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GD3: Diarreia

Beatrice Mendes – Turma XXIX

➢ Pode ser causada por parasitoses, sendo o principal proto-


➢ A diarreia aguda também é chamada de gastroenterite aguda zoário a giadia e o principal helminto strongyloides stercola-
acontece tendo a variação da forma (as fezes apresentam-se res.
líquidas ou semilíquidas) e da frequência (aumento do núme- ➢ Alimentos deteriorados, como acontece com ovo, maionese,
ro de evacuações) por um período de tempo que pode durar apresentam uma toxina que persiste mesmo após esquentar.
de 24 horas até 14 dias. Isso pode levar a uma diarreia aguda.
➢ Se o quadro persistir por um tepo de 2 a 4 semanas, é uma ➢ Nos lactentes a diarreia pode ser um sintoma de uma respos-
diarreia persistente. ta geral do organismo frente a uma infecção localizada em
➢ Se a diarreia tiver uma duração superior a 4 semanas, é uma qualquer outra parte do corpo.
diarreia crônica.
➢ Se essa diarreia tem origem no intestino delgado, é uma diar-
reia alta. Ela é caracterizada por grande volume, menor fre-
quencia e presença de restos alimentares.
➢ A diarreia baixa é caracterizada por um volume menor, fre- ➢ O paciente pode cursar com desidratação, náuseas, vômitos,
quência maior e, por ser uma colite, leva a uma sensação de cólicas e dor abdominal.
tenesmo (dor que leva a vontade de evacuar). ➢ Ao exame físico o abdômen desse paciente pode estar dis-
➢ A diarreia pode ser osmótica, que é quando há um acúmulo tendido (bloating- isso ocorre devido a disabisorção) ou
de elementos que são osmoticamente ativos e geralmente escavado.
cessa com o jejum. A fisiopatologia dessa diarreia pode ser ➢ À palpação, esse abdômen pode se apresentar dolorido.
explicada pelo tropismo do vírus pelas células maduras das ➢ A ausculta, os ruídos hidroaéreos podem estar exacerbados.
vilosidades do intestino delgado, o que leva a substituição ➢ Os exames só devem ser solicitados se for um paciente com
dessas células. Com isso, não vai ter o fracionamento dos dis- alto risco de complicação, ou com quadros superiores a 7
sacarídeos alimentares pelas dissacaridases e, devido a per- dias de uma diarreia moderada ou grave. Os exames a serem
manência de açucares nessa luz intestinal, vai acarretar a solicitados são:
diarreia osmótica. ▪ Fezes: antígenos, PCR, cultura, PPF.
➢ A diarreia secretória, que é muito encontrada em casos de ▪ A colonoscopia não deve ser solicitada.
tumores secretores, vai ter um distúrbio no transporte ➢ A criança que se apresenta desnutrida, quando acometida
hidroeletrolítico da mucosa. Ela não cessa com o jejum. pela diarreia, vai ter os episódios mais graves e mais prolon-
➢ A diarreia invasiva é uma doença infecciosa, geralmente com gados.
a presença de muco e pus nas fezes. Alguns exames laborato- ➢ Alguns mecanismos, como a ingesta reduzida de alimentos,
riais são afetados. diminuição da capacidade de absorção e digestão e proces-
➢ Essa diarreia ainda pode ser classificada como esteatorreica, sos catabólicos que estão ligados a infecção e a perdas de
as fezes ficam amareladas, mais fétidas, oleosa e aderentes proteínas pelo trato intestinal, são capazes de influenciar de
ao vaso. Um exemplo de doença que pode levar a esse qua- maneira negativa sobre o estado nutricional da criança.
dro é a pancreatite crônica.
➢ Essa diarreia pode ocorrer por distúrbios funcionais. Nesse
caso, não tem a presença de uma doença orgânica promo-
vendo esse quadro.
➢ Normalmente, a mortalidade é baixa, mas em zonas em de- ➢ É preciso avaliar a hidratação, se há risco de distúrbio eletro-
senvolvimento, como em áreas do nordeste, a forma que lítico. Jejuns prolongados podem levar a redução da absorção
mais acomete as crianças é a grave, elevando o índice de intestinal.
mortalidade nessas áreas. ➢ No controle dos sintomas, deve ser evitado o uso de anti-in-
flamatórios, principalmente os AINES, pois eles podem piorar
uma colite. A dipirona e o paracetamol devem ser prioriza-
dos.
➢ Os pacientes podem desenvolver uma intolerância temporá-
ria a carboidratos. Logo, na orientação dietética, deve ter a
➢ A causa pode ser viral, sendo os principais o rotavírus, o no- avaliação desse quaro.
rovírus, adenovírus e o astrovírus. ➢ Alguns pacientes podem precisar de antibióticos, sendo eles
➢ A causa pode ser bacteriana, sendo as principais a Escheri- os que apresentam febres, evacuações superiores a 6 vezes
chia coli, salmonela, shiguella, vibrio cholerae e yersínia ao dia, os desidratados com necessidade de internação. Os
enterocolitica. que apresentam desinteria também fazem uso.
➢ Os probióticos tem baixa evidencia de tratamento das diar- Com desidratação grave – Ministério da Saúde
reias agudas, sendo indicados nos casos de pacientes que fi- ▪ Hidratação venosa com avaliação a cada 10 minutos
zeram a antibiótico terapia e estão tendo diarréia. ▪ SRO
➢ Os antieméticos, que são remédios contra o vômito, não são
indicados, pois esse sintoma passa com a hidratação do
Sobre os medicamentos..
paciente. 1ª linha: Ceftriaxona → 50mg/kg/dia → 1 vez ao dia por 3 dias.
2ª linha: sulfametoxazol+ trimetoprim → 40mg/kg/dia → de 12 em 12
horas por 5 dias
ATENÇÃO!!!!! Giardíase (SBP) → metronidazol/ Tinidazol/ Secnidazol.

