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DIETOTERAPIA I A disfagia refere-se a dificuldade

nas fases iniciais da deglutição e/ou a


DISTÚBIOS DO SITEMA
sensação de obstrução na passagem da
DIGESTÓRIO
boca para o estômago. Também pode
ser um distúrbio caracterizado pela
dificuldade de mastigar, engolir ou até
“As doenças digestivas estão mesmo beber, devido alguma doença do
entre os problemas mais comuns da área envelhecimento ou outras causas
clínica.” Os hábitos alimentares e (nesses casos, a disfagia entra como um
comportamentais podem colaborar na sintoma).
manifestação, tratamento e prevenção
de doenças gastrointestinais. A terapia • EPIDEMIOLOGIA:
nutricional faz parte da prevenção e aproximadamente 14% da
tratamento tanto da desnutrição quanto população com mais de 50 anos
das demais deficiências que afetam o possui sintomas e 1 a cada 17
TGI. As modificações no estilo de vida pessoas apresentam disfagia
podem melhorar ne qualidade de vida durante a vida.
do paciente, que podem aliviar os
CLASSIFICAÇÃO:
sintomas do GI.
• PATOFISIOLÓGICA: alterações
PARÂMETROS DE AAVALIAÇÃO
estruturais ou funcionais.
Em pacientes com distúrbios • ANATÔMICAS: orofaríngea ou
gastrointestinais, a avaliação nutricional esofágica.
é feita a partir do exame clínico, da
avaliação antropométrica, dos exames DISFAGIA OROFARÍNGEA:
bioquímicos e do histórico nutricional É mais causada por doenças
do paciente. musculares. Em pessoas idosas é
mais causada por distúrbios do
• HISTÓRICO
SNC.
NUTRICIONAL: ingestão
alimentar anormal, • A disfagia em pessoas idosas
alterações no apetite, alergias não pode ser atribuída
e intolerâncias alimentares, automaticamente ao
capacidade de mastigação e processo de envelhecimento.
deglutição, sintomas do GI
(náuseas, vômitos, diarreia, Na disfagia orofaríngea, a
constipação e uso de dificuldade na deglutição ocorre no
suplementos dietéticos). descontrole do movimento do palato,
• AVALIAÇÃO faringe e esfíncter esofágico superior.
ANTROPOMÉTRICA: DISFAGIA ESOFÁGICA:
avaliação da massa corporal
magra, perda de peso súbita, Causada por distúrbios que
principalmente em um afetam o esôfago, que gera em uma
determinado intervalo de dificuldade no impulso do bolo
tempo. alimentar através do esôfago. Pode ser
causada por neoplasias.
DISFAGIA
DEGLUTIÇÃO: a deglutição • A perda de peso involuntária
envolve a cavidade oral (músculos das também pode ser um
bochechas, dentes, língua e palato), a indicativo da disfagia.
faringe, esôfago e estômago, que atuam
CLASSIFIÇÃO DA DISFAGIA:
em sequência.
A deglutição possui 5 estágios:
estágio preparatório (fase cognitiva),
estágio preparatório oral (mastigação e
mistura a saliva), estágio oral (passagem
da cavidade oral para a farine), estágio
faríngeo (transporte para o esôfago) e
estágio esofágico (transporte para o
estômago).
SINAIS E SINTOMAS:
Dificuldade na deglutição
(também pode ocorrer com saliva), AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO
engasgos, tosses, sensação de PACIENTE COM DISFAGIA:
afogamento, xerostomia, odinofagia, A disfagia, assim como os
regurgitação dos alimentos, febre demais distúrbios nos processos de
recorrente, entre outros. mastigação, pode levar à prejuízos
COMPLICAÇÕES DA do estado nutricional.
DISFAGIA: A triagem nutricional nesses
Pode ocorrer desidratação, pacientes é feita para identificar
desnutrição e pneumonias aspirativas. precocemente o risco nutricional ou
Essas consequências podem levar aos desnutrição, traçar a intervenção e
pacientes um quadro de saúde acompanhar a evolução do quadro
debilitado e elevado risco de morte. ou do paciente.
TERAPIA NUTRICIONAL PARA
DISFAGIA
As necessidades energéticas do
paciente com disfagia irão depender
das suas características individuais e
da presença de comorbidades.
As orientações nutricionais
devem ser ajustadas de acordo com
cada caso e serem explicadas ao
paciente.
A via de administração e
consistência da dieta para pacientes com Orientações gerais:
disfagia, irá depender do grau da 1. Diminuir volume e aumentar
doença. Ela é diagnosticada por um ingestão alimentar;
fonoaudiólogo a partir de uma 2. Realizar 5 a 6 refeições durante
Videofluoroscopia da Deglutição. o dia;
3. Se alimentar sem pressa e em pacientes podem fazer uso de
ambientes tranquilos; suplemento.
4. Seguir a consistência da dieta
As recomendações:
recomendada;
5. Em caso de perda de peso, deve- • IMC/I <2DP para crianças
se aumentar a energia das • IMC< 18,5kg/m2 para
refeições. adultos
• IMC < 23KG/m2 para idosos

