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Doença Pulmonar

Obstrutiva Crônica - DPOC

Tatiane Pereira de Souza - 06700011124


Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
• A DPOC é uma enfermidade passível de prevenção e tratável, caracterizada
por obstrução persistente do fluxo aéreo, em geral progressiva, e associada a
uma resposta inflamatória crônica das vias respiratórias à inalação de
determinados agentes nocivos, como a fumaça do cigarro (MACIEL & AIDÉ,
2017).
• A DPOC é a 4ª causa de morte entre pessoas na faixa etária de 70 a 90 anos
e significativa causa de morbidade, com um decréscimo marcado na
qualidade de vida.
• Estudos demonstram que ocorrem decréscimos funcionais mais graves com
DPOC do que com outras doenças crônicas. É um fator de risco que
predispõe a infecções bacterianas e virais e é a causa mais frequente de
admissão de pacientes idosos em unidades de cuidados intensivos.
Fonte: FREITAS et al., 2013.

Componente pulmonar é caracterizado por


uma limitação do fluxo de ar.

Não é totalmente reversível.

Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica A limitação do fluxo de ar é geralmente progressiva.
(DPOC)

Está associada a uma resposta inflamatória do pulmão.

Doença passível de prevenção e tratamento.

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• Enfisema
DPOC • Bronquite crônica
• Combinação desses distúrbios

Bronquite Crônica

Doença das vias respiratórias

Bronquite Presença de tosse e produção de escarro


Crônica  pelo menos 3 meses

A cada 2 anos consecutivos

Esta definição, diferentemente do enfisema, é de natureza clínica e


epidemiológica, não guardando, no entanto, relação direta com a limitação ao
fluxo aéreo, podendo precedê-la ou mesmo estar ausente nos pacientes com
obstrução aérea significativa.
Fonte: BARBOSA, 2013.

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Enfisema

Distensão anormal dos espaços aéreos


além dos bronquíolos terminais
Enfisema
Com destruição das paredes dos alvéolos

O termo enfisema é, portanto, de natureza patológica, ainda que seja com


frequência – e de forma inadequada - utilizado para descrição de um quadro
clínico. As alterações patológicas características do enfisema podem preceder
a identificação da obstrução ao fluxo aéreo.
Fonte: BARBOSA, 2013.

Fonte: PASSOS et. al., 2018.

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Fonte: PASSOS et. al., 2018.

Fonte: http://pulmaosarss.files.wordpress.com/2010/10/dpoc-netter.jpg

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1. (Pref. de Vila Lângaro-RS/FUNDATEC//2019) Na doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), a inflamação de vias aéreas e a destruição do
parênquima pulmonar acarretam:
a) Dispneia e sibilância.
b) Alterações metabólicas e infecções respiratórias.
c) Pneumonia e tosse.
d) Fadiga muscular e produção de secreção.
e) Hipóxia e asma.

2. (Pref. do Rio de Janeiro/2019) Doença crônica irreversível, caracterizada


por obstrução brônquica e distensão alveolar. Há perda da elasticidade dos
pulmões, destruição alveolar e capilar por acúmulo de ar nos alvéolos. Essa
patologia é:
a) bronquite.
b) enfisema.
c) asma.
d) pneumonia.

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Fatores de risco

O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC e sua patogênese é


fortemente ligada ao efeito da fumaça do cigarro nos pulmões, havendo
relação entre a carga tabágica e a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo.

No entanto, existe uma importante variação interindividual. Além do


tabagismo, outros tipos de fumo, como os para cachimbo e narguilé,
além de maconha, assim como a exposição passiva à fumaça de cigarro,
são fatores de risco para DPOC.

Fonte: MACIEL & AIDÉ, 2017.

Fatores de risco
A identificação dos fatores de risco representa ponto importante para o
desenvolvimento de estratégias para a prevenção a tratamento da DPOC. Dentre
os principais fatores destacam-se (BARBOSA, 2013; BRASIL, 2010):
• Tabagismo: responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC;
• Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene);
• Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais;
• Infecções respiratórias recorrentes na infância;
• Suscetibilidade individual;
• Desnutrição na infância;
• Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de
alfa1 antitripsina.
Fonte: BARBOSA, 2013; BRASIL, 2010.

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3. (Pref. de Campinas-SP/VUNESP/2019) A respeito da doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), é correto afirmar:
a) Nos países desenvolvidos, o fator hereditário é o principal fator etiológico,
ultrapassando qualquer um dos outros fatores de risco.
b) É uma condição caracterizada por limitação persistente do fluxo de ar
geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória crônica
exacerbada a partículas nocivas e gases nas vias aéreas e nos pulmões.
c) Não existe uma relação geral entre a extensão do histórico de tabagismo e a
gravidade da limitação do fluxo de ar.
d) Nem todos os tabagistas desenvolvem inflamação pulmonar, mas quando
ocorre, ela tem início depois do abandono do cigarro.
e) DPOC é uma condição com alterações patológicas que acometem
exclusivamente o parênquima pulmonar (enfisema) e que variam muito em sua
expressão entre os pacientes.

4. (UFPE/COVEST-COPSET/2019) Acerca das Doenças Pulmonares Obstrutivas


Crônicas (DPOC), analise as proposições abaixo.
1) Segundo a Organização Mundial de Saúde, a DPOC é um estado patológico
caracterizado por limitação do fluxo de ar, que não é totalmente reversível.
2) A fibrose cística, a bronquiectasia e a asma são atualmente classificadas
como distúrbios pulmonares crônicos e não mais como DPOC.
3) Na DPOC, a limitação do fluxo de ar é progressiva e está associada a uma
resposta inflamatória normal nos pulmões para partículas ou gases nocivos.
4) No enfisema pulmonar, o comprometimento da troca de gases resulta da
destruição das paredes hiperdistendidas dos alvéolos.

