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DADOS DO FORNECEDOR
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do
Código Penal.
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da
área de conhecimento trabalhada.
Sintetizando............................................................................................................................ 35
Referências bibliográficas.................................................................................................. 36
Objetivos da unidade............................................................................................................ 39
Prolapso urogenital.............................................................................................................. 45
Classificação dos prolapsos genitais........................................................................... 46
Tratamento dos prolapsos urogenitais......................................................................... 49
Prostatectomias..................................................................................................................... 61
Prostatectomias e tratamento fisioterapêutico ......................................................... 62
Sintetizando............................................................................................................................ 66
Referências bibliográficas.................................................................................................. 67
Disfunções gênito-sexuais.................................................................................................. 79
Distúrbios de excitação, distúrbios do orgasmo e distúrbios sexuais caracterizados
pela dor...................................................................................................................................80
Tratamento fisioterapêutico........................................................................................... 82
Sintetizando............................................................................................................................ 99
Referências bibliográficas................................................................................................ 100
Sintetizando 129
Referências bibliográficas 130
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2803191989955887
Dedico todo meu trabalho ao meu Deus, criador e mantenedor, a Ele toda
honra e Glória. Ao meu estimado marido Márcio, a meus pais Francisco
e Vera, a meus irmãos Wilham, Erivelton e Marcelo, aos meus sobrinhos
Maria Victória e João Pedro, às minhas cunhadas Shirley, Karla e Renata,
aos meus sogros Genes e Glaúcia e às minhas queridas amigas, Stephanie
Wild, Vanessa Melo e Érica Midori.
1 INTRODUÇÃO
ANATÔMICA, FUNÇÃO
MOTORA DA PELVE
E DISFUNÇÕES DO
ASSOALHO PÉLVICO
Tópicos de estudo
Anatomia neuromuscular, vis- Abordagem interdisciplinar nas
ceral e perineal disfunções do assoalho pélvico
Sistema neuromuscular Disfunções do assoalho pélvico
Sistema visceral Atuação interdisciplinar
Sistema perineal
Função motora e organização
Anatomia funcional do assoalho do movimento: nível cortical,
pélvico e do sistema anorretal cerebral e espino-muscular ou
Musculatura do assoalho pélvi- unidade motora
co e sistema anorretal Mecanismo da execução do
movimento
Sistema neuromuscular
A medula espinhal é o centro nervoso dos atos involuntários e os
sinais sensoriais chegam a ela pelos nervos espinhais. O
encéfalo controla a maioria das atividades subconscien-
tes, como a resposta sexual, que acontece na região
do córtex cerebral. A região do córtex é responsável
por realizar a integração da informação sensorial e
pela tomada de decisão para várias respostas motoras.
Cérebro
Receptor sensorial
Neurônio sensorial
Medula
espinhal
Figura 1. Estrutura neuromuscular para contração do músculo. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 12/01/2021.
Simpático Parassimpático
Contrai a pupila
Dilata a pupila
Estimula a produção
de lágrimas e
de salivação
Inibe a salivação
Relaxa as
vias aéreas
Gânglios
Tronco vertebrais Tronco cerebral
cerebral Contrai os vasos Contrai as vias aéreas
sanguíneos
Medula Medula
espinhal espinhal
Acelera os Reduz os
batimentos cardíacos batimentos
cardíacos
Estimula a produção
de suor
Estimula a produção e
liberação de glicose
Gânglio celíaco
Estimula a digestão
Estimula a
Gânglio mesentérico liberação de bile
superior
Inibe a digestão
Inibe a secreção
Gânglio
mesentérico
inferior
Estimula a
secreção
Inibe a micção
Estimula a secreção
de norepinefrina
e adrenalina Promove a micção
Estimula o orgasmo
Figura 2. Representação esquemática do sistema nervoso visceral, com distribuição simpática e parassimpática nos
órgãos do corpo humano. Fonte: LOW, 2018, [n.p.].
Sínfise púbica
Veia dorsal profunda do clitóris
Uretra
Ligamento púbico inferior M. levantador do ânus:
Vagina
M. pubococcígeo:
Veia dorsal profunda do pênis
M. pubovaginal
M. puboperineal
Próstata M. puboanal
M. puborretal
Uretra
M. iliococcígeo
M. coccígeo M. coccígeo
Ânus Cóccix
Sacro
Homem Mulher
Figura 3. Vista inferior de estruturas do períneo masculino (esquerda) e do feminino (direita). Fonte: MOORE, 2014, p. 339.
