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ATIVIDADES – 3º SÉRIE 16/08

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que


contribuem para a continuidade de um texto.

Leia o texto e, a seguir, e respondam as questões 01, 02 e 03.


[Resenha] O Pequeno Príncipe
Antoine de Saint Exupéry
    O Pequeno Príncipe é uma bela história de reflexão e aprendizado. Com uma escrita fluída
e simples, que envolve desde o público infantil até o mais maduro, o autor incita o leitor a
reavaliar seus valores, levando-o a repensar as verdadeiras riquezas da vida. Amor, amizade,
trabalho, dinheiro, política... O quanto esses itens são fundamentais em nossas vidas? Quais
deles são — ou devem ser — nossas reais prioridades? Guiados pelo coração bondoso de uma
criança, um pequeno príncipe que veio de muito longe, reaprendemos que o sentido da vida está
nas pequenas coisas; que o essencial é invisível aos olhos.
    A trama gira em torno das experiências do Pequeno Príncipe, um jovem que sai de seu
planeta e segue viajando em busca de novos mundos e de inúmeras descobertas. — Ele quer
saber e aprender cada vez mais! Em uma de suas andanças o jovenzinho vai parar na Terra,
mais especificamente no meio do deserto, local em que encontra um piloto perdido após um
pouso complicado. Enquanto o piloto tenta consertar seu avião, ele e o pequeno príncipe criam
um forte laço de amizade, compartilhando histórias e aprendizagens. O pequenino, com seu
coração puro e seu instinto curioso, leva o piloto — e o próprio leitor — a pensar sobre as
certezas da vida. É na simplicidade dessa criança, que compreende a beleza de uma estrela e o
valor de uma única flor, que aprendemos a enxergar a vida sob um novo olhar.
 O que torna o livro O Pequeno Príncipe um clássico que perpetua entre gerações é sua
atemporalidade. As mensagens por trás da leitura não são apenas frutos da escrita do autor, mas
sim da interpretação do leitor, que dependendo da fase que está vivendo encarará a leitura de
uma maneira diferente. Trata-se de uma história poética que fala sobre nosso dia a dia, sobre
nossos amores, nossas amizades, nossa ganância e nossos erros tão comuns e repetitivos: o
homem que não vê com o coração, que só se importa com o trabalho, que só cultiva o dinheiro,
que não tem bons amigos e, principalmente, o homem que não é capaz de manter viva a criança
dentro de si. São infinitas as passagens reflexivas da obra. (...)
    É impossível não amar esse livro por causa das reflexões que ele gera. Mas é inegável que
o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma maneira, de cada um
ser tocado de uma forma única. Ouso dizer que a leitura nos faz refletir exatamente a respeito
daquilo que mais duvidamos, é como se o livro falasse com o leitor. Portanto, só lendo para saber
o quão valiosa é essa obra. Outro ponto importante é lê-la de coração aberto. Esse é o tipo de
livro que precisa ser degustado aos poucos, só assim a leitura será completa e nenhum pouco
superficial. Além de um texto rico a edição luxo publicada pela Geração Editorial está lindíssima.
Fiquei encantada com o capricho das ilustrações e os detalhes que acompanham cada página.
(...)
    Ela foi escrita em meio à segunda guerra mundial e, antes de qualquer coisa, é um reflexo
das experiências, dos medos e das esperanças do autor e piloto Antoine de Saint-Exupéry. Fiquei
completamente apaixonada por suas palavras e pela maneira como elas refletem, mesmo sem
querer, um cenário mundial devastado pela podridão dos homens. Eis um livro completamente
apaixonante! Sem dúvida o indico para todos os amantes das palavras que aquecem e acalmam
o coração.
Disponível em: http:www.livrosefuxicos.com/2015/03/ resenha-o-pequeno-principe- antoine-
de.html#.WC42u7IrLIU>. Acesso em: 10 nov. 2016 (adaptado).

QUESTÃO 1 - No fragmento “ – Ele quer saber e aprender cada vez mais!”, (2º parágrafo), a
palavra destacada refere-se a
A. leitor.
B. jovem.
C. planeta.
D. sentido.
E. coração.
F.
QUESTÃO 2 - No trecho “A trama gira em torno das experiências do Pequeno Príncipe, um jovem
que sai de seu planeta e segue viajando em busca de novos mundos e de inúmeras descobertas.
”, (2º parágrafo), a palavra destacada substitui
A. escrita.
B. história.
C. política.
D. reflexão.
E. amizade.