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4. (UFPE/COVEST-COPSET/2019)
Estão corretas, apenas:
a) 1, 2 e 4.
b) 1, 2 e 3.
c) 2, 3 e 4.
d) 1, 3 e 4.
e) 3 e 4.

Fisiopatologia

Inflamação

Destruição do parênquima
Doença das pequenas vias aéreas,
Ruptura das ligações alveolares
inflamação e remodelamento
Redução do recolhimento elástico

Limitação ao fluxo aéreo

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Manifestações clínicas

Tosse crônica Produtiva matinal

Escarro Precede a limitação do fluxo de ar


Dispneia aos
esforços Pode vir com sibilos, creptos e roncos

• Achados de hipertensão pulmonar - edema de MMII, hepatomegalia


dolorosa.
• Perda de peso - Risco de insuficiência respiratória e infecções respiratórias.
• Tórax em barril.
Fonte: BARBOSA, 2013; BRASIL, 2010.

Fonte: BARBOSA, 2013.

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Causas de limitação do fluxo aéreo
Fibrose e estreitamento das vias aéreas.

Limitação Perda do recolhimento elástico devido à


irreversível destruição dos alvéolos.
Destruição do suporte alveolar que mantém
as vias aéreas desobstruídas.
Acúmulo de células inflamatórias, muco e
exsudado plasmático nos brônquios.
Limitação Contração da musculatura lisa das vias
reversível aéreas centrais e periféricas.

Hiperinsuflação dinâmica durante exercícios físicos.

Diagnóstico da DPOC
O diagnóstico de DPOC é feito com base em sinais e sintomas respiratórios
crônicos, na presença de fatores de risco para a doença, associados a distúrbio
ventilatório irreversível de tipo obstrutivo à espirometria (relação volume
expiratório forçado em 1 segundo (VEF1)/capacidade vital forçada (CVF) inferior de
0,70) após teste com broncodilatador (BD), em situação clínica estável.

Quadro Clínico Exames Complementares

Gasometria
Anamnese Exame Físico Espirometria Raio-X Tórax
arterial

Fonte: BRASIL, 2014.

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Figura - Radiografia de tórax de um paciente com doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Os pulmões estão
hiperinsuflados, o diafragma retificado, a trama vascular
aumentada e o tamanho do coração discretamente
aumentado (Barnes P. In Bone's Atlas of Pulmonary and
Critical Care Medicine. Editado por J Crapo. Philadelphia,
Current Medicine, 2005).

FIGURA - Radiografias frontal (A) e em perfil (B) de paciente tabagista mostrando sinais de
enfisema pulmonar com aumento do volume pulmonar, retificação do diafragma,
hipertransparência e alterações de calibre de vasos pulmonares (Maciel, Renato; Aidé,
Miguel Abidon. Prática Pneumológica (p. 69). Guanabara Koogan. Edição do Kindle).

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5. (Pref. de Guarabira-PB/CPCON/2019) No exame radiológico de um paciente
com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podemos encontrar:
a) Rebaixamentos das hemicúpulas diafragmáticas e horizontalização das
costelas.
b) Elevação das hemicúpulas diafragmáticas e redução dos espaços
intercostais.
c) Opacidade difusa em ambos os pulmões.
d) Sinal de broncograma aéreo.
e) Desvio do mediastino para um dos lados.

Diagnóstico da DPOC

Fonte: BRASIL, 2014.

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Diagnóstico da DPOC

Espirometria

Exposição a fatores
Sintomas
de risco
Tosse Tabagismo
Expectoração Ocupação

Dispnéia Poluição extra e


intradomiciliar

6. (UERJ/CEPUERJ/2019) O diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva


crônica (DPOC) é clínico e deveria ser considerado para todas as pessoas
expostas ao tabagismo ou à poluição ocupacional, que apresentam dispneia,
tosse crônica e expectoração. Os critérios clínicos são suficientes para
estabelecer o diagnóstico dessa doença, porém, se possível, recomenda-se a
confirmação através do(a):
a) espirometria.
b) hemograma.
c) baciloscopia.
d) raio X de tórax.

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Exame físico

Tórax hiperinsuflado
Dispnéia/taquipnéia
Inspeção Tempo expiratório prolongado
Respiração c/lábios semicerrados
Uso da musculatura acessória

Diminuição do murmúrio vesícular


Ausculta Sibilos
Crepitações (discretas)

Tratamento

Tratamento Farmacológico

Antibioticoterapia Broncodilatadores Corticóides

Aumento do volume da expectoração.


Aumento da intensidade da dispneia.
Expectoração para purulento.

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Oxigenoterapia
Sistema de monitoramento de
pacientes com SpO2 portátil Nellcor™.
• Titular a oferta de O2 para manter
SpO2 entre 90 e 92%.
• Menos é mais!
• 10% dos pacientes com DPOC têm
retenção de CO2.
• Manter a PaO2 > 60mmHg e a
SpO2 > 90%, para prevenir a hipóxia
tecidual e preservar a oxigenação
celular.

Máscara de Venturi Cateter nasal (tipo óculos)

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Oxigênio - VNI: CPAP ou BIPAP
Multimeed • Pressurizam a via aérea;
• Melhoram o recrutamento dos alvéolos;
• Facilitando a troca gasosa;
• Devem ser iniciada a 100% de oxigênio.
Configurações iniciais:
• 10 cm de pressão da água para CPAP;
• 10 cm de pressão positiva inspiratória
nas vias aéreas e 4 cm de pressão da
água pressão positiva expiratória das vias
aéreas para BiPAP.
Fonte: REIS et. al., 2007.

