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26/05/2019

PRINCIPAIS PATOLOGIAS DA INFÂNCIA

NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
OBSTÉTRICA E PEDIÁTRICA

AULA 11

Profa Flávia Santos

PRINCIPAIS PATOLOGIAS
DA INFÂNCIA

UNIDADE 4

SEÇÃO 2

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DIARREIA

NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
OBSTÉTRICA E PEDIÁTRICA

AULA 11

Profa Flávia Santos

DIARREIAS

• Constituem um dos principais problemas que


afetam a população infantil dos países em
desenvolvimento.

• Morbimortalidade.

• Demanda importante de serviços de saúde.

• Manifestações clínicas de outras doenças. 4

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DIARREIAS

Diarreia aguda:

Eliminação de fezes líquidas, três ou mais


vezes ao dia, com início abrupto, perdas fecais
anormais principalmente de água e eletrólitos,
apresentando, algumas vezes, muco ou sangue,
com duração de até 14 dias.

DIARREIAS

Diarreia persistente

Síndrome clínica resultante da diarreia


aguda e se caracteriza pela continuidade do
quadro por um período superior a 14 dias,
acarretando graus variáveis de
comprometimento nutricional e infecção extra
intestinal grave, podendo ocorrer desidratação.

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DIARREIAS
Agentes envolvidos:

• Vírus
• Bactéria
• Parasitas

Via fecal-oral, por contato direto, pela água e alimentos


contaminados.

DIARREIAS

Lesões provocadas pelos enteropatógenos


podem levar a infiltração celular da lâmina
própria com consequente perda das funções
absortivas da barreira epitelial.

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DIARREIAS

Consequências da perda das funções absortivas


da barreira epitelial:

1. Desencadeamento de uma hipersensibilidade


protéica.
2. Redução das enzimas entéricas, acarretando
em má absorção.
3. Má absorção de sais biliares conjugados em
consequência da lesão do íleo terminal.
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DIARREIAS

Má absorção de sais biliares pode levar a uma


má absorção da gordura e da vitamina B12.

Má absorção de sais biliares = Esteatose


hepática pode estar presente em pacientes com
diarreia persistente e desnutridos.

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DIARREIAS

Objetivos da terapia nutricional:

• Repor as perdas de nutrientes


• Restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico
• Prevenir ou tratar a desnutrição.

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TRATAMENTO

Avaliar: Desidratação, presença de sangue nas


fezes, desnutrição e infecções associadas (OMS,
2005).

Na maioria das vezes na diarreia aguda, a


criança não entra em um estado de
desidratação, porém a terapia de reidratação
oral é o primeiro passo para o tratamento.

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DIARREIA AGUDA

• Maior ingestão de líquidos deverá ser ofertada


para prevenir a desidratação (água deve ser
oferecida prioritariamente; as bebidas com
elevado teor de açúcar, como os refrigerantes,
devem ser evitadas, assim como soluções com
efeito diurético ou estimulante como café e
alguns chás).

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DIARREIA AGUDA

• Após cada evacuação, para crianças de até 12


meses, oferecer de 50 a 100 ml de água.

• Para crianças acima de 12 meses, 100 a 200 ml


e vale ressaltar que, o leite materno, quando
for o caso, deve ser mantido, aumentando a
frequência das mamadas.

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DIARREIA PERSISTENTE

• A internação da criança muitas vezes é


necessária, principalmente quando houver
associação de infecções extra-intestinais ou
sepse, crianças com idade inferior a seis
meses ou quando houver sinais de
desidratação.

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TRATAMENTO DA REIDRATAÇÃO

• Sais para Reidratação Oral (SRO) ou sonda


nasogástrica.
• SRO: 50 a 100 ml/kg no período de quatro a
seis horas.
• Sonda nasogástrica, iniciar com 20 a 30
ml/kg/hora até a reidratação, porém, se a
criança apresentar sinais de náuseas ou
vômitos, o médico deverá reduzir para
15mL/Kg/hora e aumentar para 30mL apenas
quando os sinais desaparecerem. 16

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TRATAMENTO DA REIDRATAÇÃO

• Após o período de tratamento de reidratação,


deve ser oferecida a alimentação, pois, a
presença de nutrientes na luz do intestino
favorece a regeneração mais rápida da
mucosa intestinal.

• O fornecimento de calorias e proteínas em


quantidades adequadas às necessidades da
criança, associada a reposição de
micronutrientes. 17

ZINCO
• Funções imunomoduladoras, incluindo efeitos
positivos sobre a barreira da mucosa e sua
deficiência é frequente nos quadros
diarreicos.

• Suplementação de 10 a 20 mg de zinco em
crianças e lactentes pode reduzir até 20% a
frequência e a gravidade do episódio
diarreico, além de possuir ação profilática por
dois a três meses. Esta suplementação é
indicada tanto na diarreia aguda, como na
persistente. 18

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VITAMINA A

Diarreia diminui a absorção e aumenta as


necessidades dessa vitamina.

OMS (2005): Todas as crianças com diarreia


persistente devem receber suplementação de
multivitaminas e minerais a cada dia, durante
pelo menos duas semanas.
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DOENÇA DO REFLUXO
GASTROESOFÁGICO

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OBSTÉTRICA E PEDIÁTRICA

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REFLUXO GASTROESOFÁGICO (RGE)

Fluxo retrogrado e repetido de conteúdo


gástrico para o esôfago, podendo ser fisiológico
ou patológico, dependendo das complicações
associadas.