EXPLICANDO
As glândulas de Bartholin são estruturas pequenas e
arredondadas localizadas bilateralmente na vulva, tendo
como função realizar a secreção do muco responsável
pela lubrificação durante a relação sexual. Os ductos
dessas glândulas podem sofrer obstrução, formando uma
massa equivalente a cistos e abscessos. Para aprofundar
no conhecimento, leia o artigo “Cistos das glândulas de
Bartholin”, escrito por Kilpatrick.
Sacro Ílio
Arco púbico
largo
Base do sacro
Ílio Sacro
Arco púbico
estreito
Figura 4. Diferenças no formato ósseo entre a pelve masculina e feminina. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 03/01/2021.
(Adaptado).
Visão frontal
da pelve
Ligamento
iliolombar
Ligamento
Ligamento sacrococcígeo
sacroilíaco anterior
Ligamento sacrotuberal
Ligamento sacroespinhal
Figura 5. Visão frontal dos ligamentos da pelve. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 03/01/2021. (Adaptado).
Anterior
Diafragma pélvico Sínfise púbica
Cóccix Piriformis
Posterior
Figura 6. Vista superior da musculatura do diafragma pélvico feminino. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 04/01/2021.
Ligamento suspensório
Transversos superficiais do
Tuberosidade isquiática Base do corpo perineal
períneo
Transversos profundos do
Tuberosidade isquiática Base do corpo perineal
períneo
Porção do músculo
Esfíncter externo da uretra Circunda a vagina e a uretra
compressor da uretra
Lesões e prolapsos, por sua vez, podem ocorrer em níveis específicos, tais
como:
• Defeito do nível I: lesão uterossacrocardinal que pode resultar em pro-
lapso uterino ou vaginal;
• Defeito de nível II: descolamento da fáscia retovaginal do uterossacrocar-
dinal, provocando retocele ou uretrocistocele;
• Defeito de nível III: lesão dos ligamentos uretrais, ocasionando hipermo-
bilidade uretral, uretrocele ou deficiência de corpo perineal.
A região anorretal fica localizada no compartimento posterior da pelve. O
trajeto do reto se inicia aproximadamente na terceira vertebra sacral e segue
até o osso do sacro, atravessando o músculo elevador do ânus e dando conti-
nuidade ao canal anal. Esse canal é composto pelo músculo esfíncter interno e
o esfíncter externo do ânus, sendo que ambos ficam sobrepostos.
O músculo esfíncter externo do ânus é a extensão da musculatura levan-
tadora do ânus. É um músculo estriado esquelético que circunda o canal anal e
possui ação voluntária, contribuindo para a continência fecal. Sua inervação é
realizada pelo nervo pudendo.
Útero
Reto
Bexiga
Vagina
Figura 8. Órgãos da cavidade pélvica feminina. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/12/2020. (Adaptado).
Figura 9. Órgãos da cavidade pélvica masculina. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/12/2020. (Adaptado).
Bexiga Reto
Vagina
Reto
Figura 10. Tipos de prolapsos comumente encontrados nas mulheres, de acordo com o órgão e a região acometida.
Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/12/2020.
EXPLICANDO
A IU pode acometer tanto homens como mulheres; contudo, a prevalência
é maior em mulheres. Isso ocorre devido a alterações na funcionalidade
do esfíncter urinário, provocando a perda involuntária da urina. Já nos
homens, a IU é comumente encontrada após cirurgia para retirada da
próstata devido a complicações do câncer ou por doenças neurológicas.
Atuação interdisciplinar
Indivíduos que possuem DAP necessitam de uma abordagem interdiscipli-
nar, de forma a oferecer um cuidado em saúde completo. Abordagens tradi-
cionais – aquelas nas quais há somente uma especialidade, geralmente cen-
trada no médico, e que utiliza apenas diagnóstico e tratamento, ignorando
a sintomatologia coexistente – necessitam ser revistas, pois esse indivíduos
necessitam de atendimento integral e isso só é possível com os diversos sa-
beres de prática de cuidado.