Contraindicações do CPAP ou BIPAP

As principais contraindicações para o CPAP


são em pacientes que tenham:
Cardiopatia grave.
Insuficiência renal.
Enfisema pulmonar.
Hipovolemia.
Hipotensão arterial.
Pneumotórax não drenado.
Enfisema bolhoso com risco iminente de pneumotórax.
Fonte: UFMS-EBSERH, 2017.

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Conforme Marino et. al. (2005) as contraindicações específicas e cautelosas
do uso do BIPAP, são:

Edema agudo de pulmão cardiogênico;

Pacientes coronariopatas e com


instabilidade hemodinâmica;

Pneumotórax não drenado;

E nos pacientes em pós-operatório imediato de cirurgia


abdominal alta que não estejam com sonda nasogástrica
aberta, pois pode aumentar a sua morbimortalidade.
Fonte: UFMS-EBSERH, 2017.

7. (SESACRE/IBFC/2019) Sobre o tratamento farmacológico da DPOC (Doença


Pulmonar Obstrutiva Crônica), assinale a alternativa correta.
a) Em pacientes com baixo risco de exacerbação da DPOC e pouco
sintomáticos, caso decidido introduzir um tratamento sintomático, pode-se
iniciar apenas o uso de um broncodilatador inalatório de longa duração, não
havendo preferência de classe na escolha.
b) Os broncodilatadores de curta duração são mais eficazes do que os de longa
duração e devem ser priorizados no tratamento dos pacientes com sintomas
persistentes.
c) Não há evidências que a antibioticoterapia profilática reduz a incidência de
exacerbações da DPOC.
d) Exacerbadores pouco sintomáticos e sem limitação funcional grave podem
ser tratados, inicialmente, penas com corticoide inalatório.

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8. (Pref. de Quissamã-RJ/GUALIMP/2020) Os antibióticos mais usados na
DPOC são, EXCETO:
a) Azitromicina.
b) Ciprofloxacina.
c) Gatifloxina.
d) Idapamicina.

Orientar quanto ao uso dos medicamentos.

Estimular o não tabagismo.

Orientar quanto ao uso do oxigênio.

Orientar ao acompanhamento multiprofissional.


Plano de alta
Estimular a conservação da energia.

Estimular a participação em grupos.

Evitar os extremos de temperatura.

Evitar contato com poluentes de ar.


Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

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9. (FHSTE-RS/OBJETIVA/2019) Considerando-se a doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após,
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Estudos demonstraram que pacientes abaixo do peso e com ingestão
nutricional inadequada apresentam maior incidência de exacerbações da
DPOC. A nutrição inadequada pode ser um fator modificável para risco de
desfechos deletérios na DPOC. A intervenção nutricional melhora a sobrevida
e a capacidade funcional.
( ) A DPOC caracteriza-se por um maior estado inflamatório, que resulta de
inflamação aguda, podendo ser revertida com o tempo, das vias aéreas e
mediadores de inflamação circulantes, que podem contribuir para a
desnutrição.

9. (FHSTE-RS/OBJETIVA/2019)
( ) A combinação de suplementação nutricional e exercícios de baixa
intensidade não apenas melhora o peso, o condicionamento físico e a
qualidade de vida como também reduz significantemente os níveis de vários
marcadores pró-inflamatórios.
a) C - C - E.
b) C - E - C
c) C - C - C.
d) E - C - C.

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Edema Agudo de Pulmão (EAP)

O EAP é o acúmulo de líquido


extravascular no espaço intersticial
e alveolar pulmonar, resultando em
hipoxemia, aumento do trabalho
respiratório, diminuição da
capacidade de expansão pulmonar
em dado volume (complacência
pulmonar) e alteração da relação
ventilação-perfusão.
Fonte: BRASIL, 2017.

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O acúmulo de líquido intra e extra-alveolar dificulta a
difusão do O2 para dentro dos capilares pulmonares,
causando hipoxemia, além de dificultar a saída de CO2 da
circulação, causando hipercapnia (acúmulo de CO2).
Fisiopatologia
Essas alterações são traduzidas em falta de ar, queda na
saturação de O2, aumento do esforço ventilatório e
sonolência e prostração (elevação do CO2 maior que a
narcose).
Fonte: BRASIL, 2017.

Síndrome clínica.

Situação de Emergência.
Acúmulo anormal de fluidos no
compartimento extravascular pulmonar.
O que é o EAP Resultando em hipoxemia.

Aumento do trabalho respiratório.

Diminuição da complacência pulmonar.

Alteração da relação ventilação- perfusão.

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O EAP poderá ser classificado como origem cardíaca ou
Etiologia
não cardíaca.

ICC descompensada

Etiologia – As principais causas Síndrome coronariana


Origem Cardíaca cardíacas são: aguda (SCA)

Emergências hipertensivas

Fonte: BRASIL, 2017.

Etiologia: Origem Cardíaca


• Quando a origem conhecida é cardíaca, ocorre um desequilíbrio das Forças
de Starling, ou seja:
‒ aumento da pressão capilar pulmonar.
‒ queda da pressão oncótica do plasma.
‒ aumento da pressão negativa intersticial.
• Isso pode resultar na diminuição da força muscular cardíaca, gerando
alteração do padrão da circulação.
Fonte: BRASIL, 2017.

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Etiologia: Não-Cardiogênico
1. Permeabilidade alterada 2. Excesso de pressão intrapleural negativa
• Endotoxemia • Reexpansão de pneumotórax
• Infecção pulmonar
• Afogamento
• Aspiração pulmonar 3. Pressão oncótica plasmática diminuída
• Anafilaxia
• SARA • Desnutrição

4. Miscelânea
• Neurogênico após trauma cranioencefálico (TCE)
• Devido a altitude
• Linfangite
Fonte: BRASIL, 2017.

Fisiopatologia do EAP - Cardiogênico

Falência das câmaras Aumento da pressão


esquerdas diastólica final do VE

Aumento da pressão hidrostática


Extravasamento de líquido
vascular que se transmite para a
em proporções maiores do
pressão hidrostática capilar
que a capacidade do
pulmonar, que se torna maior que
sistema linfático pulmonar.
a pressão intersticial normal

Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

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Fisiopatologia do EAP Não-Cardiogênico
No EAP não cardiogênico, o aumento da permeabilidade capilar pulmonar é o
principal mecanismo fisiopatológico.

