A paciente Margarida Antônio Hohne, de 80 anos de idade, com diagnóstico médico de
acidente vascular cerebral isquêmico, hipotireoidismo, dislipidemia, fibrilação atrial, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, gastrite e encontra-se em sua residência em sistema de internação domiciliar.
Paciente mantém-se a maior parte do tempo acordada/alerta, contactuante pelo
olhar, colaborativa, acamada (hemiparesia dos MMSS e MMII do lado esquerdo) e sem dependência de oxigênio terapia por via cateter nasal. Apresenta nutrição/hidratação por via alternativa exclusiva (GTT) e acompanhamento adequado pelo nutricionista.
Em relação à linguagem a paciente apresenta adequada compreensão, sem
dificuldades de memória, de atenção e concentração, orientada no tempo e espaço, sem dificuldade de reconhecimento de pessoas, embora observada leve alteração da fonoarticulação e identificado também uma voz com loudness e pitch inadequado quanto à idade e gênero.
Na avaliação do sistema estomatognático, observa-se aspectos e postura adequados,
embora tônus, mobilidade e sensibilidade de lábios, língua e bochechas encontram-se pouco alterados, principalmente do lado esquerdo da face.
Durante avaliação da deglutição foi observado deglutição automática de saliva
presente com ausculta cervical adequada. Tosse voluntária e reflexa presentes e pouco eficazes (devido capacidade expiratória comprometida). Em relação a deglutição de alimentos sólidos, líquidos e pastosos foi observado adequação da fase oral, com leve dificuldade de mastigação, manipulação, escape extra oral presente e ejeção do bolo com tempo de trânsito oral inadequado; fase faríngea adequada com elevação laríngea e ausência de tosses/engasgos, com ausculta cervical adequada. Na deglutição de líquidos propriamente observou-se coordenação deglutição x respiração (com sinais de tosse/engasgos durante e após a deglutição, de forma assistemática), com ausculta cervical adequada.
disfagia orofaríngea neurogênica moderada a grave (NÍVEL VI DA ESCALA PARD E NÍVEL 2 DO FOIS). A terapia fonoaudiológica tem por objetivo a adequação da mobilidade, tônus e sensibilidade das estruturas do sistema estomatognático a fim de promover deglutição segura e eficiente, bem como uma comunicação mais assertiva, no que tange os aspectos da fala e da voz.
CONDUTA: Sugiro manter nutrição/hidratação por via alternativa exclusiva (GTT) e
intensificar fonoterapia domiciliar.
Faz-se então necessário a continuidade do atendimento fonoaudiológico domiciliar na
frequência de cinco vezes por semana, totalizando 21 sessões para o mês de outubro de 2021.
Acompanhamento longitudinal do desenvolvimento físico, cognitivo, auditivo e de linguagem da criança egressa de UTI Neonatal: contribuições da enfermagem inserida em equipe interdisciplinar