A consistência da dieta de pacientes Pode levar em consideração o


com disfagia vai depender do seu grau. percentual de perda de peso >5% no
mês, ou ingestão oral <75% das
necessidades energéticas.
Em casos de disfagia grave (1,2
e 3), os pacientes são alimentados pela
via enteral (sonda).

REFLUXO
GASTROESOFAGIANO

O RGE é um processo
que acontece normalmente nos
neonatos, crianças e pessoas adultas
saudáveis. Está relacionado com o
relaxamento do esfíncter esofágico
inferior, que faz com que o conteúdo
ingerido retorne pelo esôfago.
A doença do refluxo
gastresofágico (DRGE), é a forma
crônica e prolongada dessa condição. É
definida como sintomas e complicações
• A dieta de consistência decorrentes da condição do refluxo.
liquida oferece mais risco de
aspiração. São utilizados MECANISMOS ENVOLVIDOS:
espessantes para modificar a Salivação reduzida, relaxamento
consistência dos alimentos transitório do EEI, pressão reduzida no
líquidos. EEI, aumento da sensibilidade
SUPLEMENTOS esofágica, retardo do esvaziamento
NUTRICIONAIS gástrico, entre outros.

Quando se tem
dificuldade de atingir as
necessidades energéticas, os
FATORES DE RISCO: contribui para o aumento da
pressão do EEI, que ajuda na
Gravidez, imaturidade do EEI,
diminuição do refluxo.
uso de roupas apertadas, obesidade,
• Normo a hipoglicídica para
alimentação e estilo de vida, alterações
evitar a fermentação e a
no tempo do esvaziamento gástrico,
distensão abdominal.
álcool e tabagismo, entre outros.
• Deve ser normo a hipolipidica,
SINTOMAS/QUADRO CLÍNICO: os lipídios liberam
colecistocinina, diminuindo a
Pirose/azia, regurgitação e hiper
pressão do EEI e aumentam o
salivação. Também pode ocorrer
refluxo, além de aumentarem o
náuseas, eructações, digestão lenta,
tempo do esvaziamento gástrico.
saciedade precoce, dor epigástrica,
• As vitaminas: ANP. A vitamina
vômitos, dor no peito, sintomas
A auxilia na reepitelização, junto
respiratórios e sintomas
do PTH mobilizam o cálcio e
otorrinolaringológicos.
ajudam a reabsorção tubular. As
vitaminas do complexo B,
principalmente a B6, auxilia na
GERENCIAMENTO NUTRICIONAL:
utilização das proteínas da dieta.
• Objetivo: reduzir a exposição do A vitamina C auxilia na síntese
esôfago ao conteúdo gástrico. do colágeno e na cicatrização,
além de ser anti-inflamatória
Para isso, deve-se evitar grandes
• Os minerais: ANP. Dando
refeições, evitar lipídios e álcool.
atenção ao ferro e o potássio,
• Objetivo: reduzir a acidez das que podem ser diminuídos pela
secreções acidas: interação com medicamentos, e
ao enxofre que pode causar
Pode-se reduzir o consumo de café e de desconforto e aumento na
bebidas alcoólicas fermentadas. pressão intra-abdominal.
• Objetivo: evitar e dor e irritação: • Aumentar os líquidos para evitar
a desidratação.
Pedir que o paciente evite os alimentos • Leite desnatado- aumenta
que ele relata dar desconforto. secreção de gastrina
Algumas modificações no
comportamento podem ajudar a conter
os sintomas, como por exemplo, comer
pelo menos 3h antes de dormir/deitar,
usar roupas apertadas (no abdômen),
deitar-se após realizar alguma refeição e
fumar.
• O aumento da pressão intra-
abdominal pode elevar o risco
para DRGE.
• O aumento de alimentos
proteicos libera gastrina, que
SINAIS E SINTOMAS: pode ser
assintomática ou apresentar quadros de
dor retroesternal, pirose, regurgitação,
odinofagia, disfagia, soluço, dispneia,
cianose, tosse, vertigem, taquicardia e
palpitação. Dentre as complicações
podem surgir uma esofagite, úlcera no
esôfago e estenose esofagiana.