Outras alterações também podem ocorrer, como:


• pressão coloidosmótica intravascular reduzida (pressão exercida pelas
proteínas plasmáticas e que ajuda a manter o líquido no intravascular).
• aumento da pressão negativa intersticial.
• insuficiência pós-transplantes.
• linfangites.
• causa neurogênica.
Fonte: BRASIL, 2017.

Estágios do Edema Pulmonar

Fonte: BRASIL, 2017.

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EAP - Hipertensivo
É uma causa prevalente de dispneia na emergência.
Não adesão ao tratamento da HAS.
A taxa de mortalidade no internamento por EAP pode chegar a 40% em um ano.
O diagnóstico diferencial da etiologia do edema.
Instituição de terapêutica adequada devem ser rapidamente efetuados.
Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

Clínica do paciente com EAP - Hipertensivo

• História prévia de hipertensão

• Insuficiência cardíaca (IC)

• Cardiopatia isquêmica

• Arritmia

• Miocardites.

• Doenças valvares

Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

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• Ansiedade.
• Agitação.
• Sentado, com os membros pendentes.
E quando o bicho • Taquipneia.
pega no paciente • Precordialgia.
com EAP -
• Expectoração rósea espumosa, associada
Hipertensivo
aos demais sintomas, em casos extremos.
• Cianose e extremidades frias e
sudoréticas.
• Sensação de afogamento.
Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

Exame físico
No exame físico é possível encontrar:
• quadro de insuficiência respiratória.
• uso de musculatura acessória, esforço ventilatório e batimento de asa de nariz.
• na ausculta pulmonar, são comuns estertores crepitantes bilaterais.
• pode haver também roncos e sibilos esparsos.
• na ausculta cardíaca, podemos encontrar 3ª bulha e ritmo cardíaco irregular.
• a pressão arterial pode ser normal ou estar elevada ou baixa, dependendo da
causa do edema agudo.
• cianose de extremidades.
• taquicardia e taquipneia. Fonte: BRASIL, 2017.

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Fonte: BRASIL, 2017.

10. (Pref. do Rio de Janeiro-RJ/2019) Paciente deu entrada na emergência de


uma unidade hospitalar apresentando taquicardia, ansiedade, dispneia e tosse
com escarro espumoso e tingido de sangue. Considerando essa
sintomatologia, o técnico de enfermagem identificou estar diante de um
quadro de:
a) angina pectoris.
b) arritmia cardíaca.
c) edema agudo de pulmão.
d) infarto agudo do miocárdio.

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(UFOB/AOCP/2018) Em relação às emergências clínicas, julgue o item a
seguir.
11. Em caso de paciente com presença inicial de taquipneia e dispneia leves,
tosse seca, hipoxemia que evolui para dispneia intensa, taquipneia, ortopneia,
tosse com expectoração clara ou rósea, estertores pulmonares à ausculta
(inicialmente na base, depois em todo o pulmão), com ou sem roncos e
sibilos, e sensação de opressão torácica, palidez cutânea, extremidades frias,
sudorese e cianose, pode-se suspeitar de Edema Agudo de Pulmão.
( ) Certa
( ) Errada

12. (SES-PE/AOCP/2018) Paciente masculino, 69 anos, é levado ao pronto-


socorro pela equipe do pré-hospitalar com queixa de falta de ar intensa,
sensação de afogamento, agitação psicomotora, tosse com secreção
espumosa rósea, incapacidade de deitar e taquicardia. Esses são sintomas de
a) pneumonia.
b) DPOC exacerbada.
c) edema agudo de pulmão.
d) infarto agudo do miocárdio.
e) angina instável.

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Diagnóstico diferencial

Crise asmática

Os diagnósticos
diferenciais
mais comuns

Embolia Exacerbação
pulmonar do DPOC

Fonte: BRASIL, 2017.

ECG

Gasometria arterial

RX TÓRAX

Exames Ecocardiograma
Complementares
Hemograma, eletrólitos,
enzimas cardíacas, ureía
e creatinina

Função hepática

Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

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Exames Complementares – GASOMETRIA E RX

Exemplo de valores da Gasometria


Arterial:
• pH: 7,2
• pCO2: 57mmHg
• EB: -2
• HCO3: 26mEq/L

Fonte: Masip J, et al. Nonivasive ventilation in acute Cardiogenic Pulmonari


Edema: sistematic review and Meta-analysis: JAMA 2005: 294:3124-3130

Meta terapêutica no EAP-H


Alívio Sintomático

Melhorar oxigenação

Manter o débito cardíaco

Manter a perfusão dos órgão vitais

Reduzir o excesso de líquido extracelular


Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista QualidadeHC 2018.

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Fortalecimento das condutas
não medicamentosas

Novas evidências Oxigênio

Nitrato

Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista QualidadeHC 2018.

Tratamento

O tratamento inicial, no APH, consiste em:

Contato com a Instalar suporte ventilatório adequado,


regulação médica. de acordo com a necessidade.

Manter o paciente em posição sentada ou outra Monitorização +


posição mais confortável com as pernas oximetria + acesso
rebaixadas (pêndulas para fora da maca). venoso.

Fonte: BRASIL, 2016; BRASIL, 2017.

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Se PAS >90mmHg, administrar Dimitrato
de Isossorbida 5 mg SL, a cada 5 a 10 min.

