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EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

LUCAS HENRIQUE TEODORO PACHECO


LUCIANO LEITE DO NASCIMENTO
NATALIA RODRIGUES GOULART
HARYSSON FELIPE MOREIRA ALVES
IORRAN GULLIVER BATISTA ALVES

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO


BÁSICA: DOS CONTEÚDOS DA BNCC À PRÁTICA
DOCENTE.

Sete Lagoas
2

2022
LUCAS HENRIQUE TEODORO PACHECO
LUCIANO LEITE DO NASCIMENTO
NATALIA RODRIGUES GOULART
HARYSSON FELIPE MOREIRA ALVES
IORRAN GULLIVER BATISTA ALVES

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA:


DOS CONTEÚDOS DA BNCC À PRÁTICA DOCENTE.

Produção Textual para o Curso de Educação Física


apresentado à Universidade Unopar, como requisito
parcial para a obtenção de média no 6° semestre.

Tutor à Distância: Leandro

Sete Lagoas
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 2
2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................4
3. PLANO DE AULA…………………………………………………………………………
6
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................7
4. REFERÊNCIAS....................................................................................................... 8
1. INTRODUÇÃO

Os modelos e metodologias tradicionais de educação já atingiram o ápice do


esgotamento em sala de aula, cabe ao professor atual renovar seu repertório e
buscar novos caminhos que articulem e promovam um diálogo com o contexto atual
que envolve tanto tecnologias, quanto o uso dos jogos e brincadeiras no processo
de ensino aprendizagem. Estamos no século XXI e parece que descobrimos
tardiamente as infinitas possibilidades que essa área do conhecimento nos oferece.
As crianças de hoje em dia em geral, seja elas com alguma necessidade
especial ou não, buscam pela ludicidade, aprender através da brincadeira, seja ele
dentro de um contexto de jogo virtual ou jogo real. A escola está sendo convidada a
realizar pesquisas e formações que preparem os profissionais da área da educação
para atingir melhores resultados na relação com o aluno.
Essa produção textual busca dar ênfase ao aluno com paralisia cerebral que
muitas vezes não encontra a devida atenção dentro de sala de aula, sendo excluído
e até mesmo com exercícios e atividades que não refletem a sua real necessidade.
As crianças de hoje já nascem tecnológicas e digitais, usam aplicativos para
jogos desde pequenas, baixam sozinhas e aprendem a navegar com uma facilidade
que chega a assustar os mais velhos. Dessa maneira divertida e lúdica, animada
aprendem sobre os números, o alfabeto, as cores, outras línguas, artes, e tudo o
mais que a internet e as tecnologias oferecem.
Pensando em promover aulas que estejam de acordo com esse novo
contexto que surge a game, que basicamente significa aplicar os conceitos de jogo
fora do jogo, ou seja levá-lo para dentro de sala de aula, o que facilita no
aprendizado dos alunos uma vez que eles já estão identificados com todo o
ambiente onde o jogo opera e serão muito melhor aproveitadas contribuindo
inclusive para a construção dos planejamentos de aula e conduzindo todo o
processo de forma coletiva.
2. DESENVOLVIMENTO

