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AVALIAÇÃO DO SISTEMA

RESPIRATÓRIO

Prof. Evandro Santos


caneloro@hotmail.com
BREVE REVISÃO
O sistema
respiratório é
constituído pelas
fossas nasais,
boca, laringe,
traqueia,
brônquios e
pulmões
OS PULMÕES
EPIDEMIOLOGIA
Doenças respiratórias de mais alta
morbimortalidade no país

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),


Asma,
Tuberculose,
Câncer de pulmão,
Pneumonias.
EPIDEMIOLOGIA
A Pneumonia, DPOC(Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica) e
asma são as três primeiras causas
de hospitalização dentre as doenças
respiratórias, perfazendo quase 80%
EPIDEMIOLOGIA

72% das mortes no Brasil são


atribuídas a doenças cardiovasculares,
doenças respiratórias crônicas,
diabetes, câncer e outras, inclusive as
doenças renais .( MS/2014)
VOCÊ SABIA ...
O TABAGISMO REPRESENTA UM DOS
MAIS GRAVES PROBLEMAS DE SAÚDE
PÚBLICA.

O GOVERNO FEDERAL GASTA


ANUALMENTE 21 BILHÕES DE REAIS PARA
TRATAR 15 DOENÇAS RELACIONADAS AO
TABACO
VOCÊ SABIA ...
O TABACO MATA CERCA DE 6 MILHÕES
DE PESSOAS EM TODO O MUNDO, OU SEJA
UMA MORTE A CADA 6 SEGUNDOS, E 1
BILHÃO DE PESSOAS PODERÃO MORRER
AINDA NESTE SÉCULO

OMS PUBLICA QUE NA AMERICA LATINA


SÃO ESTIMADOS 195 MILHÕES DE
FUMANTE, E 25 MILHÕES ESTÃO NO
BRASIL
Uma pesquisa recente com crianças da 8a
serie, em 2010, mostrou que 6,3% delas
relataram ter fumado durante os trinta
dias anteriores, o que e mais que a media
das Américas (4,9%) e menos que a
media da Europa (19%). (art. Maria Inês Schmidt,2010).
PERCENTUAL DE INTERNAÇÃO POR DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS - BRASIL/2013

FONTE: Portal/MS
Mortalidade por Doenças Respiratórias na RM -
Belém ano 2013.
Pneumonias e enfisema pulmonar

FONTE: PROJETO QUALISUS-MAPA DA SAÚDE/2012


Objetivos da avaliação respiratória
✓ Compreender a sequência investigativa que compõe o
histórico de enfermagem no sistema respiratório.

✓ Identificar os sinais e sintomas mais frequentes em


pacientes com distúrbios respiratórios.

✓ Conhecer os métodos propedêuticos para elaboração do


exame físico do sistema respiratório.

✓ Diferenciar as características dos sons respiratórios


normais e adventícios.
ETAPAS DA AVALIAÇÃO
RESPIRATÓRIA
Histórico de enfermagem
Histórico do paciente

• Avaliação da história familiar


• Tabagismo
• Alergias
• Dispneia
• Fraqueza
Histórico de enfermagem
Histórico de enfermagem
Histórico do paciente
• Ocupação
• Procedência
• Condições de habitação
• Fadiga
• Febre
EXAME FÍSICO

REALIZAR O EXAME FÍSICO DO


TORAX UTILIZANDO INSPEÇÃO,
PERCUSSÃO,AUSCULTA E
PALPAÇÃO
SAE na Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica (DPOC)
BRONQUITE CRÔNICA/ ENFISEMA PULMONAR

Brunner, 2012; POTTER2010


EPIDEMIOLOGIA

● 80% a 90% dos casos de DPOC ocorrem em


fumantes ativos por mais de 20 anos.

● Outras causas inalação da fumaça originada da


combustão da lenha, utilizada em fogões
domésticos, de produtos químicos e poeiras
ambientais.

Brunner, 2012; POTTER2010


EPIDEMIOLOGIA

✓No Brasil, houve um aumento número de óbitos por


DPOC nos últimos vinte anos, em ambos os sexos

✓ Taxa de mortalidade passou de 7,88/100.000 habitantes


na década de 1980, para 19,04/100.000 habitantes na
década de 2000. Tendo um crescimento de de 340%,

✓A DPOC está entre as principais causas de morte no país

Brunner, 2012; POTTER2010


EPIDEMIOLOGIA

✓ O principal fator desencadeante da DPOC é o fumo,


tanto para fumadores ativos, como para os que a ele
estão expostos passivamente.