Se PAS >90mmHg, administrar Sulfato de


Morfina: 2 mg IV (infusão lenta, em 3 min),
Abordagem podendo ser repetida a cada 5 min, máximo
medicamentosa de 20 mg, monitorizando a FC, PAS e nível de
consciência (suspender se: rebaixamento de
consciência, hipotensão ou bradicardia).

Administrar Furosemida: 40 a 80 mg
(1 mg/kg), IV, dose máxima 200 mg.
Fonte: BRASIL, 2016; BRASIL, 2017.

40-80 mg IV, doses maiores se IRC[7], +


Furosemida
80-120 mg IV 1 hora após a dose inicial.
Tratamento
Farmacológico 5 mg – SL, pode repetir após 5 a 10
minutos, ou EV, se PAS >95mmHg, na
Nitroglicerina
dose de 0,3 a 0,5μg/Kg/min.
(aumentar a dose a cada 5 min).

Atenção!

A nitroglicerina sublingual também pode ser administrada. Há possibilidade de


ser usada a nitroglicerina endovenosa em infusão contínua em doses iniciais de
0,3 a 0,5 mcg/kg/min.
Fonte: BRASIL, 2016; BRASIL, 2017.

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Tratamento Farmacológico
Pode-se administrar furosemida em bolus nas doses de 40 a 80 mg. Nos
pacientes renais crônicos, a dose pode ser maior. Se não houver resposta
satisfatória, pode ser repetida após 1 hora.

Morfina: 1-3 mg IV, • Ação venodilatadora.


repetir a cada 5-10min • Reduz sensação de dispneia.

• Captopril: 25 mg VO até 6/6h.


IECA
• Enalapril: 20 mg VO até 12/12h.

Fonte: BRASIL, 2017.

A morfina possui, além de seu efeito ansiolítico e analgésico, ação


vasodilatadora reduzindo em até 40% o retorno venoso. Ela também age em
receptores pulmonares de opioides, reduzindo a sensação de dispneia.
Cuidados com rebaixamento de consciência e hipotensão devem ser tomados.

Os IECAs podem ser usados como vasodilatadores em substituição ou


adição à nitroglicerina. É necessário cuidado com a pressão arterial.

Fonte: BRASIL, 2017.

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Ventilação Não Invasiva (VNI) no EAP Cardiogênico

Outro aspecto importante do tratamento do paciente com EAP é a utilização


da VNI, que diminui a necessidade de intubação orotraqueal, diminui riscos
de infarto, diminui mortalidade, não possui efeitos colaterais, possui baixo
custo e é relativamente fácil de usar. No APH, é pouco utilizada devido à
agitação do paciente e pelo ambiente terapêutico.
Fonte: BRASIL, 2017.

Diminui a necessidade de intubação

Diminui o risco de infarto

Diminui a mortalidade
Ventilação não
Invasiva (VNI)
Sem efeitos colaterais

Baixo custo

Relativamente fácil de usar


Fonte: BRASIL, 2017.

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As contraindicações do uso da VNI são:
Instabilidade hemodinâmica, uso de vasopressores, arritmias.
Trauma facial.
Risco de aspiração de secreções.
Inabilidade de cooperar.
Rebaixamento do sensório.
Sangramento gastrointestinal.
Fonte: BRASIL, 2017.

13. (Pref. de Pereiras-SP/AVANÇA SP/2019) No que se refere à VNI (Ventilação


Não Invasiva), assinale a alternativa correta:
a) É recomendada nos casos de edema agudo de pulmão com instabilidade
hemodinâmica.
b) A agitação não interfere na administração da técnica.
c) A obstrução de vias aéreas superiores é considerada uma indicação.
d) A incapacidade de proteger as vias aéreas é considerada uma
contraindicação.
e) Não é indicada no edema agudo de pulmão.

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Morfinazinha de leve, não?
Efeitos adversos:
• Depressão respiratória e do sistema nervoso central.
• Débito cardíaco reduzido.
• Hipotensão.
Tem sido associada a eventos adverso:
• Taxas significativamente aumentadas de ventilação mecânica.
• Internações em terapia intensiva.
• Mortalidade.
• Na ausência de dados de ensaios clínicos randomizados de alta qualidade.
Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

• A MELHOR evidência atual sugere que a morfina pode causar danos.


• Portanto, a morfina não é mais recomendada para uso rotineiro no edema
pulmonar agudo.
• Em casos de SCA, avalia-se o uso de doses baixas (1 a 2,5 mg) para dor
refratária a nitrato.
• Faz parte do tratamento tradicional do EAP, pois pode reduzir a dispneia.
• Esse efeito foi considerado secundário à venodilatação, resultando em pool
venoso e redução da pré-carga.
• A morfina também reduz a atividade nervosa simpática e pode reduzir a
ansiedade e o sofrimento associados à dispneia.

Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

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Condutas não medicamentosas

• Reduz a incompatibilidade ventilação-


• Consciente.
perfusão.

• Sentado em 90°. • Auxilia no trabalho respiratório.

• Abrir vias aéreas de paciente


• MMII fletidos.
inconsciente com manobra manual.

• Redução do retorno venoso. • Quem se move?! Ganha MOV!

Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

Hiperoxemia pode causar vasoconstrição,


reduzir o débito cardíaco e aumentar
a mortalidade a curto prazo.
A Oxigenoterapia e VNI só devem
Oxigenoterapia

ser usadas ​se a Spo2 < 92%.

