Você está na página 1de 99

E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.

br

Preparação para Concursos


SIMULADOS/QUESTÕES
PONTUAÇÃO: VÍRGULA, PONTO E OUTROS

Questão 1: FDRH - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Durante uma vida, a gente é capaz de sentir de tudo. São inúmeras as sensações que nos invadem, e
delas a arte igualmente já se serviu com fartura. Paixão, saudades, culpa, dor de cotovelo, remorso,
excitação , otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma dessas alegrias e tristezas, não há
muita novidade. Já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos
testemunhado através de filmes, novelas, letras de música.

Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira
versos com frequência, e, quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda.
É da humilhação que falo.

Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada. A mais comum é aquela em que alguém nos
menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar – que lugar é este que não
permite movimento, travessia? Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado,
professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e esse
tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os
arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se
sentirem humilhados.

E quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o
desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos
ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso
corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os
resultados são vexatórios.

Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o
desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que
julgávamos superadas, para sempre adormecidas , mas que, de vez em quando, acordam para,
impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.

MEDEIROS, Martha. “Sobre humilhação”. http://pensador.uol.com.br. 2003 (Texto adaptado).

Assinale V para verdadeiro ou F para falso, levando em conta as afirmações abaixo acerca de sinais
de pontuação utilizados em frases do texto.

( ) A primeira vírgula da linha 02 separa um período de orações com sujeitos diferentes.

( ) As vírgulas da linha 05 separam termos de mesma função sintática.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

( ) Se fosse acrescentado o pronome que antes da palavra humilham (neste caso com minúscula), o
ponto da linha 15 poderia ser substituído por uma vírgula.

A alternativa que completa corretamente os parênteses, de cima para baixo, é


a) V – V – V.
b) V – V – F.
c) V – F – V.
d) F – V – F.
e) F – F – F.

Questão 2: VUNESP - Leia o texto para responder a questão.

A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85 anos - e todo
mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que livrarias, logo elas, iriam
escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida - ou a morte - que segue.

Em sua fase espetacular - entre as décadas de 40 e 60 - , a São José chegou a ter três lojas e estoque
de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A primeira foi um luxo:
"Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. Eram concorridíssimas - não se sabe se pelos
autores ou se pelas "madrinhas" deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara.

Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores 1 profissionais, fuçando nas estantes e


bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-presidente Eurico Gaspar
Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade Nacional de Filosofia, foi lá que o
cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de livros.

Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. É um setor do
comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online. Melhor do que ninguém a
Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a vida de livreiros e editores. Em recente
e-mail, agigante norte-americana pediu descontos maiores e aumento na cobrança de taxas de
marketing.

Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão: pega, mata e come 2.

1
Buquinar: buscar e comprar li vros usados em livrarias, bancas, sebos.

2
Referência à letra da música "Carca rá", de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. ht!ps :l/www1.folha. uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-silva/2021 /03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml.


29.03.2021. Adaptado)

Considere as seguintes frases do texto:

• A primeira foi um luxo: "Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. (2º parágrafo)

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

• Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. (4º parágrafo)

No contexto em que são empregadas, as aspas (" ") atendem, respectivamente, ao propósito de
a) distinguir uma citação do restante do texto; realçar ironicamente uma expressão.
b) realçar ironicamente uma expressão; indicar o título de uma obra.
c) indicar o título de uma obra; acentuar o valor significativo de uma palavra.
d) distinguir uma citação do restante do texto; assinalar inflexão de natureza emocional.
e) assinalar inflexão de natureza emocional; distinguir uma citação do restante do texto.

Questão 3: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Música provoca boas sensações, controla o emocional e melhora a atenção

A música estimula a produção de substâncias relacionadas ao prazer, além de regular nossos


sentimentos e ajudar na concentração. Descubra como ela desenvolve os sentidos e provoca bem-estar

Música! “Sem ela a vida seria um erro” (Friedrich Nietzsche). “Depois do silêncio, é o que mais se
aproxima de expressar o inexprimível” (Aldous Huxley). “A música exprime a mais alta filosofia numa
linguagem que a razão não compreende” (Arthur Schopenhauer). “É a arte mais perfeita: nunca revela
o seu último segredo” (Oscar Wilde). “A música é o verbo do futuro. É o barulho que pensa” (Victor
Hugo). “É capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria”
(Beethoven). “Onde há música não pode haver coisa má” (Miguel de Cervantes). “A música pode ser o
exemplo único do que poderia ter sido – se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação
das palavras, a análise das ideias – a comunicação das almas” (Marcel Proust).

Os pensadores dispensam apresentação e os atributos da música, questionamentos.[A] A agradável


combinação de ritmo, harmonia e melodia só faz bem. A música anima, refina e afina.[B] Acalma
também. Facilita o aprendizado e a concentração, promove interações e desenvolve os sentidos. Não à
toa tornou-se um recorrente objeto de estudo para as neurociências. Os cientistas querem
compreender como o cérebro reage aos sons. Já está comprovada a capacidade de levar o indivíduo a
uma condição biológica, de aspecto imunológico ou cerebral, mais equilibrada. E também sua
contribuição para pacientes com doenças orgânicas do cérebro, como o mal de Parkinson, demências
ou problemas de natureza psiquiátrica, em função da área onde é processada.

A música pode controlar reações emocionais, facilitar o entendimento de informações cognitivas e


induzir a produção de dopamina e serotonina, substâncias relacionadas ao prazer e bem-estar. As
notas musicais seriam capazes de aumentar a plasticidade cerebral – para a qual tem muita gente por
aí fazendo palavra cruzada. A professora e pesquisadora Betânia Parizzi se dedica ao estudo e ensino
de música e cognição e pedagogia da música na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora
em ciências da saúde, ela desenvolveu um método de musicalização para bebês de seis a 24 meses. “A
prática sistematizada envolve refinamento sensorial variado, desenvolve habilidades motoras
complexas, alimenta a criança com sonoridades vitais na aquisição da linguagem e em sua capacidade
expressiva”, diz.

Carolina, de 1 ano e meio, não tem tamanho para compreender a contribuição do avô, Pacífico
Mascarenhas, para a música mineira. Mas já faz um ano que frequenta o curso de educação musical

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

para bebês oferecido pelo Núcleo Villa-Lobos. Segundo a mãe, Ana Cristina Schu Mascarenhas, de 35, a
outra filha, Valentina, hoje com 3 anos, também é estimulada desde os primeiros meses de vida. “Elas
convivem com música desde que nasceram. Carolina ama a aula, e participa de tudo.[D] Às vezes
percebo uma mudança no comportamento mesmo antes da professora começar. Ela adora bater no
piano, já sabe soprar a flauta.[C] Acho muito importante essa estimulação”, comenta a produtora de
eventos que procurou o curso ao saber de sua contribuição para o desenvolvimento infantil. Alguém
duvida?

[...]
Por Carolina Cotta

Disponível em
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/03/30/noticias-saude,192685/musica-provoca-boas-sensacoes-controla-o-emocion
al-e-melhora-a-atenca.shtml
Acessado em 8 de janeiro de 2020
Texto adaptado

A vírgula foi empregada para expressar ênfase em


a) Os pensadores dispensam apresentação e os atributos da música, questionamentos.
b) A música anima, refina e afina.
c) Ela adora bater no piano, já sabe soprar a flauta.
d) Carolina ama a aula, e participa de tudo.

Questão 4: FGV - Texto 1

Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de autópsia. Nunca
deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a
língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e
brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta
delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito externo é externo, o interno é interno; cada
fenômeno, cada osso, é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal,
a hipóstase cadavérica, a tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas
apelações, sob pena de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana, 1830)

No texto 1, Machado de Assis fala das reticências e do seu uso por parte dos autores que gostam
delas. A frase abaixo em que o emprego das reticências expressa uma emoção intensa é:
a) Isso não é... um pouco... como dizer?... estranho?
b) Mas... a barata... a barata... você conseguiu pegá-la?
c) Como sua vida está em perigo, ele vive agora em X..., pequena cidade europeia;
d) Júlio casou ontem e, salvo um milagre (ou de... você sabe do que estou falando...), vai poder
aproveitar o verão antes de nascer o primeiro bebê;
e) Os vândalos estão de volta para fazer m... nas passeatas.

Questão 5: FGV - Em todas as frases abaixo foram realizados deslocamentos de termos e foram
acrescentadas vírgulas nas frases modificadas; a única frase em que a vírgula está correta é:
a) Os críticos são gente que fracassou na literatura e na arte / Os críticos são gente que fracassou na
arte, e na literatura;

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

b) Na arte não existe passado nem futuro / Na arte não existe futuro, nem passado;
c) A obra-prima é uma variedade do milagre / Uma variedade do milagre, é a obra-prima;
d) O futebol é o mais popular dos esportes / Dos esportes, o futebol é o mais popular;
e) Dois mais três são cinco / Três mais dois, são cinco.

Questão 6: FAURGS - Texto

Liberdade interior e consolação

Preceptor e ministro de Nero, [A] profundamente envolvido com a vida política de seu tempo, Sêneca
preocupou-se em encontrar para si mesmo e para todos aqueles que lhe eram caros um modo de vida
cuja tônica fosse a liberdade interior. Seu intuito foi o de espelhar em seus escritos as aspirações dos
seres humanos ocupados em encontrar em sua própria vida interior uma justificação para a existência,
[C] independentemente da realidade circundante. Para tanto, Sêneca esforçou-se por mostrar que o
caminho para o maior dos desafios, o autodomínio, pode ser trilhado por qualquer indivíduo. Essa é
uma lição oferecida explicitamente em suas Consolações, mas que também pode ser encontrada ao
longo de toda sua obra, marcada pela tentativa de compreender os modos como a filosofia, [B]
especialmente o estoicismo, pode auxiliar os humanos a viver de modo harmônico tanto em relação a
si quanto em relação ao mundo em que habitam.

Essa concepção da atividade filosófica levou Sêneca a redigir três Consolationes (consolos ou
consolações), seguindo a tradição das “consolações filosóficas”: discursos, poemas, ensaios ou cartas
pessoais de caráter consolatório, presentes na tradição antiga desde o século V a.C. São escritos
normalmente endereçados a um amigo ou parente próximo que se encontra com um estado de espírito
doloroso, em função da perda de um ente querido, de um amor não correspondido ou de alguma
situação na qual a pessoa se sinta frágil, frustrada por algum contratempo que lhe escapa ao controle.
Com Sêneca, esse tipo de texto, embora visando a um destinatário preciso, amplia-se, a fim de
alcançar um público mais vasto. Ele nos mostra que estar preparado para um revés da sorte é o
caminho mais seguro para suportá-lo.

Consolar, para ele, não significará meramente acolher a dor alheia, trazer alívio imediato ao
sofrimento ou ao desgosto, ou suavizar experiências emocionais devastadoras. Sua lição será a de
mostrar-nos que, diante de um duro golpe da sorte, [D] é preciso que nos conformemos, não no
sentido de aceitar resignada e passivamente aquilo que não podemos modificar, mas no de aprender a
dar forma a nossas vidas mesmo quando nossas expectativas são frustradas. Afinal, no seu dizer,
grande parte daquilo que consideramos males são, na verdade, apenas erros de julgamento a respeito
das coisas, das pessoas ou das situações em que nos encontramos. Nossas dores e aflições não teriam
nenhum poder sobre nós, caso fôssemos capazes de manter nossa mente tranquila, [E] precavendo-nos
contra os nossos juízos imediatos, que tomam a realidade simplesmente por aquilo que nossos olhos
veem ou nossos ouvidos ouvem. Sêneca tem em mente a ataraxia estoica, um estado de
imperturbabilidade emocional que em sua filosofia adquire contornos mais suaves, tornando-se algo
acessível ao homem comum.

Adaptado de: Dossiê Pra uma Vida Equilibrada da Revista Cult, Edição 143. OLIVEIRA, Luizir. Para uma Vida Equilibrada. Revista Cult.
São Paulo, Edição. 143, 2010. Disponível em https://revistacult.uol. com.br/home/para-uma-vida-equilibrada/. Acesso em 10 fev.
2020.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O emprego da vírgula está corretamente justificado em qual dos exemplos abaixo?


a) A vírgula separa o adjunto adverbial antecipado.
b) As vírgulas que delimitam o segmento marcada pela tentativa de compreender os modos como
a filosofia marcam uma oração subordinada adjetiva restritiva.
c) A vírgula marca uma oração subordinada substantiva.
d) As vírgulas que delimitam o segmento diante de um duro golpe da sorte marcam um aposto.
e) A vírgula marca uma oração subordinada adverbial.

Questão 7: UNESC - O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Sócrates e a fofoca

Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria. Certo dia, o grande filósofo
se encontrou com um conhecido que lhe disse:

- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?

- Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria de que você passasse por um pequeno
teste. Chama-se "Teste dos 3 filtros".

- Três filtros?

- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um
pouco e filtrar o que vais me dizer. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de
que o que me vai dizer é verdade?

- Bem... Acabo de saber...

- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar? Vamos ao segundo filtro, que é o da
Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?

- Não, pelo contrário.

- Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade!
Ora veja! Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade. O que
queres me contar vai ser útil para mim?

- Acho que não muito.

- Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e
pode não ser útil, então para que contar?

Esse episódio demonstra a grandeza de Sócrates e porque era tão estimado.

https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

No trecho "- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?", a vírgula destacada foi
empregada para
a) Intercalar expressões explicativas.
b) Isolar o Aposto.
c) Separar adjunto adverbial deslocado.
d) Isolar o Vocativo.
e) Separar Orações Coordenadas.

Questão 8: UNESC - O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Zé Alegria

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados.

Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que
sobrava das refeições.

Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhozinho João, um homem rico e poderoso. Esse, sendo
dono de muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro, pagando muito pouco por isso.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria.

Era um jovem agricultor em busca de trabalho.

Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.

O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova.

Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e comprou algumas latas de tinta.

Chegando em casa, cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores
alegres e brilhantes, além de colocar flores nos vasos.

Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de todos que passavam.

O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era por isso que tinha esse apelido.

Os outros trabalhadores lhe perguntavam:

- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?

O jovem olhou bem para os amigos e disse:

- Bem, esse trabalho, hoje é tudo que eu tenho.

Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações.

Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.

Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros olharam admirados. "Como ele podia pensar assim?"

Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias abandonados pelo destino...

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção de Sinhozinho, que passou a observar à
distância os passos dele.

Um dia Sinhozinho pensou:

- Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo
capricho da minha fazenda.

Ele é o único aqui que pensa como eu.

Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.

Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um
emprego de administrador da fazenda.

O rapaz prontamente aceitou.

Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:

- O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?

E ouviram, com atenção, a resposta:

- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que:

A vida é como um navio, e nós é que somos o capitão, não somos vítimas do destino. Existe em nós o
livre-arbítrio, e com ele a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende
de cada um"

No trecho: "Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao
jovem um emprego de administrador da fazenda", as vírgulas foram empregadas para:
a) Isolar o Aposto.
b) Separar Orações Coordenadas.
c) Isolar o Vocativo.
d) Intercalar o adjunto adverbial deslocado.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

e) Intercalar expressões explicativas.

Questão 9: FGV - Texto 4 - Inquérito Policial

“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode partir do
próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de inquirir; conjunto de atos
ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo que o verbo inquirir, do qual o
substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar informações acerca de; indagar; investigar;
pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica
ou científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar’.

Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos e
diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas de algo”

(Jusbrasil.com.br).

“...fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica;


investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar.”

Nesse segmento do texto, há uma série de vírgulas empregadas pela mesma razão da que ocorre na
seguinte frase:
a) Cansa-se de ser herói, mas não se cansa de ser rico;
b) Se uma mulher quer fazer uma coisa, não há homem que consiga impedi-la;
c) Querendo abolir a pena de morte, que comecem os senhores assassinos;
d) Eu sou um homem honrado: nunca assassinei, nunca roubei, nunca violei, salvo em minha
imaginação;
e) Para alcançar o bem, mais vale habilidade que sabedoria.

Questão 10: FGV -


A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar sua capacidade
em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e adequada.

Uma frase de Mario Quintana nos fala sobre um dos papéis das reticências nas frases:

“As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu
caminho.”

Assinale a frase a seguir em que as reticências exercem exatamente essa função de deixar a
imaginação do leitor completar a frase.
a) “Quanto ao seu pai... Às vezes penso... Asseguro-lhe que é verdade. Penso que ela esqueceu de
tudo.”
b) “Você... tão sozinha... Não lhe ocorre, muitas vezes, que se um homem... Não tem vontade de
casar-se?”.
c) “Mágoa de o ter perdido, amor ainda. Ódio por ele? Não... não vale a pena...”.
d) “Duas horas te esperei. Duas horas mais te esperaria. Se gostas de mim não sei...”.
e) “Isso também conta. As raízes... – Que raízes? – cortou José Paulino, bruscamente.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Questão 11: CEBRASPE (CESPE) -


A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.
Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem
apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a
integridade e a operacionalidade costumeira do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para
análise de grandes volumes de dados.

Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com
parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e
garantias, mas também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo,
para manterem a insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

É obrigatório o emprego da vírgula logo após a palavra “lados”, no parágrafo.


Certo
Errado

Questão 12: CEBRASPE (CESPE) -


Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também
aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.

Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.

Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação
racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as
ciências exatas são exemplos de preconceitos.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou
seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou
desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação
direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que
ocorre em países que proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou
persa, ou ainda lojas que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação
indireta é um processo em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação
de fato — ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por
impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de
discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em consideração ou não
pode prever de forma concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).


Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.

Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, no parágrafo, a conjunção “Portanto”


poderia ser corretamente deslocada para logo depois da palavra “discriminação”, dispensando-se o
emprego da vírgula.
Certo
Errado

Questão 13: UNESC -


O poder da doçura

O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as
pedras.

Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.

O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas
de cachoeiras num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de
uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas
formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos
que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:
"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua
canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir."

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam
tudo arrumar aos gritos e pancadas.

E existem as pessoas suaves que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não
falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a
tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. E conseguem modificar muitas coisas.

(...)

https://www.contandohistorias.com.br/html/contandohistorias.html - Adaptado
No trecho: "Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras num
espetáculo de águas cantantes", a vírgula foi empregada para:
a) Isolar o aposto.
b) Separar orações coordenadas.
c) Separar o adjunto adverbial deslocado.
d) Separar termos repetidos.
e) Separar expressões que indiquem explicação intercaladas na oração.

Questão 14: FGV - Atenção: O texto a seguir refere-se à questão.

“Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem
vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra
se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que a conseguiu mas todas as outras que vieram antes.”

Nesse texto há uma falha na escritura. Assinale a opção que apresenta tal falha.
a) O emprego inadequado de “No entanto” em lugar de “Logo”.
b) A forma reflexiva “se abre” em lugar de “abre”.
c) A informação redundante de “em duas”.
d) A forma verbal “a conseguiu” em lugar de “o conseguiu”.
e) A falta de vírgula antes de “mas todas as outras”.

Questão 15: RBO - Leia o texto abaixo para responder à questão.

Coberta de cinzas após erupção de vulcão, ilha de Tonga 'parece superfície da Lua', dizem
moradores

A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma
nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no
Pacífico.

Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil
pessoas (a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha
ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região,
para ajudar a dimensionar os danos.

O tsunami "foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais
distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas", diz Katie Greenwood, integrante da IFRC
em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.

"Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas
ondas e inundações resultantes da erupção."

A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro.
Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de
distância dali.

Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à
"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram
importantes para prevenir a inalação dessas partículas.

A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água - portanto, água
potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da
Nova Zelândia, Jacinda Ardern.

A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga,
causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a
ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram
nas ilhas menores - algumas delas são bem próximas ao vulcão, e imagens de satélite mostram que
algumas ficaram completamente inundadas.

As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia
espera enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).

Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o
bem-estar deles.

Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, que durou vários dias até atingir
seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo
de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.

Fonte:
https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/coberta-de-cinzas-apos-erupcao-de-vulcao-ilha-de-tonga-parece-superficie-da-lu-dizem-
moradores,a93d94961233cd4c3dfdfe819e16ea2d9ttpylzc.html. Acessado em 14/01/2022.

Nas alternativas abaixo, as frases foram retiradas do texto e alteradas. Assinale aquela em que a
pontuação permanece correta.
a) No sábado (15/1), a grande erupção vulcânica, provocou ondas de tsunami, uma nuvem de cinzas
e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

b) Moradores locais, que conseguiram se comunicar com o exterior, disseram que a ilha se parece a
"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram
importantes para prevenir a inalação dessas partículas.
c) A premiê neozelandesa, afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de
Tonga causados sobretudo pelo tsunami.
d) Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados, com o
bem-estar deles.

Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I


A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à
sustentabilidade.

Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes
e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a


disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional
de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,
forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em
situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento
e mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de
origem animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os
impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e,
principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de
produção e consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar
ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e
praticar o verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem
a produção consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No segundo período do terceiro parágrafo, a supressão da vírgula empregada logo após ‘ambiental’
alteraria o sentido do texto, mas manteria sua correção gramatical.
Certo
Errado

Questão 17: RBO -


Coberta de cinzas após erupção de vulcão, ilha de Tonga 'parece superfície da Lua', dizem
moradores

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma
nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no
Pacífico.
Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil
pessoas (a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.
Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha
ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região,
para ajudar a dimensionar os danos.
O tsunami "foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais
distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas", diz Katie Greenwood, integrante da IFRC
em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.
"Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas
ondas e inundações resultantes da erupção."
A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro.
Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de
distância dali.
Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à
"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram
importantes para prevenir a inalação dessas partículas.
A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água - portanto, água
potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da
Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga,
causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a
ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram
nas ilhas menores - algumas delas são bem próximas ao vulcão, e imagens de satélite mostram que
algumas ficaram completamente inundadas.
As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia
espera enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).
Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o
bem-estar deles.
Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, que durou vários dias até atingir
seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo
de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.
Fonte:https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/coberta-de-cinzas-apos-erupcao-de-vulcao-ilha-de-tonga-parece
superficie-da-lua-dizem-moradores,a93d94961233cd4c3dfdfe819e16ea2d9ttpylzc.html Acessado em 14/01/2022

Nas alternativas abaixo, as frases foram retiradas do texto e alteradas. Assinale aquela em que a
pontuação permanece correta.
a) Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados, com o
bem-estar deles.
b) No sábado (15/01), a grande erupção vulcânica, provocou ondas de tsunami, uma nuvem de cinzas
e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.
c) A premiê neozelandesa, afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de
Tonga causados sobretudo pelo tsunami.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

d) Moradores locais, que conseguiram se comunicar com o exterior, disseram que a ilha se parece a
"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram
importantes para prevenir a inalação dessas partículas.

Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB2A1-I


Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade
são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o
universo, é herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o
seu meio, um resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo
produtivo e as práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do
qual é o cimento. É por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser,
obrigando-o a uma nova e dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente
outra palavra para significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.

Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como
uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como
territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente
territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.

Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.


São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

A oração “o que comanda as migrações” (segundo parágrafo) está empregada entre vírgulas porque
tem caráter explicativo.
Certo
Errado

Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB2A1-I


Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade
são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o
universo, é herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o
seu meio, um resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo
produtivo e as práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do
qual é o cimento. É por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser,
obrigando-o a uma nova e dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente
outra palavra para significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.

Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como
uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como
territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente
territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.

Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

A inserção de uma vírgula logo após “Assim”, no início do primeiro parágrafo, manteria a correção
gramatical e a coerência do texto.
Certo
Errado

Questão 20: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo
do texto estão citados na questão.

Para entender a gestão do SUS: antecedentes

Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita
vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma
divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.

Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em
cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência,
tinham, mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à
assistência à saúde, dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e
hospitalares providos pela previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo
restante da população brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à
assistência à saúde – normalmente restrito às ações dos poucos hospitais públicos e às atividades
filantrópicas de determinadas entidades assistenciais.

Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das
evidentes d.is..criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e
competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.

Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios
desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com
destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na
prestação de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se a ações desenvolvidas por
alguns poucos hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e
dirigidas à população não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por
uma atividade caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por
instituições de caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.

Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –
inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência
Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava
nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à
saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e..x.istente e a
assistência prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais
próprios) e de uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação
de serviços.

Toda esta situação – a de..s.articulação dos serviços de saúde da época e os evidentes prejuízos à
saúde da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da
comunidade de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um
movimento na direção de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema
de saúde. Dentro desse processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o
INAMPS adotou uma série de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de
clientela, dentre as quais se destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos
hospitais próprios e conveniados da rede pública.

(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta


prova).

Considerando o emprego correto da vírgula, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras,


ou F, se falsas.

( ) Na linha 06, a dupla vírgula hachurada indica a separação de uma oração adjetiva explicativa.

( ) A dupla vírgula hachurada das linhas 11 e 12 marca a separação de uma oração apositiva.

( ) Na linha 20, o par de vírgulas hachuradas marca a ocorrência de um adjunto adverbial


intercalado.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) V – F – V.
b) V – F – F.
c) V – V – V.
d) F – F – V.
e) F – V – F.

Questão 21: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do
texto estão citados na questão.

Os impactos da pandemia na gestão de saúde pública

Todo o sistema de saúde foi drasticamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Uma
remodelagem rápida precisou ser feita para atender os diversos casos da doença que são descobertos a
cada dia.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Este novo ..c.enário trouxe desafios que antes eram difíceis de se imaginar para a gestão da saúde
pública. Protocolos rígidos de segurança, isolamento social, fechamento dos estabelecimentos
comerciais, dentre outras medidas, foram tomadas para evitar ao máximo a proliferação do vírus.

Neste ponto, precisamos destacar que, quando falamos de saúde pública, trata-se de algo que engloba
todas as medidas tomadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população.

Gestão da saúde pública na pandemia A Covid-19 mudou a rotina do mundo e criou uma grande crise
de saúde para todos os países. A situação se transformou rápido, e um vírus, ainda desconhecido no
fim de 2019, desencadeou uma pandemia em 2020.

A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe à tona a importância de se
ter uma rede de saúde bem preparada e que seja capa.z.. de atender às demandas da população.

Diversas medidas começaram a ser tomadas para monitorar os casos e melhorar a capacidade de
atendimento. O dia a dia do atendimento aos pacientes mudou, e garantir a segurança dos
profissionais envolvidos se tornou um desafio.

Desenvolver planos adequados para o enfrentamento do problema se tornou e.ss..encial para a gestão
da saúde pública. Fazer com que o sistema tenha a capacidade suficiente para realizar o atendimento
de todos depende de um gerenciamento eficiente.

As mudanças no sistema de saúde


Os sistemas de saúde público e privado precisaram se adequar, remanejar leitos, separar os pacientes
com Covid-19 dos demais, dentre outras medidas. Já a população em geral precisou adotar cuidados
antes incomuns, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e manter o distanciamento.

Todas as alterações foram feitas para evitar a propagação do vírus. Mas, como não houve muito tempo
para uma preparação em larga escala, alguns pontos ainda são sensíveis.

De acordo com a nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil”,
divulgada pela Fundação Getúlio Vargas em maio deste ano, mais de 60% dos profissionais da saúde
não se sente preparado ou não soube responder se está preparado para atuar em meio à pandemia.

Esse dado nos mostra que o sistema ainda não estava preparado para enfrentar a magnitude da
situação.

Preocupações e cuidados com a população


Essas foram algumas medidas que foram tomadas pelos profissionais e pela população. Mas vale
salientar que todo o cuidado e preocupação só darão os resultados esperados se todos fizerem sua
parte.

Quando as medidas para evitar a propagação do vírus não são seguidas, a gestão da saúde pública se
torna ainda mais desafiadora.
Aqui é preciso dizer que o sistema de saúde não teria capacidade de atender em situações de aumento
significativo dos casos, ainda mais com isso acontecendo ao mesmo tempo. O isolamento social e os

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

cuidados extras com a higiene evitam que mais pessoas se contaminem e acabem sobrecarregando o
sistema.

(Disponível em: https://grupoelfa.com.br/impactos-


pandemia-gestao-saude/#gestao-saude-publica – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o emprego da vírgula, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se


falsas.

( ) No segundo parágrafo, a ocorrência das duas vírgulas deve-se à separação de termos em uma
enumeração.
( ) No terceiro parágrafo, as vírgulas separam uma oração subordinada intercalada.
( ) No oitavo parágrafo, a dupla vírgula separa uma expressão explicativa.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) V – V – V.
b) V – F – V.
c) F – V – F.
d) F – F – V.
e) F – F – F.

Questão 22: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o
menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e
cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância
do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o
cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo
como um todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente,
diferente de nós mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande
poeta português Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas,
árvores, flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao
qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a
partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por
assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem
podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a
partir do século XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se
produziu uma única vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez
então “mestre e senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e
das técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de
objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros
recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia
perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

No trecho “vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e mato”
(sexto período), a inserção de uma vírgula entre “vemos” e “claramente” manteria a correção
gramatical do texto.
Certo
Errado

Questão 23: UFMT - Leia o texto a seguir para responder à questão.

A linguagem corporal é uma forma de expressão tão poderosa quanto as palavras – em alguns casos,
sua força é até maior. Afinal, você pode tentar passar uma ideia diferente da que está sentindo
através da fala, mas, se não for um especialista no assunto, dificilmente vai conseguir disfarçar os
sinais que o seu corpo transmite. Ou seja, não é só a nossa boca que comunica: nossos gestos, olhares,
expressões e posturas também. Um simples cruzar de pernas, uma mão colocada próximo da boca e
uma contração na testa podem dizer muito mais sobre você e a sua situação de momento do que se
pode imaginar. Não à toa, a linguagem não verbal é um dos elementos analisados pelas autoridades
policiais para saber se um suspeito está mentindo ou não durante um depoimento, por exemplo.

(Disponível em: htpps://fia.com.br/blog/linguagem corporal. Acesso em: 12/11/2021.)

Leia o trecho: Ou seja, não é só a nossa boca que comunica: nossos gestos, olhares, expressões e
posturas também.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente a justificativa para o uso das vírgulas.
a) A primeira vírgula isola expressão explicativa e as demais separam termos coordenados em uma
oração.
b) A primeira vírgula separa um aposto e as demais indicam supressão de um verbo na oração.
c) A primeira vírgula isola um vocativo e as demais separam orações coordenadas.
d) A primeira vírgula separa expressão intercalada e as demais indicam supressão de palavras.
e) A primeira vírgula separa uma expressão explicativa e as demais isolam orações coordenadas.

Questão 24: UFMT - O uso adequado da vírgula auxilia na construção de textos mais claros,
dirimindo, inclusive, ambiguidades.

Leia a charge a seguir.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

A falta de vírgula antes da palavra gente, sintaticamente um vocativo, muda o sentido da frase, efeito
intencionalmente buscado na charge. Em qual trecho do texto em análise, o uso da vírgula (ou das
vírgulas) justifica-se pela mesma razão que deveria haver vírgula antes da palavra gente?
a) Daqui a alguns anos, esses moleques vagabundos que não querem estudar e trabalhar estarão
roubando e matando.
b) Rapidamente, o vidro do carro sobe depois da ordem e do comentário do pai
c) Acende o verde e lá vai o garoto para escola um pouco assustado, mas aliviado
d) Ao sinal vermelho do semáforo, surge bem em frente um menino mirrado, com roupas surradas e
um nariz de palhaço, fazendo um triste show circense de malabarismo.
e) Está vendo, filho, é assim que começa.

Questão 25: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Polícia Militar do Pará comemora 39 anos


do ingresso de mulheres na corporação

O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel
feminino na segurança pública

Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia


Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito
de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas
sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de
Oficiais (CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a
primeira turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.

Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,
relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e
para as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e
isso foi um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

carreira a ser trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva
profissional. A cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em
fazer parte desta história”, ressalta a oficial da reserva.

No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual
Ana Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar
justificou no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de
datas comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade
social, evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser
esquecido.

Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que
atuam na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.

O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só
da turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas
as mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a
entrada da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar
do Pará”, reiterou o comandante-geral.

Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em


https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado

No último parágrafo do texto, as aspas foram empregadas para indicar


a) ironia.
b) o destaque de uma ideia.
c) o discurso direto.
d) uma expressão popular.

Questão 26: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:


a) Ninguém havia me falado, mas eu suspeitava de tais atitudes.
b) Pensei, repensei, desabei encontrei algumas palavras e nada mudou.
c) Veio o horário da partida o céu desabou, em água.
d) Naquela tarde amarga, teve certeza, de que nada adiantaria.

Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe
barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da
tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do
movimento.

O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente
por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror
procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento
seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que
qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é
quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças
inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”.
O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são
subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos
porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um
tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores
de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei
inerente.

No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de


comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens
que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas
humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis
circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a
potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a
existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a
preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração
individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.

Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário
tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror
total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder
despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das
fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que
os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões
gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos
homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os
homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).

No parágrafo do texto CG1A1-I, os dois-pontos empregados após “inocentes” introduzem uma


a) conclusão.
b) citação.
c) consequência
d) explicação.
e) síntese.

Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe
barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da
tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do
movimento.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente
por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror
procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento
seleciona os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que
qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da
história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é
quem estorva o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças
inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”.
O terror manda cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são
subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos
porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um
tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores
de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei
inerente.

No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de


comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens
que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas
humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis
circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a
potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a
existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a
preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração
individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.

Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário
tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror
total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder
despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das
fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que
os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões
gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos
homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os
homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).

No parágrafo do texto CG1A1-I, a autora emprega aspas nas expressões ‘raças inferiores’, ‘indigno de
viver’ e ‘classes agonizantes e povos decadentes’ com a finalidade de
a) destacar que trata de um pensamento alheio.
b) demarcar citações.
c) ironizar o sentido dessas expressões.
d) indicar a fala de uma personagem.
e) expressar sarcasmo.

Questão 29: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

a) Ninguém havia me falado, mas eu suspeitava de tais atitudes.


b) Pensei, repensei, desabei encontrei algumas palavras e nada mudou.
c) Veio o horário da partida o céu desabou, em água.
d) Naquela tarde amarga, teve certeza, de que nada adiantaria.

