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CLARICE CIRIACO DA SILVA

A LUDICIDADE COMO POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NAS


AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA PESSOAS COM
SINDROME DE DOWN

ESTACIO
SÃO PAULO
2014
CLARICE CIRIACO DA SILVA

A LUDICIDADE COMO POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NAS


AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA PESSOAS COM
SINDROME DE DOWN

Trabalho de conclusão de curso


Apresentado como requisito para
aprovação no curso de pós graduação
em Educação Física Adaptada e Saúde,
da Estacio de Sá sob orientação do
Profa. Ms. Chrystianne Simões Del Cistia

SÃO PAULO
2014
Atividade Física Adaptada e Saúde
Clarice Ciriaco da Silva

A LUDICIDADE COMO POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NAS


AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA PESSOAS COM
SINDROME DE DOWN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá,


como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Atividade Física
Adaptada e Saúde

Aprovado em, _____ de ______________ de 20___.

Examinador

______________________________________________________________

Prof. Dr. Luzimar Teixeira

NOTA FINAL ____________


SUMÁRIO

RESUMO
INTRODUÇÃO................................................................................................... 06
2.SINDROME DE DOWN.................................................................................... 09
3.LUDICO E EDUCAÇÃO FISICA ADAPTADA.................................................. 10
4.A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR, PARA AS CRIANÇAS................................ 11
6.CONCEITOS SOBRE LUDICO ...................................................................... 12
6.METODOLOGIA............................................................................................... 13
7.RESULTADOS E E DISCUSSÕES .............................................................. 14
8.CONCLUSÃO................................................................................................... 19
REFERENCIAS................................................................................................... 20
APÊNDICE A ...................................................................................................... 22
RESUMO

O lúdico possibilita ao aluno com síndrome down, interagir com os demais


colegas, e até mesmo na sociedade, traz ao mesmo a valorização do trabalho em
grupo e do companheirismo. Saber trabalhar isso na escola é de fundamental
importância, já que criança com este tipo de síndrome tem um certa dificuldade em
interagir com os demais colegas . Cabe ao professor mostrar novos métodos de
ensino e aprendizagem, dando ênfase nas atividades lúdicas, até mesmo para o
desenvolvimento cognitivo, social e motor. Mostrar que através da ludicidade é
PODEMOS levar o aluno em uma situação problema, dando-lhe liberdade para
resolver. Nesse trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa, na modalidade
descritiva,cujo o instrumento de coleta de dados se deu pelo questionário.
Participaram da pesquisa 3 alunos da instituição com objetivo de descrever a
ludicidade como possibilidade de intervenção nas aulas de educação física adaptada
para pessoas com síndrome de down.
PALAVRAS CHAVES: Interação, Companheirismo, Criança.

Abstract

The playful provides the student with down syndrome, to interact with others
colleagues, and even in society, brings the same appreciation of the work group
fellowship and know how to work it in school is crucial, since child with this type of
syndrome have a certain difficulty in interacting with other colleagues. The teacher
has to show new methods of teaching and learning, emphasizing the playful
activities, even to the cognitive, social and motor development. Show that with the
playfulness is also a way to bring the student to a problem situation, giving you the
freedom to solve. Participate in the survey about 10 students at the institution which
will be observed, collected and analyzed data for results.
KEYWORDS: Interact, Fellowship, Child.
INTRODUÇÃO

