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Gastroenterologia @leehgoes
Um dos principais pontos é saber diferenciar
entre doença orgânica X funcional
Orgânica:
⁻ Início dos sintomas < 3 meses
⁻ Sinais de alarme: > 50 anos, anemia,
perda ponderal, sangramento digestivo
⁻ Contínua → não melhora
⁻ Despertar noturno
NÃO ESQUECER DE PERGUNTAR SOBRE O
USO DE MEDICAMENTOS, quais e se
aumentou a dose recentemente. → cerca de
4% de todas as diarreias crônicas são por uso
de algum medicamento. 700 remédios tem a Na imagem abaixo, tem os enterócitos que fazem a
diarreia como efeito colateral. quebra em micronutrientes (ácidos graxos,
PERGUNTAR → História familiar (neoplasias, DII, aminoácidos, glicose), que passam para dentro da cél
doença celíaca), cirurgias prévias (10% dos pacientes (absorção propriamente, dita) e depois a fase de
que fizeram colecistectomia evoluem com diarreia transporte desse micronutriente para a circulação
por diminuição dos ácidos biliares), etilismo (o álcool sanguínea.
causa toxicidade direta no epitélio intestinal podendo
levar a diarreia).
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Gastroenterologia @leehgoes
Esteatorreia → pensar em déficit de absorção de
gorduras. Pode solicitar SUDAM III (+ ou -, não muito
acurado) /gordura fecal nas 72h (é um bom método,
porém não é bom para o paciente, tem que se
alimentar com uma dieta cheia de lipídeos durante 5
dias, coletar as fezes por 3 dias). Na prática se pede
Lipídeos → sofrem a ação da lipase, sais biliares e a elastase fecal.
absorvemos os ácidos graxos. Proteínas → pedir o clearance α-1 – antitripsina para
diagnosticar enteropatia perdedora de proteínas
Carboidratos → teste da D-xilose, onde o paciente
ingere d-xilose e mede a concentração de
carboidratos na urina. Tem alguns testes respiratórios
e testes da lactose.
Geral:
⁻ Diarreia crônica
⁻ Desnutrição → o paciente não vai absorver
alguns nutrientes, trata-se de uma diarreia
Sudam III positivo, o paciente tem esteatorreia, não
alta, com restos alimentares
absorve gorduras e absorção da gordura é no
Específica → não absorção de: intestino delgado. Então, procurar nas alternativas,
⁻ Gorduras → esteatorreia, não absorve doenças que não afetem o intestino delgado.
gorduras, fezes amarelas, gordurosas, mal
Alternativa E: ambas acometem o cólon, intestino
cheirosas que grudam no vaso
grosso.
⁻ Proteínas → paciente que não absorve
proteínas, tem uma diminuição da albumina
e da pressão oncótica e se apresenta com
anasarca.
Fisiopatologia → deficiência da lactase, enzima que
⁻ Carboidratos → aquele paciente que não
fica na borda em escova do enterócito, responsável
absorve carboidratos, se manifesta com
pela quebra da lactose = glicose + galactose. Essa
flatulências, porque esses carboidratos que
deficiência pode ser primária ou secundária.
não estão sendo absorvidos, vão ser
⁻ Primária → predisposição genética a ter
utilizados pela microbiota e ter como
↓lactase
metabólitos os gases, distensão abdominal
⁻ Secundária → qualquer doença do intestino
entre outros.
delgado, causando uma lesão ao enterócito
⁻ Déficit de vitamina B12 e ácido fólico →
e na borda em escova, não tendo mais
macrocitose
lactase.
⁻ Déficit de ferro → microcitose
Manifestações clínicas → diarreia e flatulência.A
⁻ Déficit de vitamina B3 → pelagra (diarreia,
primeira, porque não absorve a lactose e essa fica
dermatite e demência)
como elemento osmoticamente ativo na luz
⁻ Vitamina A → cegueira noturna
intestinal, puxando água e consequentemente, tendo
⁻ Vitamina K → coagulopatias
diarreia. A flatulência ocorre porque a lactose vai ser
utilizada pela microbiota intestinal, aumentando a
produção de gases com metabólitos.
