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DOENÇAS

PREVALENTES NA
INFÂNCIA
Docente: Enf.ª Cristiane Araújo
Especialista em Saúde Mental
Pós-graduanda em Enfermagem do Trabalho e Gestão de Pessoas
Professora e Preceptora da Escola São Vicente de Paula
@silvaaraujo_Cristiane
E-mail: cs399216@gmail.com
ATENÇÃO INTEGRADA ÁS DOENÇAS
PREVALENTES NA INFÂNCIA (AIDPI)
• A estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes
na Infância (AIDPI) aborda as doenças de maior
prevalência na infância, o acolhimento da criança e família,
a compreensão do problema e procedimentos eficazes,
promovendo a prevenção, promoção e tratamento da
saúde da criança.
• As Estratégias de Saúde da Família (ESF), em conjunto
com profissionais especializados são responsáveis por
disseminar essas estratégias por todo o território
brasileiro.
ATEDIMENTO A CRIANÇA
DOENTE

SINAIS VITAIS

ANEMIA DISPNEIA/
/HIPERTERMIA TOSSE

DIARREIA DESNUTRIÇÃO

PROBLEMAS
VACINÇÃO
NO OUVIDO
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS

DIARREIA

CONSTIPAÇÃO

VÔMITO
DIARREIA

A diarreia surge quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é


maior do que a normal, resultando no aumento do volume e da
frequência das evacuações e diminuição da consistência das
fezes.

É a perda aumentada de água e eletrólitos nas fezes, provocada


por um agente infeccioso (vírus, bactéria ou protozoário),
causando mudanças bruscas no hábito intestinal.
DIARREIA

Geralmente é definida com a ocorrência de três ou mais


evacuações amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas
(em lactentes jovens, considerar a mudança na consistência
habitual das fezes).

Se a cor das fezes for suspeita, deverá orientar a mãe a procurar


com urgência o serviço de saúde.
SINTOMAS

Aumento do volume e Diminuição da consistência


frequência das evacuações das fezes, vômitos e febre.
CLASSIFICAÇÕES

DIARREIA DIARREIA DIARREIA


AGUDA PROLONGADA CRÔNICA

A diarreia líquida aguda pode levar a desidratação,


principal causa de morte de uma criança com
diarreia.
DIFERENÇA ENTRE DIARREIA
AGUDA,
PROLONGADA E CRÔNICA?
TRATAMENTO

• Objetiva manter ou recuperar o equilíbrio


hidroeletrolítico e nutrição adequada.
• Classificar e investigar o tipo de diarreia, além de
avaliar o estado de hidratação seguindo o seguinte
roteiro:
examinar se acriança está letárgica ou inconsciente,
inquieta ou irritada;
observar se os olhos estão fundos;
observar se a criança bebe mal ou não consegue beber
ou se bebe avidamente com sede;
pesquisar, através do sinal de prega, se a pele volta
lentamente ou muito lentamente (mais de 2 segundos).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Avaliar o volume, Controlar o peso


frequência e Avaliar a corporal;
coloração da frequência,
urina e das fezes; volume e tipo de
vômito;

Observar as
condições da
Pesar as fraldas pele, coloração,
para avaliar as temperatura,
turgor e presença Favorecer a
perdas (em caso
de edema; hidratação
de bebes);
oferecendo
líquidos
constantemente.
CONSTIPAÇÃO

A constipação
intestinal é uma
entidade de alta
prevalência entre
recém-nascidos e
lactentes.
CONSTIPAÇÃO
Características:
• dificuldade para evacuar;
• ausência de evacuação por dois ou três dias além do costume;
• dor para evacuar;
• aumento no intervalo da evacuação;
• ocorrência de comportamento de retenção;
• escape fecal;
• fezes muito volumosas;
• fezes endurecidas;
• dor abdominal;
• rajas de sangue em torno das fezes;
• sensação de esvaziamento retal incompleto.
CONSTIPAÇÃO
Bebês e crianças são especialmente propensas a
desenvolver constipação em três épocas:

INTRODUÇÃO DE CEREAIS E ALIMENTOS


SÓLIDOS NA DIETA DA CRIANÇA

DURANTE A ADAPTAÇÃO AO USO DO BANHEIRO

INÍCIO DA VIDA ESCOLAR


COMPLICAÇÕES

• Episódios curtos e esporádicos de constipação dificilmente causam complicações


a longo prazo. A curto prazo, porém, podem surgir fissuras anais devido à
passagem de fezes grandes ou duras, as quais geram dor e sangramento leve,
além de hemorroidas pelo hábito de fazer muita força para evacuar.

