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O NOVO PROFESSOR

DE DANÇA INFANTIL
POR NELMA DARZI
INTRODUÇÃO

Muito se fala em ludicidade quando se trata do ensino da


dança para crianças e já vimos como as atividades lúdicas
são importantes e fundamentais na educação infantil.

Agora estamos propondo um conteúdo diferente, onde


iremos abordar novas estratégias para a prática da dança
infantil, visando principalmente a faixa etária entre 5 e 7
anos de idade. O objetivo desse trabalho é preparar melhor
o físico dos alunos para que, a partir dos 8 anos de idade,
consigam ter uma musculatura mais fortalecida, melhor
consciência dos seus movimentos, e uma boa postura.
Com determinadas habilidades bem desenvolvidas, os
alunos poderão iniciar a técnica do ballet clássico e de
outras modalidades de dança com o corpo mais bem
preparado para receber as demandas de exercícios e
movimentos que a dança exige.
O QUE VEM MUDANDO
NO MUNDO?

Atualmente podemos perceber mudanças significativas


nas performances de bailarinos profissionais. Apesar de
serem artistas, os bailarinos precisam ter um preparo físico
comparado à de um atleta, com muita explosão, força,
velocidade, resistência física e precisão de movimentos.
Concluímos assim, que os bailarinos da época
contemporânea, precisam ter um condicionamento físico
específico e que não podem mais continuar fazendo
somente as aulas de ballet clássico. Por isso, que hoje em
dia, é muito comum nas grandes companhias de dança, os
bailarinos serem acompanhados por um profissional de
educação física orientando um treinamento funcional,
aulas de musculação e pilates. Muitas dessas atividades
extras são essenciais na prevenção de lesões, na qualidade
técnica dos movimentos, no aumento da resistência física,
de potências e velocidade.

Além desse condicionamento físico, os bailarinos das


grandes companhias de dança também são
acompanhados por fisioterapeutas e em alguns casos, por
psicólogos, como já acontece no esporte profissional.
COMO ISSO AFETA AS
ATIVIDADES COM CRIANÇAS?

Em função dessa transformação na performance da dança


profissional, observamos mudanças constantes no
trabalho de dança infantil. Hoje em dia podemos ver
crianças de 11 anos dançando variações de repertório com
uma desenvoltura e técnica bem avançada. Variações que
foram criadas por grande coreógrafos para solistas e
primeiras bailarinas - E isso é certo ou errado?
Esse é um assunto a ser debatido com muito cuidado e
estudo, afinal, não é só o físico e a técnica da criança que
está em jogo, mas também todo um aspecto psicológico e
emocional.

Nesse estudo específico, estamos falando do


desenvolvimento da dança com crianças na faixa etária de
5 a 7 anos de idade, portanto não entraremos na questão
de altas performances, mas entendemos que essas
mudanças começam a acontecer também nas aulas de
dança com crianças dentro dessa faixa etária. Esse
processo deve ser cuidadosamente analisado pra que
possamos trazer inovações a esse segmento de forma
didaticamente correta, sem correr o risco de causar lesões,
pular etapas e desmotivar as crianças. Essa passagem
deve ser feita gradativamente com conteúdos bem
estabelecidos e práticas de ensino bem definidas.
Outra questão que implica em resultados e fazem toda
diferença é o fato da criança frequentar as aulas 2, 3 , 4, 5
ou 6 vezes por semana. Não podemos oferecer o mesmo
treinamento e nem esperar o mesmo resultado de uma
criança que faz aula duas vezes por semana e uma outra,
da mesma idade, que faz aulas 5 vezes, por exemplo.

Além disso tem o grau de interesse e participação do aluno.


Quanto mais a criança gostar da atividade maior será o
seu esforço e motivação, consequentemente melhores
resultados. Por fim, chegamos as diferenças físicas.

Crianças que já nascem com muita facilidade de


alongamento, mobilidade articular, pés com boa curvatura,
com boa coordenação, terão chances de um aprendizado
mais acelerado e com menos esforço.
REFLETINDO SOBRE ESSAS
MUDANÇAS!

Como diretora artística da escola Petite Danse, percebo que


a maioria das crianças chegam aos 10, 11 anos sem um
preparo físico apropriado para iniciarem os exercícios
técnicos da dança, principalmente do ballet clássico.

