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DPOC
Prof. MARCOS DAVID (M.Sc)
Doutorando em Ciências Médicas – UFF
Mestre em Ciências – UFRJ
Coord. Fisioterapia – UTI / HCSG
Espec. UTI – COFFITO/ASSOBRAFIR
DISPNEIA
Como condição ela certamente é subjetiva, mas embora seja subjetiva ela pode certamente ser medida,
porque se refere ao desconforto respiratório que consiste em sensações qualitativamente diferentes que variam em
intensidade.
AVALIAÇÃO
Hiperpneia - É um termo, geralmente, usado para designar a elevação da venKlação alveolar secundária, não apenas ao
aumento da frequência respiratória.
Bradipneia - É o redução do número de incursões respiratórias na unidade de tempo. Geralmente abaixo de 8 ipm.
BAQUETEAMENTO DIGITAL
Perda do ângulo entre a raiz da unha e a
própria unha. Geralmente associada a
hipoxemia crônica. Como nos casos de
doença pulmonar, podendo ocorrer por
doença cardíaca também.
DOENÇAS PULMONAR OBSTRUTIVAS CRÔNICA - DPOC
A DPOC é uma doença prevenível e tratável,
caracterizada por sintomas respiratórios persistentes (como
a dispneia, a tosse crônica e a produção de expectoração),
associados a uma limitação do fluxo aéreo comprovada por
testes funcionais respiratórios.
Sabe-se que esta limitação do fluxo de ar é
consequência de alterações patológicas em dois níveis
principais – as vias aéreas e os alvéolos – alterações essas
que são, por sua vez, secundárias a uma exposição a
par\culas ou gases nocivos.
• A DPOC é a terceira causa de morte e re-hospitalização precoce em pacientes> 65 anos nos Estados Unidos.
• Até 65% dos pacientes com exacerbação aguda da DPOC têm um risco aumentado de readmissão dentro de um ano.
READMISSÃO HOSPITALAR
• 30% das readmissões hospitalares, em pacientes com DPOC, são devido à exacerbação aguda da doença.
pacientes com DPOC que são readmi4dos, 50% ocorreram dentro das
duas semanas após a alta.
• Aumento da pressão parcial de CO2 (hipercapnia) foi comumente visto como um fator de risco para a readmissão de
DPOC, e também como um preditor de pior sobrevida.
• Pacientes que tinham um menor VEF1 foram mais susceptíveis de ser readmitido
(embora existam alguns estudos que não mostraram essa associação)
• Os pacientes em altas doses de corticosteroides orais têm taxas mais altas de readmissões, com uma razão de chance
(OR) de 1,55.
As três condições - hipercapnia, FEV1 inferior ou uso de corticosteroides orais em altas doses - são tipicamente
observadas em pacientes com maior gravidade da doença. Em outras palavras, pode não ser que o fator em si
faça com que o paciente seja readmitido; ele pode destacar aqueles pacientes que são mais susceptíveis de ser
readmitido.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
≤ 10, leve;
11-20, moderado;
21-30, grave;
CENTROLOBULAR PANLOBULAR
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
Reologia
O muco é um fluido heterogêneo que consiste basicamente de água (95%),
eletrólitos, aminoácidos e macromoléculas, também chamadas de mucinas ou muco
proteínas.
HUOTMEYER, E. et al.
§ ΔF: 12 a 22 Hz
§ Tempo: 15 a 30 minutos.
Tal afirmativa torna-se evidente nos casos em que o muco está sob influência de altos fluxos
expiratórios, os quais geram altas forças de cisalhamento e diminuem sua resistência ao fluxo ou à
O muco também apresenta característica de um material semissólido visco elástico, pois quando
uma força é aplicada, ele se comporta, simultaneamente, como líquido e como sólido. Como líquido, o muco
se escoa, dispendendo energia (viscosidade). Como sólido, ele se deforma, acumulando energia (elasticidade)
Reologia
Reologia
TIXOTROPIA
repouso.