Tem Vários dispositivos podem ser utilizados. Desde


hipoxemia? uma cânula nasal, venturi, máscara não reinalante,
CPAP ou BiPAP, IOT.
SpO2 alvo: 92 a 96%; DPOC: 88 a 92%.
Ventilação por pressão contínua (CPAP).
Ventilação por pressão positiva diferenciada nas
fases inspiratória e expiratória (BiPAP).
Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

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Oxigênio - VNI: CPAP ou BIPAP
• Pressurizam a via aérea.
• Melhoram o recrutamento dos alvéolos.
• Facilitando a troca gasosa.
• Devem ser iniciada a 100% de oxigênio.
Configurações iniciais:
• 10 cm de pressão da água para CPAP.
• 10 cm de pressão positiva inspiratória nas vias aéreas e 4 cm de pressão da
água pressão positiva expiratória das vias aéreas para BiPAP.

Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

Vixe, foi pro tubo!


• Se mesmo com VNI, houver hipercapnia persistente, hipoxemia ou acidose.
• Contra-indicação da VNI.
• Sinais de fadiga da musculatura ventilatória.
• Diminuição do nível de consciência ou choque cardiogênico.
Ajuste inicial do respirador:
• Modo: pressão ou volume.
• PEEP em geral ≥ 8 mmHg (atenção à auto-PEEP).
• VC = 5-6 ml/kg de peso ideal.
• FiO2 ajustada para manter SatO2 entre 94-96%.
Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

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Nitrato
• Relaxamento muscular suave, causando venodilatação e consequente redução da
pré-carga em doses baixas.
• Doses mais altas causam dilatação arteriolar, resultando em pós-carga e pressão
arterial reduzidas.
• Especificamente nas artérias coronárias.
• Aumento do fluxo sanguíneo coronário.
• Essas ações melhoram coletivamente a oxigenação e reduzem a carga de
trabalho do coração.
• Podem ser administrados por via sublingual.
• IV é preferida, devido à velocidade de início e à capacidade de titular a dose.
• O monitoramento da PA é essencial para garantir PAS > 90 mmHg.

Nitrato
• Não devem ser administrados se a PAS for < 90 mmHg, ou;
• Estenose aórtica grave (dependentes da pré-carga).
• Uso recentemente um inibidor da fosfodiesterase, como o sildenafil (Pramil,
Viagra).
• Issorbida: 5-15 mg – SL.
• Nitroglicerina: 5 – 200 ug/min - Diluir em SF.
- Droga de escolha na suspeita de SCA.
• Nitroprussiato: 0,5 – 10,0 ug/kg/min - Diluir em SG5% com frasco e equipo
protegido da luz.
- Melhor opção no EAP hipertensivo.

Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

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Lasixzinho, não?
• Os diuréticos são indicados para pacientes com evidência de sobrecarga de
fluidos.
• Devem ser restritos ou usados ​criteriosamente em pacientes que possam ter
depleção de volume intravascular.
• A administração IV é preferida, com a dose de furosemida variando de 40 a 80
mg.
• As doses mais altas são usadas em pacientes que já tomam diuréticos orais ou
com doença renal crônica.
• Um bolus inicial pode ser administrado lentamente por via intravenosa e
repetido 20 minutos depois, SE NECESSÁRIO.

Lasixzinho, não?
• Faltam estudos controlados mostrando que os diuréticos são benéficos no edema
agudo de pulmão.
• Pode aumentar a resistência vascular sistêmica pelo sistema neuro-hormonal.
• Podendo diminuir o fluxo sanguíneo renal e diminuir a taxa de filtração
glomerular.
• Agravamento da função renal e ao aumento de internações em terapia intensiva.
• Caso não haja HIPERVOLEMIA, a terapia diurética, pode piorar, ao inés de ajudar.

Fonte: Fonte: ZANCANER, L.F., CATTO, L.F.B. Edema agudo de pulmão na sala de urgência. Revista Qualidade HC, 2018.

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14. (UFAL/COPEVE-UFAL/2018) Num quadro clínico de Edema Agudo de
Pulmão (EAP), a administração de diurético tem o objetivo de
a) favorecer a respiração.
b) baixar a pressão arterial.
c) afastar o risco de infecção.
d) aumentar o retorno venoso.
e) aumentar a resistência periférica.

15. (UFF/COSEAC/2019) O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome


clínica caracterizada por acúmulo anormal de fluidos no compartimento
extravascular dos pulmões. Assinale a alternativa que indica os cuidados de
enfermagem no estágio inicial do EAP.
a) Administrar medicamentos.
b) Colocar o paciente em posição ereta, com os pés e pernas pendentes,
eliminando o esforço excessivo e minimizando o estresse emocional.
c) Monitorar o nível de consciência.
d) Fornecer assistência na oxigenoterapia.
e) Assegurar acesso venoso calibroso.

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16. (UFT/COPESE-UFT/2019) Idoso, 81 anos, aposentado, admitido no Serviço de
Emergência, com quadro de dispneia em repouso intensa, há 30 minutos,
acompanhada de sudorese fria. Acompanhante refere que o paciente é portador
de Hipertensão arterial sistêmica, em uso irregular de Enalapril 40mg/dia, e
portador de Diabetes Mellitus tipo 2, sem uso de medicação. O paciente foi
internado, há 6 meses, com quadro semelhante, permanecendo dois dias em
Unidade de Terapia Intensiva. Nega tosse, dor precordial, síncope e outras
queixas. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, taquidispneico,
fazendo uso de musculatura respiratória acessória, descorado +/4, sudoreico,
acianótico, anictérico e afebril.
FC: 117 bpm; PA 224x137 mmHg; FR: 40 ipm; SatO2: 87% AR: Creptos bilaterais
até ápices pulmonares. ACV: Bulhas rítmicas e hipofonéticas, em 2 tempos, sem
sopros.
AB: plano, indolor, sem visceromegalias. Extremidades frias, sem edemas.

16. (UFT/COPESE-UFT/2019)
Diante do caso clínico, qual o diagnóstico e qual fármaco NÃO é considerado um
tratamento redutor da pré-carga?
a) Embolia Pulmonar. Furosemida.
b) Edema Agudo de Pulmão. Digoxina.
c) Pneumotórax hipertensivo. Nitrato.
d) Tamponamento cardíaco. Morfina.
e) Edema agudo de pulmão. Nitrato.

