DISFAGIA INFANTIL
DISFAGIA
CONCEITO
Alteração da deglutição que resulta em
compromisso da segurança, eficiência e
adequado aporte nutricional.
SINTOMATOLOGIA
Engasgos, refluxo nasal, desnutrição, dificuldade
ou seletividade para determinadas consistências,
regurgitação excessiva, atraso em habilidade
adquiridas, seletividade para comer, demora
muito para comer, baixo ganho se peso, tosse
quando se alimenta, acúmulo de saliva,
sialorréia/babação, náusea com saliva,
respiração ruidosa, voz úmida, crise de cianose,
estridor e eventos respiratórios recorrentes
(pneumonia, etc.…)
1 FASES DA DEGLUTIÇÃO
1. Oral: contenção do alimento dentro da
boca, compressão do alimento contra o
palato, respiração oral, boa vedação labial;
2. Faríngea: transição do bolo alimentar para
a orofaringe, relaxamento do esfíncter
do esôfago, língua empurrando bolo
alimentar;
3. Esofágica: é involuntária e inconsciente,
ocorre quando o bolo alimentar é
conduzido, por meio do esôfago, para o
estômago, através dos movimentos
peristálticos.
FATORES QUE SE RELACIONAM COM
DISTÚRBIOS DA DEGLUTIÇÃO
Prematuridade, anomalias das vias aéreas
superiores, defeitos congênitos da laringe,
traqueia e esôfago, defeitos anatômicos
adquiridos ou defeitos neurológicos.
OBS: Necessário exame da via aérea e digestiva
alta.
A nasofibrolaringoscopia é obrigatória.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Foonoaudiólogo, otorrinolaringologista, pediatra,
pneumologista, gastroentereologista, cirurgião,
geneticista, psiquiatra, terapeuta ocupacional,
fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente
social, enfermeiro, farmacêutico e
odontopediatra.
FATORES DE RISCO
Prematuridade, baixo peso ao nascer, anomalias
craniofuncionais, infecções congênitas, asfixia
perinatal, IOT prolongada, traqueostomia,
distúrbios respiratórios, alterações cardíacas,
genéticas e neurológicas, anomalias da via aérea,
alterações do trato gastrointestinal, ganho
ponderal inadequado, distúrbios metabólicos da
gestante e do RN e desordens musculares.
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
a. Protocolo de avaliação clínica da disfagia
pediátrica (PAD-PED);
b. Estabelecer o diagnóstico clínico
fonoaudiológico;
c. Identificar as alterações na dinâmica da
deglutição;
d. Caracterizar os sinais clínicos sugestivos
de penetração/aspiração laringotraqueal;
Karen Victória – Fonoaudiologia – UFS
 e. Avaliar a necessidade de exames CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DA DISFAGIA
objetivos complementares;
1. Deglutição normal: ausência de sinais
f. Auxiliar o fonoaudiólogo na definição de
clínicos de disfagia;
conduta e planejamento terapêutico.
2. Funcional: há dieta normal, porém é
ANAMNESE necessário um período de tempo maior
a. Histórico (gestação, nascimento e para que o paciente se alimente.
desenvolvimento); 3. Leve: presença de sinais clínicos
b. Queixas prévias de deglutição; decorrentes de inadequações durante a
c. Presença de fatores de risco; situação de alimentação. A disfagia é
d. Comorbidades respiratórias; resolvida com adequações posturais, de
e. Presença de fatores de risco; utensílios e/ou posturais.
f. Status nutricional e de hidratação; 4. Leve/Moderada: há restrição de 1 ou 2
g. Medicamentos; consistências alimentares, sendo a dieta
h. Rotina e dinâmica alimentar relacionados à composta com alimentos semi-sólidos
alimentação; amassados ou umidificados;
i. Dificuldades da criança e como a família
lida com elas; 5. Moderada: há restrição de 2 ou mais
consistências, modificação da dieta para
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA semi-sólida aadaptada ou pastosa;
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a. Avaliação das estruturas orofaciais; 6. Grave: o paciente depende de nutrição
b. Reflexos de alimentação e protetivos; enteral ou via oral parcial;
c. Funções orofaciais;
d. Condições motoras e cognitivas globais; 7. Muito Grave: o paciente não se alimenta
e. Capacidade de comunicação e interação; mais por via oral.
f. Avaliação clínica da dinâmica da deglutição: SINAIS CLÍNICOS DE PENETRAÇÃO/ASPIRAÇÃO
saliva e alimentos.
Tosse, engasgo, voz/choro molhado, cianose,
palidez, desconforto respiratório, alteração na
musculatura cervical e alteração nos parâmetros
fisiológicos.

Karen Victória – Fonoaudiologia – UFS