Muito se fala em trabalhar o lúdico nas aulas de educação física,


principalmente quando se fala em desenvolvimento, tanto motor como cognitivo.
Mas o porquê que essa ferramenta não se é utilizada nas escolas pelos profissionais
de educação física? Porque o lúdico não se é utilizado nas aulas de educação física
adaptada para necessidades na síndrome de Down, trazendo assim a falta de
interesse em fazer atividade por parte do aluno, é não os deixando se
desenvolverem.
Possivelmente porque o lúdico é considerado uma atividade onde o intuído é
o brincar, sendo assim desvinculada pelos profissionais de educação física, que
vêem nesse método de ensino somente o divertimento e o lazer. O brincar para o
desenvolvimento da criança, são muito importantes, pois é nela que eles aprendem
a viver em grupo, traz conhecimento e o mais importante faz com que seu
desenvolvimento motor seja mais amadurecido. As palavras de Stevens (apud
MOYLES, 2002), que o brincar “é necessário e vital para o seu amadurecimento
como um ser social”. A criança com síndrome de Down deve ser estimulada como
qualquer outra. Suas iniciativas devem ser valorizadas, mas é necessário que ela
conheça, como qualquer outra, as regras e os limites de um jogo, pois é normal que
apresente dificuldades para reconhecê-los. FRUG (2011).
Para isso e preciso entender o que é o lúdico, qual a sua importância, para se
ter qualquer opinião referente ao assunto. Não é preciso ter movimentos precisos,
perfeitos onde o aluno se sinta reprimido em praticá-los, basta deixá-lo livre,
enfatizando sempre o sentido da atividade, com lúdico a criança cria valores sociais,
como aprende a respeitar regras, cooperação e companheirismo com os demais.
Piaget (2007), afirma que os jogadores a partir de
sete anos apresentam um duplo progresso. Sem conhecer
ainda de cor todas as regras do jogo asseguram-se, ao menos,
da unidade das regras admitidas durante uma mesma partida
se controlam uns aos outros, de modo a manter a igualdade
frente a uma lei única.

6
O lúdico para Marcellino (2009) como método de ensino, pode trazer aos
alunos conhecimento principalmente quando se fala em atividades relacionadas ao
âmbito interdisciplinar, onde com movimentos possa-se trabalhar a corporeidade,
sem que isso se torne repetitivo, mostrar que uma boa educação não se trata ficar
sentado em uma sala de aula, onde o professor ministra e os alunos simplesmente
absolver o conteúdo proposto, ou então ir para aula de educação física e ter uma
aula pratica, em que o movimento correto é o mais importante.

Silva (2007 p.52) Nossa educação escolar carece


de mais movimento. Nossas crianças passam tempo muitas
tempo sentado na escola. Uma Educação lúdica é baseada no
movimento corporal.com as brincadeiras corporais, as crianças
enfrentam a ansiedade natural do movimento, fortalecendo se
ego e possibilitando um prazer sinestésico.
Cair,chutar,pular,correr,arremessar são tão necessárias à
criança como comer.

Acredito que através do lúdico, em especialmente o jogo é possível transmitir


conhecimento dos conteúdos da educação física, através da aula, fato esse que é
repassado aos alunos de forma tranqüila e sem cobrança. Segundo Silva (2007
p.95). No jogo a satisfação é muito mais do que no trabalho. No trabalho, devemos
superar os desafios da realidade objetiva e no campo lúdico nossas satisfações
subjetivas percorrem um espaço mais fluido.

Contudo o que se deve observar é se as aulas hoje, proposta pelos


profissionais de educação física faz com que os alunos consigam absorver
conteúdos as aulas ministradas por tais profissionais conseguem suprir as
necessidades dos alunos, E se colocasse uma atividade lúdica e uma atividade
tecnicista o absorção seria o mesma, por todos. O objetivo deste estudo foi
descrever a ludicidade como possibilidade de intervenção nas aulas de educação
física adaptada para pessoas com síndrome de down.

7
2.SINDROME DE DOWN

Segundo Frug (2011) a palavra síndrome um conjunto de características que


prejudicam de algum modo o desenvolvimento ou o desempenho do individuo. De
acordo com projeto Down (1985), Síndrome de Down é essência um atraso do
desenvolvimento, tanto das funções motoras como das funções mentais. Frug
(2011) afirma que há alguns sinais físicos que auxiliam no diagnostico, como
hipotonia, abertura das pálpebras inclinadas com a parte externa mais elevada,
língua protusa, prega única na palma da mão. Muitas crianças com síndrome de
Down apresentam pés chatos por causa da frouxidão dos tendões (PUESCHEL
2007). O funcionamento intelectual também é abaixo da media, a dificuldade de
adaptação ou de eficiência para o individuo responder aos padrões de
independência pessoal e responsabilidade individual e social esperados por idade e
grupo. (FRUG 2011).