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Crise asmática

Asma
• A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores.
Clinicamente, caracteriza-se por aumento da responsividade das vias aéreas
a variados estímulos, com consequente obstrução ao fluxo aéreo, de caráter
recorrente e tipicamente reversível.
Fonte: BRASIL, 2014.

• Geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. Ela é


definida pela história de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia,
opressão torácica retroesternal e tosse, os quais variam com o tempo e na
intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo.
Fonte: SBPT, 2020.

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Crise Asmática
Uma das situações de saúde mais frequentes nas unidades de Urgência e
Emergência ( inclusive no APH) é a exacerbação da ASMA BRÔNQUICA.

Doença INFLAMATÓRIA CRÔNICA das vias aéreas.

HIPER- RESPONSIVIDADE e limitação ao fluxo aéreo reversível


espontaneamente ou com tratamento.

Dispneia, tosse e Sibilância.

Diagnóstico baseado na avaliação clínica e testes funcionais.

Um dos erros MAIS COMUNS nesta CRISE é a SUBDOSE!


Então...vamos ficar de OLHOO!

Crise Asmática
Cianose
Sudorese
Exaustão
Confusão mental
Dispneia importante
Na exacerbação os sinais
Dificuldade de fala
de gravidade são:
Uso de musculatura acessória
Murmúrio vesicular diminuído
FR > 30/min
Taquicardia ou bradicardia
Spo2:<90%

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17. (Pref. de Palmeirinha-PE/ADM&TEC/2019) Leia as afirmativas a seguir:
I. A Asma é uma condição multifatorial determinada pela interação de fatores
genéticos e ambientais.
II. A asma é uma doença do sistema nervoso, apenas.
III. A Asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por
hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo
aéreo, não reversível, seja espontaneamente ou mesmo por tratamento.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.

18. (UERJ/CEPUERJ/2019) Múltiplos fatores interferem no processo saúde-


doença das doenças respiratórias crônicas, sendo necessário que a atenção a
esses pacientes seja realizada por uma equipe multiprofissional e
interdisciplinar. Uma das atribuições específicas do técnico de enfermagem
consiste em acompanhar a evolução de casos e comunicar à equipe as
alterações observadas. Alguns dos sintomas que sugerem asma são:
a) febre, sibilância, tosse produtiva e cansaço, que pioram ao andar.
b) tosse crônica na ausência de sibilância ou dispneia, que pioram ao andar.
c) sibilância, dispneia, desconforto torácico e tosse, que pioram à noite e pela
manhã.
d) dispneia com presença de febre, tosse crônica e expectoração crônica que
piora ao longo da dia.

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Diagnóstico

O diagnóstico de asma se dá mediante a identificação de critérios clínicos e


funcionais, obtidos pela anamnese, exame físico e exames de função pulmonar
(espirometria). Em crianças até os 5 anos o diagnóstico é eminentemente clínico,
pela dificuldade de realização de provas funcionais. Outros diagnósticos devem ser
adequadamente excluídos.
Fonte: BRASIL, 2014.

Anamnese
• Sintomas recorrentes de obstrução das vias aéreas, como chiado no peito
(sibilos), tosse, dificuldade para respirar, aperto no peito.
• Estes sintomas podem:
1. ocorrer/piorar à noite ou pela manhã ao despertar.
2. ocorrerem ou piorarem com exercício, infecção respiratória, exposição a
alérgenos/irritantes inalatórios (verificar o perfil ocupacional), mudanças
climáticas, riso ou choro intensos, estresse, ciclo menstrual.
Fonte: BRASIL, 2014.

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Exame Físico
• Sinais de obstrução das vias aéreas, como sibilos expiratórios, hiperexpansão
pulmonar e tiragem intercostal;
• Estes sinais podem ser:
1. de rinite alérgica.
2. de dermatite atópica/eczema.
• O exame físico pode ser normal no período intercrises, o que não exclui o
diagnóstico de asma.

Fonte: BRASIL, 2014.

Avaliação funcional/laboratorial

Os exames de função pulmonar informam sobre a intensidade da limitação ao fluxo


aéreo, sua reversibilidade e variabilidade. A espirometria é útil para diagnóstico,
avaliação da gravidade, monitorização e avaliação da resposta ao tratamento. A
espirometria deve ser utilizada a partir dos 5 anos.
Fonte: BRASIL, 2014.

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As crises de asma devem ser
Classificação da intensidade da crise classificadas segundo sua
de asma em adultos e crianças. gravidade e o tratamento deve
ser instituído imediatamente.

Fonte: SBPT, 2012.

Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed ,


Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de
Parâmetro Leve Moderada Grave

Cianose, sudorese,
Gerais S/ Alt S/ Alt
exaustão

Agitação, confusão,
Estado mental Normal Normal
sonolência

Curtas,
Fala / Frases Completas Incompletas
2015, Editora Manole.

monossilábicas.

Musculatura Retração
Retrações Retrações
acessória intercostal
subcostais ou de acentuadas ou em
leve ou
fúrcula acentuadas declínio (exaustão)
ausente

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Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed ,
Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de
Parâmetro Leve Moderada Grave

Localizados Localizados ou Ausentes, com MV


Sibilos ou difusos / difusos reduzido
ausentes

F. cardíaca > 140 ou


< 110 > 110
(bpm) bradicardia

Normal ou

2015, Editora Manole.


Muito aumentada
F. respiratória pouco Aumentada
ou reduzida
aumentada

Peak Flow >50% 30 – 50% < 30%

• MV: murmúrio vesicular.


