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Gastroenterologia @leehgoes
⁻ Imunossupressão → Isospora beli,
Campylobacter jejuni
⁻ Pseudoapendicite → Campylobacter,
Yersinia
⁻ Tem a diarreia e depois de algumas
semanas desenvolve a síndrome de Guillain-
Barré → Campylobacter jejuni
⁻ Viajantes → Escherichia coli
Enterotoxigênica → viajantes
Enterohemorrágica → Síndrome hemolítico urêmica
Medicamentosa → não esquecer de perguntar quais (cepa O157: H7)
remédios o paciente toma na anamnese. Há quanto Enteropatogênica → mais comum em crianças
tempo toma, se aumentou a dose recentemente. Se
Enteroinvasiva → disenteria
não souber se o remédio causa diarreia, olhar
Enteroagregativa → persistente
rapidamente na internet. 700 remédios têm como
efeito colateral a diarreia na bula.
⁻ Sais de magnésio
⁻ Macrolídeos
Em 2013, nos EUA 437.000 pacientes foram
⁻ AINEs
atendidos no pronto-socorro por diarreia, mas
⁻ Hipoglicemiantes orais
apenas 4% ficaram internados. Tem que ter critérios
⁻ TARV
Mudam a microbiota para não superlotar as emergências.
⁻ IBP
e favorecem colite Quando pedir exames?
⁻ Antibióticos
pseudomembranosa ⁻ Diarreia invasiva → disenteria, febre, dor
abdominal
⁻ Episódio moderado/grave → desidratação
Toda diarreia crônica um dia foi aguda. O paciente (olhos fundos, boca seca, pulso rápido,
pode dar pistas que a diarreia está evoluindo para filiforme e rebaixamento do nível de
crônica. consciência), acometimento sistêmico, > 8
Fatores de risco: dejeções/dia
⁻ Água e alimentos deteriorados → Shigella, ⁻ Alto risco de complicações → idoso,
Salmonella, E. coli imunocomprometido, portadores de
⁻ Maionese, ovos e cremes → comorbidades graves (ICC, DPOC, cirrose
Staphylococcus aureus (toxinas), aquele descompensada)
paciente que comeu uma salada de ⁻ Diarreia > 7 dias → a diarreia aguda
maionese, após 3 horas está com vômitos e infecciosa, normalmente, se resolve com 2
diarreia, esse intervalo curto de tempo, tem a 3 dias, principalmente se for viral.
que pensar no Staphylococcus, ⁻ Diarreia adquirida no hospital → investigar,
normalmente, pode esquentar a comida e porque pode ser colite pseudomembranosa,
não vai resolver, essas toxinas são tem que isolar o paciente e tomar todos os
termorresistentes. cuidados para não evoluir com gravidade.
⁻ Piscinas → Giardia, Criptosporidium Laboratoriais → HMG, PCR, função renal. Avaliar o
⁻ ATB recente, internação, asilo → hematócrito, se vier elevado favorece desidratação,
Clostridium difficile (colite o leucograma e PCR elevados favorece infecção. A
pseudomembranosa). função renal e eletrólitos para ver consequências, se
tem uremia, hipocalemia.
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Fezes → leucócitos fecais (se vier positivo a diarreia ⁻ O benefício na diarreia aguda, normalmente
é invasiva), PPF, culturas, painel viral (para ver qual o é na redução do tempo de diarreia, os
vírus está causando) estudos mostram que é em média de 20 –
Tomografia → excluir algum diagnóstico diferencial 24 horas, se a diarreia fosse durar 3 dias, vai
Colonoscopia → EVITAR! Fazer a durar 2 dias.
retossigmoidoscopia em casos especiais. Para fazer a ⁻ Os problemas dos probióticos, os estudos
colonoscopia tem que preparar o cólon do paciente, são heterogêneos e o alto custo desses
vai ter que tomar manitol, vai distender, o risco de remédios. É uma decisão individualizada,
perfuração é alto, além de que já está com diarreia normalmente a indicação é para a diarreia
e vai tomar laxante. Na retossigmoidoscopia, só pós antibioticoterapia.
precisa de lavagem retal, enema, passa o aparelho e ⁻ Saccaharomyces boulardii e Lactobacillus
vê a mucosa. Só faz em casos especiais, como reuteri.
doença inflamatória intestinal, que cursa com surtos
e remissões, pode ser uma infecção também. Na
suspeita de colite pseudomembranosa, com fatores
de risco, uso de ATB, os exames deram negativos,
tem que ver a mucosa.
Antibioticoterapia – para quem?