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Diagnóstico → clínico, o paciente vai dizer que tem Fatores de risco: quaisquer fatores que diminuam a
esses sintomas quando ingere leite e derivados. Em acidez
alguns casos, vai tratar e não ter melhora então se ⁻ Bypass gástrico → cirurgia bariátrica ou por
pede alguns testes. neoplasia de estômago
⁻ Teste respiratório do hidrogênio: é baseado ⁻ Estenoses → dificulta a passagem do ácido
na capacidade de fermentação da lactose o que favorecem o crescimento bacteriano
pela bactéria. É dado 25g de lactose oral ⁻ Hipocloridria → IBP crônico; gastrite atrófica
para o paciente → medir o H2 exalado, se ⁻ Hipomotilidade → ↓ o clearence do suco
> 20 ppm = deficiência de lactose. O gástrico, pancreático, seja por
paciente preenche um questionário de hipotireoidismo, DM, entre outros.
sintomas se for positivo. Só tem intolerância Manifestações clínicas
se tiver sintomas. ⁻ Diarreia
⁻ Teste de tolerância à lactose → o paciente ⁻ Dor abdominal
ingere lactose e quando não tem a ⁻ Distensão
síndrome, tem a lactase, absorve a glicose e ⁻ Em casos graves perda ponderal +
aumenta a glicemia = quando tem deficiência hipovitaminose (A, D, E, K e B12)
da lactase o aumento é < 20 mg/dL na Diagnóstico:
glicemia, mas só tem intolerância à lactose ⁻ Cultura do aspirado jejunal → PADRÃO –
se tiver sintomas durante o exame. OURO, porém é de difícil realização. Não se
⁻ Teste do genótipo de hipolactasia → só diz consegue chegar no jejuno nem por EDA e
se tem deficiência da lactase, não mede os nem por colonoscopia.
sintomas. ⁻ Teste respiratório com carboidratos → é
Tratamento → restrição à lactose (leite e derivados). baseado na fermentação (lactulose ou
Além disso, pode comer juntamente com a enzima glicose), observa-se o tempo de elevação
lactase. de H2 ou metano, o tempo de produção.
Tratamento:
⁻ Corrigir a causa base → tratar o DM, ↓ uso
de IBP
⁻ Antibioticoterapia:
Rifaximina (muito caro) OU
É uma disbiose
metronidazol + ciprofloxacino (usa-
A densidade bacteriana é maior quanto mais vai
se mais na prática)
descendo no tubo digestivo, porque em cima tem
ácido e só a H.. pylori que possui a urease para
conseguir sobreviver nesse meio ácido. Não
somente o HCL, como também os ácidos biliares no
intestino delgado, as bactérias não gostam desse
meio. Por outro lado, no intestino grosso, tem muco,
é cheio de nutrientes para essas bactérias se
proliferarem.
Essa doença é caracterizada pelo aumento do
número de bactérias no intestino delgado.
MARQUE A INCORRETA:
Normalmente, no indivíduo saudável tem-se no
máximo 103 UFC de bactérias no intestino delgado. Alternativa A: correta, é aquela doença que substitui
o tecido muscular pelo conjuntivo, o paciente
Quando tem essa síndrome → ≥ 105 UFC ou ≥ 103
desenvolve hipomotilidade, sendo um fator de risco.
UFC com mudança do padrão da microbiota
Alternativa B: correta, também são fatores de risco.
