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DPOC
Definição : doença respiratoria prevenivel e tratavel, caracterizada pela obstrução
cronica do fluxo aereo que não é totalmetne reversível. Geralmente é pregressiva,
tem processo inflamatório cronico e se relaciona com tabagismo. 4ª principal causa
de mortalidade – diminuindo pelo combate ao tabagismo
Causa: inalação de gases, fumaça, fuligem - causada principalmente pelo
tabagismo
GOLD é a base para DPOC
Problema da DPOC é obstrução do fluxo aéreo
tem dano no parenquima pulmonar - incuravel quando a doença é estabelecida
EPIDEMIOLOGIA

Grande variação nos números em diferentes países

entre 10 a 15% da população brasileira

Gera exacerbações e muitos óbitos - continua sendo uma das causas mais
prevalentes de morte. Pouco conhecimento pela população.
FATORES DE RISCO

Genéticos

deficiencia da A 1 antitripsina - enfraquecimento do parenquima pulmonar

Sociodemograficos

desnutrição na infancia, idade, sexo: mulheres que fumam desenvolvem


com maior facilidade.

Tabagismo

50% dos tabagistas ativos desenvolverão DPOC

Exposição ocupacional

Queima de biomassa - fogão a lenha, queima de mata - não fumara, mas


estiveram presentes em ambientes que inalaram fumaça.

DPOC 1
Tuberculose

não é a doença ou a sequela, mas sim ter sido exposto a tuberculose


aumenta

Enfisema

Afeta sacos alveolares local de troca

Bronquiolite

caminho das vias aéreas se altera também

Fisiopatologia
As alterações são econtradas nas vias aéras no parenquima, principalmente
inflamação crônica e remodelamento.

os achados pato principais são inflamação cronica e remodeladomento como


enfisema - A inalação de partículas ou gases nocivos leva a uma resposta
inflamatória anormal dos pulmões e das vias aéreas alterações patológicas
características da doença

tamponamento e hiperinsuflação aerea

DPOC avançada se associa com anormalidade de troca gasosa - comum em


fases avançadas e terminal, conforme a destruição do parenquima, com
retenção do CO2.

Limitação do fluxo aéreo na DPOC = processo obstrutivo nas pequenas vias


aéreas (bronquiolopatia) + processo destrutivo do parênquima (enfisema) -
O grau de cada um é variável distintas formas de apresentação clínica

Pensar nos fenótipos a seguir, mas muitas vezes podem se sobrepor:

Enfisema impede a troca de ar. Aparece áreas de destruição alveolar na tomografia


Bronquite altera a condução. Espessamento da parede dos bronquios aparece na
tomografia. Geralmente o paciente om DPOC tem perfil enfisematoso ou
bronquitico, ou os dois. Na prática geralmente tem acometimento de ambas as
formas mas com predominio de alguma.

Bronquite crônica
Expectoração diaria por minimo de 3 meses consecutivos durante dois anos -
espessamento dos bronquios

DPOC 2
Enfisema
Os alveolos crescem, se unem e perdem a elasticidade e a força do ar o que
dificulta a respiração
IMAGEM

Não diagnostica DPOC

Aumento do diametro anteroposterior retificação das cupulas em predominio de


enfisematoso

Tomo de torax

Enfsema pulmonar - bolhas na periferia, e buracos no parenquima pulmonar -


enfisema é alteração de parenquima que pode vir a causar a DPOC

Parede espessada nos brônquios


SINTOMAS

Dispneia progressiva com início na vida adulta (geralmente após a 4ª década de


vida
Infecções respiratórias – exacerbações da doença

Tosse crônica com ou sem expectoração


SINAIS – comum de paciente obstruído

Taquipneia
Tempo expiratório prolongado – por conta da doença obstrutiva

Murmúrio reduzido – não tem no asmático, só quando ta muito exacerbado


Sibilancia e estertores

Baqueteamento digital não é esperado


ESCALA DE DISPNEIA – mMRC

DPOC 3
DIAGNOSTICO

Exposto/ ou foi exposto a fatores de risco e com sintomas

Dg formalizado com o exame de espirometria


Presença da relação a VEF1/CVF <0,7, pós BD confirma o distúrbio ventilatório
obstrutivo persistente.

Pode ter na tomo bronquite ou enfisema, se a espirometria não seguir menos de


70% não caracteriza DPOC.