Pueschel (2007) enfatiza que nem todas as crianças com síndrome de Down
apresentam as características anteriores citadas, e alem disso algumas podem
apresentar características mais acentuadas que as outras.

8
3.LUDICO E EDUCAÇÃO FISICA ADAPTADA

O lúdico propicia aos alunos da educação física adaptada a interagir com os


demais colegas, e principalmente com o corpo. Marco (2008) enfatiza que o corpo
em movimento sempre possível e necessário para o conhecimento do mundo por
meio de relações do corpo consigo mesmo e com os outros corpos.
Podemo-nos perguntar onde está, em todo este contexto, o corpo da pessoa
com uma condição de deficiência. De fato, todo este interesse sobre o corpo, tendo-
o elevado para uma visibilidade e dignidade antes inexistente, acabou por se centrar
no interesse e na celebração do corpo são e belo. Falta-nos ainda muita reflexão
sobre os corpos diferentes também designados por “corpos extraordinários”. Neste
ambiente, onde pode explorar a arte o professor deve ser o facilitador do processo
educativo, no qual os corpos se movimentam criativamente, contando com suas
possibilidades, em diálogos que propiciam a incorporação do vivido para alem do ato
motor, pois, como nos colocam Marco (2008) apud (SOARES e MADEIRA 2005,
P.75). Na educação de crianças e jovens com condições de deficiência há
freqüentemente o impulso – um tanto manifesto – de “ignorar” o corpo, “ultrapassá-
lo” e superá-lo. Como se a educação tivesse por objetivo desenvolver um ser “a
corporal” ou que ele fosse desvalorizado como mero sinal visível da incapacidade.

9
4.A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR, PARA AS CRIANÇAS

Brincando a criança se desenvolve, para mundo, buscando formas de se


expressar perante a sociedade em geral. Marcellino (2009, p.48), ”através de o
lúdico brincar, a criança expressa suas fantasias, seus sentimentos suas ansiedades
e suas experiências”.
Halaban, Zatz (2006, p.13), “a brincadeira é um atividade inerente ao ser humano.
Durante a infância, ela desempenha um papel fundamental na formação e no
desenvolvimento, físico, mental e intelectual do futuro adulto”. Brincando a criança,
interage mais, e aprende a se desenvolver para o mundo. O brincar não significa
apenas recrear, é muito mais. È uma das formas que a criança encontra de se
comunicar com o mundo (JESUS, 2010, p.5).
Contudo a criança se sente estimula a procurar novas descobertas, tem por
objetivo buscar soluções e resoluções de problemas, assim descobre caminhos
desenvolvendo-se para um ser social, tendo assim um crescimento sadio e
equilibrado para seu dia a dia.

10
5.CONCEITOS SOBRE O LÚDICO

O lúdico possui vários conceitos, entendimentos, pode ser brincadeira,


brinquedo, divertimento, para Marcelino (2009, p.18):

Prefere entender o lúdico não “em si mesmo”, ou


de forma isolada nessa ou naquela atividade (brinquedo, festa,
brincadeira, etc.), mas como componente da cultura,
historicamente situada e a cultura não somente como produto,
mas enquanto processo observação que o lúdico também deve
ser visto dessa dupla perspectiva.

Ferreira 1986 (apud AGUIAR 2004, P.19):

Essas palavras podem significar: jogo - brinquedo,


passatempo, divertimento, brinquedo -“objeto que serve para
crianças brincarem, jogos de crianças e brincadeiras”,
brincadeiras – “divertimento, brinquedo, jogo passatempo,
entretenimento, ato ou efeito de brincar”, lúdicas – “o que tem
caráter de jogos, brinquedos e divertimentos”.