CONDUTA DIETOTERÁPICA:
Objetivos:
Grãos e cereais são fontes de fibras
insolúveis (aumentam o volume fecal e • Diminuir a pressão intra-
diminuem o tempo de trânsito abdominal e o peso corporal;
intestinal). • Dificultar o refluxo
As fibras solúveis são fermentadas e gastresofágico;
produzem gases. • Evitar elementos irritantes ou
excitantes;
• Aumentar a pressão do EEI;
HÉRNIA DE HIATO • Facilitar o esvaziamento gástrico
e modificar o conteúdo gástrico.
• Dentre os sintomas, pode haver
A hérnia de hiato é provocada hematêmese (vômito com
por uma protusão de parte do estômago sangue), e perda de sangue
sobre o diafragma. Ela causa um crônica, podendo causar uma
alargamento no diafragma, que faz com anemia por deficiência de ferro.
que o esôfago passe e se junte ao Nesses casos seria interessante
estômago. suplementar ferro, vitamina C
(para melhorar a absorção de
Pode acontecer por ferro e síntese de colágeno),
incompetência do hiato diafragmático vitamina A (para repitilização do
ou por aumento da pressão intra- tecido)
abdominal.
Dos tipos:
GASTRITE
• Por deslizamento.
• Por deslocamento ou
paraesofagiana. Gastrite é o termo utilizado para
• Mista. descrever uma inflamação ou processo
• Com hierniação com outros inflamatório no estomago. Pode
órgãos. também ser utilizada para descrever
sintomas relacionados ao estômago
FATORES DE RISCO: senilidade,
patologias, gravidez, obesidade e A gastrite pode ser aguda:
constipação. manifestação rápida da inflamação e
dos sintomas (simples ou exógena, desconforto, anorexia, náuseas, vômito,
corrosiva e toxica). Ou crônica: pode pirose e prostração.
ocorrer por meses ou décadas, e com
sintomas recorrentes (superficial,
atrófica e hipertrófica). CONDUTA DIETOTERÁPICA:
A gastrite aguda simples pode Objetivos:
ocorrer por uso excessivo de álcool e
drogas e outras enfermidades • Recuperar o estado nutricional
infecciosas (infecção por H. pylori.) do paciente;
• Reduzir a secreção gástrica e o
• O uso de drogas a base de progresso das lesões e
salicilato pode causar a gastrite hemorragias;
na forma toxica. • Permitir o esvaziamento
Aa gastrite crônica é causada pela adequado do estômago para que
inflamação difusa ou parcial da o revestimento mucoso se
mucosa gástrica, principalmente no regenere;
entro. Nutrientes importantes:
SINTOMAS: náuseas, vômitos, • Micronutrientes: ferro – a
mal-estar, anorexia, hemorragia e diminuição do ácido clorídrico
dor epigástrica. faz com que haja uma menor
• A gastrite pode resultar em uma absorção do ferro, podendo levar
atrofia e perda das células a uma anemia ferropriva.
parietais do estômago, com B12 – a diminuição do fator intrínseco
perda de secreção de HCL também resulta na pouca ou não
(ácido clorídrico) e do fator absorção da vitamina b12, podendo
intrínseco, podendo resultar em levar a uma anemia perniciosa.
uma anemia perniciosa (por
deficiência da absorção da A interação com os medicamentos pode
vitamina B12). levar a má absorção de cálcio.

ETIOLOGIA: pode ser causada pela • Deve preferir alimentos ricos em


bactéria H. pylori, pelo uso de aspirina e fibras insolúveis, que diminuem
medicamentos anti-inflamatórios não o trânsito intestinal e a distensão
asteroidais (eles inibem a síntese de abdominal.
prostaglandinas, fazendo com que a • Alimentos ricos em enxofre, de
barreira de muco e bicarbonato da difícil digestibilidade,
mucosa do estômago fique FODMAPS, bebidas alcoólicas,
comprometida), má nutrição, reações café, bebidas gaseificadas,
autoimunes, uso excessivo de álcool e pimentas e outros irritantes.
tabaco e/ou a combinação de fatores. • Pode haver perda de potássio
devido ao aumento da secreção
ácida.
A gastrite desencadeia um • O cálcio presente no leite
processo inflamatório na mucosa estimula a liberação de gastrina,
gástrica, causando dor epigástrica, causando o aumento da secreção
ácida. Se for tomado “puro” • Lipídios: normo (25 a 30%).
pode causar uma hiperacidez de Reduzir os saturados para evitar
rebote. a saciedade precoce e
dislipidemias.

