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AULA 2: CONSTIPAÇÃO

INTESTINAL
Ana Beatriz Galgaro 2023/2
A constipação não é uma enfermidade, é um sintoma - tem uma causa que precisa
ser examinada.
Segunda causa mais frequente de queixa gastroenterológica autorrelatada
Prevalência 15 a 20% no ocidente

40% das pessoas acima de 65 anos

ROMA IV
Incluir 2 ou mais seguintes critério num tempo de 6 meses:
Classificação

Primária - basicamente o problema é no intestino

obstrução terminal

inércia colônica

a) Idiopáticas - dieta, uma dieta pobre em fibras causa mais comum; alterações de
motilidade como inercia colonica, sindrome do intestino irritavel e divertículos
sedentarismo - inatividade fisica prolongada ou uma inatividade em grau extremo b
b) anormalidade estruturais - hemorroidas, fissuras, retocele, ulcerações anais

c) outras causas: abusos de laxativos, catártico ou irritativo

Secundária - fora do intestino que ocasiona esse problema

desordens endócrinas metabólicas - distúrbios eletrolíticos

Distúrbios neurológicos e psicológicos - AVC, parkinson, doenças


degenerativas, doença de Hirschsprung (ausência de plexos - hipertonia
quando não há, resseca a parte estenosada pois não há motilidade no local

Distúrbios de tecido conjuntivo ou músculo liso

Medicações - antiácidos, anticolinégicos, antidepressivos triciclicos, litio,


antihipertensivo, antiarrítmicos.

AULA 2: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 1


Aumentar fibras em conjunto a ingesta de liquido
HISTÓRIA CLÍNICA
Historia é rica

Medicamentos

historia familiar - tireoidites, constipação, doença celíaca,

Historico psicossocial - estrutura familiar, numero de pessoas em casa,


interalçao da criança com os pais

EXAME FÍSICO
Geralmente tem exame fisico normal

Percussão - pode ter percussão timpanico - avaliar distensão gasosa

palpação abdominal - fecaloma (so grande para ser palpado)

toque retal e anuscopia

ficar de olho na existencia de sangramento, emagrecimento, mudança de hábito


intestinal principalmente acima dos 50 anos - investigar cancer nessa idade

Laboratorio - o primeiro tratamento é com fibras e liquidos, mas os refratarios é que


se pede exame e caso o paciente na historia indique outro problema. Nao
respondeu dentro de 3 semanas com fibras e tal, pedir os exames

TSH

Glicemia jejum - não demonstra tanta eficácia

sangue oculto das fezes

HMG

creatinina

Ca sérico

Colonoscopia

Alteração funcional, a colono ve anatomia, por isso não é tao eficiente


exceto naqueles com sinal de alarme;

Acima de 50 anos ou em paciente com sinais de alarme é interessante pedir

Tempo de transito colonico

Constipação primaria, caso aqueles acima tenham vindo sem alterações;

AULA 2: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 2


Primeiro exame para o constipado refratário

Mais lento no sexo feminino 40,9h em média

Problemas de motilidade se beneficiam do laxante, paciente que não melhora


com laxante e leva a uma diarreia, colica e estufamento, possivelmente tem
obstrução abdominal.

MANOMETRIA ANORRETAL - obstrução terminal

Estudo do perfil de pressões do complexo esfincteriano anal no repouso e


durante contração

Investigar contratura paradoxal do puborretal - pode ser que tenha uma hérnia, e
se beneficia com cirurgia

A síndrome de contração paradoxal do puborretal ocorre quando o


músculo não relaxa ao subir para passar as fezes. Em alguns casos, ele
realmente se contrai mais, criando um ângulo ainda mais nítido no reto,
resultando em dificuldade de esvaziar o reto, um termo às vezes referido
como defecação obstruída.

VIDEO-DEFECOGRAFIA

usando Raio X e adm de contraste no interior do reto

poucos pacientes chegam nessa fase

TRATAMENTO CLINICO
Agentes laxativos podem ser classificados como:

Expansores do bolo fecal - psylium, plantago, goma, fibras dietéticas


policarnofila

Efeito hidrofilico

Aumento da flatulência - devido a celulose ser digerida pelas bacterias

Lubrificantes óleo mineral

interferem na absorção de água, possuem ação emoliente

adm crônica causa deficiência de absorção de vitaminas lipossolúveis, e


se for aspirado leva a pneumonia lipoide. Óleo mineral em pessoas
com problema de deglutição e crianças menores de 2 anos -
pneumo lipoide

AULA 2: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 3


Metamucil, agarol, plantaben

Salinos e osmóticos - magnésio, manitol (o mais forte, geralmente feito


para limpeza do colo), lactulose, PEG (polietilenoglicol para constipados
severos)

Retenção osmótica de água no intestino

Estimulação da secreção de fluido e da motilidade

Efeitos adversos: flatulência, desidratação

Irritantes ou estimulantes

Estimulam o peristaltismo por irritação local e pela ação sobre os


músculos e nervos

Efeitos adversos: pseudomelanose, dermatite, distúrbios eletroliticos -


com o tempo o intestino começa a se acostumar com a irritação do
intestino e parar de funcionar como fazia. Usar por tempo curto, não uso
prolongado.

Óleo de ricino

Derivados de difenilmetano (fenoftaleína e bisacodil)

Derivados antracenicos - sene, cáscara sagrada, ruibardo, dantona

Picosulfato de sodio

Enemas e supositírios - fosfato se sódio, solução salina, oleo mineral,


sornitol e glicerina

Agonistas 5HT4 - tegasertode, prucaloprida - tratar constipação primaria por


inercia

Agonista serotoninergico, aumentando e modulando a motilidade


intestinal - estimulantes da motilidade

AULA 2: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL 4

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