✓ Há um dramático sinergismo entre DPOC e tabagismo,


levando a que, quer a prevalência da doença, quer a
mortalidade, estejam aumentadas nos fumadores,
havendo uma relação dose dependente.

Brunner, 2012; POTTER2010


CONCEITOS

✓A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é


definida como um conjunto de alterações clínicas,
radiológicas, funcionais e patológicas do pulmão,
que abrange a bronquite crônica e o enfisema
pulmonar.(Brunner,2012)

✓ Essas doenças são caracterizadas pela


limitação crônica ao fluxo aéreo, devido ao
aumento da resistência das vias aéreas e
aprisionamento anormal de gás intratorácico,
traduzido por uma dificuldade
predominantemente expiratória.
Brunner, 2012; POTTER2010
CONCEITOS

A DPOC costuma ser um doença


progressiva causada por uma resposta
inflamatória anormal dos tecidos
pulmonares após exposição crônica a
partículas ou gases nocivos, como o fumo

Brunner, 2012; POTTER2010


CONCEITOS

A DPOC caracteriza-se por uma limitação da


passagem de ar pelas vias respiratórias dentro
dos pulmões, principalmente durante a
expiração. O ar consegue entrar, mas apresenta
dificuldade para sair, ficando preso dentro dos
pulmões

Brunner, 2012; POTTER2010


Enfisema se caracteriza pela destruição e alargamento
dos bronquíolos terminais e alvéolos, que perdem sua
elasticidade e favorecem o aprisionamento do ar dentro
dos pulmões. O ar nunca sai por completo. Significa
excesso de ar nos pulmões

ENFISEMA

Brunner, 2012; POTTER2010


Na bronquite crônica a lesão pulmonar se localiza
nos brônquios e bronquíolos, tornando-os
cronicamente inflamados, espessos e com constante
produção de muco. Quadro de tosse crônica com
expectoração.

BRONQUITE

Brunner, 2012; POTTER2010


BRONQUITE CRÔNICA

Brunner, 2012; POTTER2010


Tipos clínicos na DPOC
ENFISEMA PULMONAR BRONQUITE CRÔNICA
SOPRADOR ROSADO TOSSIDOR AZUL

Brunner, 2012; POTTER2010


APRESENTAÇÃO CLÍNICA - DPOC

ATENÇÃO - O portador de DPOC é aquele indivíduo


com idade superior a 40 anos e tabagista de longa data ,
que apresenta sintomas respiratórios crônicos, como:

Tosse: Inicialmente o paciente apresenta tosse pela manhã,


que pode ser produtiva ou não. Com o passar dos anos, ela
passa a ser produtiva e constante, sendo que na maior parte
do tempo o aspecto da secreção é mucoide.

Brunner, 2012; POTTER2010


APRESENTAÇÃO CLÍNICA - DPOC
Dispnéia: A dificuldade ao respirar apresenta-se
inicialmente aos grandes esforços. Nesta fase, em função do
sedentarismo, é comum o paciente atribuir a sua falta de ar
“à idade”.

ATENÇÃO: Com o passar dos anos, entretanto, este


sintoma(DISPNÉIA) pode estar presente aos esforços do dia
a dia, somente então há a valorização do sintoma e ida ao
médico.

Brunner, 2012; POTTER2010


APRESENTAÇÃO CLÍNICA - DPOC
Sibilância: é um ruído semelhante a um assobio agudo presente nos
órgãos respiratórios principalmente ao inspirar, de intensidade variável,
podendo estar ausente em alguns pacientes.

ATENÇÃO PARA AS EXARCEBAÇÕES

São eventos de caráter agudo que acontecem no curso


natural da doença, caracterizadas pela intensificação nos
sintomas habituais do paciente (tosse, dificuldade de
respirar e expectoração

Brunner, 2012; POTTER2010


As exacerbações são classificadas em 03 tipos

Tipo de Exacerbação Sintomas


Tipo 01 -Aumento do volume do
escarro
-Presença de pus no
escarro
-Aumento da dificuldade em
respirar

Tipo 02 02 dos 03 sintomas


Tipo 03 01 dos 03 sintomas

Fonte: CARVALHO, E. V.; JARDIM, J. R.; OLIVEIRA, J. C. A.

Brunner, 2012; POTTER2010


DIAGNÓSTICO DA DPOC

O diagnóstico clínico da DPOC deve ser considerado em


qualquer paciente com dificuldade em respirar,
tosse crônica ou produção de muco, e/ou uma
história de exposições a fatores ambientais de
risco para a doença.

Brunner, 2012; POTTER2010


DIAGNÓSTICO DA DPOC

ATENÇÃO

O exame físico raramente diagnostica esta enfermidade,


pois sinais físicos de limitação do fluxo aéreo geralmente
não estão presentes até que alguma deficiência pulmonar
significante tenha ocorrido.

Brunner, 2012; POTTER2010


DIAGNÓSTICO
ENTÃO ...
O diagnóstico deve ser confirmado por espirometria, que
mede o volume e a velocidade do ar que entra e sai dos
pulmões. Também recebe o nome de Prova
Ventilatória ou de Prova de Função Pulmonar.

Brunner, 2012; POTTER2010


DIAGNÓSTICO
O teste mede o volume do ar exalado forçadamente na inspiração
(capacidade vital forçada – CVF) e
o volume de ar exalado durante o primeiro segundo dessa manobra
(volume expiratório forçado em um segundo – VEF1).
A relação dessas duas medidas (VEF1/CVF) deve ser calculada e
comparada aos valores de referência, que consideram a idade, altura, sexo
e raça do paciente.

Brunner, 2012; POTTER2010


DIAGNÓSTICO
Valores de Referência Nacional Testes de Função Pulmonar.

Distúrbio VEF1 CVF VEF1/CVF

Leve 60% 60% 60%

Moderado 41% – 59% 51% – 59% 41% – 59%

Grave ≤ 40% ≤ 50% ≤ 40%

Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Projeto Diretrizes:

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TRATAMENTO
Antibioticoterapia

● Amoxicilina/ Amoxicilina+.Clav. / Cefalosporinas


● Broncodilatadores.
● Beta agonista + anticolinérgico.
● Hidratação oral / sintomáticos

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TRATAMENTO
Casos graves
● Oxigenoterapia prolongada e/ou suporte ventilatório

● Intervenções cirúrgicas, como bulectomia (retirada de


bolhas que dificultam a troca gasosa, em casos de enfisema)

● Cirurgia redutora de volume pulmonar (ressecamento de


partes do pulmão para reduzir a hiperinsuflação)

● ou, em casos extremos, transplante pulmonar

Brunner, 2012; POTTER2010


TRATAMENTO

Brunner, 2012; POTTER2010


TRATAMENTO USUAL
Os broncodilatadore S são a base do tratamento dos
pacientes sintomáticos, pois promovem a
broncodilatação, melhorando o esvaziamento pulmonar e
reduzindo a hiperinsuflação dinâmica causada pelo
enfisema, tanto durante o repouso quanto no exercício.

São administrados preferencialmente por via inalatória,


pois, desta forma, o fármaco se deposita diretamente
sobre a mucosa respiratória

Brunner, 2012; POTTER2010


Os dispositivos mais utilizados são: nebulizadores, sprays ou
“bombinhas” e inaladores de pó, escolhidos de acordo com a
preferência do paciente e na capacidade deste em utilizar corretamente o
aparelho.

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O ENFERMEIRO E A DPOC
DIAGNÓSTICOS
"Troca gasosa deficiente relacionada ao desequilíbrio entre ventilação
e perfusão evidenciada pela cianose;

"Eliminação ineficaz das vias áereas relacionadas a broncoaspiração


evidenciado por dispnéia e tosse;

"Intolerância à atividade física relacionada ao aumento da fadiga


evidenciado pela dispnéia ao menor esforço;
“ Nutrição alterada: menos do que as necessidades corporais relacionada ao
aumento do metabolismo evidenciado pela perda excessiva de peso;

“ Padrão respiratório ineficaz caracterizado por desequilibrio ventilatório


realcionado a DPOC

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INTERVENCÕES

✓ Incentivar ingesta hídrica para fluidificar secreções;

✓ Monitorizar o estado respiratório (freqüência, padrão


respiratório, sons respiratórios, sinais e sintomas de
angústia respiratória e oximetria de pulso;

✓ Instruir paciente a respirar mais lenta e profundamente


para reduzir fadiga;

✓ Administrar aerosolterapia conforme prescrição médica;

Brunner, 2012; POTTER2010


✓ Monitorizar cuidadosamente os sinais
vitais;

✓ Controlar volume hídrico e observar


presença de edema, hepatomegalia ou
ascite;

✓ Posicionar paciente em Fowler ou semi-


Fowler para melhorar padrão respiratório

Brunner, 2012; POTTER2010


REFERÊNCIAS

-Brunner, 2012

- Potter,2010

- Artigos refenciados

Brunner, 2012; POTTER2010


REFERÊNCIAS

-Brunner, 2012

- Potter,2010

- Artigos refrenciados

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