O tratamento apropriado deve estar baseado nos conhecimento inter-
disciplinares, de forma a contribuir para uma melhor tomada de decisão, vi-
sando o aspecto físico, mental e social, com treinamentos comportamentais;
adoção de um estilo de vida saudável; abandono de hábitos prejudiciais e
nocivos para a saúde; orientações para prática de exercícios de fortalecimen-
to do assoalho pélvico; uso de medicamentos quando houver necessidade;
apoio psicológico e social; cirurgias e reabilitação pós-operatória nos casos
em que houver necessidade.
É de extrema importância que o indivíduo em tratamento receba aten-
dimento gradual e personalizado por parte da equipe de profissionais. Essa
equipe interdisciplinar pode ser formada por médico, fisioterapeuta, enfer-
meiro, nutricionista, assistente social, psicólogo e profissional de educação
Tronco cerebral
Tática motora Execução motora
medula espinhal
Córtex pré-motor
Cordão
Músculo
2 ETIOLOGIA E
ALTERAÇÕES
MECÂNICAS DAS
DISFUNÇÕES EM
UROLOGIA E GINECO-
OBSTETRÍCIA
Tópicos de estudo
Aspectos clínicos e diagnósticos Incontinência urinária e
nas disfunções vesicoesfínctero- tratamento fisioterapêutico
perineal Tratamento fisioterapêutico
Disfunções vesicoesfínctero- para as incontinências
perineal
Aspectos clínicos e diagnósticos Incontinência anal e
constipação intestinal
Prolapso urogenital
Classificação dos prolapsos Prostatectomias
genitais Prostatectomias e tratamento
Tratamento dos prolapsos fisioterapêutico
urogenitais
Camadas musculares
Orifícios uretrais
Mucosa
Trígono da bexiga
Colo
Uretra
Figura 1. Anatomia do trato urinário inferior. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/03/2021.
Fibras parassimpáticas
do nervo pélvico
Receptor de
alongamento
Músculo detrusor
Sensitiva
Motor
Esfíncter interno
Uretra
Fibra motora do nervo pudendo
Esfíncter externo
Disfunções vesicoesfínctero-perineal
Doenças neurológicas podem causar alterações na funcionalidade vesical e es-
fincteriana do trato urinário inferior. A bexiga neurogênica, ou micção disfuncional, é
uma disfunção vesico-esfincteriana que acomete indivíduos portadores de doenças
do sistema nervoso central ou periférico, sendo gerada por lesão parcial da medula
espinhal ou do tronco cerebral e distúrbios neurológicos, como acidente vascular
cerebral (AVC), esclerose múltipla, paraplegia, doença de Parkinson, neuropatia pe-
riférica; porém, a origem mais comum é o traumatismo raquimedular.
Prolapso urogenital
O prolapso urogenital, também denominado prolapso genital ou prolapsos
dos órgãos pélvicos (POP), é uma consequência do desequilíbrio entre os me-
canismos que sustentam e suspendem os órgãos pélvicos em sua posição nor-
mal, ocasionando o deslocamento, no sentido caudal, de uretra, bexiga, útero,
alças intestinais e reto através da vagina, ocorrendo em diferentes graus. Mu-
lheres são acometidas por esse problema de saúde em todo o mundo, porém,
o prolapso quase nunca resulta em morbidade e mortalidade, embora o im-
pacto negativo na qualidade de vida da mulher seja significativo.
A ocorrência do prolapso pode estar associada a alguma alteração congê-
nita, que contribui para o enfraquecimento dos aparelhos de suspensão e sus-
tentação, e também ao aumento crônico advindo da pressão intra-abdominal.
A multiparidade é o principal fator para o aparecimento dos prolapsos, dadas
as alterações hormonais na musculatura lisa e no tecido conjuntivo pélvico,
que sofrem um afrouxamento na gestação.
Todavia, mulheres que não tiveram gestação (nulíparas) também têm chan-
ces de desenvolvimento dos prolapsos, em especial as que praticam exercícios
físicos de alta intensidade, que podem aumentar a pressão intra-abdominal e
acarretar em algum prolapso. Estudos sugerem que mulheres negras e asiá-
ticas têm menor risco do desenvolvimento de prolapsos, enquanto mulheres
hispânicas possuem maior risco, algo que pode ser explicado pelas diferenças
anatômicas e pela composição das fibras de colágeno.