Questão 30: AOCP -


O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental

Lucía Blasco

Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.

"Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o


sofrimento é uma forma de sofrimento", escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro A
Arte Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tóxica ou positivismo
extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar um
estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emoções "negativas" ou as dos outros.
(...)

O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica,


prefere falar em "emoções desreguladas" do que "negativas". "A paleta de cores emocionais engloba
emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja. Não podemos ignorar
que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos dão
informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso corpo", explica Rodellar à BBC News
Mundo.

Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, "o problema com a positividade tóxica é que ela é
uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que nos
represente um desafio." "É desonesto em relação a quem somos permitir-nos apenas expressões
positivas", diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe
de uma imagem que nos mostra imperfeitos." (...) "Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso
corpo aumenta o volume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos
esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é sustentável a longo prazo", diz a terapeuta. (...)

Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que "o positivismo


tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão". "Pode levar a
uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não é positivo para ninguém. Se
não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas", disse ele à BBC
Mundo.

O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, "que nos
obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online". (...) "Se houvesse mais
honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para experimentar todos os tipos de
emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não estar
bem. Não podemos ser positivos o tempo todo."

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico "nos últimos anos", mas
principalmente durante a pandemia. (...) "Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e
depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é quando não as
queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma 'onda' que se aproxima". (...)

Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a
melhor maneira de validar as emoções é "apenas ouvi-las". "Quando alguém compartilha sentimentos
negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir melhor ou pensar mais
positivamente ("Tudo vai ficar bem"), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto ou
medo e faça o possível para ouvir", aconselha a especialista. (...)

Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer "não pense nisso, seja positivo", diga "me diz o que você
está sentindo, eu te escuto". Em vez de falar "poderia ser pior", diga "sinto muito que está passando
por isso". Em vez de "não se preocupe, seja feliz", diga "estou aqui para você". (...) "Tudo bem olhar
para o copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em que o copo está meio vazio e, a
partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos nossas vidas".

Para Baker, o que devemos lembrar é que "todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas
são válidas".

Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174. Acesso em: 28 dez. 2021.

Em “Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o volume para chamar nossa
atenção para esse problema. (...)”, a vírgula foi empregada pelo mesmo motivo que em
a) “Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.”.
b) “‘Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha.’”.
c) “O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose
clínica, prefere falar em ‘emoções desreguladas’ do que ‘negativas’”.
d) “‘Se houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para
experimentar todos os tipos de emoções.’”.
e) “(...) o que devemos lembrar é que ‘todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas
são válidas’”.

Questão 31: SELECON - TEXTO I

A resistência (trecho)
Isto não é uma história.
Isto é história. Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória,
noções fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios
indigentes que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata,
embora de abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e
não o encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o
evoque, dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se
depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem
que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

sua existência feita de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo
literário: falei do temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.

Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de
acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à
procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa,
a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de
quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho hábito de
nossa mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste
apartamento de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de
passagem, encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos
outros. Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual.
Tenho que virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me
surpreenda o que eu já esperava.
Julián Fuks
Julián Fuks (Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)
“(...) quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de dias tão remotos,
impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes (...)” No trecho, o emprego
da vírgula marca uma sequência encadeada pelo seguinte motivo:
a) formulação de expressões equivalentes
b) introdução de estruturas comparativas
c) indicação de consequências previsíveis
d) atração de conteúdos contrapostos

Questão 32: AOCP - Texto I

Mafalda conhecendo a Liberdade

QUINO. 10 anos com Mafalda. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

Texto II

Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros” O ser humano é absolutamente livre. Mas isso não é
tão simples -e agradável- quanto parece

Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. O filósofo e escritor
francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo,

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria
vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. Ou seja, não nascemos como
uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.

Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir
das nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita angústia. Essa angústia é ainda maior
quando percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. Estamos constantemente
pintando um quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o
próprio Sartre era viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta.
Defendia que temos inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida.

A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. O problema é
que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros,
tiram parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí
agindo sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um.

Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que
a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do
pensador francês.

Em uma França devastada, após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do
momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários
de Paris, em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou
conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. Ela
foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso....

Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu
funeral.

Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-inferno-sao-os-outros-sartre/. Acesso em: 27 dez. 2021.

Assinale a alternativa em que a(s) vírgula(s) foi(foram) empregada(s) para isolar uma expressão
adverbial temporal deslocada.
a) “(...) não nascemos como uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.”.
b) “(...) o curioso é que o próprio Sartre era viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente
um exemplo de conduta.”.
c) “A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres.”.
d) “O filósofo ficou conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre
filósofa existencialista.”.
e) “Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu funeral.”.

Questão 33: SELECON - TEXTO I

A resistência (trecho)

Isto não é uma história. Isto é história.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de
dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes que eu
insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de
abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o
encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o
evoque, dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se
depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem
que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta
sua existência feita de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo
literário: falei do temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.

Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de
acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à
procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa,
a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de
quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho hábito de
nossa mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste
apartamento de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de
passagem, encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos
outros. Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual.
Tenho que virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me
surpreenda o que eu já esperava.

Julián Fuks
(Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)
“Não se depreenda desta observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei
bem que nenhum livro jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e
tinta sua existência feita de sangue e de carne”. Do ponto de vista da argumentação, a expressão
introduzida pelos dois-pontos estabelece com o trecho anterior uma relação de:
a) generalização
b) comparação
c) explicação
d) concessão

Questão 34: SELECON - TEXTO II

Arte e cirurgia estética

A prática da cirurgia estética, tal como vem sendo intensamente exercida na cultura contemporânea,
visa a adequar um corpo aos valores exaltados pela cultura. Esta constrói, assim, um lugar estético
previamente definido e exalta-o como norma; os que não estiverem adequados a essa construção são
marginalizados, estão à margem, isto é, fora do lugar. A experiência subjetiva – negativa – que
provocará a demanda pela cirurgia estética é portanto a experiência de uma atopia, de um estar fora
do lugar, de um não ter lugar. A cirurgia estética então aparece como o instrumento que a cultura
disponibiliza para que as pessoas tornem-se adequadas ao lugar, ponham fim à sensação
existencialmente desconfortável da atopia.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Curiosamente, a precondição subjetiva para uma experiência de arte é muitas vezes também a
experiência negativa da atopia. Os caminhos da arte e da cirurgia estética se originam na mesma
encruzilhada – seus destinos entretanto serão radicalmente diferentes. O que é a experiência da
atopia? A criança que tem problemas de saúde e cuja debilidade a impossibilita de participar,
normalmente, das atividades corriqueiras das demais crianças, impedindo-a assim de pertencer a um
grupo. É o caso do grande pianista Nelson Freire, tal como nos conta o documentário de João Moreira
Salles. A saúde frágil cria um pequeno exílio, um outro lugar que, contudo, não pode ainda ser
experimentado como lugar: não há nada nele, ele se define apenas negativamente – pela
impossibilidade, pelo vazio, pela ausência, por não ser o “verdadeiro” lugar, isto é, o lugar do grupo,
da aceitação, da norma.

E onde está a arte nisso tudo? A arte é exatamente o meio pelo qual, na encruzilhada da atopia,
preenche-se o vazio do isolamento dando-lhe um conteúdo e fazendo dele, assim, um espaço – um
lugar. A arte é o meio pelo qual o sujeito nomeia a si e ao mundo de uma outra forma. Essa
renomeação cria um lugar, na medida em que um mundo renomeado é imediatamente um mundo
revalorado. Isso reconfigura todo o espaço, pois é uma determinada estrutura de valoração,
normativa, que condena a diferença à atopia. Francisco Bosco
(Extraído e adaptado de: Banalogias. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007)
“Os caminhos da arte e da cirurgia estética se originam na mesma encruzilhada – seus destinos
entretanto serão radicalmente diferentes” A relação entre duas partes da frase acima, delimitadas
pelo emprego do travessão, pode ser descrita pelo seguinte par de palavras:
a) causa/consequência
b) ponderação/explicitação
c) abstração/especificação
d) convergência/divergência

Questão 35: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

O Assunto $561: Aula presencial. Hora de reverter a evasão

A partir desta segunda-feira (18), os alunos das redes estaduais de São Paulo, Bahia e Mato Grosso
voltam às aulas 100% in loco. Além deles, mais 11 Estados optaram pelo presencial. A urgência no
retorno às escolas é necessária para garantir acesso a mais de 5 milhões de estudantes privados da
educação durante a pandemia. Parte das unidades da rede ainda terá que seguir no modelo híbrido.

(https://91 .globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/10/19/ o-assunto-561-aula-presencial-hora-de-reverter-a-evasao.ghtml.


Acesso em 03 nov. 2021. Adaptado)

Assinale a frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa quanto ao


emprego da vírgula.
a) Na entrada da escola, os alunos e funcionários, terão suas temperaturas aferidas.
b) Muitos alunos perderam, seu contato com a escola, e as escolas com seus alunos.
c) O ensino remoto, segundo a opinião de educadores, não substitui a sala de aula.
d) Os impactos da troca do ambiente escolar pelo virtual, são maiores na rede pública.
e) O ensino híbrido é, conforme especialistas um desafio mesmo para nativos digitais.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Questão 36: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se
aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga
numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas
horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu
ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma
independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento
entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança
aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo
silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente
interagir. Não se envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a
base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira
paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se
você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe
dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro,
enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em
um relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com
quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo.
“São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos.
Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos,
mas sem interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Leia a seguinte frase formulada a partir do texto para responder à questão.

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais aprenderam novos modos de se
aproximar.

Assinale a alternativa em que a frase reescrita respeita a norma-padrão de emprego da vírgula,


mantendo o mesmo sentido do trecho original.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

a) Como crianças, brincam sozinhas, uma ao lado da outra, aprenderam com os casais, novos modos
de se aproximar.
b) Casais aprenderam como crianças brincam sozinhas, uma ao lado da outra e, novos modos, de se
aproximar.
c) Casais aprenderam, como crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, novos modos de se
aproximar.
d) Crianças que brincam sozinhas, uma ao lado da outra, ensinaram aos casais, como novos modos,
podem aproximar.
e) Casais aprenderam, novos modos de se aproximar, como crianças que brincam sozinhas, uma, ao
lado da outra.

Questão 37: SELECON -


Um alerta contemporâneo

O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como se ela
não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada momento,
para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa fundamental
sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos, nos explique
o que não conseguimos explicar até agora.

O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas de inverno durante o
nosso verão devem ser mais uma reação da natureza ao que temos feito de errado no mundo. Cada
fenômeno desses é um gesto de nossos parceiros para nos chamar a atenção para o que deve estar
errado. Ou, então, uma simples declaração de guerra, sei lá de que tipo.

Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá,
esperam que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes do
Oriente Médio ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores de
petróleo. Deve ter feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa das
novas fontes de energia. Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de petróleo,
quando o mundo desenvolve e já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e a solar.

O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais.
É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que foi a Gripe
Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.

No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra. Com
mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade, essa
guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno perto de outra tragédia
simultânea: a chamada Gripe Espanhola, que muitos acreditam ter interrompido de 30 a 50 milhões de
vidas, em todos os continentes. Curiosamente, como o coronavírus, a trágica epidemia não era uma
gripe, mas o resultado do surgimento e multiplicação de um vírus até então desconhecido.

Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa leste
americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na guerra em
abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo,

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio britânico que deixou aqui a
gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá. E elas a transmitiram ao resto da
cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da metade da população. Como no caso do
coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais eram os responsáveis por espalhar o vírus
fatal pelo mundo afora.

O coronavírus, como a Gripe Espanhola, é uma espécie de resistência da natureza às nossas


barbaridades. Uma resistência que ajudamos a se tornar de caráter global, graças ao progresso e ao
poder, como se fôssemos estimulados por forças que não compreendemos, nem somos capazes de
enfrentar. É claro que o coronavírus nos faz mal; por isso devemos combatê-lo. Mas, sempre
lembrando que ele vem de um mundo ao qual também pertencemos e ao qual devemos atenção e
respeito, até conhecê-lo melhor.

Cacá Diegues. In: O Globo. 16/03/2020. [Adaptado] (Disponível em:


https://oglobo.globo.com/opiniao/um-alertacontemporaneo- 24305182)

“No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz...” O mesmo motivo gramatical que
leva ao uso da vírgula nesse contexto justifica seu emprego em:
a) Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos...
b) O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas...
c) E elas a transmitiram ao resto da cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes...
d) Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo...

Questão 38: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no
Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”,
da Lei de Talião. O código definia(b) que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua
vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado(c) de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil
participou contra as ditaduras nazifascistas —(d) devido à entrada dos Estados Unidos da América no
conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —(d), o mundo
foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não
se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946(a) que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a
lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um
grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante
o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e
1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal
foram excluídas da apreciação judicial.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à
justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena,
democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à
justiça em seu artigo 5.º,(e) inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e
estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como
também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la.

O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos
de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma
tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização
do escopo da justiça.

Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).

A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se


a) fosse inserida uma vírgula logo após “Constituição de 1946”.
b) fosse inserido o sinal de dois-pontos logo após a forma verbal “definia”.
c) fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “ampliado”.
d) fossem suprimidos os travessões empregados no parágrafo.
e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “artigo 5.º”.

Questão 39: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no
Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”,
da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua
vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações
sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil
participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no
conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi
tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se
podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a
lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um
grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante
o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal
foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à
justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena,
democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à
justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangeiros
residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como
também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la.

O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos
de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma
tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização
do escopo da justiça.

Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).

No parágrafo do texto CG2A1-I, o trecho entre travessões informa o motivo de


a) o Brasil ter participado da Segunda Guerra Mundial contra as ditaduras nazifascistas.
b) Hitler ter sido derrotado em 1945.
c) a Segunda Guerra Mundial ter chegado ao fim.
d) o regime autoritário do Estado Novo ter sucumbido.
e) o mundo ter sido tomado pelas ideias democráticas.

Questão 40: CEBRASPE (CESPE) - Texto

“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os


pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o
perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das
línguas indígenas.

Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da
extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser
esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente
transmitido oralmente.

Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de
conhecimento linguisticamente único.

No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava
atrelado a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam
perdidos no caso de extinção de determinado idioma.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a
relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas
indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a
subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) +
sistema digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e
biológica: América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.

Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas
medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do
conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma.
Em Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.

Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente,
em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único
ocorre, justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.

Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma
mesma planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma
Wikipédia para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias
descobertas sobre cada espécie.

O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,
podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.

Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

A vírgula empregada no trecho “No noroeste da Amazônia, 100%” (sétimo parágrafo) marca a elipse de
um termo.
Certo
Errado

Questão 41: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.

As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no
Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo,
sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao
passo que aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.

As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer,
a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar
muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.

A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos,
comprovadamente reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da
arborização que, geralmente, não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem
pesados na equação dos riscos e benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas como
sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
Certo
Errado

Questão 42: CETREDE -


SEREMOS TODOS TELEFONES (João Ubaldo Ribeiro)

Esse negócio de Google tirou a graça de muitas coisas. E dificultou a vida dos que mourejam nas
letras, obrigados por profissão e ganha-pão a escrever com regularidade, fazendo o que podem para
atrair o interesse de leitores e mostrar serviço, pois bem sabem que a mão que afaga é a mesma que
apedreja e o quem-te-viu-quem-te-vê será o destino inglório daqueles que dormirem no ponto. Antes
do Google, o esforçado cronista recorria a almanaques e enciclopédias e deles, laboriosamente,
extraía novidades para motivar ou adornar seu texto. Agora todo mundo pode fazer isso num par de
cliques. Além do mais, o cronista podia também exibir-se um pouco, o que talvez trouxesse algum
benefício ao combalido Narciso que carrega n'alma, além de realçar-lhe a reputação. Somente alguns
poucos, entre os quais ele, tinha tal ou qual informação, ou lembrava certos pormenores, em relação
ao assunto comentado. O Google acabou com isso e quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever
algo do tipo "você sabia?" se arrisca a desmoralização instantânea.

Mesmo consciente desses perigos, ouso dizer que a maior parte de vocês não sabia que hoje é o dia do
telefone. Eu por acaso sabia e me lembrei assim que vi a data no calendário. E também já sabia de

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

uma porção de coisas adicionais, inúteis mas talvez vistosas. Tudo isso, juro que é verdade, sem
recorrer ao Google. Faz mais tempo que eu gostaria de admitir, escrevi um trabalho escolar sobre
Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, e não me esqueci de fatos importantíssimos. Para
começar, Bell não era americano, como geralmente se pensa; era escocês. E, se vocês pasmaram com
esta, pasmem com a próxima: nos primeiros telefones, não se falava e escutava ao mesmo tempo, era
como nos walkie-talkies dos filmes de guerra americanos e os interlocutores tinham que dizer
"câmbio", ao terminarem cada fala.

E, sim, D. Pedro II garantiu o papel do Brasil no sucesso da invenção. Os historiadores americanos


lembram como Sua Majestade, durante uma feira internacional em Filadélfia, ficou estupefato com o
novo aparelho e exclamou: "Meu Deus, isto fala!". Parece que ele botou mais fé na novidade que os
americanos, porque o presidente americano Rutherford B.