• Já a prisão de ventre crônica e o uso prolongado de laxantes podem fazer com


que o intestino fique ainda mais lento e preguiçoso. Esse ciclo vicioso pode ser
evitado com o uso de laxantes apenas por curtos períodos de tempo.

• Às vezes, a constipação crônica grave resulta na obstrução do reto por uma


grande massa de fezes duras. Pessoas com esse problema podem pensar que
estão com diarreia e incontinência fecal, já que as fezes líquidas vazam ao redor
do bloqueio.

• A dificuldade de evacuar a longo prazo também favorece doenças, como a


diverticulite, e pode danificar os músculos do assoalho pélvico.
TRATAMENTO
• Quando crianças ou bebês estão com
prisão de ventre, é melhor ir ao pediatra
para determinar se é algo temporário ou
se tem a ver com outras doenças.
Quando o problema é leve, geralmente
é combatido com mudanças simples na
dieta. De fato, em geral, existem hábitos
que promovem seu alívio,
independentemente de sua gravidade.
TRATAMENTO

MELHORAR A
ALIMENTAÇÃO

PRÁTICAR AUMENTAR A
JOGOS E INJESTA DE
ESPORTES LÍQUIDOS

REALIZAR
MASSAGEM
SUAVE
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

ORIENTAR QUANTO:
• Crianças de 6 meses com início da
introdução de alimentos, oferecer aveia,
mamão e ameixa preta, papinhas, verduras
e legumes;
• Em casos de constipações frequentes, deve-
se procurar conselho médico, pois pode ser
constipação crônica;
VÔMITO

• É definido como a ejeção forçada de conteúdos


gástricos através da boca.
• É uma ocorrência comum na infância,
normalmente autolimitada, não exigindo
tratamento específico.
• Sua etiologia pode ser variada, envolvendo
processos infecciosos agudos, inflamatórios,
intolerância alimentar, distúrbios metabólicos ou
endócrinos, aumento de pressão intracraniana ou
causas emocionais.
• Potencialmente podem evoluir para complicações
como desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos.
IMPORTANTE

Deve-se também
Na maioria dos
recomendar dieta
casos, somente a
fracionada, de
hidratação oral é
preferência
suficiente para a
líquida, em menor
prevenção de
quantidade e mais
desidratação.
frequente
IMPORTANTE

As crianças que não conseguirem


ingerir líquidos por via oral devem
ser encaminhadas para hospital de
referência, pois essa situação pode
progredir para outras mais graves,
como o choque hipovolêmico por
desidratação
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

A equipe de enfermagem deve orientar a mãe ou


acompanhante a oferecer líquido em pequena
quantidade à criança após vinte minutos de
episódio de vômito, além de ser capaz de descrever
quantidade e aspecto do volume eliminado.
Distúrbios Gastrointestinais
Refluxo Gastroesofágico

Epidemiologia: Aproximadamente 50% dos


lactentes com menos
de 2 meses.
Transferência de conteúdo gástrico para o
esôfago.
• Em geral, o RGE fisiológico regride até 1
ano de idade.
• Maior predisposição para lactentes
prematuros.
SINAIS E SINTOMAS
CONDUTA TERAPÊUTICA

Mudança de hábitos alimentares;

Posicionamento adequado;

Tratamento farmacológico;

Tratamento cirúrgico
MEDIDAS DE PREVENÇÃO RELACIONADAS
AO ALEITAMENTO:

• Até os 6 meses de vida o único alimento indicado para bebês é o leite


materno;
• Não ficar balançando o bebê no colo após as mamadas;
• Aguardar alguns minutos para o bebê arrotar, isso poderá levar algum tempo, o
arroto vai depender da quantidade de ar que o bebê engoliu durante a
mamada;
• O bebê deverá estar na posição semi-elevado para a mamada e elas deverão ser
fracionadas;
• Não vestir roupas apertadas no bebê principalmente durante as mamadas;
• Observar se a fralda está apertando a barriga do bebê;
• Se ocorrer o vômito aguardar pelo menos 30 minutos para oferecer novamente
o leite ou o alimento;
• Sobre o intervalo entre a mamada e a colocação do bebê para dormir,
• seguir a orientação do pediatra que poderá variar de 20 a 40 minutos
(dependerá do tipo e gravidade do refluxo), neste período mantê-lo na posição
ereta para que o leite se acomode no estômago e facilite a digestão;
DESNUTRIÇÃO

Causado pela deficiência


concomitante de calorias e
proteínas, que acomete com
frequência neonatos e crianças
e causa comprometimento do
peso e do crescimento.
CLASSIFICAÇÃO
PRIMÁRIA
• causada pela diminuição da oferta de alimentos

SECUNDÁRIA
• causada pela absorção insatisfatória de alimentos,
mesmo quando a oferta é adequada