“Os termos jogo e brincadeira têm sido utilizados na linguagem popular com o
mesmo significado. Para Friedmann (1996), o lúdico envolve o jogo, a brincadeira e
o brinquedo”. (KISHIMOTO, 1994 apud AGUIAR 2004 P.19).
Gomes (2000 apud AGUIAR 2004, P.19) “prefere usar o termo “atividade
recreativas”, em vez de jogo, brincadeira, brinquedo e lúdico, justificando sua opção
pelo de a palavra jogo ter sentido polissêmico.”.
Contudo o lúdico traz novas perspectivas, fazendo com que a criança, tenha
mais liberdade, em praticar certos movimentos. Segundo Silva (2007 p.7) o lúdico
seria qualquer atividade em que existe uma concentração espontânea de energias
com finalidade de obter prazer da qual o indivíduos participem com envolvimento
profundo e não por obrigação.

11
6.METODOLOGIA

Para este trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa, na modalidade


descritiva, na qual iremos descrever as características da população escolhida e
posteriormente relacionar os resultados obtidos (GIL, 2009). Quanto aos
procedimentos técnicos foram utilizados o levantamento de dados, que se
caracteriza pela “interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja
conhecerem” (GIL, 2009, p 50).
O tipo de levantamento escolhido foi o questionário, que é um documento
“constituído por uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito”
(MARCONI & LAKATOS, 2009, p 203) e que tem a “finalidade de averiguar a opinião
dos indivíduos” (NEGRINI, 2004, p 80). Foi escolhido o questionário como
instrumento de coleta de dados, pois dessa forma podemos obter um grande
número de dados, contemplando um grande número de pessoas e as respostas
podem ser mais precisas (MARCONI & LAKATOS, 2009; NEGRINI, 2004).
O questionário composto por perguntas fechadas de múltipla escolha, sendo
a última pergunta aberta, onde será permitido que o informante responda livremente,
usando linguagem própria, e emitindo opiniões (MARCONI & LAKATOS, 2009).
As questões contidas no referido questionário procuram abordar os temas: a)
participação e entendimento das aulas de EFA; b) verificar as atividades mais
praticadas nos momentos de lazer; c) investigar se as aulas de EFA influenciam na
percepção área física e motora corpo e a própria imagem.
Participaram deste estudo, alunos regularmente matriculados na Intituição Fé
e Alegria localizado no bairro de Itaquera (São Paulo – SP), constituindo
aproximadamente 40 alunos.O questionário foi devidamente preenchido pela
psicóloga da instituição.
Ao iniciarmos as análises percebemos que foram respondidos 3
questionários. Pois dos 40 alunos que estão matriculados na instituição,6 são
síndrome de down,dos 6 somente 3 praticam atividade física.

12
7.RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos três questionários respondidos, pela psicóloga da escola, pode-se


identificar que a media de idade, entre os alunos é de 15 a 17 anos, que aqui iremos
identifica-los como, sujeitos 01,02,03. Para que seja preservada a identidade dos
mesmos.
Inicialmente perguntamos sobre a participação ativa nas aulas de EFA,
verificamos que dos três alunos, somente o sujeito 03 participa das aulas
regularmente,sujeito 2 as vezes participa e o sujeito 01 nunca participa.

Participação ativa nas aulas de EFA


SUJEITO 01 Nunca
11%

SUJEITO 02 As
vezes
25%
SUJEITO 03
Regular
64%

Figura 1: Mostra que dos três somente o sujeito 3 participa regularmente das aula de
educação física.

Tendo em vista que as aulas de educação física tem um papel importante no


desenvolvimento global dos alunos, principalmente daqueles com deficiência, tanto
no desenvolvimento motor quanto no desenvolvimento intelectual, social e afetivo.
Sem as aulas de Educação Física Adaptada, esse desenvolvimento, seria
impossível, ou tardio. Para Costa, et al. ([2012 ou 2013]) a atividade física para
pessoas com deficiência intelectual tem vários benefícios, uma delas melhoria do
equilíbrio psicológico e da relação com o seu meio, desenvolvimento da
13
coordenação neuromuscular, auto-confiança, desenvolvimento da expressividade,
criatividade, espontaneidade e socialização, pontos importantes no processo de
integração com a sociedade.
Sabemos o quanto é difícil à inclusão, principalmente quando se trata das
aulas de educação física.
Quando perguntamos se o professor, inclui nas atividades propostas em aula.
A resposta foi sim para os três sujeitos, entende-se que o processo de
inclusão vem sendo desenvolvido na instituição.