Os prolapsos urogenitais são afecções exclusivas para indivíduos do sexo
feminino e que podem acometer a vagina, nas suas paredes anterior e pos-
0 Sem prolapso
4 Prolapso completo
Bp
Ba
Aa
Ap TVL
GH PB
Anatomia
Cistocele Prolapso uterino Retocele
normal
Útero Bexiga Útero
Bexiga
Reto
Vagina Reto
Figura 4. Prolapso segundo o compartimento genital. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/03/2021.
ASSISTA
O vídeo Experiência Conecta GO – Prolapso Genital traz
uma discussão da Febrasgo relativa à atenção à saúde e
cuidados nas desordens do assoalho pélvico, com enfo-
que no prolapso genital.
Figura 5. Opção de tratamento para prolapsos urogenitais. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/03/2021.
EXPLICANDO
Segundo o dicionário Priberam, um pessário é um dispositivo que se
introduz na vagina para suster o útero descido ou, a exemplo do dia-
fragma, impedir a entrada dos espermatozoides no útero. Em síntese, o
pessário é aproveitado para fins terapêuticos, contraceptivos e farma-
cêuticos, por meio de remédios de uso tópico.
Figura 6. Tipos de incontinência urinária mais comuns. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/03/2021.
Prostatectomias
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada logo
abaixo do colo da bexiga, ao redor da uretra e acima da musculatura do as-
soalho pélvico. Na região posterior da próstata, está o reto e, nas laterais, há
contato com a musculatura elevadora do ânus. Essa glândula, em condições
anatômicas normais, pesa cerca de 20 g e, conforme a idade do indivíduo, apre-
senta tamanhos diferentes, em especial na adolescência, período em que mais
se desenvolve, atingindo a maturidade na fase adulta.
A estrutura é constituída por duas partes, uma glandular, responsável pela
produção do líquido que protege e nutre os espermatozoides que formam o
sêmen, e outra muscular que, graças à inervação oriunda do plexo pélvico, se
contrai de forma involuntária na ejaculação. O componente glandular da prós-
tata é dividido em três zonas:
a) Zona de transição: correspondente a 10% do tamanho da próstata, se
localiza na porção interior, envolvendo a uretra;
b) Zona central: se localiza logo após a zona de transição. O ducto ejacula-
tório se encontra nessa estrutura;
c) Zona periférica: correspondente a 70% da próstata, está localizada na
região posterior da próstata, próxima ao canal do reto, e equivale à região que
o médico realiza o exame de toque para sentir o tamanho da próstata.
Sínfise púbica
Via deferente
Uretra
Corpo esponjoso
Ânus
Bulbouretral Corpo cavernoso
Musculatura do
assoalho pélvico Epidídimo
Vesícula seminal
Figura 7. Anatomia do órgão reprodutor masculino e da próstata. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/03/2021.
Hiperplasia
Normal
prostática benigna
Bexiga
Urina
Urina
Próstata Aumento
normal da próstata
Uretra Compressão
normal da uretra
Figura 8. Próstata em condições normais e hiperplasia prostática benigna. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 23/03/2021.
CONTEXTUALIZANDO
No artigo Biofeedback associado ou não a outras intervenções fisiote-
rapêuticas em pacientes com incontinência urinária pós prostatectomia
radical, publicado na revista Fisioterapia Brasil em 2018, Alessandra
Rodrigues e Patrícia Zaidan fazem uma revisão sistemática para verificar
a eficácia do biofeedback em relação a outras intervenções fisioterapêuti-
cas em pacientes prostatectomizados com incontinência urinária.
3 DOR
PELVE-PERINEAL,
DISFUNÇÕES
GÊNITO-SEXUAIS
E DO ASSOALHO
PÉLVICO E PERÍODO
GESTACIONAL
Tópicos de estudo
Dor pelve-perineal e tratamento Abordagem interdisciplinar
interdisciplinar no tratamento dos distúrbios do
Etiologia da dor pelve-perineal assoalho pélvico infantil
Tratamento interdisciplinar
Período gestacional e puerperal
Disfunções gênito-sexuais Diagnósticos da gravidez e
Distúrbios de excitação, alterações fisiológicas da gravidez
distúrbios do orgasmo e distúrbios Tipos de parto e puerpério
sexuais, caracterizados pela dor
Tratamento fisioterapêutico
• Dor por nocicepção: devido a lesão de tecidos que não são nervosos e
pela ativação dos nociceptores;
Mecanismo
• Dor neuropática: devido a lesão ou doença do sistema nervoso
somatossensorial.