Todo indivíduo com 40 anos ou mais idade e com historia de exposição a fatores
para DPOC ainda que assintomáticos devem ser avaliados
CLASSIFICAÇÃO

A doença pode ser classificada com base em dois parâmetros distintos e será
validada pela presença de uma letra (A, B ou E) e um número (1, 2, 3 ou 4).
Segundo a classificação atual do GOLD 2023, o número indica a gravidade da
obstrução através do VEF1, enquanto as letras classificam o paciente de acordo
com a morbidade e risco de exacerbação. Assim, com base nos valores de VEF1
pós-broncodilatação, podemos classificar o grau de obstrução no DPOC como leve
(GOLD 1), moderado (GOLD 2), grave (GOLD 3) ou muito grave (GOLD 4).

1. Classificação espirometrica – grau de obstrução de via aérea que o paciente


está. Com a pratica percebeu-se que não era um padrão tao bom, tem relação
com fenótipo, comorbidades, bronquite ou enfisema, portanto ficou como
classificação espirométrica.

2. Classificação clinica do paciente – leva os sintomas como principal e


exacerbações

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CAT (perguntas do dia a dia) ou mMRC

Série de perguntas que graduam de 0 a 5 sobre os sintomas e qualidade de vida do


paciente (soma acima de 10 = mais sintomático).
A dispneia é o principal determinante da morbidade destes pacientes. Sua
intensidade e o impacto no estado de saúde do paciente possui baixa correlação
com VEF1. Por isso, avaliamos o paciente através da sintomatologia, por meio do
COPD Assessment Test (CAT) ou mMRC Dyspnea Scale, e do histórico de
exacerbações.
Apenas 1 - leve não exacerbador; 1 exacebrção que leva a internação também
classifica como exacerbador.

Paciente E – todos os exacerbadores, que são os piores fatores prognósticos e não


os sintomas.

Classificação de risco

GOLD A:

Baixo risco, menos sintomas

Ate 1 exacerbação, sem internação

Broncodilatador de ação curta e rápida (salbutamol) ou broncodilatador de ação


longa (formoterol). Ou Antocolinérgico de longa ação. Não tem sintoma e não

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exacerba, só vai saber se tem se fizer espirometria. Ou tem alguns sintomas

GOLD B:

Não exacerba mas é mais sintomático

MRC >=2 e CAT >10

LABA+LAMA, os dois ao mesmo tempo, beta agonista de longa e anticolinergico


de longa. Broncodilatador beta agonista de longa ação (aqui já deixo fixo
podendo ser um LABA ou LAMA) (LABA: beta-agonista de longa) e LAMA: anti
muscarínico/anticolinérgico de ação longa). Não exacerba

GOLD E

Exacerbador (antigo C e D)

>=2 EXACERBAÇÕES OU >=1 INTERNAÇÃO

LABA+LAMA+ corticoide inalatorio = terapia tripla

Outras modificações:

1. Pré DPOC

a. Tabagista, exposto aos fatores de risco que te sintomas respiratóriso


compatíveis, com enfisema ou bronquite na tomo, e espirometria normal
(não é DPOC) relação acima 70%, mas considera pré-DPOC pois possui
alterações anatomicas e/ou funcionais

b. A partir de agora, o paciente com VEF1 normal baixo, aprisionamento de


gás, hiperinsuflação, declínio ou redução da VEF1 sem obstrução do fluxo
aereo (sem alteração na espirometria VEF1/CVF >0,7), ou seja que
possuem sintomas respiratório estruturais ou funcionais (incluindo enfisema)
são considerados Pré-DPOC. Pode correr o risco de desenvolver
obstrução do fluxo aéreo ao loongo do tempo, ou não.

2. PRISm

a. Espirometria sem relação VEFI/ CVF <70% porém com alguma alteração

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DIANGNOSTICO DIFERENCIAL
Principal doença é a asma apesar de patologia e epidemio diferentes

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TRATAMENTO

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Não farmacológico

1. Cessar tabagismo - com ou sem intervenção tabágica; Em B e E com


reabilitação pulmonar;

2. Vacinação – influenza, pneumococo, Pertussis, COVID-19 e herpes-zóster.

3. Reabilitalção

4. Atividade física recomendado

Farmacológico

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Aquele que não exacerba – oferecer um broncodilatador, betas de curta ou de
longa, antagonistas muscarínicos de longa duração de longa, qualquer um

GOLD B – mais sintomático no dia a dia – dupla broncodilatação LABA e LAMA –


todo dia
GOLD E – lama e laba associado – se for eosinofilico ou permanece exacerbador
usando os dois usa-se o corticoide inalatório.
Outros também – imunomodulador por macrolideos (azitro), inibidor de
fosfodiesterase. Terapias cirúrgicas como redutoras de volume, válvula redutora.