E. coli > K. pneumoniae > Enterococcus spp > P.
mirabilis
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Alternativa C: correta, doença de Crohn com fístula ⁻ Ambiente → glúten (trigo, cevada, centeio),
gastrocólica, é um by-pass gátrico, então também é não é solúvel em água e tem propriedades
um fator de risco. fibroelásticas, por isso é muito utilizado em
Alternativa D: incorreta, C. difficile é uma bactéria que massas. É uma proteína grande, com 33
fica em intestino grosso, não atinge o intestino aminoácidos, mas a proteína principal que vai
delgado, não sendo um fator de risco para o desencadear a resposta imune é a gliadina.
supercrescimento bacteriano. Resposta imune
Alternativa E: correta, DM pela hipomotilidade. ⁻ Humoral – Th2 com produção de
anticorpos:
Anti-gliadina
Anti-transglutaminase
Vitamina importante, no metabolismo do DNA, céls
hematopoéticas com alto turnover celular, precisam Anti-endomísio
dessa vitamina, então um déficit ocasiona anemia. Anti-DPG → principalmente IgA
Além disso, é uma vitamina que fica na bainha de ⁻ Celular – Th1
mielina, o déficit pode causar uma doença →Biópsia da mucosa intestinal de
neurológica. um intestino delgado saudável,
com a presença de vilosidades,
Patologias que cursam com
HCL + tripsina degradam relação 3/1 das criptas.
o déficit de B12:
proteínas ligadas à B12.
⁻ Hipocloridria
Precisa ocorrer a quebra da
⁻ Pancreatite crônica
B12, para se ligar ao fator
⁻ Gastrite atrófica intrínseco.
autoimune → com →Com doença celíaca,
produção de anticorpo anti fator intrínseco, não tem vilosidades.
esse paciente também tem dificuldade de
absorver B12.
⁻ SIBO →a síndrome disabsortiva diminui a
área de absorção, quanto também pela B12 Diagnóstico → precisa ter a sorologia (anticorpos) e
usada no metabolismo das bactérias atrofia vilositária na biópsia.
⁻ Doenças ileais (Doença de Crohn, linfoma,
tuberculose, ressecção ileal) → o íleo é o
sítio de absorção da B12.
Clássicas → tem esse nome, porque quando a
doença foi primeiramente, descrita, eram essas
manifestações. Não tem relação sobre serem mais
Definição → é uma doença crônica, sistêmica, comuns.
imunomediada, que afeta o intestino delgado de ⁻ Diarreia crônica → disabsortiva, não absorve
pessoas geneticamente predispostas, desencadeada nutrientes
pela ingestão do glúten. ⁻ Perda ponderal
1% da população ⁻ Déficit de crescimento
Morbidade não desprezível → risco aumentado para Atípicas → tem esse nome, porque não eram
neoplasia descritas na descrição inicial, não tem relação sobre
serem incomuns, até porque são comuns.
⁻ Empachamento
⁻ Ferropenia
Genética ⁻ Flatulência
⁻ Ocorrência intrafamiliar → irmão gêmeos ⁻ Fadiga crônica
monozigóticos tem concordância de 70% Extra-intestinais
⁻ HLA DQ2/DQ 8 do cromossomo 6
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⁻ Dermatite herpética → o paciente pode Sorologia → pedir anti – transglutaminase IgA + IgA
apresentar pápulas e vesículas pruriginosas total.
nas regiões extensoras. 85% dos pacientes ⁻ A anti – transglutaminase primeiro, por ser
com dermatite herpética tem DC. Histologia: mais sensível → ideal para o screening
depósito de IgA. ⁻ Paciente deve estar em uso de glúten
⁻ Anti – endomísio IgA → mais específico,
bom para seguimento
⁻ Se IgA total baixo → anti – gliadina
deaminada IgG
Atrofia vilositária → pela biópsia na EDA, na porção
⁻ Neurológicas → cefaleia, neuropatia de bulbo e 2ª porção duodenal.
periférica, ataxia ⁻ EDA: nodularidade, fissuras, redução das
⁻ Osteoporose pregas. BX: linfocitose intraepitelial, atrofia de
⁻ Doença hepática → elevação de vilosidades e hipertrofia das criptas.
transaminases; associação com hepatite
autoimune, CEP, colangite biliar primária.