Hayes declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante, mas sem nenhuma utilidade.
D. Pedro ganhou um e as centrais telefônicas começaram a se instalar no Brasil, notadamente no Rio
de Janeiro e, segundo eu li, tinham o hábito de pegar fogo com grande frequência. O coronel Ubaldo,
meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e
passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que
funcionava com eletricidade, acho que nunca mais tocou em nenhum.

E mais sensacionais revelações eu teria a fazer, mas suspeito que todas podem ser achadas no Google,
para quem for suficientemente obsedado. O que não se acha no Google são minhas memórias pessoais
em relação ao telefone. A primeira lembrança é o telefone lá de casa, quando morávamos em
Aracaju. Se não me engano, o número era 631 e o aparelho ocupava um espaço solene, no corredor de
entrada. Recordo as duas enormes baterias, com o formato de pilhas de lanterna, mas muito maiores.
Pegava-se o fone, rodava-se a manivela e falava-se com a telefonista, para pedir a ligação. Nessa
época, Salvador já tinha telefones automáticos, parecidos com os que a gente via no cinema e com um
número enorme. O da casa de meu tio Cecéu, por exemplo, era 8521 e eu causava grande inveja em
meus colegas de Aracaju, quando dizia que meu telefone em Salvador tinha esse numerozão - e sem
telefonista.

Já as ligações interurbanas eram um problema, mesmo em Salvador ou qualquer outra cidade. Nem
sempre se conseguia e o telefonema tinha que ser programado com muita antecedência. Às vezes,
esperava-se o dia inteiro pela ligação.

Quando a conversa se iniciava, as vozes se perdiam numa fanfarra de zumbidos, estalos, pequenos
estampidos e ruídos de toda espécie, em que os telefonadores se esgoelavam em gritos altos e
palavras repetidas aos berros. Era inevitável a suspeita, em alguns casos convicção, de que seria mais
eficaz chegar à janela e soltar esses berros na direção da cidade para onde se telefonava, levando o
papo diretamente no gogó, sem precisar de nenhum aparelho. Pois é, nada como um dia depois do
outro. Ainda passei por mentiroso, quando, regressado ao Brasil depois de uma longa temporada nos
Estados Unidos, contei que o sujeito em Los Angeles discava diretamente para Nova York, na outra
ponta do país, a ligação se completava como se fosse local e se ouvia perfeitamente a voz do lado de
lá. Estabelecia-se um silêncio constrangido entre os ouvintes e não eram raros comentários elogiando
minha fértil imaginação de romancista. O curioso é que lá eu também passava pela mesma situação,
quando contava que, no Brasil, havia gente que esperava a instalação de um telefone durante décadas

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

e as linhas eram valorizadas como excelente investimento e deixadas como herança. Por fim,
chegaram os celulares e tabletes. Tem gente que não larga o celular nem no chuveiro e dizem que já é
até um acessório sexual indispensável para muitos. Creio que, no futuro próximo, os recém-nascidos,
ainda na maternidade, terão vários chips implantados no cérebro e serão conectados antes de
aprenderem a falar, talvez numa rede social especializada. Um chip, secretamente instalado no
celular do cônjuge infiel, mostrará à parte corneada o endereço exato do motel onde o (a)
sem-vergonha prevarica. Um aplicativo ora sendo aperfeiçoado saberá, por sutis alterações na voz,
quando quem fala está mentindo. Realiza-se o sonho de não passarmos de uma colmeia toda
interligada, em que não haverá vida privada. Feliz dia do telefone para todos.

Jornal O Estado de S. Paulo, 10 de março de 2013 | 02h13

Marque a alternativa correta, quanto à justificativa para o uso da vírgula, nos trechos sublinhados, no
período seguinte: “O coronel Ubaldo, meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de
falar no telefone, botava o paletó e passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira
invisível e, depois que contaram a ele que funcionava com eletricidade, acho que nunca mais tocou
em nenhum.”.
a) Usa-se a vírgula para isolar o vocativo e orações subordinadas adjetivas restritivas.
b) Usa-se a vírgula para separar o aposto e orações subordinadas adverbiais, principalmente quando
antepostas à principal ou intercaladas.
c) Usa-se a vírgula para separar o vocativo e orações coordenadas assindéticas.
d) Usa-se a vírgula para isolar orações coordenadas e reduzidas.

ANULADA - Questão 43: CETREDE -


RETROSPECTIVA

Retrospectivas de fim de ano servem para passar o passado a limpo e organizar nossas lembranças que,
sem elas, seriam histórias sem nexo. O retrospectivista mais desatento da História foi Luís XVI que, na
véspera da Revolução Francesa, escreveu no seu diário: “Tudo calmo, nenhuma novidade no reino”. A
tradição de recapitular os principais acontecimentos do ano teria começado no ano 1, quando um
viajante no deserto anotou no caderno de viagem a presença daquela estranha estrela no céu da
Judeia, brilhando mais do que as outras, como que mostrando um caminho, e disse “Epa”.

No jornalismo, uma retrospectiva de fim de ano é obrigatória, e fácil de fazer. Basta juntar fatos e
feitos que se destacaram durante o ano, e pronto. O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo,
esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os anos. É só reuni-las e teremos um típico ano com
seus altos e baixos, esperando sua inclusão na retrospectiva. Como todos os anos. Certo?

Você deve estar brincando com os pobres autores de retrospectivas e com a humanidade em geral.
Nenhum outro ano na nossa história foi tão diferente dos outros quanto 2020. Nenhuma outra
retrospectiva foi – e continua sendo – tão inverossímil. Um vírus mal-intencionado surgiu não se sabe
de onde decidido a acabar conosco e, mesmo se não conseguir, alterar a vida sobre a Terra e a relação
entre as pessoas de maneira inédita, com efeitos imprevisíveis no futuro de cada um.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Retrospectivas por vir terão que recorrer à ficção ou ao delírio para contar como foi 2020 e seus
desdobramentos. Elas podem muito bem ser sobre a guerra da vacina que fatalmente acontecerá em
poucos anos, ricos contra pobres lutando pela sobrevivência.

Prevê-se que retrospectivas do futuro se ocuparão do comportamento de jovens, em 2020 e depois,


que desafiaram as recomendações de como enfrentar o vírus assassino e continuaram fazendo festas
sem qualquer proteção, sugerindo que o vírus, além de todos os seus crimes, criara uma geração de
desinformados, de alienados ou de suicidas.

(Fonte:Jornal O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 2020 - 03h00)

Marque a alternativa correta em relação à justificativa para o uso das vírgulas que separam o trecho
sublinhado, no período:

“O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo, esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os
anos”.
a) As vírgulas separam orações coordenadas da mesma natureza.
b) A vírgula foi usada depois da conjunção para separar adjunto adverbial.
c) As vírgulas estão separando itens de enunciados enumerativos.
d) As vírgulas separam oração adjetiva de valor explicativo.

Questão 44: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, marcar C para as sentenças Certas,
E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( _ ) Florianópolis, a capital catarinense, amanheceu ensolarada.

( _ ) Chegamos atrasados, explicou Carlos por falta de planejamento.

( _ ) Os especialistas alertaram, com frequência os potenciais infectantes.


a) C - C - E.
b) E - E - C.
c) C - E - E.
d) E - C - E.
e) C - E - C.

Questão 45: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.
Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofícioa. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a
cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as
responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o
crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras
tambémb…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bomc.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por
sua cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O
Bonequinho aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do
caminho. “Na prática, pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa
não é a razão de ser da crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a


possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,
retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas…
Muitos são bonitos, agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se
tornarem uma obra de arte, enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arted. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos
especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes
mídias, “abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas
a falarem, antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito
absoluto de todos poder falar dos filmes.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais
elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completae. O francês cita um
conterrâneo, André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os
filmes nascem livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma
utopia. Sabemos que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e
desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

A separação, por vírgula(s), da palavra ou expressão grifada é optativa em


a) Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de
junho), no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá
programação em 50 cidades, com uma master class sobre o seu ofício.
b) “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um
filme. Porque os críticos falam besteiras também…”.
c) Ou seja, dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.
d) Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o
papel do crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de
ser uma obra de arte.
e) “Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais
elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa.

Questão 46: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.
Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”a, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”b. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a
cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as
responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obrac. “O filme, porém, vai além do fato de o
crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras
também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novod.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por
sua cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O
Bonequinho aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do
caminho. “Na prática, pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa
não é a razão de ser da crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a


possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,
retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas…
Muitos são bonitos, agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se
tornarem uma obra de arte, enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos
especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes
mídias, “abre novas possibilidades”e. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas
a falarem, antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito
absoluto de todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais
elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um
conterrâneo, André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os
filmes nascem livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma
utopia. Sabemos que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e
desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

As aspas indicam uma expressão usada fora de seu contexto habitual em


a) “Sou crítico de cinema” (linha 2).
b) Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns dos mais conhecidos críticos do Brasil e
entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua “aula de mestre”.
c) Lembrou que, a cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem
sobre eles as responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra.
d) Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
e) Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes
mídias, “abre novas possibilidades”.

Questão 47: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeua. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a
cada semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as
responsáveis por dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o
crítico ter amado, odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras
também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bomb.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por
sua cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O
Bonequinho aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do
caminho. “Na prática, pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa
não é a razão de ser da crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a


possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,
retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas…c

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Muitos são bonitos, agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se
tornarem uma obra de arte, enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos
especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitosd. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes
mídias, “abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas
a falarem, antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito
absoluto de todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais
elaboradas, do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um
conterrâneo, André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os
filmes nascem livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma
utopia. Sabemos que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e
desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmese.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

O ponto que separa os dois enunciados poderia ser substituído por vírgula em
a) O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou
crítico de cinema”, respondeu.
b) O que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou
seja, dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.
c) Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a
possibilidade dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão,
retratar um fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… .

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

d) A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot
resolveu escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o
auge de qualquer crítico e Frodon já participou de muitos.
e) Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing
seja tão dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.".

Questão 48: OBJETIVA CONCURSOS -


Como funciona o toboágua?

Ao descer em um toboágua, apesar da velocidade em que você está, não há risco de sair voando do
brinquedo. A velocidade nas curvas do trajeto é sempre menor do que seria na queda livre de uma
pessoa. Além isso, a velocidade da descida varia a cada trecho, garantindo a segurança.

A tendência natural do corpo é seguir reto. Mas um toboágua com curvas muda essa lei da física:
quando aparece uma curva na pista, entramos em contato com a lateral da estrutura, que nos
empurra de volta e nos obriga a seguir pelo caminho que não é o reto. O filete de água presente
durante toda a descida também ajuda na condução do corpo humano pelo trajeto certo.

A velocidade de descida em um toboágua varia de pessoa para pessoa: quanto mais massa (peso) você
tiver, maior será a velocidade que pode atingir. Outros fatores influenciam, como a área de contato
com a pista (quanto menor, maior é a velocidade), o tipo de tecido e o comprimento da roupa que
você está usando (quanto mais comprida ela for, menor é a velocidade).

Apesar de parecer que você chega ao final do trajeto em uma velocidade menor, isso não é verdade –
o impacto ao atingir a água é proporcional à velocidade que você manteve durante o caminho.

Contudo, a maneira como nosso corpo bate na água da piscina (com os pés, por exemplo) pode alterar
a sensação, deixando-a mais suave. E a curvatura do toboágua também engana: cria a sensação de
suavidade na inclinação para que o impacto pareça menor.

(Fonte: Uol - adaptado.)


Em relação à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:
a) Teve a audácia de falar como se, realmente soubesse do que se tratava.
b) Minha querida família sinto, muita saudade de todos.
c) Soube do escândalo, contudo, permaneceu calado.
d) Seus sonhos pareciam, deslocados da realidade para a maioria das pessoas.
e) Minhas pretensões, eram maiores do que puderam propor.

Questão 49: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação ao uso da pontuação, analisar os itens abaixo:

I. Embora estivesse cansado, não deixou de comparecer ao evento.

II. A família decidiu, que mudaria para o norte.

III. Durante o carnaval, no Rio de Janeiro, não choveu.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente o item II.
c) Somente os itens I e III.
d) Somente os itens II e III.
e) Todos os itens.

Questão 50: FGV - Um jurista conhecido disse: “O grande mal do Brasil tem sido o crime sem
castigo. O que reduz a criminalidade é a certeza da punição”.
Esse pensamento está dividido em dois períodos, separados por um ponto. Em relação ao primeiro
período, o segundo mostra a seguinte função:
a) explicar o que é um crime sem castigo.
b) indicar a consequência de os crimes ficarem impunes.
c) justificar a opinião dada anteriormente.
d) mostrar outro parecer independente do primeiro.
e) retificar uma falha do pensamento anterior.

Questão 51: FGV - Se colocarmos todas as vírgulas necessárias na frase “Não me importo de me
atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de
soja.”, a forma correta será:
a) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não digam que eu
seria capaz de comer pizza de soja.”;
b) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu
seria capaz de comer pizza de soja.”;
c) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não digam que eu
seria capaz de comer pizza de soja.”;
d) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam, que eu
seria capaz de comer pizza de soja.”;
e) “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não digam que eu
seria capaz de comer pizza de soja. ”

Questão 52: CESGRANRIO -


“Maior fronteira agrícola do mundo
está no bioma amazônico”,
diz pesquisador da Embrapa

O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade de ampliar áreas com a agropecuária.
De fato, um estudo da ONU mostra que o país será o grande responsável por produzir os alimentos
necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas que habitarão o planeta em 2050. De acordo
com pesquisadores da Embrapa, a região possui potencial e áreas para ampliação sustentável da
agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é muito grande.

A região amazônica se mostra promissora para a agricultura, pois ela é rica em um insumo
fundamental, a água. Estados como Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800
milímetros de chuvas por ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade de semear mais de uma
cultura por ano.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à ampliação da agricultura na região


amazônica, são um limitante para a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a
agricultura, parte deveria ser obrigatoriamente destinada à preservação ambiental, segundo as
exigências dos países que compram nossos produtos agrícolas.

POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em:


https://www.canalrural. com.br/projeto-soja-brasil/noticia/
maior-fronteira-agricola- -mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30 nov. 2021. Adaptado.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego adequado da vírgula está plenamente
atendido em:
a) A criação de animais para a produção de alimentos, é de grande importância para o sustento de
milhares de famílias.
b) A floresta Amazônica, apesar de parecer homogênea, possui muitas diferenças na sua vegetação.
c) A melhor maneira de proteger as povoações situadas nas margens dos rios, é procurar soluções que
impeçam o comércio ilegal.
d) O estado do Amazonas apresenta, a maior população indígena do Brasil com aproximadamente
trinta mil habitantes.
e) O número de estudiosos preocupados com o futuro do planeta, aumentou devido ao aquecimento
global.

Questão 53: CESGRANRIO -


Uma cena

É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono. Outono
no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu já é de
um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo
mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele trecho, onde as
amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.

Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.

É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila, de
pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem
pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com suas vassouras
e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora das
gaiolas.

Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido
estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece pronta a
erguer -se num aceno, quando alguém passar.

É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.

Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um choque: as
grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre as árvores
crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me
perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me
acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que dizer.

Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil
pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola assim, por
trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico,
que prende, constrange, restringe.

Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.

SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego adequado da vírgula está plenamente
atendido em:
a) O outono que o Rio nos oferece, tem um ar fino, quase frio.
b) Uma senhora de cabelos muito brancos, ficava sentada, em uma cadeira.
c) Ele se incomodou, com as grades do Rio.
d) Todos os dias que passo pelo Aterro vejo, as árvores cada vez mais crescidas.
e) O porteiro, que prende passarinhos em gaiolas, não vê que o outono fica mais lindo quando
estamos livres.

Questão 54: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais
de cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice
daquela época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma
jovem negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem
problemas financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14
anos, eu nunca havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e
devastadora do que a presença da Dionne(a). Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

durante a minha adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais
bonita, mais popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma
agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos
filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo(b). Quase
todos eles mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de
comportamento. Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam
alguns quilos para se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover(c)**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres.
O trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro
falar sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação
de espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza
expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números
de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.(d)

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento
de inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha
aparência. Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão
felicidade, a tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a
coleção de roupas da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano
balançando como nos comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da
felicidade. Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de
dieta eu só a vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e
imposto há anos e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem,
escrevem perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a
alimentar o bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento
em que eu serei feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y,
fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não
tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é(e). Mesmo que não existam
referências, faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em
https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-
geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

O ponto que separa os dois enunciados foi empregado para produzir ênfase em
a) Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado
entre as gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e
devastadora do que a presença da Dionne.
b) Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma
agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos
filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo.
c) Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando
atingimos um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele
fosse um extreme makeover**
d) Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de espaços para os quais fomos historicamente
excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes.
Consequentemente, maiores são os números de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.
e) Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento
pesado de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu
não tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é.