QUESTÃO 3 - No trecho “É impossível não amar esse livro por causa das reflexões que ele gera.
Mas é inegável que o grande diferencial da obra está no fato de cada leitor interpretá-la de uma
maneira, de cada um ser tocado de uma forma única.”, (4º parágrafo), o termo destacado refere-
se à
A. obra.
B. criança.
C. ganância.
D. leitura.
E. história.

D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

QUESTÃO 4 - Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.


Secretaria de Cultura
EDITAL
NOTIFICAÇÃO
    — Síntese da resolução publicada no Diário Oficial da Cidade, 29/07/2011 — página 41.
    — 511ª Reunião Ordinária, em 21/06/2011.
    Resolução n° 08/2011 — TOMBAMENTO dos imóveis da Rua Augusta, n° 349 e n° 353,
esquina com a Rua Marquês de Paranaguá, n° 315, n° 327 e n° 329 (Setor 010, Quadra 0,6,
Lotes 0016-2 e 00170-0), bairro da Consolação, Subprefeitura da Sé, conforme o processo
administrativo n° 1991-00.005.365-1.
Folha de S. Paulo, 5 ago. 2015 (adaptado).
Nesse contexto, a palavra "Tombamento" significa
A. derrubar.
B. declinar.
C. preservar.
D. desconsiderar.
E. descaracterizar.

D4 - Inferir uma informação implícita em um texto.

QUESTÃO 5 - Leia o texto e, a seguir, responda.


GOLS DE COCURUTO
L. F. Veríssimo
    O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times
ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi
designado no esquema — e parados. Então o tático pode olhar o campo como se fosse um
quadro negro e pensar no futebol como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo
e tudo desanda. Os jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável,
esse inimigo mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas
cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar, planejava todo o
jogo numa mesa de botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, incluindo o minuto de
silêncio. Foi um técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura de
sua reputação no vestiário. Falava um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam
todos, era que seus botões eram mais inteligentes do que seus jogadores.
(L. F. Veríssimo, O Estado de São Paulo.)
Ao comparar o campo com um quadro negro, infere-se
A. o pessimismo do tático em relação ao futuro jogo.
B. o recurso utilizado no vestiário com as mãos nas costas.
C. a visão de jogo como movimento contínuo.
D. o melhor momento do futebol para um tático.
E. o meio de pensar o jogo como algo previsível.

D5 - Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto
etc.)

QUESTÃO 6 - (SAEPE).
Leia o texto abaixo.

Disponível em: http://mesquita.blog.br/pro-dia-nascer-melhor -01022009?


doing_wp_cron=1324904791>. Acesso em: 26 dez. 2011.
Esse texto demonstra uma crítica
A. à desvalorização da moeda.
B. à distribuição de renda no país.
C. à poluição do meio ambiente.
D. ao desenvolvimento econômico.
E. ao lucro da exploração ambiental.
D7 - Identificar a tese de um texto.

QUESTÃO 7 – Leia o texto abaixo e responda.


Exóticos, pequenos e viciantes
    Ao caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças é frequente vermos pessoas
falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando
fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversificados e altos que se
confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.
    O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas
coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.
Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os
celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e
viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema
ou mensagem instantânea, uma mania mesmo.
    Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses.
Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm
amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida.
    Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o
poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.
    Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui,
entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela
simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é
preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA,
Moisés.
Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/ psicologia/exoticos-pequenos-viciantes.htm>.
Acesso em: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
A tese defendida pelo autor do Texto sobre o uso de celulares encontra-se expressa no trecho:
A. “... é frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, ...”.
(1° parágrafo)
B. “... ouvimos os toques polifônicos diversificados e altos que se confundem com as
buzinas...”. (1° parágrafo)
C. “Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche.”. (3° parágrafo)
D. “Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa.”. (6°
parágrafo)
E. “... entendo natural como a busca da realização, da felicidade, ...”. (6° parágrafo)

D10: Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

QUESTÃO 8 – Leia o texto e, a seguir, responda.


A Terra dos Meninos Pelados
    “Havia um menino diferente dos outros meninos. Tinha o olho direito preto, o esquerdo azul
e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam: — Ô pelado! Tanto gritaram que ele
se acostumou, achou o apelido certo, deu para se assinar a carvão nas paredes: Dr. Raimundo
Pelado. Era de bom gênio e não se zangava; mas os garotos dos arredores fugiam ao vê-lo,
escondiam-se por detrás das árvores da rua, mudavam a voz e perguntavam que fim tinham
levado os cabelos dele.
    Não tendo com quem entender-se, Raimundo Pelado falava só, e os outros pensavam que
ele estava malucando. Estava nada! Conversava sozinho e desenhava na calçada coisas
maravilhosas do país de Tatipirun, onde não há cabelos e as pessoas têm um olho preto e outro
azul”.
RAMOS, Graciliano. Alexandre e outros heróis. Rio de Janeiro: Record, 1987.
O conflito gerador do enredo se deu pelo fato de
A. o Dr. Raimundo Pelado conversar sozinho.
B. o menino se acostumar com o novo nome.
C. os vizinhos gritarem e mangarem do menino.
D. o Pelado ser muito diferente dos outros meninos.
E. os olhos das pessoas de Tatipirun serem diferentes.

D12: Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

QUESTÃO 9 - Leia o texto e, a seguir, responda.


Abertura da olimpíada
Texto I
    Foi um grandioso espetáculo, repleto de bom gosto, a abertura dos Jogos do Rio. Os
diretores do vento merecem aplausos pelo alegre estilo que tomou conta do Maracanã. As
projeções foram perfeitas, assim como a atuação das centenas de artistas. O inesquecível show
de luz e de som expôs para o mundo o inesgotável talento do povo brasileiro.
JOSÉ CARLOS DA COSTA (Belo Horizonte, MG)
Texto II
    Espetáculo emocionante, mas permanece a sensação de desconforto provocada pelos
enormes gastos canalizados para os Jogos, em detrimento da saúde, da segurança e da
educação. Tomara que, além dos resultados esportivos, reste algum saldo positivo para a
população.
PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio, RJ)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ paineldoleitor/2016/08/1799778-abertura -dos-jogos-
foi-grandiosae-emocionante -dizem-leitores.shtml>. Acesso em: 06 ago.2016.
Qual é a finalidade dos textos I e II?
A. Informar.
B. Advertir.
C. Divulgar.
D. Instruir.
E. Opinar.

D13: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

QUESTÃO 10 - Leia o texto e, a seguir, responda.


Luz sob a porta
    — E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me deu a maior cantada! Lá, gente, na porta
de minha casa! Não é ousadia demais?
    — E você?
    — Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho, quem ele pensou que eu era?
    — Que eu fosse.
    — Quem tá de copo vazio aí?
    — Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.)
O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante
A. escrupuloso em ambiente de trabalho.
B. ajustado às situações informais.
C. rigoroso na precisão vocabular.
D. exato quanto à pronúncia das palavras.
E. contrário ao uso de expressões populares.
D14: Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

QUESTÃO 11 – Leia o texto a seguir e responda:


Senhora
    Aurélia passava agora as noites solitárias. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava
uma desculpa qualquer para justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo,
também não contestava esses fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema
desagradável.
    [...]
    Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e, pois, toda a afeição
que lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor
a poupara à degradação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado
matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.
    Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heroica dedicação, que, entretanto,
assiste calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se
deixa abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge.
    Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos;
porque o coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral.
Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos.
ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8. Fragmento.
O narrador revela uma opinião no trecho:
A. “Aurélia passava agora as noites solitárias. ” (1° parágrafo)
B. “...buscava afastar da conversa o tema desagradável. ” (1° parágrafo)
C. “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...” (3° parágrafo)
D. “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume, ...” (4° parágrafo)
E. “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, ...” (último parágrafo)

D15: Estabelecer relações lógico-discursívos presentes no texto marcadas por conjuntos,


advérbios, etc.

QUESTÃO 12 – Leia o texto, abaixo e responda.


