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CASO

CLÍNICO 2
Discentes:
Letícia Emilly da Silva Morais
Mariana Mayara Medeiros Lopes
CASO
CLÍNICO Prontuário:

A.M.N, lactente de 3 anos, comparece à UBS trazido por sua genitora que
relata que a criança apresenta vômitos constantes, com dores abdominais,
sensação de “queima”, dores no peito que não irradiam para o braço
esquerdo, tosse persistente já tratada várias vezes com antitussígeno,
dificuldade para engolir alimentos (disfagia - pode levar a pneumonia),
mesmo líquidos, reclamando sempre de desconforto ou dor, ou afirmando
que o alimento ficou preso na garganta. Afirma que a criança já teve
vários episódios de pneumonia. Ao ser entrevistada pela enfermeira, a
genitora informa que a criança desde que nasceu teve muitos episódios de
salivação, golfava bastante e se apresentava quase sempre choroso,
impaciente. mencionou que ele sempre apresentou tosse, cansaço e se
engasgava diversas vezes. Informou também que a criança se alimenta
muitas vezes (excessivamente, mas, com alimentação de péssima
qualidade – alimentos ricos em açúcar, gordura e industrializados) e na
avaliação clínica e exame físico, a enfermeira identificou que a criança
possui uma curva de crescimento abaixo do esperado.
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CASO
CLÍNICO Prontuário:

A.M.N, lactente de 3 anos, comparece à UBS trazido por sua genitora que
relata que a criança apresenta vômitos constantes, com dores abdominais,
sensação de “queima”, dores no peito que não irradiam para o braço
esquerdo, tosse persistente já tratada várias vezes com antitussígeno,
dificuldade para engolir alimentos, mesmo líquidos, reclamando sempre
de desconforto ou dor, ou afirmando que o alimento ficou preso na
garganta. Afirma que a criança já teve vários episódios de pneumonia. Ao
ser entrevistada pela enfermeira, a genitora informa que a criança desde
que nasceu teve muitos episódios de salivação, golfava bastante e se
apresentava quase sempre choroso, impaciente. mencionou que ele sempre
apresentou tosse, cansaço e se engasgava diversas vezes. Informou
também que a criança se alimenta muitas vezes (excessivamente, mas,
com alimentação de péssima qualidade – alimentos ricos em açúcar,
gordura e industrializados) e na avaliação clínica e exame físico, a
enfermeira identificou que a criança possui uma curva de crescimento
abaixo do esperado.
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UESTIONAMENTO
COM OS DADOS
INFORMADOS, QUE
DISTÚRBIO ESTÁ
SENDO MANIFESTADO
NA CRIANÇA?
EXPLIQUE A SUA
FISIOPATOLOGIA.

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UESTIONAMENTO

QUAIS OS
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM COM
ESSA CRIANÇA?

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Qual conduta o
enfermeiro deve seguir
após desconfiar da
ocorrência de refluxo
Encaminhar gastroesofágico?
para o
médico da Médico
Unidade gastroenterologista
Básica de
Saúde

Realização de
exames,
comprovação do
diagnóstico e
tratamento
farmacológico
Medidas
comportamentais
Evitar comer duas a três
Manter a criança ereta no
 Proporcionar horas antes de dormir,
período pós-prandial por
evitar beber bebidas
alimentação com gás ou com
30min, ou se for uma criança
fracionadas, com maior e cooperativa, orientar
cafeína, não comer
volumes pequenos e que não se deitem e nem
determinados alimentos
fiquem sentadas por muito
por várias vezes ao dia; e não comer em
tempo após as refeições;
excesso;

Manter a  Não utilizar cintos


e roupas apertadas
 Observar
cabeceira da alterações no
cama ou berço em crianças
sistema
elevados 30º; maiores;
respiratório;

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Medidas
comportamentais

Verificar o peso
Todas as crianças
constantemente, pois
se encontrar acima do devem ser mantidas
peso intensifica os afastadas de cafeína e
de fumaça de cigarro;
sintomas do refluxo
gastroesofágico;

Manter a criança em Advertir os pais para


decúbito lateral evitar brincadeiras
direito ou dorsal vigorosas após as
durante as horas de refeições e não dar
sono ou repouso; refeições antes da
hora de dormir;

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Orientações
alimentares

1. Estimular a mastigação em crianças maiores, pois o processo de


trituração reduz o trabalho e a produção de secreção gástrica, e preferir
alimentos pré-cozidos.
2. Evitar temperaturas extremas nos alimentos, pois retardam o
esvaziamento gástrico.
3. É importante manter um teor de fibras adequado na dieta para evitar
processo de obstrução intestinal, pois aumenta a pressão abdominal.
4. Evitar grande oferta hídrica nas refeições;
5. Se a criança apresentar vômitos constantes, é importante a reposição de
eletrólitos, podendo ser reposto o uso de NaCl e KCl nas refeições.
Orientações
alimentares

6. É importante escolher carboidratos do tipo complexo (amido)


pré-cozidos.
7. Recomendar 2g a 4g de lipídios por kg da criança, pois a
grande oferta retarda o esvaziamento gástrico.
8. Recomendar 2g a 3g de proteína por kg da criança, além de
evitar purinas (proteína presente no soro do leite e carne branca).
•  Além disso, a criança possui 3 anos e ainda é lactente.
Recomenda-se o leite materno de 0 a 2 anos de idade. O
enfermeiro pode orientar o desmame dessa criança.
Outras
orientações Se houver suspeita de sensibilidade à
Caso haja a necessidade de proteína do leite de vaca, uma breve
tratamento farmacológico, são tentativa com uma fórmula extensamente
mais eficazes quando hidrolisada pode aliviar os sintomas de
administrados 30 minutos antes refluxo; alterações na fórmula, entretanto,
do café da manhã devem ocorrer com supervisão médica.

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Quando a regurgitação for grave e o


crescimento estiver comprometido, Deve-se tranquilizar os pais, pois o
deve-se considerar a alimentação estado de estabilização da supressão
contínua por gastrostomia ou sonda ácida só ocorre vários dias após o
nasogástrica; início do tratamento.
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REFERÊNC
IAS
COSTA, G. et al. A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e seus mecanismos fisiopatológicos. Brazilian Journal of Surgery and
Clinical Research -BJSCR BJSCR, v. 29, n. 1, p. 2317–4404, 2019.

HOCKENBERRY, M. J.; WILSON D.; WINKELSTEIN, M.L. Wong Fundamentos da Enfermagem Pediátrica. 9ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2014. 3092p.

JUNQUEIRA, J. C. F. Doença do Refluxo Gastroesofágico: Epidemiologia, Fisiopatologia e Manifestações Clínicas. Revista de Pediatria
SOPERJ.v.8, p.10-19, 2007. ‌
 
RIBEIRO, G. Refluxo Gastroesofágico (RGE). Enfermagem ilustrada, 2021. Disponível em: <https://enfermagemilustrada.com/refluxo-
gastroesofagico-2/>. Acesso em: 07 set. 2021.
 
TEIXEIRA, M. Refluxo gastroesofágico na infância. Disponível em: <https://nutmed.com.br/storage/resources/5/2412/Apostila
%20Pediatria%20parte%203.pdf>. Acesso em: 07 set. 2021. 7

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