⁻ Doença invasiva → clínica, febre alta, sangue
nas fezes ou leucócitos fecais positivos
⁻ Doença grave → > 8 dejeções/dia
⁻ Risco de complicação → idoso,
imunocomprometido ou portador de
comorbidade grave Clostridioides difficile
Qual ATB? Bacilo gram + e anaeróbio
⁻ Ciprofloxacino 400 mg IV, 12/12 horas por 3 Resistente ao álcool
dias OU Ceftriaxone 2g IV, 1x/dia por 3 dias Lavar as mãos
⁻ Outras opções: Transmissão fecal-oral
Ciprofloxacino 500 mg VO por 3 Principal etiologia de diarreia infecciosa hospitalar
dias Morbimortalidade crescente
Levofloxacino 500 mg VO por 3 Mortalidade aumentou de 6 → 17%
dias O principal fator de risco é o uso de ATB
Azitromicina 500 mg VO por 3 dias Disbiose → exposição ao C. difficile → liberação de
Antidiarreicos toxinas
⁻ O objetivo é o conforto Qualquer antibiótico! Principais: quinolonas,
⁻ Para aqueles com frequência elevada de clindamicina, penicilinas
dejeções Diretamente proporcional ao espectro e tempo de
⁻ Não fazer na diarreia invasiva! Porque diminui uso
o clearence das toxinas, permanecendo Sintomas durante ou até 10 dias do término do uso
mais tempo no intestino, causando mais Outros fatores de risco:
doença e inflamação ⁻ Idade avançada
⁻ Loperamida ⁻ Doença grave → paciente de UTI
⁻ Racecadotrila ⁻ Tempo de internamento prolongado
Probióticos ⁻ Uso de IBP
⁻ São ingeridos microorganismos vivos ⁻ Submetido a cirurgia gastrointestinal
visando benefícios Diagnóstico:
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Gastroenterologia @leehgoes
⁻ Glutamato desidrogenase (GDH) → Transplante de microbiota fecal → se o paciente
presente em todas as cepas de clostridioides tem uma colite refratária, pode prescrever
difficile, patogênicos e não patogênicos. transplante de microbiota fecal. É a doação de fezes
⁻ Pesquisa de toxinas fecal (toxina A e B) → de um paciente saudável para um paciente com
se positivo o paciente tem clostridioide colite pseudomembranosa. Essas fezes são injetadas
patogênico via sonda retal, nasoenteral, EDA ou colonoscopia.
⁻ PCR → ideal, mas é muito caro. Cepas Não esquecer que na colite refratária para infecção
patogênicas. por clostridioides difficile, para a colite melhorar tem
Se não tiver esses testes disponíveis ou se dão que usar o cocô de outra pessoa!
negativo, mas a
suspeita é grande,
pode submeter o
Protozoários
paciente a
⁻ Giardia lamblia;
retossigmoidoscopia.
⁻ Entamoeba histolytica; i
Buscar
⁻ Isospora belli;
pseudomembranas na
⁻ Cripstoporidium spp.
mucosa do intestino.
Helmintos
Tratamento:
⁻ Ascaris lumbricoides
⁻ PADRÃO-OURO: Vancomicina 125 mg VO
⁻ Strongyloides stercoralis
6/6 h por 10 dias
⁻ Necator americanus
⁻ Se 1º episódio de doença leve ou se não
⁻ Ancylostoma duodenalis
tenha acesso à Vancomicina →
⁻ Schistosoma mansoni
Metronidazol 500mg VO 8/8 h por 10 dias
⁻ Taenia sp
⁻ Suspender o ATB gatilho!
⁻ Toxocara canis
⁻ Acompanhar de perto a evolução desse
paciente, porque é um quadro que pode ser
grave, evoluir com um megacólon tóxico.
Cólon dilatado na tomografia > 6cm, principalmente
Ciclo pulmonar: tosse seca, broncoespasmo,
cólon direito ou transverso, associado a toxemia
pneumonia intersticial, eosinofilia
(FC↑, FR↑, febre alta, RNC). Se esses sinais presentes,
S = Strongyloides stercoralis
tem que aumentar
A = Ascaris lumbricoides
a dose da
N = Necator americanus
Vancomicina 500
mg VSNG ou VR T = Toxocara canis
6/6h, associar a A = Ancylostoma duodenalis
Metronidazol 500
mg IV 8/8h e pedir
a avaliação com a
cirurgia. Entamoeba histolytica
Se esse paciente não responder as medidas, pode LEMBRAR: pode ter 2 fases:
evoluir para colectomia total. intraluminal (colite invasiva,
ameboma) e extraluminal
(abscessos – fígado)
Tratamento:
⁻ Intraluminal: nitazoxanida, paramomicina
⁻ Extraluminal: tinidazol, metronidazol,
secnidazol
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Gastroenterologia @leehgoes
Strongyloides stercoralis
LEMBRAR: lesões serpiginosas
(larva currens)
Forma disseminada → se o
paciente for submetido à
imunossupressão (corticoide,
pulsoterapia), não pode esquecer de fazer o
tratamento empírico com ivermectina.
Tratamento: ivermectina, albendazol, tiabendazol