• Dor aguda;
Temporal
• Dor crônica.
• Dor no segmento cefálico;
• Dor na região torácica;
Topografia • Dor na região abdominal;
• Dor nos membros superiores;
• Dor nos membros inferiores.
• Dor somática: advinda da periferia do corpo, como a pele, músculos e
Somática-visceral articulações, e também dos tecidos de suporte;
• Dor visceral: advinda das vísceras.
Fonte: Elaborado pela autora.
Tratamento interdisciplinar
O tratamento do paciente que apresenta dor pélvica deverá ser interdisci-
plinar, envolvendo o conhecimento multidisciplinar. Por essa razão, é impor-
tante que os profissionais de saúde, incluindo o fisioterapeuta, estejam atuali-
zados e capacitados nos diversos conhecimentos sobre a saúde e a educação.
Considerando a etapa interdisciplinar, ressalta-se que o indivíduo é visto como
um todo. Nesse caso, a equipe deverá ser formada por profissionais das mais
diversas especialidades, envolvendo médico, psicólogo, nutricionista, enfer-
meiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, profissional de educação física,
assistente social e outros, conforme a necessidade do indivíduo em tratamen-
to. Cada um desses profissionais, de acordo com a sua especialidade, irá atuar
em conjunto, de forma a tratar as consequências da dor pélvica tanto no aspec-
to físico, quanto mental e social.
É importante lembrar que, por meio da abordagem integral, o resultado do
tratamento é otimizado, pois há uma soma das diversas terapêuticas a serem
empregadas. A partir dessa abordagem, é possível que os profissionais se reú-
nam para discussão do caso de cada paciente em tratamento e verifiquem pro-
váveis efeitos colaterais de medicamentos, facilitando a adequação, permitin-
do a reorganização do plano alimentar e da pratica de atividade física, de modo
que a alimentação e os exercícios contribuam para a melhora e o alivio da dor.
CURIOSIDADE
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia
e Obstetrícia (FREBASGO) traz alguns podcasts sobre
sexualidade feminina. O conhecimento sobre as abor-
dagens práticas para as disfunções sexuais femininas é
muito bem definido, especialmente nessa entrevista com
a doutora Lúcia Alves da Silva Lara. Dessa forma, orien-
ta-se, como forma de complementar ao seu aprendizado,
que você estude esse material.
EXPLICANDO
A micção se refere ao episódio da contração do músculo detrusor e o
relaxamento do esfíncter uretral externo para que ocorra a micção. Esse
mecanismo é controlado pelo sistema parassimpático. Já a continência
se refere ao episódio de relaxamento do músculo detrusor, no intuito de
permitir que o volume de urina se acomode dentro da bexiga e ocorra a
contração do músculo esfíncter uretral externo. Esse mecanismo é contro-
lado pelo sistema simpático.
Feto de 4 Feto de 10
semanas semanas
Feto de 16 Feto de 20
semanas semanas
Figura 3. Desenvolvimento embrionário e fetal humano. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 09/04/2021.
CONTEXTUALIZANDO
No artigo “Hidroterapia e bola suíça no trabalho de
parto: ensaio clínico randomizado”, os autores ana-
lisaram a influência do banho quente e do exercício
perineal com bola suíça, de forma isolada e combinada,
sobre a progressão do trabalho de parto. Para saber
mais a respeito dos resultados que foram encontrados
com essa modalidade de intervenção, acesse o link.
4 SAÚDE DA MULHER:
DO INÍCIO DO CICLO
REPRODUTIVO AO
FIM E PRINCIPAIS
COMPLICAÇÕES
DESSE PERÍODO
Tópicos de estudo
Patologias gestacionais e puer-
perais
Patologias mais comuns da
gestação
Patologias mais comuns do
puerpério
Saúde da mulher
Ciclo menstrual e suas alterações
Climatério e câncer de mama
Diabetes tipo I
- Imune;
- Idiopática.