Quando perguntamos se o professor,


inclui nas atividades propostas em
aula

SUJEITO 1 sim
33% 33% SUJEITO 2 sim
SUJEITO 3 sim

33%

Figura 2: Demonstra que os três sujeito são inclusos nas atividades propostas em aula.

Segundo  Sassaki (1999, apud Marques, et al. 2008) a inclusão é a


modificação da sociedade como pré-requisito para que pessoa com deficiência
possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania. De maneira geral, a
inclusão nas aulas de educação física, faz com que pessoa com deficiência
intelectual, e sendo ela uma síndrome de down, um individuo capaz de ser
independente, se socializar com os colegas, com a sociedade, de viver como uma
pessoa “normal”, que também tem duvida, assim como nós temos, pois levam mais
tempo pra aprender e compreender solicitações .
Uma das perguntas do questionário referente a entender o que era proposto
pelo professor em aula, a resposta foi sim para os três sujeitos.

14
Entende o que era proposto pelo
professor em aula

33% 34% SUJEITO 1 sim


SUJEITO 2 sim
SUJEITO 3 sim

33%

Figura 3: Mostra que os três sujeitos entende o que é proposto pelo professor.

Importante que se trabalhe com modelo, exemplos e certificar de que a


pessoa compreendeu, e respeitar seu ritmo, pode demorar, mas surpreendera com o
resultado.
Uma das formas de se propor a inclusão nas aulas de educação física, é
através dos jogos cooperativos, pois com eles aprende-se a considerar o outro que
joga como um parceiro, e não como adversário, fazendo com que a pessoa aprenda
a se colocar no lugar do outro, e não priorizar seu lado.
Uma das perguntas do referido questionário, era quanto a realização de
atividade física como jogos cooperativos, os três sujeitos responderam às vezes.

Quanto a realização de atividade


física como jogos Cooperativos
SUJEITO 1 as vezes
SUJEITO 2 as vezes
33% 33% SUJEITO 3 as vezes

33%

Figura 4: Demonstra que os três sujeitos as vezes realização atividade física como
15
Jogos cooperativos.

Segundo Vieira (2013 ) Os jogos são importantes instrumentos de


desenvolvimento de crianças e jovens. Longe de servirem apenas como fonte de
diversão, o que já seria importante, eles propiciam situações que podem ser
exploradas de diversas maneiras educativas. Para Gonçalves ( 2001 ) trabalha   o
aspecto da corporeidade no seu real significado, ou seja, propiciando aos alunos
oportunidade de vivenciarem   os   mais   diversos   gestos,   expressões   e  
movimentos.
Quando questionados se usam um repertorio ampliado de movimentos
corporais, tanto em situações de expressões quanto em atividades esportivas. Os
sujeitos 1 e 3 usam muito pouco, apenas o sujeito 2,tem um repertorio ampliado de
movimento.

Usam um repertorio ampliado de


movimentos corporais
SUJEITO 3 as vezes SUJEITO 1 as vezes
22% 22%

SUJEITO 2 sim
56%

Figura 5: Mostra que dos três, somente o sujeito 2 tem um repertorio ampliado de
movimentos.

Segundo o mesmo autor


através da alegria do lúdico seja possível oportunizar  a possibilidade de vivenciarem 
 os mais diversos padrões de movimento e interagirem consigo   mesmos   e   com  
o   grupo.
Pensar na atividade lúdica, não é pensar no jogo pelo jogo, mas sim
possibilitar a criança ou adolescente com deficiência intelectual, como a síndrome de
down, em reconhecer a si mesmo e suas possibilidades de movimento.
Perguntamos se através do lúdico nas aulas de educação física, o aluno que
tem a síndrome de down, pode melhorar os aspectos motores e psicossocial pra sua
16
vida?A psicóloga respondeu para os três alunos que acredita que o lúdico em
qualquer aula é de extrema importância, pois através deste que as crianças
simbolizam suas necessidades, dificuldades e satisfação.
O lúdico como método de trabalho, da ênfase nos jogos como forma de
ensino e aprendizagem, enfoque na integração social e afetiva. Santos (2010), que
as atividades lúdicas possibilitam desenvolver nas crianças, a afetividade e o
convívio social, opera mentalmente .