Quando chegam a essa idade (10, 11 anos), as meninas


precisam estar prontas pra iniciarem os trabalhos nas
pontas e se a musculatura estiver flácida, a postura
incorreta e a falta de consciência dos movimentos, todos os
exercícios técnicos ali aplicados serão em vão. Não estando
o físico preparado pra essa demanda de exercícios, o risco
de lesão pode ser maior e a motivação pela atividade da
dança pode desaparecer.

Os meninos também precisam estar com o físico mais bem


preparado pra que possam praticar os saltos e giros com
mais precisão e qualidade. Muitas escolas, como a escola
da Opera de Paris, já iniciam os educativos de doublé tour
aos 8 anos de idade, porém com meninos que fazem aulas
diariamente e que foram selecionados pelo físico.
É importante explicar, que não pretendemos estabelecer um
planejamento com exercícios rígidos, mas sim com uma
proposta pedagógica direcionada a prática do movimento
onde os alunos terão a oportunidade de desenvolver
habilidades essenciais a atividade da dança, sem que pra
isso seja necessário abandonarmos a ludicidade no nosso
planejamento. Essa inovação pode ser feita mantendo
desafios e jogos corporais e assim a motivação e o prazer
pela atividade.

COM QUE IDADE PODEMOS


INICIAR ESSA MUDANÇA?

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

É na infância que ocorrem as maiores transformações


físicas e psicológicas e observamos que a pratica de
atividade físicas está começando cada dia mais cedo. Por
isso, é necessário um cuidado por parte de professores
para que as crianças possam se desenvolver através de
uma prática consciente, saudável e prazerosa.
A anatomia da criança é dinâmica, funcional e está em
contínua modificação. Essa mudança ocorre em função do
ambiente onde a criança vive, dos hábitos alimentares, de
fatores relacionados a atividades físicas que ela pratica e
do grau de interesse e frequência nessas atividades.

Sabemos que a prática de atividades físicas na infância,


pode trazer uma série de benefícios tanto no aspecto físico,
como social e emocional. Além disso, a atividade física na
infância significa estabelecer uma base sólida pra
evitarmos o sedentarismo e obesidade na idade adulta.

As respostas do organismo ao exercício físico são as


mesmas para crianças, adolescentes e adultos; porém
existem alguns cuidados que devem ser tomados quando
falamos no desenvolvimento infantil.

Antes de iniciarmos um treinamento específico, precisamos


saber se a criança está pronta:

No aspecto psicológico – Adaptação, interesse e


motivação
No aspecto físico – Analisar a idade das crianças,
condições físicas - coordenação, força muscular e
consciência de movimento
OS EXERCÍCIOS DEVEM SER...

Do mais fácil para o mais difícil – seguindo uma


progressão pedagógica

De um movimento conhecido para um exercício novo

Do estável para o instável

IDADE: Com crianças de 3 e 4 anos é extremamente


necessário utilizarmos uma metodologia totalmente lúdica,
com uso de histórias e simbolismo. A partir dos 5 ou 6 anos,
podemos pensar e estudar um conteúdo um pouco mais
desafiador, mas sem que se perca o sentido do “BRINCAR”.

É importante também observar se essa criança de 5 e 6


anos já passou pela primeira fase de preparação I ( 3 e 4
anos). Se a criança nunca fez aulas de dança
anteriormente, é importante que ela pratique inicialmente
os conteúdos da fase 1, mesmo que esse conteúdo seja
dado de forma mais dinâmica.

Lembramos que “O Brincar” ainda é a forma mais completa


de aprender.
O BRINCAR
Apesar de toda inovação que possamos fazer no ensino da
dança, o BRINCAR será sempre imprescindível para que a
criança consiga manter conexões afetivas e sociais no
meio onde vive, pois é brincando que exploramos as
relações, descobrimos os objetos, o espaço e novas
vivências .

Durante a brincadeira, a criança aprende a ouvir,


argumentar, tomar decisões, criar, imaginar.