O termo Paralisia Cerebral (PC) é utilizado para referir o resultado de uma


lesão cerebral que promove a dificuldade, a inabilidade ou o descontrole de certos
movimentos do corpo e dos músculos, isto é, da sua ineficiência. O termo Cerebral
refere que a área atingida é o cérebro (Sistema Nervoso Central - S.N.C) e a palavra
Paralisia reporta-se ao resultado do dano provocado no S.N.C., influenciando assim
o desempenho dos músculos e da coordenação motora das pessoas que se
encontram nesta situação. As crianças afetadas por Paralisia Cerebral têm uma
perturbação do controle dos movimentos do corpo e das suas posturas e, como
consequência de uma lesão ocorrida numa ou em mais áreas cerebrais, que
controlam e coordenam o tônus muscular, os reflexos e a ação 5 (SHERRILL e cols,
1986, apud REBELO (2004).
Autores como Rodrigues (1989) e Bobath (1984) (apud Rebelo) classificam a
Paralisia Cerebral, de acordo com a topografia, como hemiplegia (quando um lado
do corpo está comprometido), diplegia (quando os quatro membros estão
comprometidos, sendo os membros inferiores mais acometidos que os membros
superiores) e tetraplegia (quando os quatro membros estão comprometidos, sendo
os membros superiores mais acometidos), apresentando os indivíduos, em cada
caso, padrões de movimentos característicos.
Segundo Laura Tisi (2004), Paralisias Cerebrais não são doenças, mas sim
uma condição médica especial, que, frequentemente, ocorre em crianças. A
Paralisia Cerebral é causada por uma lesão não progressiva do Sistema Nervoso
Central antes, durante e após o parto, que são os fatores: pré-natais, perinatais ou
pós-natais, levando então o portador a uma deficiência física onde pode ou não se
tornar dependente de alguém para todas as atividades. Então tão podemos dizer
que as lesões são variadas assim como as suas manifestações.
Segundo Rett e Seidler (1996), nos fatores pré-natais encontra-se a gravidez
múltipla (relacionado com a baixa idade gestacional e peso ao nascer), infeções
virais congénitas (rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus), perturbações
hormonais (diabetes, perturbações da tireoide) e etc. Já nos fatores perinatais
acontecem três casos, a Anoxia mecânica que é obstrução respiratória,
deslocamento da placenta, etc. Os traumatismos, que é a hemorragia associada,
utilização de fórceps, entre outros fatores. Complicações do nascimento,
prematuridade, desidratação, imaturidade do recém-nascido, etc. Nos fatores pós-
natais, fratura e contusão craniana, acidente vascular cerebral (AVC) ou aneurisma
cerebral congénito, hipoglicemia, entre outros fatores associados.
As pessoas com paralisia cerebral apresentam um maior risco para
comorbidades uma vez que seus músculos apresentam certa rigidez, sua
coordenação motora é comprometida, tem dificuldades para realizar movimentos
simples como caminhar ou pegar lápis ou uma colher. É um corpo específico que
precisa ser desenvolvido para que não atrofie ainda mais e agrave o caso da pessoa
com paralisia. A atividade física através da dança e da expressão corporal possibilita
que o corpo receba estímulos para que não atrofie ainda mais e comprometa o ser
organismo como um todo, serve não só para prevenir mas como também para
remediar certas doenças causadas por um corpo que tem pouco movimento.
Movimento gera movimento, saúde, bem-estar, sem falar da melhora significativa
que a atividade corporal proporciona como integração, inserção social, inclusão, a
percepção de si, do outro e do espaço, como também a questão afetiva que é muito
trabalhada nesse tipo de atividade.
Nas aulas de expressão corporal os alunos tendem a ser excluídos ou por
falta de formação ou de sensibilidade do professor. São muitas as escolas hoje em
dia que tem uma pessoa específica para que faça acompanhamento desse aluno
especial. Na proposta temos exercícios que são de dança que trabalham a
percepção corporal e a expressividade do aluno a partir do seu próprio corpo,
respeitando a sua história, bagagem cultural, suas limitações e seu histórico. A
proposta é desenvolver o aluno a partir do que ele apresenta, desenvolver nele
novas habilidades a partir do que ele pode executar enquanto exercícios corporal,
dar mais qualidade de vida, promover o bem estar individual e coletivo e
principalmente exercícios que contemplem a integração e a coletividade para que
esse aluno não seja invisível aos olhos dos outros alunos e da instituição escolar.
A dança contemporânea trabalha justamente essa questão, trazendo o
conceito de dança somática que define que todo corpo dança, todo corpo se
expressa, todo corpo é capaz de se expressar artisticamente, de desenvolver sua
expressividade, de tornar mais consciente e expressivo o movimento a partir do seu
próprio corpo, não trabalhando com parâmetros ou com corpos supostamente
atléticos e ideais para a dança, mas sim com qualquer corpo desde que essa se
permita, se conhecer, se expressar e se desenvolver artisticamente.
As brincadeiras, a dança e o vídeo game permitem ao aluno desenvolver a
sua motricidade através da ludicidade com momentos de descontração, alegria e
leveza. Buscam atingir o aluno de maneira descontraída facilitando assim o seu
aprendizado como também a troca com outros alunos. Desenvolver novas
habilidades corporais nos alunos de maneira lúdica e brincando é parte de um novo
projeto pedagógico que vem ganhando cada vez mais adeptos tanto entre
professores como em pedagogos, fisioterapeutas e médicos que tratam de
patologias ligadas a infância.
Pra o professor que atua dentro de sala de aula com alunos que necessitam
de práticas especiais, como no caso da paralisia cerebral esse precisa estar atento e
ser conhecedor do diagnóstico do aluno, quais as suas limitações corporais e
cognitivas para que consiga apresentar atividades que estejam de acordo com todo
o diagnóstico e todo o estudo que tem na área de atuação para que suas aulas
proporcionem ao aluno uma condição de se desenvolver enquanto ser humano a
partir das suas necessidades reais.
Se faz necessário ter um conhecimento prévio da fisiologia do corpo, entender
do diagnóstico do aluno, buscar aprender, evoluir, adaptar as atividades a realidade
do aluno, e no caso ter muita sensibilidade e disposição para promover a integração
e a melhoria do quadro clínico do aluno, fazer o aluno avançar, pois é isso que se
espera do professor, das famílias e da instituição escolar, criar condições e dar
oportunidade ao aluno para desenvolver novas habilidades corporais, expressivas e
cognitivas.
Pensar em aulas que abordem o conceito de ludicidade, dança, games e
brincadeiras é certeza de sucesso pois os alunos já estão habituados a pensarem
dessa maneira no seu dia a dia. Os games propõe um diálogo com a vida prática da
criança, com a sua faixa etária, estão dentro de um contexto de aula e são muito
bem recebidos até mesmo pelos que não praticam ou tem alguma resistência sobre
o jogo.
A escola contemporânea se propõe a ser mais interativa, lúdica, inventiva e
desde então se abriu novas possibilidades de ensino e aprendizagem que não tem
mais o professor como centro do ensino e detentor do conhecimento. As crianças já
acessam por si só os conteúdos aplicados nas salas de aula na velocidade de um
click, por isso o educador contemporâneo precisa se inventar, se atualizar e se
tornar também um pesquisador , estar em constante formação, ou um aprendiz pois
as crianças também têm muito a contribuir principalmente nesse contexto de games,
brincadeiras e jogos, da qual elas já nasceram e estão inseridas há muito mais
tempo que qualquer educador independente da sua idade.
3. PLANO DE AULA

CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS NO

ESPORTE BRASILEIRO

Este plano de aula pretende levar aos alunos diferentes atletas


brasileiros que lutam contra a homofobia, xenofobia, racismos… que hoje
lutam com a ONU para poder ter sua liberdade na cidadania e com o direitos
humanos. Partindo disso, os alunos deveram debater com seus pares,
questões relacionadas ao comprimento ou não do direitos humanos
na atualidade.

OBJETIVOS
Este plano de aula tem, além de objetivo geral, diferentes objetivos,
tanto na parte pedagogia sobre conteúdos transversais de cidadania e direitos
humanos e sobre temas da história do século XX e XXI, quanto na parte do
desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Objetivo geral: Desenvolver consciência crítica sobre os direitos
humanos e as garantias individuais e sobre a vigilância constante acerca do
acesso a eles por todas as pessoas.
Da primeira parte, os objetivos são:Trabalhar com os esportes
como fontes de conhecimento e reflexão;
Conhecer dois importantes marcos legais sobre o direitos humanos e as
garantias legais do cidadão;
Refletir sobre processo histórico de conquista e da cidadania e dos
direitos humanos;
Conhecer diferentes atletas brasileiros, que são defensores dessa
atividade e falar sobre eles;
Reconhecer o processo ainda inconcluso sobre a universidade do
direitos humanos e do acesso a cidadania.
De segunda parte, os objetivos são: desenvolver a cooperação em
trabalho em grupo;
Desenvolver o respeito e a tolerância frente a diferentes opniões;
Estimular a empatia , colocando-se no lugar daquele que não tem seus
direitos respeitados e até mesmo, se reconhecer como alguém como alguém
que não é respeitado pelo poder público.

REQUISITOS
Discussões prévias sobre cidadania e direitos humanos; leitura e
discussão do preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de
excertos da Constituição Federal de 1988; letras das músicas impressas para
que os estudantes possam fazer suas anotações; e tablet's e celulares com
conexão à internet para que os estudantes possam ouvir as músicas e fazer
pesquisas pertinentes à temática.

AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada durante todo o processo de execução das
atividades propostas. Inicialmente, o professor avaliará a realização da tarefa
de casa por meio da participação oral dos estudantes durante a
sistematização coletiva das discussões sobre os excertos da Declaração
Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal de 1988. Em
seguida, já em grupos, os estudantes serão avaliados tanto pela qualidade e
conteúdo das discussões realizadas por eles, quanto pela postura e atitude
perante o seu grupo. Caberá ao professor oferecer auxílio e orientações para
estimular os estudantes a analisarem esses atletas com maior profundidade.
Finalmente, a produção textual também faz parte deste processo pedagógico,
quanto o professor verificará qual foi o entendimento desses atletas e como
as discussões foram realizadas. E além da análise escrita, a discussão oral
realizada por todos os estudantes da sala também é um momento importante
para avaliação do trabalho realizado e para fechamento da atividade proposta,
cabendo ao professor fazer apontamentos sobre temas e questões que
tenham passado despercebido pelos estudantes e retomar temáticas para a
realização de um fechamento coletivo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que o Brasil está atrasado nesse processo, que nos países de
primeiro mundo esse conceito já está praticamente inserido e os professores
adaptados. Por isso nos últimos anos pensadores e estudiosos da educação
brasileira vem debatendo esse assunto e tornando-o cada vez mais popular dentro
do ambiente escolar, como forma de inovar e tentar diminuir o que hoje é um dos
maiores problemas da educação nacional a falta de interesse dos alunos pela e a
evasão escolar que tem crescido nos últimos anos.
Essa tendência extrapolam os números e exemplos, pois as crianças da era
digital tem infinitas possibilidades de jogos virtuais educativos grátis e que facilitam e
contribuem para o trabalho do professor, dos pais e da escola. Muitas crianças já
chegam na escola sabendo muitas coisas sem a intermediação do professor e dos
pais, pois tem o acesso ao celular e própria tecnologia de hoje oferecem muitas
experiências nesse sentido.
As aulas que abordam os temas e conteúdos através da ludicidade, das
brincadeiras e da dança geram nos alunos uma motivação extra para com a escola,
com os exercícios e atividades do professor, combatendo principalmente a falta de
interesse nos alunos, a evasão escolar. E por se tratar de uma aula com conceito de
jogo pode se trabalhar todo e qualquer tipo de disciplina e conteúdo com os alunos,
gerando neles a motivação, a cooperação e desenvolvendo as potencialidades em
busca de soluções de problemas que muitas vezes são coletivos.
Um dos principais benefícios e que por esse motivo segue como uma grande
aliada da escola em relação aos novos caminhos apontados pelas metodologias
ativas é que ela combate a evasão escolar e torna a escola uma novidade para os
alunos, aproxima professor e aluno de forma dinâmica, envolvente, alegre e
espontânea.
Nesse caso o aluno tem a oportunidade de se desenvolver de maneira mais
livre, conhecendo novas formas de expressão e de interação. A gamificação
fortalece as relações, a cooperação, desenvolve no aluno a capacidade de gerenciar
e solucionar problemas, assim como aprende também a se superar, a lidar com as
suas próprias fraquezas, limitações, fortalece as suas emoções e o ajuda a
desenvolver sua inteligência emocional e o respeito pelo espaço, pelo outro e pelas
regras de convivência.
5. REFERÊNCIAS

Brasília: MEC. Base Nacional Comum Curricular. Versão entregue ao CNE em 3


de abril de 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit
e.pdf. Acesso em: 22 agosto 2022.

GOBETTI, Sabrina Emanuele; SUTIL, Cristina. DANÇA INCLUSIVA PARA UM


PARALISADO CEREBRAL. Disponível em:b9645-gobetti,-sabrina-emanuele.-
danca-inclusiva-para-um-paralisado-cerebral.-lages,-unifacvest,-2016_2.-curso-de-
educacao-fisica..pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

FINCO, Mateus David; FRAGA, Alex Branco. Rompendo fronteiras na Educação


Física através dos videogames com interação corporal. Motriz: Revista de
Educação Física, v. 18, n. 3, p. 533-541, 2012. Disponível em:ARTIGOS
(scielo.br)Acesso em: 23 ago. 2022.

DA SILVA, Fernanda Carolina Toledo; BRACCIALLI, Lígia Maria Presumido.


Exergames como recurso facilitador da participação de aluno com deficiência
física nas aulas de educação física: percepção do aluno. Revista Cocar, v. 11, n.
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participação de aluno com deficiência física nas aulas de educação física: percepção
do aluno | Revista Cocar (uepa.br). Acesso em: 22 ago. 2022.

PEREIRA, Heloisa Viscaino. Paralisia cerebral. RevResidPediátr, v. 8, n. 1, p. 49-


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