⁻ Deficiência de IgA
⁻ Doenças ginecológicas e obstétricas →
infertilidade, menopausa precoce, abortos
→Imagem acima de uma EDA normal, com
recorrentes
as pregas lisas, biópsia com criptas e
⁻ Síndrome de Down → risco 20x maior de
vilosidades.
desenvolver DC
⁻ DM tipo 1
⁻ Tireoidite autoimune
⁻ Doença inflamatória intestinal → retocolite
ulcerativa
Existe uma grande quantidade de pacientes com DC
→Imagem acima com DC, padrão nodular,
e poucos sintomas ou nenhum/silenciosa. Essa
com redução das pregas e na biópsia tem
informação é importante, para testar não só os
atrofia vilositária, linfocitose intraepitelial e
sintomáticos como também, os com alto risco para
hipertrofia das criptas.
doença celíaca. Porque, o paciente com DC que não
Se suspeita de DC, com sorologia positiva e biópsia
sabe o diagnóstico, continua se alimentando do
normal ou uma biópsia com atrofia vilositária e
glúten, continuando o processo inflamatório nessa
anticorpo negativo, tem que pedir outro exame, que
região que é o maior fator de risco para malignidade
é a genotipagem para os alelos HLA DQ2/DQ8.
– Linfoma EATL.
Devido ao alto valor preditivo negativo.
Testar naqueles com:
Esse gráfico mostra que aproximadamente, 30% da
⁻ ↑de transaminases
população tem a positividade do alelo, mas só 1% tem
⁻ Osteoporose
DC. Quando visto pela doença, 99% dos pacientes
⁻ Sínd. Intestino irritável
com DC, tem a positividade para pelo menos 1 desses
⁻ Sínd. Down
alelos, somente 1% não tem. Então, se há dúvida
⁻ Infertilidade
entre os exames tem que solicitar a genotipagem
⁻ Ataxia
HLA D12 / DQ8.
⁻ Tireoidites
⁻ D. herpética
Biópsias colônicas
⁻ Colite linfocítica → linfocitose intraepitelial ≥
20/100 cél ⁻ Diarreia secretória e dor abdominal
⁻ Colite colagenosa → espessamento
⁻ Valvopatias (principalmente a direita)
colágeno ≥ 10 µm
⁻ Pelagra (3D’s = demência, diarreia e
dermatite)
Quando o paciente já está com síndrome carcinoide,
normalmente já existe metástases.
Mais comum no intestino → íleo
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Principal neoplasia do apêndice → dentre as Zolliger – Ellison o pH vai ser baixo, ácido e as
patologias tumorais que acometem o apêndice, é a enzimas não são ativadas, o paciente não absorve
principal gorduras, proteínas entre outros.
Estômago: Principal local de acometimento é o duodeno
⁻ Tipo 1 → gastrite atrófica Pode ter associação com NEM – 1
⁻ Tipo 2 → gastrinoma Diagnóstico → paciente com dispepsia, úlceras
⁻ Tipo 3 → metástase atípicas e refratárias com dosagem de gastrina >
Pâncreas 1000
⁻ Insulinoma → produz insulina
⁻ Glucagonoma → produz glucagon
⁻ Gastrinoma → produz gastrina
⁻ VIPOMA → produz VIP - peptídeo
intestinal vasoativo
Diagnóstico
⁻ Imagem: TC, RNM, PET (precisa de
biópsia)
⁻ Endoscópicos: EDA, colonoscopia (biópsias) Trata-se de VIPOMA
⁻ Se síndrome carcinoide → Laboratório: Alternativa A: incorreta, porque é gastrinoma
ácido 5 – hidroxi – indolacético urinário Alternativa B: correta. “V de VIPoma de de Verner-
(metabólito da serotonina); cromograninas Morrison”
Alternativas C, D e E: incorretas, nenhum desses
causam diarreia.
Também chamado de Síndrome de Verner –
Morrison
Produz VIP: peptídeo intestinal vasoativo
Diarreia secretória + flush → paciente fica fraco
debilitado, com > 20 episódios/dia
Se localiza na cauda do pâncreas
Solitário/com metástases
Associação com NEM – 1 (neoplasia endócrina
múltipla)
⁻ VIPoma + adenoma hipofisário +
hiperparatireoidismo
Diagnóstico → dosar, VIP > 200 pg/ml