H
HIPERSECRETIVO
IPERSECRETIVIDADE
A hipersecreção de muco está relacionada diretamente com situações patológicas, causadas pela
agressão ao trato respiratório por uma substância inalatória de ação prolongada e de difícil expulsão.
Esta hipersecreção ocorre com intuito de proteger as vias aéreas de uma ação irritante. O aumento
do número de células produtoras de muco no epitélio respiratório significa, então, que o mesmo foi exposto
-
Células epiteliais ciliadas direcionam muco da traqueia para as
VAS. Importante mecanismo protetor que remove
microrganismos da árvore traqueobrônquica
-
MUCO NA DPOC
HIPERSECREÇÃO
ANÁLISE DO ESCARRO
SINAIS DE AGRAVO
DISPNEIA
USO MUSCULATURA ACESSÓRIA
CIANOSE
EDEMA PERIFÉRICO
INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
ALTERAÇÃO COGNITIVO
TIRAGENS
AUMENTO QUANTIDADE SECREÇÃO
ALTERAÇÃO DO ASPECTO DA SECREÇÃO
ASMA
DEFINIÇÃO
A asma é uma doença crônica comum caracterizada por episódios recorrentes de falta de ar e
sibilância. Os sintomas podem ocorrer de forma con_nua ou intermitente e tendem a piorar durante a
noite e pela manhã. Sintomas respiratórios recorrentes que causam limitação às a`vidades do dia a dia,
perda de dias de trabalho ou escola, além de exacerbações que podem exigir atendimentos de urgência,
inclusive com necessidade de internação e risco de vida
Adaptado de GINA /2017
ASMA
Pacientes com sintomas respiratórios compatíveis com o diagnóstico, principalmente tosse, dispneia,
sibilância e aperto no peito, geralmente em associação, que pioram à noite ou pela manhã e são
desencadeados por gatilhos específicos como alérgenos, riso, exercício, exposição ao frio e infecções
virais, devem ser submetidos a uma espirometria com prova broncodilatadora utilizando β2
agonistas.
Volume Flow
Normal
FEV1
Asthma
(after BD)
Normal
Asthma
(before BD) Asthma
(after BD)
Aumento 200 mL
Ou 12% VEF1 Asthma
(before BD)
1 2 3 4 5 6 Volume
Time (seconds)
Note: Each FEV1 represents the highest of
three reproducible measurements
ASMA
Diagnóstico
Controle sintomas e fatores de risco
Sintomas
Exacerbação
Efeitos
Satisfação Paciente
Função Pulmonar
Gravidade Desfecho
Hipercapnia severa
Gravíssima
IOT + VM
PKF < 30% predito
Grave SpO2 < 90%, PaO2 < 60 mmHg, PaCO2 > 50 mmHg
Cianose; aumento esforço muscular respiratório
PKF 30 – 50% predito
Asma Aguda
FR > 25 ipm; FC: 110 bpm
Aumento dos sintomas
Asma Moderada
PKF > 50 a 75% predito
Tipo 1: variabilidade PKF apesar de intensa terapia
Leve
Tipo 2: Repentinos ataques graves apesar de aparentemente bem controlada
A limitação do fluxo expiratório é a principal alteração fisiológica na DPOC e é superada pelo aumento do fluxo
Embora a questão seja expiratória, a compensação é inspiratória, e isso, combinado ao elevado drive respiratório, leva ao
nesses pacientes.
Obstrução ao fluxo de ar, baixo recuo elástico, alta demanda ventilatória resulta em aprisionamento de ar e
Mowery, 2017
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC Evidência: D
Controle do pH ou do PCO2
Todo o cuidado deve ser tomado visando à minimização da hiperinsuflação pulmonar e suas complicações
VM = VC . FR
Atividade:
MJLK; sexo masculino; 58 anos; 100 kg; 1,80 m; deu entrada na UTI com um quadro de DPOC exacerbado por
uma pneumonia comunitária grave.