Já refletiram sobre todas as capacidades que podemos


desenvolver nas crianças através das brincadeiras?
- Liderança
- Memória
- Atenção
- Imaginação e criatividade.
- Concentração
- Habilidades motoras
- Habilidades perceptivas e cognitivas
- Ampliam suas relações
- Estimula a curiosidade
- Autonomia
- Desenvolve a linguagem e o pensamento
- Desenvolve a socialização
- Ensina a respeitar regras
- Contato e aceitação a diversidade
- Capacidade de escolha
- Desenvolvem aspectos morais

Obs: Esse momento de reflexão sobre o “Brincar”, foi apenas


com a intenção de dizer que utilizaremos sempre uma
metodologia lúdica nas atividades com crianças e mesmo
tendo como foco um trabalho de força, a ludicidade pode
ser mantida.
NOVAS HABILIDADES E
COMPETÊNCIAS

HABILIDADES = Saber fazer

COMPETÊNCIAS = Conjunto de saberes e habilidades – É a


mobilização do conhecimento, atitudes e valores

Além das habilidades motoras específicas, abordaremos


também competências que serão imprescindíveis a
formação integral dos alunos, pois não adianta
desenvolvermos a capacidade das crianças, em por
exemplo, saltar, esticar os pés, ter boa postura, se elas não
sabem escutar, se comunicar, expressar suas ideias, emitir
opiniões, ter autoestima. Existe uma série de competências
que serão imprescindíveis na vida adulta.
.
Essas competências serão orientadas tendo como
referência a BNCC – Base Nacional Comum Curricular

"A Dança não se faz apenas dançando,


mas também sentindo!"
(Klauss Vianna)
HABILIDADES ESPECÍFICAS

As habilidades que serão desenvolvidas nesse novo


programa não eliminam as atividades práticas
estabelecidas anteriormente. Logo, todo conteúdo de aula
estabelecido no projeto pedagógico anterior deve ser
mantido. As habilidades que serão sugeridas nesse
momento, servirão como complemento da aprendizagem e
algumas já foram vistas, mas agora serão abordadas de
forma mais complexa e vamos sugerir aos professores um
estudo básico sobre a estrutura óssea do corpo humano e
as funções musculares.

Força muscular
– Isométrica e dinâmica (fortalecimento).

Quando falamos no trabalho de força com crianças, alguns


especialistas fazem um alerta de contra indicação, pois um
trabalho de força executado de forma errada pode
prejudicar o desenvolvimento ósseo e consequentemente o
crescimento da criança. Por isso, as práticas direcionadas
nesse programa foram estudadas e elaboradas com todo
cuidado por profissionais especializados no trabalho de
dança infantil e deverão ser aplicadas sempre com a
supervisão do professor da turma.
O que é Força?

A força muscular é a capacidade física resultante da


contração dos músculos que nos permite movimentar o
corpo, levar objetos, empurrar, correr, engatinhar, puxar ,
resistir. É uma das capacidades motoras mais importantes,
pois todo movimento parte de uma força motora.

A criança quando engatinha já está fazendo uma atividade


de força. Quando um bebê apoia as mãos numa mesa
para ficar na posição em pé, o seu corpo está executando
um dos primeiros fundamentos de força e resistência.

A força muscular é uma das condições fundamentais pra


criança interagir com o mundo exterior. Movimentos básicos
como correr, andar de bicicleta, brincar, exigem da criança
um estímulo de força dos membros inferiores e superiores.

Os exercícios deverão ser orientados pra promover


benefícios sem eliminar os aspectos lúdicos que toda
atividade pra criança deve ter. Intensidades leves, atividade
supervisionada, sem muitas repetições e exercícios
realizados apenas com o próprio peso corporal da criança.
Importante observar e avaliar as diferenças individuais em
cada criança, o nível de crescimento e desenvolvimento
motor.
Benefícios: melhora a coordenação motora, previne lesões,
melhora a consciência do movimento, melhora o equilíbrio
e o desempenho na dança de um modo geral.

Força Isométrica – O musculo faz força, mas não executa


nenhum movimento.

Força dinâmica – O músculo gera a força e tem


movimento.

Propriocepção e equilíbrio

É uma capacidade funcional, onde trabalhamos o equilíbrio


e a percepção do corpo em relação ao espaço.

Desestabilizar o corpo pra que os músculos recuperem o


equilíbrio corporal em relação ao espaço onde esse corpo
está.