Sobre as diarreias..
Na diarreia invasiva tem a lesão das células intestinais → o paciente não
consegue absorver os nutrientes → a mucosa que foi invadida pela
bactéria produz histamina e bradicinina que vão estimular a secreção de
eletrólitos no lúmen → pode chega na submucosa → resulta em eliminação
de sangue nas fezes.
Na diarreia osmótica o açúcar vai ser fermentado no cólon → isso diminui
o pH das fezes e produz gás → eritema perianal e distensão abdominal.
Na diarreia secretora tem o aumento da secreção intestinal de água e
esletrólitos → causada por toxinas virais, bacterianas ou patógenos que
aumentam os nucleotídeos cíclicos intracelulares → desidrata rápido.

Sobre o Rotavírus..
É a causa mais comum, acontece mais no inverno.
Tem transmissão fecal-oral.
Se manifesta com menos de 4 horas de incubação, mas pode ficar incubado
até 7 dias.
A criança manifesta febre baixa e diarreia aquosa → a desidratação é
rápida.
Tem a destruição das células das vilosidades → essas células tem a função
de hidrolisar dissacarídeos e de absorver água e eletrólito → aumenta a
osmolaridade intestinal → diarreia osmótica.
O vírus secreta a toxina NSP4 → aumenta a secreção de eletrólitos
Juntando esses mecanismos supracitados tem uma desidratação rápida.
O tratamento: prevenir e melhorar a desidratação e o estado nutricional.
Sobre a ECET..
É a E. Coli Eterotoxigênica
É a principal causa de diarreia bacteriana no brasil.
A sua transmissão ocorre por meio da água e alimentos contaminados.
Ocorre pelo mecanismo secretor
Aumenta a evacuação, náuseas e dor abdominal.
Sobre a Giardia
A transmissão é oral-fecal.
Adere aos enterócitos → ocorre a lesão da borda em escova → diminui a
absorção.
Cusa com cólica, distensão abdominal e tenesmo.
A diarreia pode intercalar com constipação.
Sobre o Tratamento..
Sem desidratação – Ministério da Saúde
▪ Dar líquidos adicionais.
▪ As em aleitamento materno exclusivo podem receber SRO
▪ Zinco por 10 dias} melhora a inflamação.
Com desidratação – Ministério da Saúde
▪ Administração de SRO na unidade de saúde.
▪ Pode calcular o volume= 75 X peso
▪ Se a criança vomitar → espera 10 min e repete
▪ Amamentar quando a criança quiser.

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