Questão 55: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais
de cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice
daquela época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma
jovem negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

problemas financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14
anos, eu nunca havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e
devastadora do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi
durante a minha adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais
bonita, mais popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma
agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos
filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase
todos eles mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de
comportamento. Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam
alguns quilos para se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres.
O trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro
falar sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação
de espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza
expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números
de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento
de inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha
aparência. Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão
felicidade, a tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a
coleção de roupas da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano
balançando como nos comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da
felicidade. Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de
dieta eu só a vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e
imposto há anos e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem,
escrevem perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a
alimentar o bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento
em que eu serei feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y,
fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não
tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam
referências, faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em
https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-
geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Em Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o bolso de meia dúzia de homens
brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei feliz, e este momento nunca
é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?, foi
suprimido(a) um(a)
a) vírgula.
b) verbo.
c) acento.
d) preposição.
e) artigo.

Questão 56: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação à pontuação, marcar C para as afirmativas Certas,
E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

(--) Se tudo fosse formalizado dentro do prazo combinado não teríamos, atraso nas entregas.

(--) Todo o comércio, deveria permanecer de portas fechadas conforme estabelecia o decreto.

(--) O problema dos alagamentos, disse o candidato, era o acumulado de chuvas.

a) C - C - E.
b) E - E - C.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) C - E - E.
d) E - C - E.
e) C - E - C.

Questão 57: CEPERJ - O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

(...) Generosidade, humanidade, bondade, compaixão, amizade e estima recíproca, todos os afetos
sociáveis e benevolentes, quando expressos no semblante ou comportamento, até mesmo para com
aqueles com quem não temos um relacionamento especial, quase sempre agradam ao espectador
indiferente. Sua simpatia com a pessoa que experimenta essas paixões coincide exatamente com sua
preocupação pela pessoa que é objeto delas. O interesse que o homem deve ter pela felicidade desta
última anima sua simpatia com os sentimentos da outra, cujas emoções se ocupam do mesmo objeto.
Sempre temos, portanto, a mais forte disposição de simpatizar com os afetos benevolentes. Sob todos
os aspectos nos parecem agradáveis. Compartilhamos tanto a satisfação da pessoa que os
experimenta, quanto da que é objeto deles. Pois, assim como ser objeto de ódio e indignação causa
mais dor que todo o mal que um homem corajoso receie de seus inimigos, há uma satisfação em
saber-se amado, o que, para uma pessoa delicada e sensível, é mais importante para a felicidade do
que todas as vantagens que pode esperar disso. Haverá, por acaso, um caráter tão detestável como o
de quem sente prazer em semear discórdia entre seus amigos, e converter seu mais terno amor em
ódio mortal? E, contudo, em que consiste a atrocidade desse insulto tão detestável? Acaso em privá-los
dos frívolos bons ofícios que poderiam ter esperado do outro, se a amizade prosseguisse? Consiste em
privá-los daquela amizade mesma, em roubar-lhes seus mútuos afetos que lhes davam tanta
satisfação; em perturbar a harmonia de seus corações, pondo termo ao intercâmbio feliz que até
então subsistia entre eles. Esses afetos, aquela harmonia, esse intercâmbio são percebidos não apenas
pelos homens ternos e delicados, mas também pelos rudes e vulgares, como algo mais importante para
a felicidade do que todos os favores que se esperava fluíssem deles.

O sentimento do amor é em si agradável à pessoa que o experimenta. Alivia e sossega o peito, parece
favorecer os movimentos vitais e estimular a saudável condição da constituição humana; e torna-se
ainda mais delicioso pela consciência da gratidão e da satisfação que deve provocar naquele que é seu
objeto. A afeição mútua deixa ambos felizes um com o outro, e a simpatia com essa afeição mútua
torna-os agradáveis para todos os demais. (...)

(SMITH, Adam. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015, p.44-45)

A reescritura da passagem que mantém a orientação da norma gramatical padrão quanto ao emprego
da pontuação é:
a) "Consiste em privá-los daquela amizade mesma em roubar-lhes seus mútuos afetos que lhes davam
tanta satisfação(...)".
b) "quando expressos no semblante ou comportamento, até mesmo para com aqueles com quem não
temos um relacionamento especial quase sempre agradam ao espectador indiferente (...)".
c) "Compartilhamos tanto a satisfação da pessoa que os experimenta, quanto da que é objeto deles,
pois, assim como ser objeto de ódio e indignação causa mais dor que todo o mal que um homem
corajoso receie de seus inimigos (...)".
d) "Haverá, por acaso um caráter tão detestável como o de quem sente prazer em semear discórdia
entre seus amigos, e converter seu mais terno amor em ódio mortal? (...)".

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

e) "Sempre temos, portanto a mais forte disposição de simpatizar com os afetos benevolentes. Sob
todos os aspectos nos parecem agradáveis (...)".

Questão 58: OBJETIVA CONCURSOS - Em relação ao uso dos sinais de pontuação, marcar C para as
afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência
CORRETA:

(_) Qual é a sua escolaridade?

(_) Raul vai ao cinema; Paulo, ao parque de diversões.

(_) João, José e Pedro são irmãos.

a) C - C - C.
b) E - C - C.
c) C - E - E.
d) E - E - E.
e) E - C - E.

Questão 59: IBADE -


O IMPACTO DA TECNOLOGIA EM NOSSAS VIDAS

Vivemos o ápice da influência tecnológica no mundo e não tem como negar. Estamos conectados o
tempo todo, seja pelo celular ou computador. O impacto da tecnologia em nossas vidas é
extremamente visível. Mas, isso é algo bom ou ruim?

A tecnologia facilita muito a nossa rotina e é um ótimo entretenimento. Com apenas uns cliques,
compartilhamos coisas pessoais, entramos em contato com aquele parente distante, descobrimos uma
nova música e assistimos a vários episódios de determinada série, mesmo off-line.

Conseguimos armazenar milhares de músicas na palma de nossas mãos, temos televisões com a maior
definição de imagem existente, guardamos todos os tipos de fotos e documentos pessoais na nuvem e
podemos acessá-los a qualquer hora e em qualquer lugar.

Há alguns anos, não tínhamos o hábito de olhar o celular assim que acordávamos, ou passar a noite
inteira em claro vagando pelas redes sociais. Hoje em dia, se uma tragédia acontecer há milhares de
quilômetros de distância de onde estamos, sabemos instantaneamente. A tecnologia modificou
completamente nosso cotidiano, trazendo muitos benefícios e alguns malefícios também.

O lado ruim é que estamos tão ligados nas nossas vidas online, que esquecemos de manter o contato
off-line. Não prestamos mais atenção no mundo a nossa volta, não conversamos mais pessoalmente.

Por recebermos tantas informações o tempo todo, tornamo-nos mais desatentos. Parece que não
podemos ficar sem encontrar coisas novas, é um pecado deixar o celular de lado, ficamos dependentes
dessa conexão.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Outros pontos ruins são os problemas de visão que foram desenvolvidos nos últimos anos por ficar
muito tempo vendo a tela do celular e os problemas de audição por ouvir coisas muito altas no fone de
ouvido.

A obesidade também é um fator que vem encadeando essas mudanças de hábito. As pessoas ficam a
maior parte de seu tempo sentadas, por conta da comodidade de comprar on-line, não precisam mais
ir até a loja, nem sair para pedir o almoço, pois existem vários aplicativos para isso.

Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens, esse índice é de
81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores.

É importante ter um planejamento de quantas horas por dia você vai dedicar à tecnologia, para não
perder o foco e a produtividade. Apesar de ser algo incrível, ela também pode trazer consequências
sérias e permanentes a nossa saúde. Como todas as outras coisas, ela deve ser apreciada com
moderação.

Disponível em: https://www.madeinweb.com.br/o-impacto-da-tecnologia-emnossas -vidas/Adaptado

"Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens, esse índice é
de 81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores".

Assinale a opção correta quanto à pontuação, levando-se em consideração a alteração frasal:


a) O sedentarismo está presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já nos mais jovens, esse índice
é de 81%, consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores.
b) O sedentarismo está presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já nos mais jovens, esse índice
é de 81%, consequência, direta, do uso de videogames, celulares e computadores.
c) Consequência direta do uso de: videogames, celulares e computadores, o sedentarismo está,
presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já, nos mais jovens, esse índice é de 81%.
d) Consequência direta do uso de videogames; celulares; e computadores; o sedentarismo está
presente, em 23% dos adultos segundo a OMS. Já, nos mais jovens, esse índice é de 81%.
e) Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores o sedentarismo está
presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já, nos mais jovens, esse índice é de 81%.

Questão 60: CEBRASPE (CESPE) -


Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha
uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente
grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser
verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas certamente não
requer linguagem.

Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque


ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso,
a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter
sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.


Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.

Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo antes da preposição “sem” (terceiro parágrafo),
haveria prejuízo para a correção gramatical do texto, embora seu sentido original fosse mantido.
Certo
Errado

Questão 61: CEBRASPE (CESPE) -


Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o
início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.

No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.

Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle,
visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis
para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois
sistemas de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de
controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado
sistema de tribunais de contas.

A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de


fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o Senado Romano” e “na Grécia” são
seguidos de vírgula porque expressam circunstância de lugar no início da oração em que aparecem.
Certo
Errado

Questão 62: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

A perda da privacidade

Um dos problemas do nosso tempo, uma obsessão mais ou menos generalizada, é a privacidade. Para
dizer de maneira muito, mas muito simples, significa que cada um tem o direito de tratar da própria
vida sem que todos fiquem sabendo. Por isso, é preocupante que, através dos nossos cartões de
crédito, alguém possa ficar sabendo o que compramos, em que hotel ficamos e onde jantamos.

Parece, portanto, que a privacidade é um bem que todos querem defender a qualquer custo.

Mas a pergunta é: as pessoas realmente se importam tanto com a privacidade? Antes, a ameaça à
privacidade era a fofoca, e o que temíamos na fofoca era o atentado à nossa reputação pública. No
entanto, talvez por causa da chamada sociedade líquida, na qual todos estão em crise de identidade e
de valores e não sabem onde buscar os pontos de referência para definir-se, o único modo de adquirir
reconhecimento social é “mostrar-se” – a qualquer custo.

E assim, os cônjuges que antigamente escondiam zelosamente suas divergências participam de


programas de gosto duvidoso para interpretar tanto o papel do adúltero quanto o do traído, para
delírio do público.

Foi publicado recentemente um artigo de Zygmunt Bauman revelando que as redes sociais, que
representam um instrumento de vigilância de pensamentos e emoções alheios, são realmente usadas
pelos vários poderes com funções de controle, graças também à contribuição entusiástica de seus
usuários. Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de
prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social”. Em
outras palavras, pela primeira vez na
história da humanidade, os espionados colaboram com os espiões, facilitando o trabalho destes
últimos, e esta rendição é para eles um motivo de satisfação porque afinal são vistos por alguém
enquanto levam a vida – e não importa se às vezes vivam como criminosos ou como imbecis.

A verdade também é que, já que todos podem saber tudo de todos, o excesso de informação não pode
produzir nada além de confusão, rumor e silêncio. Mas, para os espionados, parece ótimo que eles
mesmos e seus segredos mais íntimos sejam conhecidos pelo menos pelos amigos, vizinhos, e
possivelmente até pelos inimigos, pois este é o único modo de sentirem-se vivos, parte ativa do corpo
social.
(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida.
Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
Na frase – Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de
prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social” –, as
aspas são empregadas para

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

a) fazer referência ao título de uma obra.


b) distinguir uma citação do restante do texto.
c) realçar ironicamente palavras e expressões.
d) acentuar o valor significativo de palavras e expressões.
e) fazer sobressair expressões estranhas à linguagem comum.

Questão 63: VUNESP - Examine a tirinha de André Dahmer para responder à questão.

Em “Querida, os juros do cartão.” (3o quadrinho), a vírgula é usada com a mesma finalidade da(s)
vírgula(s) empregada( s) em:
a) A fatura do cartão da minha esposa está alta, como a minha.
b) Os juros nem sempre foram altos assim, minha filha.
c) Minha filha, cujo nome é Helena, trabalha em um banco.
d) Minha esposa, embora seja a mais inteligente da família, não entende de juros.
e) Não posso falar agora com minha esposa, não.

Questão 64: FCM - CEFETMINAS - A questão se refere ao texto de Mário Quintana.

Das utopias

Se as coisas são inatingíveis...ora!


Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!
Disponível em: <https://www.portugues.com.br/literatura/mario-quintana. html> Acesso em 6 jan. 2020.

Tendo por base os sinais de pontuação presentes no texto de Mário Quintana, avalie as afirmações a
seguir.

I – A exclamação no final do texto serve para indicar um estado emocional.


II – Empregou-se, no primeiro verso, a exclamação depois de uma interjeição.
III – As reticências, no primeiro verso, interrompem uma ideia que se quer exprimir.
IV – No segundo verso, as reticências indicam uma suspensão provocada por dúvida.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I.
b) II e IV.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) I, II e III.
d) I, III e IV.

Questão 65: FCM - A questão se refere à tirinha a seguir.

Disponível em: <https://centrodemidias.am.gov.br/aulas/concordanciaverbal-


realismo-e-naturalismo-em-portugal-antero-de-quental-e-eca-dequeiroz- parte-1-10893/61833> Acesso em: 6 jan. 2020.

No segundo balão do primeiro quadrinho da tirinha, a vírgula foi empregada para isolar
a) aposto.
b) vocativo.
c) adjunto adverbial.
d) expressão explicativa.

Questão 66: FCM - CEFETMINAS - Leia o texto a seguir e, depois, responda a questão.
O QUE A FOLHA PENSA

Ação entre amigos

Governo poupa militares do ajuste fiscal e destina à área 28% dos investimentos

1. O balanço das contas do governo federal de 2019 surpreendeu até mesmo os responsáveis pelo
controle do gasto público no Tesouro Nacional. De repente, em dezembro, brotou uma despesa
imprevista de cerca de R$ 10 bilhões.

2. Era o dinheiro do aumento de capital de três empresas estatais, na maior parte para a Emgepron,
firma ligada à Marinha e dedicada a construir navios, que recebeu R$ 7,6 bilhões em uma canetada.

3. O valor equivale a todo investimento federal em obras e equipamentos dos ministérios da Saúde e
da Educação, por exemplo.

4. Dadas as peculiaridades da contabilidade pública, tal despesa não toma o lugar de outra, pois não
se sujeita ao limite constitucional do chamado teto de gastos.

5. De qualquer modo, o déficit público acabou maior. Além do mais, essa decisão inopinada e em
quase nada transparente desmoraliza a alardeada política de privatização do governo de Jair
Bolsonaro, pífia em sua morosidade e inoperância.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

6. O aumento do capital da Emgepron é, no entanto, coerente com uma das linhas de força do
governo: o poder militar. Quase um terço dos ministérios é comandado por oficiais da ativa ou da
reserva das Forças Armadas, até porque, em sua carreira, Bolsonaro não cultivou relações com outros
grupos de quadros técnicos ou profissionais, além de ter sido na prática um líder sindical da categoria.

7. Governo e Congresso se acertaram a fim de permitir que militares se aposentem em condições


privilegiadas (com o equivalente de salários e reajustes integrais da ativa). Este governo também se
prontificou a conceder generosos reajustes para os soldos, em particular para o alto oficialato.

8. O aumento de capital da Emgepron foi R$ 4 bilhões além do previsto para o ano, liberalidade
facilitada pela entrada dos recursos do leilão dos campos de petróleo.

9. Assim, o Ministério da Defesa ficou com mais de 28% do total dos recursos federais destinados a
investimentos. A despesa com pessoal militar, civil, aposentados e suas pensões vai aumentar; já
consomem pelo menos 26% do gasto total com servidores.

10. O esforço para o necessário ajuste das contas públicas não tem sido distribuído de modo mais
equânime. Subsídios diversos continuam intocados, por exemplo. Não é aceitável que também a
despesa militar seja poupada de contribuir para essa emergência nacional.

11. É argumentável que o equipamento militar brasileiro pode estar sendo sucateado. Mas também
este é o caso da infraestrutura física e social, de estradas a hospitais. Ainda mais neste momento de
escassez aguda de recursos, é preciso repensar e explicar com transparência as prioridades.

Referência: FOLHA DE S.PAULO. Ação entre amigos. São Paulo, 5 fev. 2020. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/acao -entre-amigos.shtml>. Acesso em: 5 fev. 2020.

A respeito dos sinais de pontuação, avalie as afirmações.

I – No primeiro parágrafo, segundo período, foram usadas adequadamente as vírgulas para separar o
adjunto adverbial de tempo em dezembro.

II – No terceiro parágrafo, o uso da vírgula antes da expressão por exemplo é facultativo.

III – No quarto parágrafo, o uso da vírgula após o adjetivo pública é facultativo.

IV – No sétimo parágrafo, no primeiro período, em lugar dos dois parênteses empregados, também
seria adequado à norma-padrão substituí-los por um único travessão, usado após a palavra
privilegiadas.

V – No nono parágrafo, no segundo período, o emprego das vírgulas no trecho: “[...] pessoal militar,
civil, [...]” é facultativo.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I e IV.
b) III e V.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) II, III e IV.


d) I, II e V.

Questão 67: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de
publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.

“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.

Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o
aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido
off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar
um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.

“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo
para tirar fotos.”

Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao
título.

Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador,
repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?

“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao
máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não
pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no
local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.

“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até
hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.

Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver
isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,
extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.

Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva
cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele
ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.

O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo
Horizonte.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao-
mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

O emprego da vírgula está correto na frase da alternativa:


a) O gari Tales Alves, que ficou famoso nas redes sociais, ama sua profissão.
b) Tales Gari, vai participar do concurso de Mister BH.
c) A oportunidade apareceu quando, Tales Gari trabalhava em um supermercado.
d) Júlia a filha mais velha, ajudou o pai a baixar o aplicativo de vídeos.
e) Nas ruas as pessoas, o reconhecem e lhe desejam muito sucesso.

Questão 68: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de
publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.

“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.

Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o
aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido
off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar
um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.

“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo
para tirar fotos.”

Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao
título.

Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador,
repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?

“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao
máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não
pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no
local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.

“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até
hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver
isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,
extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.

Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva
cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele
ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.

O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo
Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao-
mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

Nesse texto, as aspas foram empregadas para


a) fazer uma citação de outro texto.
b) marcar a fala de alguém.
c) isolar expressões populares.
d) mostrar o sentido figurado de algum termo.
e) dar destaque a uma palavra.

Questão 69: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Um futuro mais verde e digital

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ressaltou a ideia que
tem vertebrado suas entrevistas: levar a Europa a um futuro cada vez mais “verde” e “digital”.

As duas palavras resumem as linhas mestras da política e da economia no futuro. Não é possível fugir à
revolução digital que, nos últimos 30 anos, transformou o mundo. Já há algum tempo a lista das
principais empresas do planeta não é encabeçada por companhias petrolíferas ou de varejo. Apple,
Google, Microsoft, Amazon e Facebook revezam-se nos cinco primeiros lugares. Todas americanas – os
Estados Unidos lideram a revolução digital.

A Europa, por sua vez, quer ser líder na transição para a economia verde. “Existem alguns valores que
se tornaram transnacionais, e a preservação do planeta é um deles”, diz Cesar Rodríguez-Garavito,
professor da Universidade de Nova York. O combate às mudanças climáticas exige a colaboração entre
países. Nada mais natural que uma união de nações dê o pontapé inicial.

Lapidado ao longo dos últimos anos, o “European Green Deal” é ambicioso. Seguidas suas diretrizes,
negócios relacionados com extração de petróleo e fabricação de carros a gasolina deixarão de existir
até meados da próxima década. A ideia é criar círculos virtuosos. Um exemplo: gigantes como a sueca
Ikea, marca de lojas de móveis, só trabalham com fornecedores de madeira certificada. O objetivo é
inviabilizar, na cadeia global, os que não seguirem as regras sustentáveis.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Numa nova economia com valores compartilhados, a política também vem sendo reinventada. Há um
protagonismo crescente da sociedade civil transnacional. Ela congrega atores de diversos países e atua
em rede, valendo-se dos recursos da tecnologia. Como no discurso de Von der Leyen, as palavras
“verde” e “digital” caminham juntas.

Para Rodríguez-Garavito, tais redes incorporam não apenas organizações não governamentais, mas
também universidades e a imprensa independente. Cada uma em seu papel, tendo o conhecimento
como arma. Há uma nova forma – digital, verde, colaborativa e globalizada – de pensar a política e a
economia atuais.

Uma pesquisa mostra que 86% dos brasileiros entre 16 e 24 anos estão preocupados com as mudanças
climáticas, ou seja, a causa ambiental é a mais forte entre os jovens. Trata-se de uma notícia ruim
para os políticos (à esquerda e à direita) que demonizam a sociedade civil. Enquanto o mundo
inteligente avança, eles prendem seus países no lodo do atraso – e perdem, no caminho, a conexão
com os eleitores do futuro.

(João Gabriel de Lima. O Estado de S. Paulo, 18.09.2021. Adaptado)

No 6o parágrafo, em “Há uma nova forma – digital, verde, colaborativa e globalizada – de pensar a
política e a economia atuais.”, os travessões contribuem para
a) reafirmar quatro objetivos inatingíveis relativos à situação político-econômica e podem ser
substituídos por parênteses.
b) destacar quatro características essenciais relativas à situação político-econômica e podem ser
substituídos por parênteses.
c) evidenciar quatro condições prioritárias relativas à situação político-econômica e podem ser
substituídos por ponto e vírgula.
d) apresentar quatro aspectos prescindíveis relativos à situação político-econômica e podem ser
substituídos por aspas.
e) retificar quatro itens polêmicos relativos à situação político-econômica e podem ser substituídos
por aspas.

Questão 70: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes


preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no
combate a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só
para vestuário, mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as
chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e
tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini
ressaltou a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação
química e na estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata
utilizada em outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo
muito novo, então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

No terceiro parágrafo, o longo trecho entre aspas representa, em relação à primeira frase, uma:
a) contestação
b) ponderação
c) explicação
d) concessão

Questão 71: FCM - A questão se refere ao texto a seguir.


Meia

— Você acha que estou meia gordinha?

— Não é meia, é meio.

— Como é que é?

— Não é meia gordinha que se diz. É meio gordinha.

— MEIO gordinha? Imagina. Meio gordinha... Não acredito.

— Se você fosse meia gordinha, significaria que você é só meia, só metade, entende? Só metade
gordinha. A outra metade, magrinha.

— Qual parte? A de cima ou a de baixo?

Disponível em: http://www.educacional.com.br/upload/dados/materialapoio/


124860001/8866260/ADV%C3%89RBIOS.pdf>. Acesso em: 10 jan.
2020.

Avalie as seguintes afirmações sobre o emprego dos sinais de pontuação no texto Meia.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

I – As reticências servem para indicar a interrupção de uma ideia.


II – Os travessões foram empregados para isolar palavras ou frases.
III – Os pontos de interrogação aparecem no final de interrogações indiretas.
IV – Os pontos finais representam uma pausa máxima e indicam que o período está finalizado.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

Questão 72: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse
sumariar em uma única expressão o significado de desenvolvimento, se diria que o seu processo
consiste no aumento continuado da produtividade do trabalho. É por meio do aumento do produto por
trabalhador, propiciado pelo aumento da produtividade do trabalho, que se geram os recursos
necessários que tornam possível atingir as demais dimensões do desenvolvimento. Sem esse
crescimento, não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento não propicie o desenvolvimento
em suas demais dimensões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde e da educação da
população e aumento da expectativa de vida, entre tantas outras.

Certamente não há escassez de estratégias de desenvolvimento, e elas estão disponíveis para quem
delas quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Delfim Netto que Adam Smith, em
Riqueza das Nações (1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza das nações”)
em poucas e simples proposições. Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos
tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da
força para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito significa proteger o direito à
propriedade privada, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutura de uso
comum. Por fim, deve-se estimular a competição entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os
mercados livres e punindo-se os monopólios. No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o
crescimento econômico acontece quase por gravidade: será o resultado da ação dos empresários em
busca do lucro e do comportamento dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação de suas
necessidades. Elas se harmonizam pela liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de
preços dos fatores de produção e dos bens de consumo”.

Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em nosso país pela época da Independência. A
primeira tradução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em 1794, e a obra de José da Silva
Lisboa, o futuro Visconde Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, especialmente os seus
Princípios de Economia Política (1804). Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos
Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI (1818) e, particularmente, os
seus Estudos sobre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smithianas, Cairu, ao proclamar
o “deixai fazer, deixai passar, deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos portos, a liberdade
da indústria e a fundação de nosso primeiro banco. Não pouca coisa.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtividade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.).
Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009 (com adaptações).

Com relação ao emprego dos sinais de pontuação no quarto período do segundo parágrafo do texto
CG1A1-I, seria correto
a) suprimir a vírgula após “arrecadados”.
b) isolar entre vírgulas a expressão “ao Estado”.
c) inserir uma vírgula após “significa”.
d) incluir dois-pontos após “proteger”.
e) substituir o ponto e vírgula por travessão.

Questão 73: CPCON UEPB -


O Texto 1 trata-se de uma sátira a uma discussão ocorrida na última edição do Big Brother Brasil 2021.
O Texto 2, por sua vez, traz a definição de Sérgio Roberto Costa para um determinado gênero textual.
Sua leitura é necessária para responder a questão.

TEXTO 1:

Disponível em: https://www.facebook.com/petitabell/. Acesso em: 20 out 2021.

TEXTO 2:

“[...] palavra de origem francesa que significa carga, ou seja, algo que exagera traços do caráter de
alguém ou de algo para torná-lo burlesco ou ridículo. Por extensão, trata-se de uma ilustração ou
desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, veiculado pela imprensa, que tem por finalidade
satirizar e criticar algum acontecimento do momento. Focaliza, por meio de caricatura gráfica, com
bastante humor, uma ou mais personagens envolvidas no fato político-social que lhe serve de tema
[...].”

Fonte: COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

No segundo balão - no Texto 1 - um sinal gráfico é utilizado para caracterizar que a personagem
apresenta uma dúvida. Trata-se do/a:
a) Travessão.
b) Sinal de exclamação.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) Vírgula.
d) Sinal de interrogação.
e) Ponto final.

Questão 74: CPCON UEPB -


O Texto 1 trata-se de uma sátira a uma discussão ocorrida na última edição do Big Brother Brasil 2021.
O Texto 2, por sua vez, traz a definição de Sérgio Roberto Costa para um determinado gênero textual.
Sua leitura é necessária para responder a questão.

TEXTO 1:

Disponível em: https://www.facebook.com/petitabell/. Acesso em: 20 out 2021.

TEXTO 2:

“[...] palavra de origem francesa que significa carga, ou seja, algo que exagera traços do caráter de
alguém ou de algo para torná-lo burlesco ou ridículo. Por extensão, trata-se de uma ilustração ou
desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, veiculado pela imprensa, que tem por finalidade
satirizar e criticar algum acontecimento do momento. Focaliza, por meio de caricatura gráfica, com
bastante humor, uma ou mais personagens envolvidas no fato político-social que lhe serve de tema
[...].”

Fonte: COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

No Texto 1, o sinal de exclamação é utilizado para caracterizar que a personagem:


a) está ansiosa e atenta.
b) está surpresa ou assustada.
c) está com medo.
d) está calma e pacífica.
e) está exaltada ou gritando.

Questão 75: CPCON UEPB -


TEXTO 3:

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Leia o Texto 3 para responder a questão.

Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.

No segundo quadrinho, um sinal gráfico é utilizado para caracterizar verbalmente várias situações:
surpresa, exaltação, gritaria, alteração de ânimos etc. Trata-se do/a:
a) Ponto final.
b) Sinal de interrogação.
c) Sinal de exclamação.
d) Reticência.
e) Vírgula.

Questão 76: CPCON UEPB - TEXTO 3:

Leia o Texto 3 para responder a questão.

Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.

Entre o primeiro e o segundo quadrinho, o autor se utiliza de um sinal de pontuação para demarcar
uma pausa na fala do médico, bem como explicitar para o leitor que o seu enunciado terá
continuidade de um quadrinho para o outro. Trata-se:
a) das reticências.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

b) do ponto - e - vírgula.
c) dos dois - pontos.
d) do sinal de exclamação.
e) do ponto final.

Questão 77: CPCON UEPB - TEXTO 3:

Leia o Texto 3 para responder a questão.

Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.

No primeiro quadrinho, o sinal gráfico dos dois - pontos (:), assume a função de:
a) antecipar uma citação.
b) introduzir uma explicação ou esclarecimento.
c) demarcar uma enumeração.
d) introduzir um resumo.
e) demarcar o início de um diálogo.

Questão 78: CPCON UEPB - TEXTO 3

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Disponível em: <tirasarmandinho>. Acesso em 18 de outubro de 2021.

Ainda sobre o trecho “Macaxeira, mandioca e aipim são nomes diferentes para a mesma planta!”.
Neste contexto, a vírgula assume a função sintática de:
a) Intercalar.
b) Isolar.
c) Enumerar.
d) Enfatizar.
e) Explicar.

Questão 79: CEBRASPE (CESPE) - Texto

O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha
em risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de
“segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado”
que orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo
secundário pode ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma
ameaça direta — um resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na
modelagem da conduta humana mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.

Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Seria gramaticalmente correta a inserção de uma vírgula logo após a palavra “humana” (último
período).
Certo
Errado

Questão 80: CPCON UEPB - Abaixo estão expostas diferentes versões do parágrafo introdutório de
um texto que trata de técnicas para o tratamento da ansiedade*. A distinção entre elas se deve ao
emprego das vírgulas, um importante recurso para a compreensão do texto. Após a leitura, indique a
alternativa em que todas as vírgulas são empregadas de forma CORRETA. *Fonte: Exercícios contra a ansiedade
- Ano 4, N.6 -2019 .
a) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério fica (,) praticamente impossível(,)
controlar o fluxo de pensamentos que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da
meditação é tornar a pessoa(,) graças a muito treino capaz de manter autonomia(,) sobre a mente e
não mais ser refém dos próprios pensamentos.
b) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério fica praticamente impossível
controlar o fluxo de pensamentos(,) que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da
meditação é tornar a pessoa graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente e não
mais ser refém dos próprios pensamentos.
c) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério(,) fica praticamente impossível
controlar o fluxo de pensamentos que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da
meditação(,) é tornar a pessoa graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente e
não mais ser refém dos próprios pensamentos.
d) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério(,) fica praticamente impossível
controlar o fluxo de pensamentos que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da
meditação é tornar a pessoa(,) graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente e
não mais ser refém dos próprios pensamentos.
e) MEDITAÇÃO: Quando a ansiedade se torna um transtorno sério fica praticamente impossível(,)
controlar o fluxo de pensamentos(,) que deixam a cabeça em ponto de ebulição. A proposta da
meditação é tornar a pessoa(,) graças a muito treino(,) capaz de manter autonomia sobre a mente(,) e
não mais ser refém dos próprios pensamentos.

Questão 81: IBFC - Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada de maneira correta,
segundo na norma culta da língua.
a) A procrastinação, é a protelação do ato, acontece, por exemplo, quando você deixa um assunto
para ser resolvido depois.
b) A procrastinação é a protelação do ato. Acontece por exemplo quando você deixa um assunto para
ser resolvido depois.
c) A procrastinação é a protelação do ato. Acontece, por exemplo, quando, você deixa um assunto
para ser resolvido, depois.
d) A procrastinação é a protelação do ato, acontece, por exemplo, quando você, deixa um assunto
para ser resolvido depois.
e) A procrastinação é a protelação do ato. Acontece, por exemplo, quando você deixa um assunto
para ser resolvido depois.

Questão 82: IBFC - De acordo com as regras normativas pertinentes à Língua Portuguesa do Brasil,
observe a explicação dada sobre uma das pontuações utilizadas na representação do discurso.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

__________ representa uma maior pausa do que a marcada pela vírgula, comumente utilizada. Seu uso
ocorre para separar orações coordenadas quanto muito longas. Sua função é a de conceder clareza em
uma frase, principalmente a fim de organizar os itens apresentados.

Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.


a) Ponto e vírgula.
b) Ponto final.
c) Trema.
d) Dois pontos.
e) Hífen.

Questão 83: IBFC - Utilize o texto abaixo para responder a questão.

Texto I

Os caminhões chegaram às sete e meia e todas as famílias que restavam na favela havia muito tempo
já estavam de pé. Era difícil continuar na cama. Desde os bons tempos, as mulheres levantavam bem
cedo para a lavagem das roupas, para o apanho da água, para o preparo das pobres marmitas. Os
homens também. Uns saíam para o trabalho. Outros, em busca do primeiro gole de cachaça no balcão
do armazém de sô Ladislau, [...]. As crianças maiores acordavam cedo também, trazendo nos olhos e
no estômago a desesperada expectativa. Será que hoje tem pão? Os menores, os nenéns brigando com
a vida, dando socos no ar exigindo o peito da mãe ou a mamadeira completada com mais água sempre.

(Conceição Evaristo, Becos da Memória, p.168)

Na passagem “Outros, em busca do primeiro gole de cachaça”, o emprego da vírgula é justificado em


função:
a) da presença de uma enumeração.
b) de isolar um aposto explicativo.
c) da elipse de um termo.
d) de acompanhar um vocativo.
e) da presença de um termo no plural.

Questão 84: IADES - Texto 1 para responder à questão.

Discurso sobre a história da literatura do Brasil Através das espessas trevas em que se achavam
envolvidos os homens neste continente americano, viram-se alguns espíritos superiores brilhar de
passagem, bem semelhantes a essas luzes errantes que o peregrino admira em solitária noite nos
desertos do Brasil; sim, eles eram como pirilampos que, no meio das trevas, fosfoream. E poder-se-á,
com razão, acusar o Brasil de não ter produzido inteligências de mais subido quilate? Mas que povo
escravizado pôde cantar com harmonia, quando o retinido das cadeias e o ardor das feridas sua
existência torturaram? Que colono tão feliz, ainda com o peso sobre os ombros e, curvado sobre a
terra, a voz ergueu no meio do universo e gravou seu nome nas páginas da memória? Quem, não tendo
a consciência da sua livre existência, só rodeado de cenas de miséria, pôde soltar um riso de alegria e

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

exalar o pensamento de sua individualidade? Não, as ciências, a poesia e as belas-artes, filhas da


liberdade, não são partilhas do escravo, irmãs da glória, fogem do país amaldiçoado,
onde a escravidão rasteja e só com a liberdade habitar podem.