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8.CONCLUSÃO

Neste estudo verificou-se que há varias maneiras de se trabalhar o


lúdico nas aulas de educação física adaptada, principalmente para pessoas com
Síndrome de Down, onde o mesmo traz ao aluno interação com os colegas e
principalmente com a sociedade, tornando-se um cidadão critico reflexivo.
Vimos que através das atividades lúdicas, como os jogos cooperativos,
a criança e ou adolescente, tem a percepção total em seus aspectos motores,
afetivos, sociais e morais, revelando também muito das estruturas mentais
sucessivas das mesmas, e interagir com os demais colegas, e principalmente com o
corpo. Muitos profissionais acreditam que o lúdico, serve somente para o lazer e o
divertimento, entretanto o que se tem visto em pesquisas é que o mesmo se mostra
de formas a se trabalhar a corporeidade, movimentos corporais, e as habilidades
básicas.
Basta o profissional de Educação Física, ter mais embasamento e
criatividade, nas suas aulas, utilizando meios não padronizado, adaptando regras e
jogos assim o mesmo terá a participação em massa dos alunos nas atividades
desenvolvidas, possibilitando a criatividade, a espontaneidade e criticidade.

18
REFERÊNCIAS
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VIEIRA,Martha B. A importância dos jogos cooperativos como conteúdo de ensino


nas aulas de Educação Física infantil. Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº
176, Enero de 2013.

20
APÊNDICE A – Questionário

Este questionário faz parte de um projeto de Especialização em educação física


adaptada e
tem como objetivo verificar, A LUDICIDADE COMO POSSIBILIDADE DE
INTERVENÇÃO NAS AULAS DE ED.FIS ADAPTADA PARA SINDROME DE
DOWN. Responda-o seguindo estas orientações: leia as perguntas com atenção;
marque um X uma única resposta; responda todas as questões. Os
questionários ficarão em posse do pesquisador que os manterá em sigilo.

NAS AS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA


1 - Frequenta clubes ou espaços de lazer e recreação
( ) Sim ( )as vezes ( )nunca
2 – Participa ativamente das aulas da educação física?
( ) Sempre participa ( ) As vezes participa ( ) nunca participa
3 – O professor de Educação Física, inclue nas atividades proposta em aula.
( ) Sim, ( ) as vezes ( ) nunca
4- Quando participa, entende o que é proposto pelo Professor.
( ) sim ( ) não ( ) Quando tem duvidas, tira as mesma e consegue voltar a
participar
5- Realiza atividade física como jogos cooperativos etc.

( ) sempre ( ) as vezes ( ) nunca


6 – Quantas vezes por semana pratica algum tipo de atividade física
( )Uma vez por semana ( )Duas ou mais vezes por semana ( )Nunca
7– Participa de uma dessas atividades
( ) Musica ( )Dança ( )Esporte
8 – Se acha incluso nas aulas de educação física pelo professor e/ou pelo
colegas de sala
( ) Sim ( ) as vezes ( )nunca
9 - Na educação física relacionamento com os colegas é melhor que do que
nas
outras disciplinas?

( ) Não ( )Pouco ( ) Muito

10 -A educação física é uma disciplina prazerosa?


( ) Não ( ) Pouco ( ) Muito
11 - As atividades desenvolvidas nas aulas de educação física são divertidas?
( ) Não ( ) Pouco ( ) Muito
12 Quando o conteúdo da aula é esporte fica alegre?
( ) Não ( ) Pouco ( ) Muito
13 - Quando o conteúdo da aula é exercício físico fica feliz?

