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Brasília, 5 de agosto de 2021.

RELATÓRIO FONOAUDIOLÓGICO

Aos cuidados da ASSEFAZ;

PACIENTE: MARISA DE OLIVEIRA KAUFMANN DATA DE NASCIMENTO: 13/03/1954


ENDEREÇO: SQS 312 BLOCO K APT 304 ASA SUL, BRASÍLIA-DF
CONVÊNIO: ASSEFAZ
DIAGNÓSTICO MÉDICO: ESCLEROSE MÚLTIPLA E INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO DE
REPETIÇÃO.
MOTIVO: ( ) ADTIVO (X) MENSAL (X) PRORROGAÇÃO ( ) ADMISSÃO

A paciente Marisa de Oliveira Kaufmann, de 67 anos de idade, com diagnóstico médico


de Esclerose Múltipla e infecção do trato urinário de repetição encontra-se em sua residência
em sistema de internação domiciliar.

Paciente mantém-se a maior parte do tempo acordada/alerta, contactuante pelo


olhar, colaborativa, cadeirante (fraqueza e rigidez generalizada dos membros superiores e
inferiores) e com dependência de oxigênio terapia por via cateter nasal. Apresenta
nutrição/hidratação por via oral exclusiva.

Em relação à linguagem a paciente apresenta adequada compreensão, sem


dificuldades de memória, de atenção e concentração, orientada no tempo e espaço, sem
dificuldade de reconhecimento de pessoas, embora observada alteração da fonoarticulação,
identificado também voz com loudness e pitch inadequado quanto à idade e gênero. Durante
as sessões observa pouca resistência aos estímulos e cansando-se com frequência.

Na avaliação do sistema estomatognático, observa-se aspectos e postura adequados,


embora tônus, mobilidade e sensibilidade de lábios, língua e bochechas encontram-se
alterados.

Durante avaliação da deglutição foi observado deglutição automática de saliva


presente com ausculta cervical adequada. Tosse voluntária e reflexa presentes, embora pouco
eficazes. Em relação a deglutição de alimentos sólidos, líquidos e pastosos foi observado
adequação da fase oral, com leve dificuldade de mastigação, manipulação e ejeção do bolo
com tempo de trânsito oral inadequado; fase faríngea alterada com redução da elevação
laríngea e presença de tosses/engasgos de forma assistemática, porém com ausculta cervical
adequada. Na deglutição de líquidos propriamente observou-se coordenação deglutição x
respiração (sem sinais de tosse/engasgos durante e após a deglutição, de forma sistemática),
com ausculta cervical adequada.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Disartria hipercinética, disfonia orgânica leve, disfagia


orofaríngea leve (NÍVEL III DA ESCALA PARD E NÍVEL 5 DO FOIS).
A terapia fonoaudiológica tem por objetivo a adequação da mobilidade, tônus e
sensibilidade das estruturas do sistema estomatognático a fim de promover deglutição segura
e eficiente, bem como uma comunicação mais assertiva, no que tange os aspectos da
linguagem e da voz. Portanto o terapeuta tem o principal intuito de conseguir realizar uma
abordagem mais humanizada e de cuidados paliativos.

CONDUTA: Sugiro manter nutrição/hidratação por via oral exclusiva (com oferta
supervisionada) e manter a fonoterapia domiciliar.

Faz-se então necessário a continuidade do atendimento fonoaudiológico domiciliar na


frequência de três vezes semanais, totalizando 13 sessões para o mês de setembro de 2021.

À disposição,

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