Se refletirmos, veremos que não são poucos os escritores, para um país que era colônia portuguesa,
para um país onde, ainda hoje, o trabalho do literato, longe de assegurar-lhe com a glória uma
independência individual, e um título de mais reconhecimento público, parece, ao contrário,
desmerecê-lo e desviá-lo da liga dos homens positivos que, desdenhosos, dizem: é um poeta! Sem
distinguir se apenas é um trovista ou um homem de gênio, como se dissessem: eis aí um ocioso, um
parasita, que não pertence a este mundo. Deixai-o com a sua mania.

MAGALHÃES, Domingos José Gonçalves. Discurso sobre a história da literatura do Brasil (manifesto publicado na revista Nictheroy
em 1836). Disponível em: <http://acervo.bndigital.bn.br>. Acesso em: 3 mar. 2022 (fragmento).

Com relação aos aspectos linguísticos e ao sentido do texto apresentado, julgue o item a seguir.

As vírgulas que separam as expressões “com razão” e “as ciências” justificam-se pela mesma
explicação sintática.
Certo
Errado

Questão 85: IADES - Texto 2 para responder à questão.

A primeira das apresentações seria dedicada à pintura e à escultura; a segunda, à literatura, e a


terceira à música. A notícia da Semana fora recebida “com um frêmito de curiosidade” nas rodas
intelectuais e “altamente mundanas” de São Paulo, o que seria natural, pois se tratava da primeira
tentativa de realizar no Brasil “um certame dessa natureza”. Os modernistas de São Paulo usavam
habitualmente o termo “futurismo”, mas o faziam em sentido elástico, para designar as propostas
mais ou menos renovadoras que se opunham às receitas “passadistas” e “acadêmicas”. A polarização
futurismo x passadismo servia como uma tática retórica eficaz – mas também simplificadora. Esse
aspecto do discurso modernista, que se apresentava como ruptura com o “velho”, acabava por atirar
na lata de lixo do “passadismo” manifestações variadas, às quais, diga-se, não raro os próprios
“novos” estavam atados. O rótulo “futurista” gerava incompreensões e facilitava ataques por sugerir
subordinação às ideias de Marinetti. Por isso, Mário de Andrade preferia, “bandeirantemente”, recusar
em público a batuta do vanguardista italiano. Os “rapazes modernistas” desejavam apenas “ser atuais,
livres de cânones gastos, incapazes de objetivar com exatidão o ímpeto feliz da modernidade”. A
expressão “ímpeto feliz” vinha como um grito de frescor e juventude em oposição à sisudez
“passadista” e ao ambiente soturno dos anos anteriores, imposto pela guerra. Mário gostava de citar a
“mocidade alegre” e Oswald, alguns anos depois, em 1928, sentenciaria no Manifesto Antropófago: “A
alegria é a prova
dos nove”.

GONÇALVES, Marcos Augusto. 1922: a semana que não terminou. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, com adaptações

Tendo em vista os aspectos linguísticos do texto, julgue (C ou E) o item a seguir.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O uso de aspas se justifica para marcar expressões informais de sentido ambíguo por ser texto escrito
no nível formal da língua e concernente a tema relativo à cultura brasileira.
Certo
Errado

Questão 86: FURB -


Nesta quinta-feira, dia 9, às14h, a Secretaria da Família (Pró-família) faz a doação de mais de 50
produtos, entre bonecas de panos e naninhas (travesseirinhos), às integrantes do Clube de Mãe da
Hermann Barthel, na Associação de Moradores da Rua Hermann Barthel, no bairro Velha Central.

O objetivo é de contemplar as crianças em situação de vulnerabilidade social e que residem na região


com os produtos doados. De acordo com a Pró-família, o próprio Clube de Mãe do local fará a entrega
à população, em um evento programado para ser realizado já no sábado, dia 11, às 16h.

A confecção das bonecas de pano contou com a participação de idosas assistidas pela Pró-família,
incluindo integrantes de Clubes de Mães e voluntárias da comunidade. Além de ajudar quem precisa
de atenção, tem como objetivo também de resgatar a tradição cultural da confecção de bonecas de
pano, que foram feitas totalmente com materiais recicláveis doados por empresas parceiras. [...]

Disponível em: https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundacao-pro-familia/


pro-familia/secretaria-da-famailia-faz-doaacaao-de-bonecas-de-pano-ao-clubede- maae-da-hermann-barthel17 Acesso em:
07/dez/2021. [adaptado]

A vírgula usada no trecho "Nesta quinta-feira, dia 9... " serviu para separar:
a) Um vocativo.
b) Uma explicação.
c) O nome de um lugar que vem antes da data.
d) Um aposto.
e) Um adjunto adverbial.

Questão 87: FURB -


À medida que a população da Colônia crescia com seus lotes demarcados, acelerou-se o impacto
ambiental. Com a rápida derrubada da floresta para a obtenção de lenha, madeira e estabelecimento
de lavouras, pastagens, edificações, estradas e outras benfeitorias, o impacto no ambiente terrestre
refletiu-se naturalmente no solo, água e ar. Em pouco tempo, começaram as queimadas, mesmo que
justificadas as intervenções geradas pela necessidade humana, esta ação provocou erosões e aumento
do lançamento de dejetos nos rios e ribeirões.

Disponível em: Fonte: Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionaisde Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva
/ Acervo iconográfico:Fundo Memória da Cidade - Blumenau - Comunicação/Transporte - Transporte - Veículos - Diversos/

https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundacao-cultural/fcblu/memoria-digitalocupacao- e-desmatamento36-Acesso em
02/12/202.

No trecho: "...o impacto no ambiente terrestre refletiu-se naturalmente no solo, água e ar.", a vírgula
é utilizada para separar:
a) Um vocativo.
b) Um aposto.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) Uma explicação.
d) Palavras de mesma função sintática.
e) Um adjunto adverbial deslocado.

Questão 88: IDECAN -


Texto I

'Ser bom ou mau é escolha': confira entrevista com o filósofo e professor Mario Sergio Cortella

Por Patrícia Santos Dumont - Em 05/12/2019

Quem é você? Justo, generoso ou intolerante e ganancioso? Tem mais vícios ou virtudes? Costuma ser
bom o tempo todo ou às vezes se pega fazendo pequenas maldades? Já parou para refletir sobre os
próprios comportamentos e o que o levou a tê-los: circunstâncias da vida ou escolhas que fez? Sobre
isso e as possibilidades de sermos “anjos ou demônios” bati um papo – descontraído, apesar do tema –
com o filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella.

Patrícia - Como se deu a concepção de “Nem Anjos Nem Demônios”, seu livro com a Monja Coen?
Cortella - Tenho outros livros, nessa coleção, sobre ética, política, sobre moral, esperança. Mas nunca
tinha colocado num diálogo mais direto alguém com a marca da filosofia ocidental, da religiosidade
ocidental, como eu, e alguém ligado à concepção oriental asiática, caso da Monja. Juntamos essas
duas formas mais usuais de entendimento sobre essa temática para trazer um debate mais forte sobre
o que acontece no cotidiano, a necessidade de pensar a vida como escolha. A noção do bem e do mal
como resultado de decisões e não como fatalidades.

Ser bom ou ser mau, portanto, não tem a ver com as circunstâncias da vida? Não somos o que somos
levados a ser? São escolhas?

Essa ideia de que as escolhas feitas são sem alternativa não é uma percepção que a gente possa ter. A
ideia de liberdade de escolha que temos é o que se chama de livre arbítrio. Quando alguém é movido
por circunstâncias opressivas e tem uma reação a isso, até o campo da legislação criminal ou penal
admite como sendo um atenuante. Mas, no conjunto das vezes, não é a circunstância que gere. Para
mim, não é a ocasião que faz o ladrão. A ocasião apenas o revela. A decisão de ser ladrão ou não é
anterior à ocasião. Há milhares de pessoas que encontram ocasião todos os dias, de desviar, de ter
uma conduta negativa, e não o são. Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre
naquilo que decidiu ser.

Patrícia - Na primeira página do livro, vocês falam sobre vícios e virtudes, que seriam qualidades
negativas e positivas, certo?

Podemos, então, dizer que tudo bem ter vícios, já que também são qualidades?
Cortella - Sim. Eles existem na sua contraposição. Nós não elogiamos os vícios, apenas admitimos a
existência deles. O fato de a gente ter doenças não significa que isso se sobreponha à nossa forma
desejada de saúde. Por isso, a constatação da existência dos vícios apenas nos deixa em estado de
alerta. Apenas sei que eles existem e que são possíveis em outras pessoas e também em mim. Neste
sentido, admitir a presença de vícios é saber que nossa humanidade conta com essa condição, mas que

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

não podemos, em nome da ideia de que errar é humano, justificar qualquer erro porque uma parte
grande deles são escolhas.

Não está tudo bem, então, em ser “mau” de vez em quando? Isso não nos ajudaria a levar a vida com
mais leveza, mantendo um certo equilíbrio?

Não, não está tudo bem. É preciso não se acomodar com a ideia porque quando se diz nem anjos nem
demônios não se está dizendo tanto faz, está se fazendo um alerta. O alerta é: nós podemos ser
angelicais ou demoníacos. Cuidado! Ser angelical, isto é, ser alguém que se move pela bondade, é algo
desejável. Ser alguém que se move pela maldade é uma possibilidade também. Ser anjo ou demônio é
uma escolha.

Mas não traria mais leveza para nossa existência se a gente tivesse a permissão, talvez, de em alguns
momentos tender mais para um do que para outro extremo?

Olha, poderia até tornar a vida mais emocionada, mas não há necessidade disso. Nós, humanos, temos
uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica.
Quando você vê uma partida de futebol, uma disputa dentro de quadra, quando você tem um grupo
jogando truco, existe ali a possibilidade de vencer o outro, de brincar com ele. O jogo é exatamente
essa possibilidade do exercício eventual de algumas coisas que não são só angelicais. Eu, por exemplo,
sou jogador de truco, um jogo que tem por finalidade brincar com o adversário, tripudiar, fingir que se
tem uma carta. Na vida, eu não faria isso. Mas no truco eu posso. Então, sim, há momentos em que
essa permissão vem à tona. Onde pode? No teatro, no cinema, na música, no jogo. A gente sabe que a
brincadeira é séria, mas é brincadeira.

Nem todo mundo é bom ou mau o tempo todo. Mas muitos de nós buscam ser mais bons do que maus.
É da natureza humana?

Em grande medida, nós desejamos primeiro a ideia de bondade que supere a maldade. Quando
ninguém escapa de fazê-lo e quando a pessoa não é alguém marcada por algum tipo de desvio
psiquiátrico, em grande medida preferimos a bondade à maldade porque ela nos faz ser aceitos, há
uma solidariedade maior em relação à convivência. Isso também nos leva a receber de volta mais
situações de bondade. Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha
mais expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas, com algum tipo de desvio
psiquiátrico ou com uma perspectiva de existência em que só consegue se glorificar na maldade. Ainda
assim, o número de pessoas que têm essa perspectiva é muito reduzido, do contrário, nossa vida em
comunidade já teria se rompido há muito tempo. O que não significa que a gente não tem em nós essa
postura angelical como sendo uma escolha, e também a demoníaca como possibilidade. (...)

Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/plural/ser-bom-
ou-mau-%C3%A9-escolha-confira-com-o-fil%C3%B3sofo-e-professor-mario-sergio-cortella-1.760617.

Sobre pontuação, assinale a alternativa correta.

No trecho: “Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha mais
expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas...” a vírgula foi empregada para

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

a) separar o sujeito do predicado.


b) destacar um adjunto adverbial deslocado.
c) separar elementos com a mesma função sintática.
d) indicar a supressão de um verbo subentendido na oração.
e) separar oração coordenada sindética adversativa.

Questão 89: IDECAN -


Texto IV
Pedocracia: A ditadura das crianças que mandam nos pais
As birras, as pirraças, os gritos, os gestos agressivos, as palavras ofensivas são o que normalmente se
caracterizam como as crianças ‘donas da casa’. A infantolatria foi o nome dado à ‘ditadura’ de
crianças que não aceitam ouvir ‘não’, querem tudo do jeito e na hora delas. Mas em que momento isso
passou a ser normal? A psicanalista Marcia Neder, autora de “Déspotas Mirins, o poder nas novas
famílias”, da Zagodoni Editora, em entrevista ao “Saia Justa”, chama o fenômeno de pedocracia e nos
dá algumas orientações.

“A pedocracia é alimentada pela idealização da maternidade. Qual é o ideal que temos da


maternidade? O de uma mãe que abre a mão da sua vida para se dedicar ao filho. Por que as mães
embarcam na idealização, por que se sentem santas mães proibidas de ter raiva, de perder a
paciência? Aí vem uma culpa fenomenal. Acima da dor dela, tem o que ela aprendeu, que é a suprema
felicidade e bem-estar do seu filho”, explica a especialista.

Segundo ela, na atual cultura de idolatração dos filhos, eles precisam se sentir amados pelos pais. “E
eles dizem que ‘se não dermos alguma coisa a eles, eles ficam chateados e dizem que não amam a
gente’. É uma inversão total de valores”, reforça Neder.

“É mais fácil deixar a criança ser rei. É mais fácil do que aguentar o chilique. Dá trabalho educar. Para
evitar isso, querem tudo do jeito e na hora delas. Se você não estabelece desde o início, tentar
estabelecer depois fica complicado”, sugere.

“O processo de mudança nos conceitos de família, iniciado no século XVIII por Jean-Jacques Rousseau,
chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’, em que o bebê é um deus e a mãe, uma santa.
Instituiu-se o que é uma boa mãe sob a crença de que ela é responsável e culpada por tudo que
acontece na vida do filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher venceu, pois
emancipou-se e foi para o mercado de trabalho, mas não: é a criança que entra no século XXI como a
vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”, elucida a especialista.

A definição de infantolatria por Marcia Neder consiste em “a instituição da mãe como súdita do filho e
o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança”. E Exime ¹ a criança de
qualquer responsabilidade sobre o seu comportamento: “Um bebê não tem poder para determinar
como será a dinâmica familiar. Se isso acontece, é porque os pais promovem”.

Ainda reforça: na fase adulta, esse filho cobrará dos pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas
se realizando independentemente dele. A criança que acha que o mundo tem que parar para ela
passar não consegue imaginar isso acontecendo e não está preparada para lidar com a menor das
frustrações. Em algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Disponível em: https://www.revistapazes.com –Texto adaptado.

Sobre o uso da vírgula, analise os itens a seguir:

I. Pais, é preciso dar limites aos seus filhos.

II. Muitas mães abrem mão de suas vidas para se dedicarem, aos filhos.

III. Em algum momento, os filhos cobraram dos pais.

IV. As birras, os gritos, os gestos agressivos, são formas de a criança chamar atenção.

V. O processo de mudança nos conceitos de família, iniciado no século XVIII por Jean-Jacques
Rousseau, chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’.

Assinale a afirmativa incorreta.


a) Em I o uso da vírgula é obrigatório, pois isola um vocativo.
b) Em II o uso da vírgula está incorreto, pois separa o verbo de seu complemento.
c) Em III o uso da vírgula é opcional.
d) Em IV o uso da vírgula está incorreto, pois separa o sujeito do predicado.
e) Em V, o uso se deve à presença de um aposto.

Questão 90: IDECAN - Texto I

Dostoiévski 200 anos: mergulhado na essência desvalida da alma humana

Por Portal Raízes -11 de novembro de 2021

“Chamam-me de psicólogo: não é verdade. Sou apenas realista no sentido mais elevado. Ou seja,
retrato todas as profundezas da alma humana”. O pensamento do escritor russo Fiódor Dostoiévski
(nascido em 11 de novembro de 1821), encontrado em seu caderno de notas de 1880, traduz as buscas
desse que é considerado um dos principais autores e pensadores do século 19. Ele morreu em
1881.Pesquisadores consideram que o autor continua atual em 2021 ao tratar de temas como
compaixão, ética e empatia. Tratou dos pobres, humilhados e desvalidos.

Entre as obras mais conhecidas de Dostoiévski, há clássicos da literatura mundial, como Crime e
Castigo, O Idiota, Os Demônios e Os Irmãos Karamázov. “Ele é um intérprete da alma humana. Ele
percebia as contradições do mundo, o individualismo e perguntava se existia um princípio moral que,
de alguma forma, possa se estruturar a vida”, explica o professor Leonardo Guelman, do Centro de
Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O pesquisador explica que o autor russo pode ser considerado atemporal por tratar dos principais
sentimentos humanos, confrontando o leitor. “Qualquer um de nós que for lê-lo daqui a 50 anos ou que
leu no século passado vai se deparar com essa experiência do confronto sobre o que nós somos.
Também daquilo que nós não efetivamos e talvez pudéssemos ser”. Guelman esclarece que existe uma

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

teatralidade muito forte na obra de Dostoiévski que trata de questões e dilemas éticos. “Duzentos
anos após o nascimento dele, vivemos hoje um momento muito conturbado no mundo. Ele é
absolutamente atual porque trata desse teatro humano”.