Exemplo: brincadeira da amarelinha: a criança pula de


duas para uma perna e depois precisa abaixar pra pegar a
pedrinha. A propriocepção está exatamente nesse
movimento que o corpo faz em retorna da posição do
tronco abaixada para a posição ereta, mantendo o apoio
de um só pé no chão.
Obs: No projeto anterior falamos também sobre o equilíbrio
e a propriocepção de forma mais simples em relação ao
contato com superfícies diversas. Agora pretendemos
desenvolver práticas mais específicas e mais desafiadoras.

Velocidade

Velocidade (agilidade) – Diferenciar um movimento lento e


rápido. Praticar um mesmo deslocamento ou movimento
com velocidades diferentes, a fim de desenvolver agilidade
motora. A velocidade, agilidade e potência muscular são
fundamentais para que a criança consiga manter um bom
desenvolvimento motor e posteriormente, iniciar a técnica
da dança propriamente dita.
Impulsão (saltos)
A impulsão (Saltos) – Saltar é um exercício fundamental
em todo o processo do ensino da dança. Saltando
trabalhamos as articulações, melhoramos a capacidade de
responder rapidamente algum estímulo, aumentamos a
resistência muscular – É muito importante também
treinarmos a queda, a descida do salto, amortecendo o
impacto do corpo com o solo. Muitas vezes, quando
ensinamos o exercício do sauté, pedimos a criança que
façam um plié na descida do salto e essa consciência do
movimento nem sempre é compreendida.

Por isso, é importante que aos 6 ou 7 anos possamos


desenvolver esse entendimento através de práticas lúdicas
que facilitem a compreensão das crianças.

Benefícios: Aumenta a força, aumenta a velocidade de


reação muscular, estimula o fortalecimento muscular, serve
de base para os futuros movimentos da dança. Bem
orientado previne lesões, aumenta a capacidade dos
ligamentos e tendões a suportarem impactos.
Alongamento e Flexibilidade
De forma bem simples, podemos definir que o alongamento
se refere a capacidade do músculo esticar, se tornar mais
elástico – A flexibilidade refere-se a amplitude de
movimento de uma ou mais articulações.

Um músculo alongado contribui para um maior grau de


flexibilidade , aumentando assim a amplitude de
movimento de uma articulação. Mas não é só a
elasticidade do musculo que determina o grau de
flexibilidade de uma articulação, outras estruturas como os
ossos, ligamentos, tendões e tecidos podem ser fatores
determinantes.

O alongamento – É um ato constante em nossas vidas, tem


uma grande importância na proteção dos tecidos contra o
surgimento de alguma lesão que possa prejudicar o
desempenho do aluno.

Benefícios: previne lesões musculares e articulares,


proporciona o bem estar físico, melhora a consciência
corporal, a flexibilidade e propicia melhor performance nos
movimentos de dança. A criança que cria o hábito pela
atividade física com exercícios de alongamento, tem mais
chances de chegar a vida adulta com o físico saudável
evitando problemas ósseos e articulares.
O alongamento e a flexibilidade estão intimamente ligados
por agirem praticamente sobre os mesmos componentes,
músculos, ligamentos, articulações.

A flexibilidade está relacionada a um tipo de capacidade


física caracterizada pela máxima amplitude de movimento
numa articulação, enquanto o alongamento pode ser
considerado como a técnica utilizada para desenvolver
essa capacidade.

Respiração
Na maioria das vezes esquecemos de incluir exercícios
específicos de respiração no nosso planejamento de aula,
mas devemos ficar atentos a isso, pois respirar
corretamente auxilia na diminuição e controle da
ansiedade, melhora a atenção e concentração na
atividade, amplia a percepção, ajuda a reduzir níveis de
estresse. contribui para melhor desempenho nos
movimentos coreográficos.