• a: A presença de vários parâmetros,
mas não necessariamente de todos,
indica a classificação geral da crise.
• b: Músculos interscostais, fúrcula ou
esternocleidomastoideo.
• c: FR em crianças normais: < 2 meses,
< 60 ciclos/min; 2-11 meses, < 50
ciclos/min; 1-5 anos, < 40 ciclos/min;
6-8 anos, < 30 ciclos/min; e > 8 anos,
igual a FR para adultos.
Fontes: Global Initiative for Asthma, Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e Turner.

Fonte: SBPT, 2012.

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Principais indicações de exames
complementares nas exacerbações
As crises de asma devem ser classificadas segundo sua gravidade e o
tratamento deve ser instituído imediatamente.

Fonte: SBPT, 2012.

19. (Pref. de São José-SC/IESES/2019) “A asma é uma das doenças


respiratórias crônicas mais comuns, juntamente com a rinite alérgica e a
doença pulmonar obstrutiva crônica. As principais características dessa
doença pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito,
respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da
manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos,
à poluição ambiental e a mudanças climáticas.”
Fonte: Ministério da Saúde. Asma: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. 2019.

Sobre a asma, assinale a assertiva INCORRETA.


a) A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem
melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo.
b) A confirmação do diagnóstico e a classificação da gravidade da asma
brônquica é feito a partir do resultado do exame de oximetria.

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19. (Pref. de São José-SC/IESES/2019)
c) Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre
os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e
fungos, às variações climáticas e infecções virais.
d) Para os fatores genéticos - característicos da própria pessoa -, destacam-se
o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas
com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios,
como a asma.

20. (Pref. de Vitória-ES/AOCP/2019) Paciente de 27 anos, sexo masculino, foi


atendido na Emergência com sinais de exacerbação da asma, sendo
classificado como muito grave. Nesse caso, a SatO2 (ar ambiente) poderá estar
em
a) 89%.
b) 91%.
c) 93%.
d) 95%.

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Crise Asmática

O tratamento não farmacológico


Educação do paciente é parte fundamental da terapêutica da asma e
1.
deve integrar todas as fases do atendimento ambulatorial e hospitalar.
2. Medidas para redução da exposição aos fatores desencadeantes.
Adoção de plano de autocuidado baseado
3.
na identificação precoce dos sintomas.

4. Vacinação (influenza).

5. Imunoterapia.

Fonte: BRASIL, 2014; SBPT, 2020.

Beta2-agonista (1º SALBUTAMOL e


1.
2º BEROTEC) e anticolinérgico.

Doses adequadas e repetidas de beta-2


Farmacológico 2.
agonistas por via inalatória.

A cada 10 a 30 minutos na primeira hora


3.
constituem a medida inicial de tratamento.

Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e


Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

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Adultos : 4 a 8 jatos a cada
20 minutos (até 3 vezes)
Criança: 2 a 3 jatos a cada 20 minutos. Ou
NEBULIZAÇÃO (3 ml de Soro Fisiológico)

1) Fenoterol ou Salbutamol (5mg/ml): (1 gota a


Salbutamol spray
Farmacológico cada 3 Kg) 0,1 mg/kg/dose (Dose usual adulto:
(100 mcg/jato)
10 gotas. Dose máxima 20 gotas).

Broncodilatadores utilizados para aliviar os


sintomas da asma e devem estar prescritos
para todos os pacientes, mesmo para os
pacientes com asma controlada, para o uso
conforme a necessidade.
Fonte: Atendimento Pré-Hospitalar - GRAU - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências, 2º Ed , 2015, Editora Manole.

Crise Asmática - Farmacológico

Fonte: SBPT, 2012.

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Algoritmo de tratamento da exacerbação de asma
em adultos no pronto-socorro. PS: pronto-socorro.

Fonte: SBPT, 2012.

21. (UERJ/CEPUERJ/2019) Jovem de 21 anos, asmático grave desde os 2 anos,


encontra-se internado na sala de emergência masculina com diagnóstico
médico de exacerbação do quadro de asma. Está em macronebulização com
máscara de Hudson. Durante a verificação dos sinais vitais, ele relatou que
durante a noite, em alguns momentos, acordou sentindo-se sem ar. Em
relação aos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, a conduta do
técnico de enfermagem e a fundamentação para essa escolha,
respectivamente, são:
a) realizar a aspiração das vias aéreas superiores vigorosamente,
independente do nível de consciência do paciente, uma vez que tal quadro é
compatível com obstrução de vias aéreas superiores.
b) trocar o dispositivo para cateter nasal, uma vez que a máscara de Hudson
causa sensação de sufocamento por conta do seu formato e tamanho.

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21. (UERJ/CEPUERJ/2019)
c) verificar se a oferta de oxigênio está adequada / o excesso de oferta de
oxigênio pode causar supressão da ventilação.
d) verificar se a oferta de oxigênio está adequada / a hipoxemia pode causar
supressão da ventilação.

Referências
BARBOSA, Sayonara. Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem: Linha de cuidado nas
urgências/emergências clínicas respiratórias e metabólicas / Sayonara Barbosa; Grace Marcon Dal Sasso –
Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina/Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
2013. 140 p.
BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Doença pulmonar obstrutiva crônica. Portaria SAS/MS nº
609, de 06 de junho de 2013, retificada em 14 de junho de 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças
respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192
(SAV) - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2a edição, 2016.
BRASIL. Urgências clínicas. Tema 9: edema agudo de pulmão (EAP). Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), 2017.
BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: ASMA. Portaria SAS/MS nº 1.317, de 25 de novembro de
2013. Brasília, 2014.
SBPT. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012.

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Gabarito

1–A 12 – C
2–B 13 – D
3–B 14 – B
4–A 15 – B
5–A 16 – B
6–A 17 – B
7–A 18 – C
8–D 19 – B
9–B 20 – A
10 – C 21 – C
11 – CERTA

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