a) Calcule o peso ideal
b) Calcule a faixa de VC ideal
a) b)
• Manter valores de PaO2 mais próximos do limite inferior da faixa terapêutica (60 a 80 mmHg)
HIPERINSUFLACÃO DINÂMICA
Ti = 1 seg Ti = 1 seg
Te = 3 seg Te = 2 seg
Atividade: Paciente DPOC, 55 anos, IOT + VM por IRpA, no modo VCV onda quadrada de fluxo. O ventilador foi
configurado com VC de 450 mL, fluxo de 30 L/min, PEEP: 4 cmH2O, e FR de 14 ipm. Nessas condições foi mensurado a
Pplatô de 11 cmH2O e Ppico de 21 cmH2O e PEEP i = 2 cmH2O. A partir das informações calcule o tempo expiratório
mínimo para que o ventilador permita uma exalação de 95% do volume corrente inspirado.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
PEEP – PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA FINAL
Na fisiopatologia da limitação ao fluxo aéreo de um paciente com DPOC, a destruição do parênquima pulmonar com
perda de tração radial e instabilidade das pequenas vias respiratórias, levando ao colapso expiratório dinâmico, é uma
característica marcante.
A aplicação externa de PEEP pode, por ação mecânica, contrapor esse fenômeno, mantendo o calibre nas vias
respiratórias, facilitando, assim, o fluxo aéreo expiratório, permitindo a desinsuflação pulmonar (tendência ao colapso).
No modo VCV, a medida da pressão de platô é recomendada e No modo PCV, à medida que se aumenta o valor da PEEP
pode ser usada para titulação da PEEP externa aplicada . externa, monitora se o volume corrente exalado.
Tempo
MECÂNICA PULMONAR
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
ATIVIDADE
JPMK, sexo feminino, 67 anos, 1,55 cm, 51 kg, foi admiKda na UTI (IOT + VM ) devido a uma exacerbação do quadro
da DPOC devido COVID 19. A paciente se encontra sedada com RASS -5.
VOLUME
PRESSAO
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
O modo PSV foi idealizado para reKrada do paciente de venKlação mecânica invasiva (VMI). Consiste em
determinar ao processador do venKlador uma direKva primária (meta): alcançar e manter a pressão nas vias
respiratórias (Pva) em um nível predeterminado de maneira fixa, durante toda a inspiração. Esta meta é importante,
pois significa que a Pva não poderá superar nem ficar abaixo do valor predeterminado, ou seja, o venKlador
necessariamente precisará avaliar, quase conKnuamente, o valor da Pva à medida que o ar entra nas vias respiratórias
inferiores, ajustando a oferta de fluxo e volume de ar para não descumprir a direKva primária.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
No caso, como o paciente está em modo espontâneo (PSV), pode se considerar – na prá4ca clínica – que o valor de PS regulada
é muito próximo ou igual ao valor da pressão de distensão (Drive Pressure).
Pressão
NÃO É SEGURO. PQ?
28
Ppico = 22 + 6 = 28
VC = 6 ml/Kg
Tempo
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
Rise Time
Na maioria dos ventiladores, a possibilidade de controlar a velocidade em que se alcança esse pico
de fluxo inspiratório, por de um comando chamado controle da rampa ou rise time.
Situações de elevada Csr cursam de maneira oposta. O paciente típico para essa situação é o portador de doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), com componente enfisematoso importante. Esse paciente acomoda muito bem o
ar, ou seja, o ventilador tem que monitorar a Pva visando a impedir quedas de Pva, o que feriria a diretiva primária. Para
tanto, o ventilador fecha o fluxo inspiratório de modo muito mais lento, até alcançar o momento de ciclagem, ou seja, o
critério para o final da inspiração. A consequência mais grave desse fato é que ele pode ocasionar Tinsp e VC muito
elevados e inadequados, principalmente para esse paciente. Portanto, em uma situação assim, é preciso tentar forçar o
ventilador a ter um Tinsp adequado, no caso, mais curto.
Para isso, recomenda se uso de RISE TIME elevado (60 a 90%) justamente para turbilhonar mais o ar,
facilitando ao ventilador alcançar a meta de Pva mais cedo, induzindo o a fechar o fluxo inspiratório
de maneira mais rápida, diminuindo Tinsp e também VC, que é o objetivo nessa situação.
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC
VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC