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Parada Cardiorrespiratória

Prof. Enf. Paulo Henrique Viana da Silva


A primeira menção bíblica de reanimação refere-se
ao momento da criação de Adão, tendo Deus
“soprado em sua boca dandolhe a vida”. Menos
simbólica e mais precisa em seu detalhamento, e
considerada por muitos historiadores como o
primeiro relato de manobras de RCP, está a
descrição que consta no livro bíblico dos Reis; nele
está descrito o profeta Eliseu, um discípulo de Elias,
reanimou um jovem filho de uma viúva sunamita
Nele está descrito o profeta Eliseu, um discípulo
de Elias, reanimou um jovem filho de uma viúva
sunamita;
“...subiu à cama, deitou-se sobre o menino e,
pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus olhos
sobre os olhos dele e suas mãos sobre as mãos
dele, se estendeu sobre o menino; este espirrou
sete vezes e abriu os olhos”.
Definição:
A parada cardiorrespiratória ocorre quando o
coração para de bater fazendo com que a circulação
sanguínea deixe de chegar em órgãos nobre
acontecendo assim o falecimento dos mesmos além
da falta de respiração ser eminente na maiorias das
ocorrências.
Nessa situação, deve-se inicia o PCREH
imediatamente, e enquanto o resgate não chaga
deve-se iniciara a massagem cardíaca para que o
coração volte a pulsar.
Causas:
A parada cardiorrespiratória pode ser gerada
por diversas motivos e as principais
correspondem a afogamento, infarto agudo do
miocárdio, hemorragia, choque elétrico, trauma
de crânio, infecção grave, ICC, acidentes
vasculares e arritmia cardíaca.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns de uma parada
cardiorrespiratória incluem dor no peito, Dispneia,
suor frio, sensação de palpitação, Vertigem,
desmaios e vista turva ou embaçada. Além desses
sintomas, a ausência de pulso ou a falta de
respiração indicam que o coração parou de bater.
o Em casos de parada cardiorrespiratória, é
necessário chamar imediatamente o
atendimento médico e iniciar os primeiros
socorros em alguns passos:

- Verificar se a vítima está


consciente;
- Caso esteja inconsciente, verificar se há
frequência cardíacas e frequência respiratória;
- Caso esteja respirando normalmente, a vítima
deverá ser colocada em posição lateral de
segurança e uma ambulância deverá ser
imediatamente acionada;
- As roupas da vítima deverão ser desatadas, e em
seguida sua cabeça deverá ser erguida para liberar
a passagem de ar;
Como deve ser realizada a RCP
Uma massagem cardíaca de qualidade deve
respeitar alguns direcionamentos, reforçados nas
atualizações das diretrizes de RCP, que são
ad frequência, a profundidade, o retorno do
tórax a cada compressão e interrupção mínima.

Isso garante o fluxo sanguíneo adequado para


manter a vítima até a chegada do socorro
especializado.
Assim, temos as seguintes orientações:

- De 100 a 120 compressões por minuto em adultos e


crianças (no ritmo da música ‘Stayin Alive’ do Bee Gees);
- Mínimo de 5 cm de profundidade, porém
evitando passar de 6 cm, para adultos e crianças, e
4 cm para bebês menores de 1 ano;
- Permitir o retorno completo do tórax ao final de
cada compressão;
- Não se apoiar no tórax da vítima;
- Interromper o mínimo possível o ciclo de
massagem, sendo o máximo de 10 segundos para
a realização da ventilação a cada 30 compressões
(essa fase, indicada apenas para profissionais e
mediante uso de equipamentos adequados), ou
para o tempo de análise do DEA;
- Trocar o socorrista a cada 2 minutos, se possível,
a fim de evitar que o cansaço afete a qualidade do
procedimento.
Sobre a ventilação
Ainda que a fase de ventilação não seja indicada
para realização por leigos, é possível verificar se a
vítima tem algum objeto que esteja obstruindo
suas vias aéreas, bem como contribuir para a
passagem de ar. Para isso, deve-se realizar a
manobra de inclinação da cabeça e elevação do
queixo.
No entanto, é fundamental que esse procedimento
só seja realizado quando se tem a certeza de que
não há lesão medular ou outros traumas na região.

Nessa situação, deve-se inicia o PCREH


imediatamente, e enquanto o resgate não chaga
deve-se iniciara a massagem cardíaca para que o
coração volte a pulsar.
Em Ambiente Hospitalar:
Aplica-se o PCRIH que é bem mais complexa:
4 Ritmos de PC:
Fibrilação Ventricular – FV
Fibrilação Ventricular (FV) é uma patologia cardíaca
na qual o ventrículo entra em estado caótico e não
contrai de forma eficaz. É ocasionado por mecanismo
de reentrada, ocasionando contrações desordenadas
e inefetivas das células cardíacas.
Durante a FV, as contrações dos ventrículos estão
totalmente dessincronizadas e ineficazes. O débito
cardíaco (DC) não é eficaz, o ritmo é irregular, o
complexo QRS fica invisível e a circulação não pode
ser obtida por causa da falta de eficácia do DC.
É o distúrbio do ritmo cardíaco mais comum nos
primeiros dois minutos de PCR (Parada
Cardiorrespiratória), no adulto. Evolui, rapidamente,
para assistolia, caso não sejam estabelecidas medidas
de SBV (Suporte Básico de Vida). O único tratamento
disponível para o controle desse distúrbio do ritmo
cardíaco é a desfibrilação.
Taquicardia Ventricular sem Pulso -TVSP
A taquicardia ventricular é uma arritmia de
prognóstico grave e frequentemente prenuncia a
instalação de fibrilação ventricular.
Caracteriza-se pela ocorrência de extrassístoles
ventriculares em rápida sucessão e pelo aumento da
frequência ventricular (>120), com três ou mais
extrassístoles, causando consequências
hemodinâmicas ao paciente. Principais causas:
Doença de Chagas e Doença Coronariana.
Atividade Elétrica Sem Pulso – AESP
A atividade elétrica sem pulso constitui um ritmo
com complexos QRS que não produzem respostas de
contração miocárdica suficiente e detectável.
Apesar de existir um ritmo organizado no monitor,
não existe acoplamento do ritmo com pulsação
efetiva (com débito cardíaco). O importante é
garantir o SBV e tentar identificar a provável etiologia
da PCR.
Assistplia
A assistolia corresponde à ausência total de qualquer
ritmo cardíaco, sendo o processo final das demais
modalidades de PCR. É a situação terminal.
Evidências cada vez mais contundentes apontam que
a identificação de assistolia deva corresponder ao
término dos esforços. Pode ser reversível com
atendimento adequado e rápido.
A principal causa de assistolia é a hipóxia, o que
justifica as ofertas de oxigênio e ventilação efetivas,
como prioritárias no atendimento.
Administração de drogas:
Adrenalina de 3 em 3 minutos.

Amiodarona após o 3° choque e no 5°.

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