ÚLCERA PÉPTICA
DISTÚRBIOS INTESTINAIS

Ocorre por decorrência da falha


dos mecanismos normais de defesa da LOCAIS DE ABSORÇÃO DE
mucosa gástrica e/ou duodenal. A NUTRIENTES:
exposição excessiva e constante da
Duodeno: aminoácidos, ácidos graxos,
mucosa gástrica á secreção duodenal
monoglicerois, monossacarídeos,
ocasiona o processo de ulceração.
lactose, vitamina A e B, glicerol e
A úlcera péptica é causada cálcio.
principalmente pela H. pylori, gastrite,
Jejuno:
uso crônico ou excessivo dos AINES ou
por estresse. • Proximal: vitaminas A e B, ácido
SINTOMAS: desconforto abdominal, fólico, ferro, isomaltose,
queimação retrosternal, falta de apetite, maltose, trealose e sacarose.
eructações, náuseas, vômitos e perda de • Distal: dipeptidios, isomaltose,
peso (decorrente dos demais sintomas e maltose e sacarose.
do catabolismo). • Inteiro: glicose, lactose, acido
ascórbico, aminoácidos, glicerol,
ácido fólico, biotina, ácido
CONDUTA DIETOTERÁPICA: pantotênico, zinco, cálcio,
potássio e cobre.
Objetivos:
Íleo: cloreto, sódio, potássio,
• Normalizar o estado nutricional; dissacarídeos, B12 e sais biliares.
• Minimizar os sintomas na fase
Ceco e colón: água e eletrólitos
aguda;
• Priorizar o repouso fisiológico
do estomago;
DISBIOSE
• Evitar distensão abdominal;
• Evitar ou diminuir os efeitos
colaterais dos medicamentos.
A disbiose é caracterizada pela
Recomendações nutricionais: distorção da microbiota intestinal. Pode
ser causada por diversos fatores, como a
• Carboidratos: evitar os
idade, pH, disponibilidade de substrato
fermentativos - dieta normo a
fermentável, estado imunológico e uso
hipoglicidica.
de antibióticos.
• Proteínas: normo a hiper.
1.2g/kg na fase aguda e até A microbiota intestinal
1,5g/kg na recuperação. desempenha funções essenciais para a
saúde do indivíduo.
• Atuam na imunidade intestinal, sintomas incluem diarreia ou
na digestão e absorção de constipação.
nutrientes e vitaminas
essenciais, auxilia na
fermentação e protege o SÍNDROME DO INTESTINO
intestino de microrganismos IRRITÁVEL
patogênicos.
FATORES DE RISCO: idades, genética,
É uma condição caracterizada
infecções, doenças e lesões, antibióticos
por dor ou desconforto abdominal sem
e outros medicamentos e estilo de vida.
explicação ou associada a alterações no
hábito intestinal. É classificada como
um transtorno funcional, pois não há
A disbiose produz mudanças
anormalidades nos exames.
qualitativas e quantitativas na flora
intestinal, nas atividades metabólicas e FATORES DE RISCO/CAUSAS:
na distribuição local. infecções microbianas, medicamentos,
mudança de dieta, estresse, disbiose e
fatores genéticos.
SINTOMAS: gases/flatulências,
SINTOMAS: gases, distensão
náuseas e vômitos, cólicas, diarreia,
abdominal, diarreia e constipação.
constipação, distensão abdominal,
pirose e dor abdominal ou intestinal.
Ela provoca má absorção de
alguns nutrientes, podendo levar a
deficiências nutricionais, além do
comprometimento da mucosa intestinal.
ASPECTOS NUTRICIONAIS:
Carboidratos simples e refinados
podem aumentar a fermentação e os
sintomas (principalmente leite e DIETOTERAPIA:
derivados).
Objetivos:
O uso de probióticos é indicado
para a disbiose. Probióticos são • Assegurar a ingestão adequada
alimentos ou medicamentos com de nutrientes;
microrganismos vivos que são benéficos Tratamento:
para a saúde, eles ajudam a recuperar a
microbiota intestinal positiva. • Retirar os alimentos FODMAPs
(reintroduzir aos poucos para
O uso de prebióticos (fibras ver a tolerância);
fermentáveis, oligossacarídeos e amido • Adequar as calorias e nutrientes