O Eco
(Autor Desconhecido)
    Pai e filho caminhavam por uma montanha. De repente o menino cai e grita: “Aaaaaaiii!!!”
    Para a sua surpresa, escuta a voz repetir-se, em algum lugar da montanha: “Aaaaaaiii!!!”.
    Curioso, pergunta “quem és?” e recebe como resposta “quem és?” Contrariado, grita,
“covarde!” e a resposta é “covarde!”.
    Então, olha para o pai e pergunta, aflito: “O que é isso?”
    O pai sorri e fala “Filho, presta atenção”. E grita em direção à montanha: “Eu admiro-te!!!” e
a voz responde: “Eu admiro-te!!!” .De novo o homem grita: “És um campeão!” e a voz responde
“És um campeão!”.
    O menino fica espantado. Não entende. O pai explica:
    — As pessoas chamam a isto eco, mas na verdade isso é a vida. Ela nos dá de volta tudo o
que dizemos. Nossa vida é o reflexo de nossas ações.
Disponível em: http://www.via6.com/topico/38684/ textos-curtos-de-autores-que-gostamos>
Acesso em: 10 mar. 2011.
No fragmento “Então, olha para o pai e pergunta, aflito:...”, (4° parágrafo) a palavra destacada
expressa ideia de
A. conclusão.
B. finalidade.
C. proporção.
D. tempo.
E. dúvida

D16: Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

QUESTÃO 13 - Leia o texto e, a seguir, responda.

Acharge online. Acesso em 12/11/2012.


O efeito de humor dessa charge consiste em um recurso expressivo que se evidencia
A. no jogo entre as palavras verbo e verba;
B. na enumeração de ações sem complemento verbal;
C. no uso das reticências sugerindo a falta de objetivo;
D. no uso do infinitivo impessoal dos verbos;
E. na sugestão gradativa e crescente dos verbos.

D18: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou


expressão.

QUESTÃO 14 - Leia o texto e, a seguir, responda.


Manifesto da Poesia Pau-Brasil
Oswald de Andrade
    A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o
azul cabralino, são fatos estéticos.
    O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante
os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A
cozinha. O vatapá, o ouro e a dança.
    Toda a história bandeirante e a história comercial do Brasil. O lado doutor, o lado citações, o
lado autores conhecidos. Comovente. Rui Barbosa: uma cartola na Senegâmbia. Tudo revertendo
em riqueza. A riqueza dos bailes e das frases feitas. Negras de Jockey. Odaliscas no Catumbi.
Falar difícil.
    O lado doutor. Fatalidade do primeiro branco aportado e dominando politicamente as selvas
selvagens. O bacharel. Não podemos deixar de ser doutos. Doutores. País de dores anônimas,
de doutores anônimos. O Império foi assim. Eruditamos tudo. Esquecemos o gavião de penacho.
    A nunca exportação de poesia. A poesia anda oculta nos cipós maliciosos da sabedoria.
Nas lianas da saudade universitária.
    Mas houve um estouro nos aprendimentos. Os homens que sabiam tudo se deformaram
como borrachas sopradas. Rebentaram.
    A volta à especialização. Filósofos fazendo filosofia, críticos, critica, donas de casa tratando
de cozinha.
A Poesia para os poetas. Alegria dos que não sabem e descobrem. Disponível em:
http://tropicalia.com.br/leituras- complementares/manifesto- da-poesia-pau-brasil>. Acesso em: 09
nov. 2018.
Ao criar a palavra “eruditamos”, o autor pretendeu
A. mostrar que os “doutores”, entre os quais se inclui, tornaram a cultura erudita.
B. dizer que a riqueza foi revertida na riqueza dos bailes e das frases.
C. denunciar as dores anônimas, de doutores anônimos que assolavam o país.
D. mostrar que a poesia estava exposta nos cipós maliciosos da sabedoria.
E. dizer que o homem branco dominou politicamente as selvas selvagens.

D20: Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que
será recebido.

QUESTÃO 15 - Leia os textos e, a seguir, responda.


Texto I
CARTA
(fragmento)
    A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disso temos certeza.
Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado
entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da
vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Carta do cacique Seattle ao presidente dos EUA em 1855. Texto de domínio público distribuído
pela ONU.
Texto II
DICIONÁRIO DE GEOGRAFIA
    Segundo o geógrafo Milton Santos: “o espaço geográfico é a natureza modificada pelo
homem através do seu trabalho”. E “o espaço se define como um conjunto de formas
representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada
por relações sociais que estão acontecendo diante dos nossos olhos e que se manifestam
através de processos e funções”.
GIOVANNETTI, G. Dicionário de Geografia. Melhoramentos, 1996.
Os dois textos diferem, essencialmente, quanto
A. à abordagem mais objetiva do texto I.
B. ao público a que se destina cada texto.
C. ao rigor científico presente no texto II.
D. ao sentimentalismo presente no texto I.
E. ao tema geral abordado por cada autor.

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