Amanda R Labarce TXXI 1
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL o Educar e orientar sobre a não necessidade de
No idoso: manifesta-se com disgeusia, alterações
na mastigação por uso de prótese/edentulismo.
Fatores de risco: imobilismo, mudanças dietéticas,
comorbidades, medicamentos.
É importante se atentar para não confundir
a constipação com a fisiologia da senescência.
Definição: baseada nos critérios de Roma II. 2 ou
mais itens por 12 ou mais semanas nos últimos 12
meses:
o Em 25% das evacuações haver esforço intenso,
coprólitos/fezes endurecidas, sensação de
obstrução ou bloqueio anorretal, sensação de
evacuação incompleta, manobras manuais para
o auxílio na defecação
o Menos de 3 evacuações na semana
Primária:
• Com transito intestinal normal: é a mais
comum. Ocorre constipação funcional (é
multifatorial, não tem uma causa definitiva)
• Com transito intestinal lento: distensão
abdominal, perda de borborigmos.
• Disfunção anorretal: coordenação ineficaz da
musculatura pélvica no assoalho defecatório
Secundária: doença de Chagas, doenças endócrino-
metabólicas, miopatias, doenças neurológicas,
distúrbios psiquiátricos, anormalidades estruturais,
colon irritável, medicamentos (antiácidos com
alumínio e cálcio, anticolinérgicos,
antidepressivos, anti-histamínicos, AINEs, BCC,
clonidina, ferro, diuréticos, levodopa, opioides,
psicotrópicos, simpatomiméticos)
*comumente idosos que estão em uso de opioides
precisam de laxante associado
Investigação: historia clínica + hemograma,
glicemia, TSH, calcemia, creatinina, sorologia pra
Chagas, TR, retossigmoidoscopia, colonoscopia
em caso de mudança recente de habito intestinal.
Tratamento:
Não farmacológico:
o Avaliar medicamentos em uso e verificar
necessidade de substituições.
evacuação diária
o Orientar a associar o ato da evacuação a um
período do dia específico
o Ingesta aumentada de fibras (20-35g/dia). Não
é efetivo em idosos acamados, porque para
funcionar precisa de mobilidade + ingesta de
água.
o Ingestão regular de líquidos
o Atividade física aeróbica: quanto maior a
imobilidade maior o risco de constipação.
Farmacológico: não existe uma diretriz específica.
✓ Laxantes formadores de massa: indicados para
idosos mais ativos. Carboximetilcelulose,
malte, metilcelulose, muciloide, policarbofila,
psílium.
✓ Emolientes: docusatos – não encontrados no
Brasil de forma isolada. Associados a laxantes
irritativos.
✓ Lubrificantes: óleo mineral (não recomendado
para idosos com risco de aspiração). Não usar
em acamados.
✓ Osmóticos: lactulose, sorbitol, glicerina,
polietilenoglicol, sais osmóticos (citrato,
hidróxido, oxido e sulfato de magnésio, fosfato
de sódio)
✓ Irritativos, estimulantes ou de contato: são
menos indicados. O ideal é tentar troca-los
pelos osmóticos ou formadores de fibras. São
mais usados como auto-medicação – chá de
sene, bisacodil, picossulfato. O uso crônico
altera o plexo mioenterico colonico, deixando o
paciente dependente do laxante.
✓ Biofeedback: estimulo por eletromiografia
anorretal ou cateter de manometria. Indicado
para constipação por disfunção anorretal.