resistentes), favorece a microbiota, ANP
suprimindo as bactérias patogênicas. • Pode haver deficiência de
A hidratação também é cálcio, magnésio, potássio,
importante, principalmente se os riboflavina (B2) e vitamina A.
• Alimentos ricos em gorduras e • Diverticulite: precisa de
glúten, picantes, bebidas uma dieta pobre em
alcoólicas, produtos de resíduos, para que haja a
confeitaria e ultraprocessados redução dos resíduos nos
devem ser evitados. divertículos.
• Dieta pobre em fibras (10g a
Introduzir alimentos pobre em
15g/dia)
FODMAPs: cenoura, berinjela,
• Com posterior aumento na
aipo, alface, leitas sem sacarose,
quantidade de fibras.
banana, mirtilo, laranja, melão,
entre outros.
Dos adoçantes/aditivos: aspartame, DOENÇA CELÍACA
sucralose e sacarina.
É uma enteropatia induzida pelo
glúten, ou como uma resposta de
hipersensibilidade a gliadina. É
DIVERTICULOSE
caracterizada por um processo
inflamatório crônico na mucosa
intestinal.
A diverticulose é caracterizada
pela formação de Os sintomas se apresentam em
hiérnias/excrescências em forma de qualquer etapa da vida e incluem
bolsas ou bolsos, chamados diarreia, esteatorreia, fezes com o odor
divertículos. Ocorre geralmente em fétido, aumento do volume abdominal,
pessoas obesas e com constipação apatia, cansaço e pouco ganho de peso.
intestinal. Pode ocorrer também, a dermatite
herpertiforme.
SINTOMAS: é assintomática.
Quando há inflamação nos COMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS:
divertículos, levando a uma
diverticulite ela pode causar: dor, • Anemia: principalmente por
distensão, desconforto abdominal, deficiência de ferro e ácido
náuseas, vômitos, calafrios, febre, fólico.
diarreia ou constipação. • Osteomalácia: osteopenia e
fraturas, por deficiência de
A diverticulite pode ser causada vitamina D.
pelo acúmulo de bactérias ou • Coagulopatias: por deficiência
agentes irritantes nos divertículos, de vitamina K.
levando á inflamação.
CONDUTA DIETOTERAPICA:
O processo inflamatório crônico
• Para a diverticulite: pode ser causa lesões na mucosa intestinal,
tratada semelhante a principalmente no duodeno, causando
constipação. atrofia nas vilosidades e má absorção
• Dieta rica em fibras (25g a generalizada.
38g/dia)
As deficiências nutricionais podem
• 60mL de líquido /g de fibra
causar um atraso ou menor
• Ou cerca de 2-3L/dia
desenvolvimento do crescimento em Terapia nutricional:
crianças.
• Evitar ou suspender a lactose.
CONDUTA DIETOTERÁPICA: • Enzima lactase, leite
deslactosado e extratos vegetais.
Objetivos:
• Recuperar o estado nutricional.
• Normalizar a função intestinal.
• Repor os nutrientes perdidos ou
não absorvidos.
Terapia nutricional:
• Carboidratos: normo a
hipoglicídica. Para diminuir a
fermentação e evitar distensão
abdominal.
• Hiper proteica (acima de
1,0g/kg). Para repor as perdas
• Normo a hipolipidica. Para
minimizar o aumento do
peristaltismo.
• Hipervitaminica. Para repor
perdas. Principalmente de
vitamina D, A, ácido fólico,
ferro e cálcio.
• Reduzida em fibras insolúveis,
como a celulose.

INTOLERÂNCIA A LACTOSE

É causada pela ausência ou


deficiência da enzima lactase. Sem a
lactase, a lactose não é hidrolisada em
galactose e passam intactas para o
colón, onde são fermentadas pelas
bactérias. Ao fermentar, causam gases
pela liberação de AGCC, dióxido de
carbono e gás hidrogênio.
CONDUTA DIETOTERÁPICA:
Objetivos:
• Regularizar o trânsito intestinal.
• Reduzir os sintomas.
• Recuperar o estado nutricional.

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