Importante lembrar que bailarinos com técnicas mais


avançadas necessitam muito do controle da respiração no
momento de uma apresentação. Podemos perceber bem
essa necessidade durante uma apresentação de grand
pas de deux, por exemplo. Entre as variações masculina e
feminina, os bailarinos chegam na coxia com alto grau de
cansaço e exaustão. Quanto maior for o seu controle e
domínio correto da respiração, melhor será a sua
performance.
Além dessas habilidades acima descritas, é importante a
continuidade de todas as outras já vistas em módulos de
ensino anteriores como:

Estruturação espacial / Dinâmica de movimento/


Transferência de peso/ Consciência corporal/
Coordenação motora grossa e fina/ Memorização e
concentração/ Contrastes pedagógicos/ Exercícios
específicos para os pés, mãos e braços/ Criatividade e
dramatização/ Musicalidade

As competências
OS PRINCÍPIOS DA BNCC E AS MULTIPLAS FORMAS DE
APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

BNCC – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – Resolução


instituída pelo Conselho Estadual de Educação que tornou
obrigatório os municípios e as escolas, a partir do ano de
2019 organizarem seus planejamentos e suas propostas
pedagógicas orientados por essa base.

A BNCC tem como objetivo direcionar a educação para


formação humana integral e também para a construção
de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Proporciona também, novas estratégias de ensino:

1 - No aspecto social – os alunos devem estabelecer


vínculos afetivos, aprender a lidar com regras e conviver
melhor com o grupo
2 - No aspecto biológico - Os alunos devem desenvolver
capacidades de força, flexibilidade, coordenação motora,
entre outras habilidades físicas.

OBS: As escolas de dança não são obrigadas a seguir


essas especificações, mas considero muito oportuno
estudarmos esses princípios para que possamos adotar
alguns itens em nossas aulas.
OS 5 CAMPOS DE EXPERIÊNCIA:

1- O EU, O OUTRO E O NÓS – Esse campo é voltado


para interação através de experiências sociais, respeito ao
próximo, auto cuidado e aceitação das diferenças

2- CORPO, GESTO E MOVIMENTO – Através de situações


lúdicas a criança poderá explorar o espaço e o corpo,
aumentando seu repertório de movimentos

3- TRAÇOS, SONS, CORES E IMAGENS – Esse campo


ressalta as experiências com diferentes segmentos
artísticos como: a pintura, a arte, a música, o teatro, o circo.
O educador deverá estimular no aluno a construção de sua
própria bagagem cultural.

4- ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO – Nesse


campo a criança desenvolve experiências com a
linguagem oral, ampliando a sua comunicação. Desenvolve
a imaginação, a representação, o gosto em ouvir histórias e
representa-las.

5- ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E


TRANSFORMAÇÕES – Aqui a criança começa a ter noção do
que é maior e menor, do mais pesado e mais leve e noções
de quantidade.
O PRINCÍPIO DA progressividade

Todas as crianças vão engatinhar antes de andar, vão


andar antes de correr e assim por diante. Esse é um
processo natural, o que vai variar é a velocidade de
progressão.

O PRINCÍCIO DA individualidade
Enfatiza que o ser humano apresenta capacidades e
limitações que não são comuns a todas as pessoas e que
isso deve ser respeitado. Não existe uma pessoa igual a
outra

Obs: Caso queiram saber mais sobre a BNCC, podem


acessar o site do MEC
Competências

1- Desenvolver o pensamento crítico e criativo

2 - Dar oportunidade aos alunos de terem acesso a um


repertório cultural, como: a música, a arte, o teatro e a
dança

3 - Desenvolver a capacidade de comunicação - que


sejam capazes de escutar, compreender o outro,
argumentar, expressar suas ideias

4- Desenvolver a expressão de emoções e sentimentos

5 - Desenvolver a capacidade de criar, investigar e


contextualizar
6 - Desenvolver a autonomia

7 - Desenvolver atitudes de ajuda e colaboração, assim


como o respeito a diversidade

8 - Proporcionar ferramentas pra que a criança desenvolva


uma imagem positiva de si mesma

9 - Desenvolver a capacidade de argumentação –


defender suas ideias com a preocupação de não ferirem os
direitos dos outros.

10 - Estabelecer vínculos afetivos com colegas e


professores - Socialização
"Eduqem as crianças, para que não seja

necessário punir os homens"


(Pitágoras)

Nelma Darzi é Diretora Artítica


da Escola Petite Danse e do
Projeto Social Dançar a Vida,
em 2018 fundou o curso
online Ensinando Dança para
Crianças, onde compartilha a
sua experiência de mais de
40 anos em sala de aula e
atualmente treinando os
professores da Escola.

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