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Geralmente segue com a mesma terapêutica, não como a asma a doença é crônica.

Cautela na retirada – 12 meses para considerar controlada, mas o tratamento acaba


sendo muito mais fixo que o tratamento da asma.
FARMACOS

Broncodilatador inalatório

SABAS – Broncodilatadores beta agonista de curta ação – Usados para


demanda.

Antagonistas muscarínicos de curta duração (SAMA) - adjuvantes, ipratróprio -


deve ser associado ao SABA

LABA Beta-agonista de longa duração – Formoterol

LAMA anticolinérgico de longa duração - tiotrópio, umeclidinum

CORTICOIDE INALATORIO nunca de forma isolada – budesonida,


beclometasona

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Xantinas

Teofilina, aminofilina – não se usa mais

Imunomodulares – logo uma realidade para reduzir a DPOC e para os


exacerbadores mesmo que com terapia otimizada.

Oxigenoterapia domiciliar – em que o preenche inteiro de hipoxemia crônica.


Tentar manter a saturação entre 88 e 92%, enfisematoso tende a fazer retenção
se receber muito.

RECONHECIMENTO CLINICO – fatores diagnósticos da exacerbação da DPOC

Evento caracterizado por piora da dispneia e/ou tosse com expectoração, com
piora dos sintomas nos últimos 14 dias, que pode estar acompanhado por
taquipneia e/ou taquicardia, e frequentemente está associado com inflamação
local e sistêmica causada por infecção, poluição ou outro insulto à via aérea

Exacerbação piora o paciente e diminui a capacidade de vida, aumenta chance


de nova exacerbação.

Piora da dispneia basal

Aumento na quantidade de escarro

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Aumento na purulência do escarro

Etiologias

Geralmente são infeciosas – bacterianas, virais e síndromes grupais

Mas podem ser TEP, Pneumotórax, atelectasia, derrame pleural – fatores


pulmonares

Extrapulmonares – ICC descompensada, sindromes coronarianas, arritmias

Na exacerbação, VNI tolera em rebaixados por acidose, única possibilidade de um


VNI em paciente rebaixado é no caso de acidose, por DPOC.
3 conduta – broncodilatador e corticoide VO ou VI sistêmico para exacerbados.

1. Leve: 1 dos critérios cardinais + 1 achado adicional, como infecção das vias
aéreas superiores, febre sem causa aparente, sibilos, aumento da tosse,
aumento na frequência respiratória ou frequência cardíaca em mais de 20%
daquela de base

2. Moderada: 2 dos 3 critérios cardinais

3. Grave: presença dos 3 critérios cardinais

Pode associar as duas calssificaçãoes GOLD 2A na classificação do paciente;

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💡 REVISÃO:
Masculino, 65, tabagista, refere fumar desde os 15 anos, 1 maço de
cigarros por dia (carga tabágica = 50 anos-maço). Sua queixa é tosse
crônica, expectoração eventual e dispneia que vem progredindo. No
momento refere dispneia MRC 1 (falta de ar quando acelera o passo ou
sobe escadas), sem exacerbações nos ultimos 12 meses.
– GOLD A – No pós-BD:
Exame confirmatório -> espirometria 55% (Relação de Tiffenau menor que
70%) e VEF1: 65% —> GOLD ESPIROMÉTRICO 2.
CVF = 80%

1. O paciente teve sua doença confirmada: sim (espirometria < 70% pós-
BD).

2. Qual o estadiamento espirométrico, que indica a gravidade da


obstrução: 2 (moderada) Gold 2

3. Qual a classificação de risco: GOLD A. Tem espirometria GOLD 2 e


sem exacerbação. Pode classificar como GOLD 2A–
tem poucos sintomas, não exacerba e tem CVF 80% e mMRC 1

4. Qual a terapia preferencial recomendada: BD de curta (como o


salbutamol e fenoterol) ou beta-agonista de longa (formoterol),
anticolinérgico de longa (como, tiotrópio).

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