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REFLUXO GASTROESOFÁGICO (RGE)

RGE fisiológico:
Comum nos primeiros meses de vida,
resultante da imaturidade dos mecanismos das
barreiras antirrefluxo, entretanto, não há
comprometimento do crescimento e
desenvolvimento da criança.

Manifestações: Regurgitações pós-alimentares


que surgem entre o nascimento aos 4 meses,
com evolução satisfatória. 22

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REFLUXO GASTROESOFÁGICO (RGE)

Refluxo patológico:

Repercussões clínicas, como déficit de


crescimento, irritabilidade, dor abdominal,
hemorragias digestivas, broncoespasmos,
pneumonia de repetição ou complicações
otorrinolaringologicas

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REFLUXO GASTROESOFÁGICO (RGE)

DRGE divide-se em duas categorias:

• DRGE primária: decorrente de uma disfunção


na junção do esôfago gástrica.

• DRGE secundária: resultante de outras


condições clinicas, como obstrução intestinal,
alergia alimentar, doença respiratórias
obstrutivas crônicas.
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REFLUXO GASTROESOFÁGICO (RGE)

Gênese da DRGE:

• Alterações nos mecanismos de defesa do


esôfago,
• Disfunção da junção gastroesofágica,
• Presença de secreção acida,
• Dismotilidade primaria do esôfago,
• Aumento da pressão intragástrica,
• Enzimas digestivas e sais biliares no esôfago. 25

TRATAMENTO DIETÉTICO DO REFLUXO

• Espessamento lácteo pode diminuir a


frequência das regurgitações e vômitos, além
de aumentar a oferta calórica.

• Fórmulas específicas para o tratamento do


RGE, que são as fórmulas lácteas AR (anti-
regurgitação), diminuindo a regurgitação
visível, entretanto, não reduzem as
frequências dos episódios dos refluxos.
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TRATAMENTO DO REFLUXO

• A posição também tem sua relação com a


DRGE:

• Posição prona é a mais eficaz contra a DRGE,


entretanto tem alta relação com a morte
súbita do lactente, assim como os decúbitos
laterais.

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TRATAMENTO DO REFLUXO

• Dessa forma, atualmente, recomenda-se que


os lactentes durmam na posição supina, pois
evita a morte súbita, já em crianças maiores,
recomendações como não deitar após as
refeições, ajudam a minimizar os efeitos da
DRGE.

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ALERGIA ALIMENTAR

NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
OBSTÉTRICA E PEDIÁTRICA

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ALERGIA ALIMENTAR

Reações imunológicas adversas que são


desencadeadas por antígenos alimentares
específicos em indivíduos previamente
sensibilizados.

Antígenos: proteínas alimentares

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ALERGIA ALIMENTAR

INTOLERÂNCIA À LACTOSE

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ALERGIA ALIMENTAR

Antígenos alimentares de maior potencial


sensibilizante:

Leite de vaca, soja, peixe, ovo, trigo, crustáceo,


leguminosas e no amendoim.

Carne porco, frutos do mar, tomate, abacaxi,


banana, chocolate.

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IgE MEDIADAS OU IMEDIATAS:

Ocorrem dentro de minutos ou ate duas


horas apos a ingestão do alérgeno.

São as manifestações mais comuns na


alergia alimentar e as mais graves,
caracterizadas por urticaria, síndrome oral
alérgica, podendo desencadear a anafilaxia.

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IgE NÃO MEDIADA OU TARDIAS:

Aparecem horas após a ingestão do


alimento e é caracterizada por sintomas
gastrointestinais, como proctocolite e
enteropatia induzida por proteína são as mais
comuns.
Comum o aparecimento de sangue nas
fezes, refluxo gastroesofágico, constipação ou
diarreia.
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MISTA:

Características tanto imediatas como


tardias, com manifestações como dermatite
atópica, gastrite, esofagite eosinofílica e
enterocolite eosinofílica alérgica.

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TRATAMENTO

• Exclusão do alimento = Dieta de eliminação

• Utilização de fórmulas especiais ou dietas


hipoalergênicas, que atendam às necessidades
nutricionais da criança.

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TRATAMENTO

A criança em aleitamento materno


exclusivo apresentar alergia alimentar, a
exclusão, primeiramente, deverá vir da
alimentação da nutriz, a fim de evitar a
sensibilização por meio do leite materno.

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TRATAMENTO

• As fórmulas com proteínas extensamente


hidrolisadas promovem a redução dos
sintomas em 80% a 90% dos casos, sendo
mais recomendada nas formas de IgE não
mediada.

• Nos casos de IgE mediada, que são mais


graves, cerca de 5% a 10% dos casos ainda
apresentam sensibilidade com as fórmulas
extensamente hidrolisadas, portanto, a base
de aminoácidos livres é o mais indicado. 39

INTOLERÂNCIA À LACTOSE

Produção insuficiente da enzima lactase


Menos comum em crianças

Manifestações clínicas:

Digestivas (Dor abdominal, distensão


abdominal, flatulência, diarreia, náuseas e
vômitos). 40

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INTOLERÂNCIA À LACTOSE

Dietoterapia:

Em muitos casos não há a necessidade da


exclusão total do alimento na dieta do paciente,
pois há diferentes graus de intolerância.

Suplementação enzimática (lactase).

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DOENÇAS NA INFÂNCIA

• Acompanhamento nutricional, principalmente


do ponto de vista de assistência ao ganho de
peso e crescimento.

• Mudanças dietéticas.

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