• causada pela ação dos dois processos, pois a desnutrição primária


acaba levando á má absorção de alimentos, causando um ciclo vicioso.
Casos mais graves são marasmo, kwashiorkor e marasmo -
kawashiorkor.
FATORES PREDISPONENTES

Má absorção de
alimentos oferecidos
de forma correta;

Ingestão impropria de
alimentos, tanto em
Privação afetiva.
qualidade quanto em
quantidade,

Baixo nível Baixo nível


educacional e cultural socioeconômico, que
de quem cuida da leva á baixa oferta de
criança; alimentos;
CONDUTA TERAPÊUTICA

prevenção e
Adequação da
controle de
dieta
infecções

educação e
estímulo ao
suporte para as
desenvolvimento
famílias
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
Dermatites por Fraldas
É um quadro inflamatório agudo, causado direta ou indiretamente pelo uso de fraldas,
acometendo principalmente lactentes entre 9 e 12 meses de idade, alimentados por
mamadeiras.
Sinais e Sintomas
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
Dermatite Atópica
Também denominada de eczema, é uma inflamação da pele,
pertencente ás dermatopatias, sem etiologia especifica. A
maioria das crianças que desenvolve este quadro apresenta
predisposição genética, sendo comuns ao histórico familiar
caso de asma, alergias alimentares ou rinite alérgica.
Sintomas
O sintoma predominantemente é prurido
Cuidados de enfermagem
Diminuir os riscos de infecção e controle do
prurido.
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
Dermatite seborreica
É uma reação inflamatória recidivante crônica da pele, que
acomete principalmente o couro cabeludo. Ao contrário da
dermatite atópica, a dermatite seborreica não apresenta
qualquer associação com história familiar de alergia,
acometendo principalmente recém-nascidos e adolescentes
após a puberdade.
Sinais e sintomas
Placas espessas e aderentes, amareladas, escamosas e
oleosas que podem ou não apresentar prurido leve.
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS

Escabiose
É uma infestação endêmica causada pelo ácaro sarcóptico,
Sarcoptes scabiei.

Sinais e sintomas
• Prurido intenso,
• Erupção eczematosa com pápulas ou vesículas.
DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
Pediculose
É a infestação do couro cabeludo pelo Pediculus Bumanus capitis,
um parasita comum nas crianças em idade escolar.

Sinais e Sintomas
Tem predominância no prurido, tendo como áreas principais a
região occipital, atrás das orelhas e nuca.

Tratamento
Consiste na aplicação de pediculicidas e remoção manual de
lêndeas.
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Impetigo
É uma das infecções bacterianas de pele
mais comuns na infância, causado por
Staphylococcus.

Sinais e Sintomas
Mácula avermelhada evoluindo para
vesícula.
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Imperfuração Anal
É uma das malformações anorretais, incluindo diversas
formas de malformações com ausência de abertura anal
evidente. A existência de perfuração anal deve ser
inspeção rotineira no exame físico do neonato.

Tratamento
Cirurgia
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Criptorquidia
É a ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal.

Tratamento
• Medicamentoso através da administração de gonadotrofina
coriônica humana ou;
• cirúrgico, por meio da Orquipexia, tendo como finalidade
prevenir danos aos testículos, minimizar a ocorrência de
tumores malignos nos testículos, fechar o canal inguinal e
evitar traumas ou torções.
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Espinha Bífida
É uma das anormalidades do tubo neural embrionário,
correspondendo ao fechamento ósseo insuficiente da
espinha vertebral.
A espinha bífida pode ser dividida em duas categorias:

espinha Espinha
bífida bífida
oculta. cística
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Fissura lábio palatina

A Fissura lábio palatina é uma


patologia que afeta a boca e Surge na gestação quando
estruturas anexas e representam estiver constituindo a face, a
as anomalias congênitas mais boca, o nariz, língua e palato;
comuns da face;
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Tipos de Fissura Palatina


Fissura pré-forame incisivo: Pode ser
considerada completa ou incompleta;

Fissura transforame incisivo: Pode ser


unilateral (direita ou esquerda), bilateral
ou mediana;

Fissura pós-forame incisivo: Pode ser


completa ou incompleta;

Fissura rara da face: quando a fissura


não envolve o forame incisivo, podendo
ocorrer nas bochechas, pálpebras,
orelhas, nariz e ossos do crânio e face.
ANOMALIAS CONGÊNITAS

Queiloplastia;

Palatoplastia; Tratamento
Rinoplastia;
EU FAÇO DA DIFICULDADE
A MINHA MOTIVAÇÃO. A
VOLTA POR CIMA VEM DA
CONTINUAÇÃO!

FORÇA, FOCO, FÉ
SEMPRE

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