Diabetes tipo II
Saúde da mulher
A saúde da mulher é uma temática muito importante para a sociedade, pois
busca garantir o acesso aos serviços de saúde em todo o território nacional. Dessa
forma, em 2004, o Ministério da Saúde, observando a necessidade de diretrizes
técnico-políticas para oferecer atenção integral de cuidado às mulheres, criou a
Política de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.
Essa política visa a proporcionar às mulheres acesso à saúde em todos os ciclos
de vida, respeitando questões relacionadas ao gênero, raça, orientação sexual e
também aos fatores que são determinantes e condicionantes para sua saúde. Os
direitos sexuais e reprodutivos, atenção ao abortamento inseguro e situações de
violência doméstica e sexual ganham espaço e atenção nessa política, de forma a
oferecer à mulher a integralidade do cuidado e a promoção da saúde.
Dentre o ciclo de vida da mulher, podemos destacar algumas importantes
fases que ela passará, como o início do ciclo de vida reprodutiva, marcado pelo
surgimento da menstruação, por exemplo. A menstruação geralmente acontece
quando a mulher está na fase da puberdade. O período menstrual pode – em al-
gumas mulheres – apresentar alterações devido às ações hormonais. Tal episódio
menstrual acontece todos os meses, durante a fase reprodutiva, até que a mulher
alcance a fase não reprodutiva, que corresponde ao climatério.
O climatério corresponde à fase de transição entre o período reprodutivo e o
período não reprodutivo. Durante tal fase, ocorre a última menstruação da mulher,
que compreende a menopausa. Outra temática muito importante para a saúde da
mulher e que será abordada neste conteúdo diz respeito ao câncer de mama. O
câncer de mama possui alta taxa de mortalidade e, por isso, é importante que seu
rastreio seja feito de forma precoce para, assim, oferecer o melhor tratamento. É
fundamental, pois, o conhecimento a respeito da saúde da mulher, de modo que
ações de promoção, prevenção, proteção e tratamento sejam realizadas.
21 a 35 dias
Duração do ciclo menstrual
(média de 28);
O ciclo menstrual pode ser subdivido em três fases: a fase folicular, a fase ovu-
latória e a fase lútea. A fase folicular se estende do 1º dia da menstruação até o
dia do pico do hormônio LH, no meio do ciclo. A fase ovulatória inclui três eventos
importantes: o recomeço da meiose I logo após o pico de LH; pequeno aumento
na produção de progesterona 12 a 24 horas antes da ovulação (luteinização); e, por
fim, a ruptura folicular. A fase lútea corresponde ao período entre a ovulação e até
a manifestação da menstruação (Figura 1).
Ovulação
Folículo de crescimento Corpo lúteo Corpo albicans
Menstruação
Endométrio
Útero
Fímbrias
Ovário
Vagina
Folículo maduro
Folículo secundário Folículo primordial
Folículo primário Folículo primário Desenvolvimento
Folículo primordial parado
Sintomas da SOP
Os ovários podem desenvolver
numerosas pequenas coleções de
fluidos (folículos) e falhar na
liberação regular de óvulos.
Períodos Excesso de Ovários
(menstruais) andrógeno policísticos
irregulares
EXPLICANDO
O hormônio luteinizante (LH) é produzido pela hipófise e tem como função
atuar no amadurecimento dos folículos, na ovulação e na produção da
progesterona. A inibina A é um hormônio produzido pelos folículos ovaria-
nos e possui como principal função inibir a produção de FSH. O hormônio
folículo estimulante (FSH) também é produzido pela hipófise e tem a fun-
ção de estimular a maturação dos óvulos, durante a idade fértil da mulher.
regular
Osteoporose
Ondas de
calor
Diminuição
da libido
Doenças cardiovasculares
A B B A
C D D C
Legenda
A: QSL • B: QSM • C: QIL • D: QIM
ASSISTA
O Centro de Oncologia Campinas desenvolveu um vídeo
referente às novas abordagens da fisioterapia no câncer
de mama, fazendo um compilado dos principais estudos
sobre a temática. Tal conhecimento é de extrema impor-
tância para seu processo de formação.