21
( ) Não ( ) Pouco ( ) Muito

APRESENTA MELHORA
ÁREA DE REPRESENTAÇÃO ESPACIAL ORIENTAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL

14 - Anda devagar: ( ) Muito ( ) Um pouco ( )Não muito


15 - Anda depressa ( ) Muito ( ) Um pouco ( )Nunca
16 - Corre. ( ) Muito ( ) Um pouco ( ) Nunca
17 - Pula. ( ) Muito ( ) Um pouco ( ) Nunca
18 - Salta. ( ) Muito ( ) Um pouco ( ) Não muito
19 - Percepção de relações espaciais (profundidade, orientação, movimento
( ) Muito ( ) Um pouco ( )Não muito

TEM PERCEPÇÃO NA ÁREA FÍSICA E MOTORA CORPO E A PRÓPRIA IMAGEM

20 - Reconhece e indica as partes do corpo


( ) Sim,Reconhece e indica ( )Reconhece,mas não indica ( )Não,reconhece e
nem indica
21 - Sabe as funções das partes do corpo. ( ) Sim ( ) Um pouco ( )Não

22 -Tem noção de direção ( ) Sim ( ) Um pouco ( )Não

23 - Reconhece direita e esquerda em si mesmo.


( ) Sim,Reconhece ( ) Reconhece com ajuda ( ) Não , reconhece
24 - Reconhece direita e esquerda no outro. ( ) Sim ( ) Um pouco ( )Não

25 - Demonstra noções de em cima e embaixo


( )Sim,dos dois ( ) somente de um dos dois ( ) Nem um dois dois

26 - Usa o repertório ampliado de movimentos corporais, tanto em situações


de expressões quanto em atividades esportivas.
( ) Sim ( )Muito pouco ( )Nunca
27 - Agrupa-se com os colegas para atividades esportivas de forma organizada
e com autonomia
( )Sim ( )as vezes ( )Nunca
28 - Compreende as diferentes velocidades e trajetórias: lento, rápido, médio,
curva.
( )Sim ( )as vezes ( )Nunca
29 - Lança, rola, bate e rebate uma bola, visando alvos fixos e móveis.
( )Sim ( )as vezes ( )Nunca
30 - Compreende a necessidade de regras em contextos esportivos,
submetendo-se a elas.
( )Sim ( )as vezes ( )Nunca

INDEPENDÊNCIA MOTORA
22
31 - Levanta-se sem precisar de ajuda. ( )Sim ( )as vezes ( )Nunca
32 - Senta-se sem precisar de ajuda. ( )Sim ( )as vezes ( )Nunca
33 - Sobe escadas ( )Sim ( )as vezes ( ) Nunca
34 - Desce escadas. ( )Sim ( )com ajuda ( )Nunca
35 - Apóia para subir em escada ( )Sim ( )as vezes ( )Nunca
36 - em linha reta ( )Sim ( ) Com ajuda ( ) nunca
37 - Abaixa para pegar algum objeto ( )Sim ( )com ajuda ( )Nunca
38 - Apresenta agitação motora ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Nunca
40 - Cai com facilidade ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Nunca
41 - Caminha junto ao grupo ( ) Sim ( ) As vezes ( )Nunca
42 - Caminha sozinho em pequenas distâncias ( ) SiM ( ) As vezes ( ) Nunca
43 - Sabe voltar sem ser chamado ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Nunca
44 - Reconhece o caminho de casa ( ) SiM ( ) Reconhece,com ajuda ( )
Nunca
45 - Apresenta movimentos lentos ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Nunca
46 - Apresenta movimentos rápidos ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Nunca
47 - Apresenta movimentos estereotipados ( ) Sim ( ) As vezes ( ) Nunca
48 - Deixa cair com facilidade os objetos que segura ( ) sim ( ) As vezes ( )
Nunca
49 - Desvia-se de obstáculos ( ) sim ( ) As vezes ( ) Nunca
50 -Mantêm o equilíbrio. ( ) sim ( ) As vezes ( ) Nunca

Acredita que através do lúdico nas aulas de educação física, o aluno que tem a
síndrome de down,pode melhorar os aspectos motores e psicossocial pra sua ida?
Justifique.

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