima Unidade, estudaremos como a saúde coletiva atua e desenvolve seus programas
junto ao SUS. 
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Leitura  

Estresse Ocupacional e suas Principais Causas e


Consequências 

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Estresse Ocupacional em Profissionais de Estratégias de


Saúde da Familia 

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
Qualidade de Vida Profissional e Estresse Ocupacional em
Trabalhadores de Enfermagem Durante Pandemia por
COVID-19

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ACESSE

Prevenção do Estresse Ocupacional em Profissionais da


Saúde 

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ACESSE
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ʪ Referências

ARAGÃO, S. I. Ellen et al. Suporte Social e estresse: Uma revisão de literatura. Psicologia &m
foco, v. 2, n. 1, jan./jun. 2009. Disponível em:
<http://linux.alfamaweb.com.br/sgw/downloads/161_115245_ARTIGO8-
Suportesocialeestresse-umarevisaodaliteratura.pdf>. Acesso em: 01 set. 2018. 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME METABÓLICA


DIRETRIZES BRASILEIRAS DE OBESIDADE (ABESO). Associação Brasileira para o Estudo da
Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes brasileiras de obesidade. 4. ed. São Paulo:
ABESO, 2016. Disponível em:
<http://www.abeso.org.br/uploads/downloads/92/57fccc403e5da.pdf>. Acesso em: 01 set.
2018. 

CHEEVER, K. H.; HINKLE, J. L. Brunner e Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica.


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MATSUDO, M. S. Atividade Física na promoção da saúde e qualidade de vida no envelhecimento.


Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v. 20, n. 5. p. 135-37, set. 2006. Disponível em:
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2018.

SANTOS, N. F. C.; LUBI, N. A importância da fotoproteção na prevenção do envelhecimento


precoce. 2017. (Monografia de Graduação em Tecnologia Em Estética E Imagem Pessoal),
Universidade Tuiuti do paraná, Curitiba, Paraná. 2017. Disponível em:
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PREBENCAO-DO-ENVELHECIMENT-PRECOCE.pdf>. Acesso em: 01/set/2018.
SCHENKER, M.; MINAYO, M. C. S. Fatores de risco e de proteção para o uso de drogas na
adolescência. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 707-717, set. 2005. Disponível
em: <http://scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232005000300027&lng=en&nrm=i>.

SEGANTIN, O. G. B.; MAIA, L. F. M E. Estresse vivenciado pelos profissionais que trabalham na


Saúde. 2007 (Monografia de Pós-Graduação em Saúde da Família), Instituto de Ensino Superior
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SICHIERI, R. et al. Recomendações de alimentação e Nutrição Saudável para a população


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<http://www.scielo.br/pdf/abem/v44n3/10929.pdf>. Acesso em: 01 set. 2018

SILVA, G. A. J. Pele, não melanoma. Instituto Nacional de Câncer. 2018. Disponível em:
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