O romance Crime e Castigo, de 1866, é o livro mais emblemático de Dostoiévski, considerado pelos
críticos como a sua obra prima. Neste romance o autor desperta a expectativa de seus leitores
fascinados com o destino de Raskólnikov, estudante e homicida perseguido pela memória de seu crime.
As dúvidas o atormentam e as conversas com o comissário de polícia são infernais e, por fim, ele
confessa o crime a uma prostituta que lhe mostra o caminho do arrependimento por intermédio da fé
cristã. O autor consegue delimitar os intrincados problemas de liberdade da ação humana. E sugere a
possibilidade de redenção pelo crime. Neste livro, Dostoiévski, com base em dados reais, constrói uma
inquietante parábola de culpa e punição. Separamos algumas frases comentadas desse fenomenal
romance.

Na obra Crime e Castigo, algumas frases se tornaram célebres como “o erro é uma coisa positiva
porque, por intermédio dele, é que se descobre como ajustar as coisas”.

Desde cedo somos programados para achar que o erro é ruim. Toda criança descobre que admitir o
erro significa pagar por ele. É por isso que poucas culturas aceitam o erro como benefício para
aprender com ele e revelar a verdade. Mas, o que é a verdade? O conceito de verdade como revelação
pode ser encontrado entre os empiristas e teólogos. Os empiristas defendem que a verdade representa
aquilo que, imediatamente, se revela ao homem. Os teólogos, que a verdade é a evidência
manifestada nas coisas e que o princípio de todas as coisas é Deus.

A Filosofia procura, desde suas origens, a verdade diante do erro. Um exemplo de que o erro não é,
necessariamente, negativo é contado pela insistência de Thomas Edison, o inventor da lâmpada. Sua
principal descoberta lhe deu muito trabalho e de erro em erro descobriu, finalmente, o fio de algodão
carbonizado que sublimou os erros cometidos antes com a ideia luminosa, acesa em 21 de outubro de
1879, há 136 anos.

Outra frase conhecida é “aquilo que mais tememos é o que nos faz sair dos nossos hábitos”.

Ninguém nasce com um manual de instruções para a vida. Apesar de todos os conselhos úteis dos pais,
professores e pessoas mais velhas e mais experientes, cada um de nós deve fazer o seu próprio
caminho no mundo, fazendo o melhor que pode e muitas vezes fazer algumas coisas erradas. Bagunçar
algumas vezes não é pecado. Mas, se você ficar com receio de mudar hábitos com comportamentos
tipo “deixa ver se consigo”, você vai perder muitas oportunidades pelo receio de sair dos hábitos
convencionais. Você ficou aborrecido e frustrado porque as suas escolhas causaram tristezas? Vá em
frente, porque aquilo que tememos pode mudar o rumo da estrada que você está habituado. E sair da
estrada habitual pode ser o caminho de luz que necessita para ser feliz. (...)

Em “Neste romance o autor desperta a expectativa de seus leitores fascinados com o destino de
Raskólnikov, estudante e homicida perseguido pela memória de seu crime...”, a vírgula foi empregada
para
a) destacar um aposto.
b) destacar um adjunto adverbial deslocado.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) separar oração subordinada adjetiva explicativa.


d) separar elementos com a mesma função sintática.
e) separar oração coordenada sindética adversativa.

ANULADA - Questão 91: CEV UECE -


Guarda civil faz sucesso na web com posts sobre rotina e espaço da mulher na segurança pública:
'Figura representativa'

Por Ana Paula Yabiku, g1 Sorocaba e Jundiaí

Dos 35 agentes que compõem o efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) de Votorantim (SP), 12 são
mulheres. Uma delas é a jovem Renata Moraes, de 27 anos, que coleciona mais de 80 mil seguidores
nas redes sociais com posts sobre a rotina da corporação e a presença feminina na segurança pública.
(...)

Para ela, as redes sociais funcionam como um instrumento de inspiração e encorajamento de outras
pessoas que também sonham em trabalhar nesta área. Inicialmente, Renata postava apenas fotos
fardada e compartilhando algum momento do dia de serviço, mas, com o tempo, começou a mostrar
um pouco da rotina fora da GCM também.

“Desde então, o número de seguidores não parou de subir, até fiquei surpresa com toda essa
visibilidade. Comecei a receber mensagens, elogios, convites de parcerias e, até mesmo,
agradecimentos. Isso é muito bom, porque consigo perceber que, com apenas uma postagem, faço a
diferença na vida de alguém”, explica.

Ao g1, Renata conta que se sente valorizada ao saber que inspira outras mulheres a ingressarem nesta
carreira. Na opinião dela, a mulher é uma figura essencial e guerreira por natureza.

“É importante esse incentivo, porque muitas vezes, ocupadas com as tarefas da rotina, elas acham
que não podem conciliar sua vida pessoal com uma vida policial. Mas, pelo contrário, realizam seu
trabalho de polícia com eficiência e presteza, ocupando hoje cargos de chefia e de comando. Ser
figura representativa significa que muitas não vão desistir do sonho de usar uma farda. Elas
conseguem ver que não é uma realidade tão distante.”

Presença feminina
Embora ainda se depare com situações de machismo no dia a dia, a guarda acredita que o público
feminino esteja ganhando espaço e respeito na área de segurança pública aos poucos.

“As mulheres estão mostrando que não são inferiores, que possuem autoridade, firmeza e força, e que
podem fazer o que quiserem e estar onde quiserem.”

“Nós percebemos o quão necessária é a figura feminina na segurança pública. No atendimento às


ocorrências de violência doméstica contra a mulher, por exemplo, muitas vezes, a vítima não se sente
segura quando é auxiliada por um homem.

A presença feminina, nesse momento, estabelece um vínculo de empatia e confiança”, continua.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Preconceito nas ruas


Nas ruas, Renata diz que vive duas situações diferentes: ao mesmo tempo em que é admirada pelo
cargo que ocupa, também acaba sofrendo preconceito por ser mulher.

“Ao atender uma ocorrência, a vítima sendo homem não lhe dá credibilidade por ser mulher, sempre
busca na figura masculina uma solução. Dentro da corporação, de modo indireto, você percebe que,
muitas vezes, quando as tarefas lhe são dadas, um guarda não quer ser seu parceiro de viatura por
acreditar que você é vulnerável ou incapaz de agir, caso se depare com alguma ocorrência”, relata.

Além disso, a jovem diz que, no geral, muitas pessoas não enxergam as horas dedicadas ao treino e ao
estudo e acreditam que as conquistas dela não foram por mérito, mas por ser mulher e bonita.

“Eu sempre busquei uma profissão na qual pudesse ser útil. Não queria apenas produzir ou ser
resultado em uma empresa. Eu queria fazer, auxiliar, informar, servir e fazer a diferença na vida de
alguém. Atualmente, estou fazendo o curso de tecnólogo em segurança pública, pois pretendo me
aperfeiçoar cada vez mais”, conta.

Fora do trabalho, Renata se dedica à musculação e ocupa o tempo com a família. “Se não estou no
trabalho, estou na academia. Lá é o lugar onde eu recarrego as minhas energias tanto para o trabalho
quanto para mim enquanto mulher.”

Disponível em:
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/11/07/guarda-civil-faz-sucesso-na-web-com-posts-sobre-rotina-e-espaco-da
-mulher-na-seguranca-publica-figura-representativa.ghtml. Acesso em 21/02/2022. Texto adaptado.

Na passagem “Nas ruas, Renata diz que vive duas situações diferentes: ao mesmo tempo em que é
admirada pelo cargo que ocupa, também acaba sofrendo preconceito por ser mulher.”, o uso dos
dois-pontos sinaliza uma
a) numeração.
b) transcrição.
c) oposição.
d) citação.

Questão 92: QUADRIX - Texto para o item.

A depressão é um transtorno mental comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de
pessoas sofram com ele. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas
emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e
com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. Ela
pode ser a causa de grande sofrimento e gerar disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar.
Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de oitocentas mil pessoas morrem por
suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte no mundo entre pessoas com
idade entre 15 e 29 anos.

Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para a depressão, menos da metade das pessoas
afetadas por esse transtorno no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o


estigma social associado aos transtornos mentais. Outra barreira ao atendimento é a avaliação
imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são
diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de
forma inadequada, com intervenções desnecessárias.

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, conforme a intensidade
dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um
trabalho simples e atividades sociais, mas sem grande prejuízo ao funcionamento global. Durante um
episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa dar continuidade a atividades
sociais, de trabalho ou domésticas.

Existem tratamentos eficazes para a depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem
oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental
e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Esses profissionais devem considerar a
possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, bem como a de oferecer um outro
tipo de intervenção, e levar em conta as preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos
psicológicos a serem considerados, estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou
terapeutas leigos supervisionados.

Os tratamentos psicossociais também são efetivos para a depressão leve. Os antidepressivos podem ser
eficazes nos casos de depressão moderada e grave, mas não são a primeira linha de tratamento para
os casos mais brandos. Esses medicamentos não devem ser usados para tratar depressão em crianças e
não são, também, a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá los com cautela.
A Organização Pan-Americana da Saúde e seus Estados-membros adotaram o Plano de Ação sobre
Saúde Mental para orientar as intervenções de saúde mental nas Américas.

Internet: <www.paho.org> (com adaptações).

Em relação à tipologia do texto, às ideias nele expressas e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.

Estaria garantida a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após o
termo “pessoas”, visto que a expressão “Cerca de oitocentas mil pessoas” consiste em um adjunto
adverbial antecipado.
Certo
Errado

Questão 93: QUADRIX - Texto para o item.

O isolamento social provocado pela pandemia da covid-19, que afeta toda a população mundial desde
março de 2020, tem alterado a forma como as pessoas interagem umas com as outras.

Mesmo para aquelas que já tomaram as doses recomendadas da vacina, os médicos indicam como
procedimento que os encontros presenciais continuem sendo evitados e que o distanciamento de dois
metros e o uso de máscaras sejam mantidos. Essas medidas são importantes para diminuir a
transmissão do coronavírus e erradicar a doença.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

A restrição nas interações sociais, que é motivo de tristeza para muitos, também pode ser um alívio
para aqueles que preferem um estilo de vida mais recluso.

“O confinamento gera grande sofrimento para a maioria das pessoas, mas algumas se sentem
confortáveis com o isolamento e temem como vai ser a interação com os demais após essa fase”,
explica a psicóloga clínica Karin Kenzler.

Esse desconforto com a expectativa de voltar a uma rotina pré-pandemia pode ser sinal de algum
distúrbio, como transtorno do pânico, síndrome da cabana, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e
agorafobia, ressalta Karin. Todos têm ligação com a ansiedade, com a vontade de se afastar de lugares
cheios e com a preocupação de ter de lidar socialmente com muitas pessoas.

O pânico é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por crises inesperadas de medo,


insegurança e desespero, aparentemente sem qualquer risco real. Essas crises provocam sintomas
físicos, como falta de ar, taquicardia, suor excessivo, dor de barriga, náusea, tontura, sensação de
morte iminente e boca seca, e também psicológicos, como medo de morrer, medo de enlouquecer,
sensação de irrealidade e distanciamento social.

A síndrome da cabana não é considerada uma doença, pois consiste em um fenômeno natural do corpo
que não está acostumado a mudanças bruscas de rotina ou comportamento, observa a psicóloga. Ela se
manifesta quando a pessoa precisa se adaptar a uma nova realidade de forma rápida e, em geral, sem
que tenha total controle da situação, causando angústia, irritabilidade, inquietação, distúrbios do
sono e de alimentação, dificuldade de concentração e desconfiança das pessoas.

Já o TOC, distúrbio psiquiátrico de ansiedade identificado pela presença de crises recorrentes de


obsessões e compulsões, está relacionado com a necessidade de controle do ambiente, diz Karin.
Nesse caso, a preocupação da pessoa é maior com o fim da quarentena e a retomada da vida menos
controlável fora de casa.

A agorafobia é o medo de ter crises de ansiedade, com sintomas parecidos com os de um ataque de
pânico, mas em locais públicos ou em lugares em que o atendimento médico seja dificultado, como
em túneis e elevadores. “A pandemia pode propiciar o surgimento desse transtorno em pessoas que já
apresentam um perfil ansioso, em razão das muitas mudanças causadoras de estresse e de situações
difíceis, como perda do emprego, incerteza sobre o futuro, medo do contágio pessoal ou de familiares
e da morte”, afirma Karin.

De acordo com a psicóloga, algumas práticas ajudam a controlar a ansiedade e, consequentemente,


diminuem as chances de fobias e transtornos se intensificarem. Porém, se os sintomas persistirem, é
importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo.

Internet: <www.saudemental.blogfolha.uol.com.br> (com adaptações).

Considerando o texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.

O emprego da vírgula após “vacina” justifica-se por separar oração subordinada adjetiva explicativa.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Certo
Errado

Questão 94: CEBRASPE (CESPE) -


É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se
entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?

“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”

“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”

“Pois não?”

“Um... como é mesmo o nome?”

“Sim?”

“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples,
conhecidíssima.”

“Sim, senhor.”

“O senhor vai dar risada quando souber.”

“Sim, senhor.”

“Olha, é pontuda, certo?”

“O quê, cavalheiro?”

“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?

Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de
encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma
espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte
que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”

“Infelizmente, cavalheiro...”

“Ora, você sabe do que eu estou falando.”

“Estou me esforçando, mas...”

“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”

“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Em ‘Acho que não podia ser mais claro’, a correção gramatical seria prejudicada caso se inserisse uma
vírgula logo após ‘Acho’.
Certo
Errado

Questão 95: CEBRASPE (CESPE) -


No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são um
meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais
verdade no mundo de amanhã.

A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que
devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar
a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava
desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais
forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação
sem fio, facilitando as operações de socorro e limpeza.

Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram
o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.

Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a
educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação
terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem
para a existência de cidades mais limpas.

Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso
tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

A eliminação da vírgula empregada após a palavra “vítimas” (segundo período do segundo parágrafo)
alteraria os sentidos originais do texto.
Certo
Errado

Questão 96: FAUEL - Leia o texto a seguir, de autoria do escritor brasileiro Paulo Mendes Campos,
para responder a próxima questão.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

“Confesso, minha senhora, que não foi amável de sua parte, quando eu voltava do Vasco e
Fluminense, ter me falado assim: ‘Não sei como se pode gostar de futebol. Acho futebol uma coisa de
uma selvageria’… Antes de mais nada, eu também já joguei futebol. Menino, fui um goleiro valente
nas peladas de asfalto. Mais grandinho, fui um centro-médio de passes bastante precisos. Na
meia-direita, tive a honra de jogar no primeiro time do colégio. Uma vez, jogando contra o Minas, fiz
um gol tão bonito que, embora irregular, o juiz depois me revelou não o ter anulado por essa mesma
razão estética. Perdoe-me a imodéstia mas, quando o ponta esquerda jogou a bola na fogueira, e os
zagueiros, desesperados, entraram em cima deste cronista, eu mergulhei incrível deslocando a bola
para o lado oposto daquele em que, inutilmente, o goleiro procurava salvar a meta. É verdade que,
cheio de mim mesmo, não fiz mais nada naquele jogo. Digo-lhe uma coisa: não fosse o futebol,
colégio interno seria uma estúpida câmara de tortura. Digo-lhe mais, que devo ao futebol alguma
resistência física e bastante do sentimento de lealdade. Quanto ao fato de a senhora dizer que não
compreende como se pode gostar de futebol, me desculpe mais uma vez, mas isso é besteira da sua
parte. A senhora acha selvageria um marido encontrar- se com a própria mulher? Pois, às vezes, essa
mulher puxa um revólver da bolsa e mata o marido. Ainda que a senhora não o acredite, no futebol é
a mesma coisa. Em si, ele não tem nada de brutal, mas não pode fugir a uma regra mais ampla:
quando seres humanos se encontram, há sempre probabilidades de selvagerias. De resto, minha
senhora, acho mais selvagem o fato de um homem trabalhar uma semana inteira, em uma construção,
em uma pedreira, em uma fábrica, em um navio, e no fim da semana não poder ir ao futebol, porque
não conseguiu economizar para comprar um ingresso de 20 cruzeiros”. (Confesso, minha senhora…, de
Paulo Mendes Campos, com adaptações).

Após o trecho “quando eu voltava do Vasco e Fluminense, ter me falado assim”, o autor emprega a
pontuação denominada dois-pontos. Neste caso, essa pontuação foi utilizada para:
a) introduzir no texto uma citação.
b) apontar um esclarecimento do autor.
c) marcar a ocorrência de um exemplo.
d) indicar o emprego de uma enumeração.

Questão 97: Legalle - Para responder a questão, leia o texto abaixo.

As vantagens de ter uma conta corrente em dólar

A médio e longo prazo, o Brasil vai experimentar mudanças cambiais que devem aproximá-lo dos
países globalizados e com moeda forte. O novo marco legal do setor vai colocar a Nação no século 21
— pelo menos em termos de mercado de câmbio. O projeto reuniu 400 artigos dispersos e editados a
partir de 1920. Eles foram atualizados e simplificados para corresponder ao arcabouço regulatório dos
países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países
ricos. As mudanças removem barreiras que restringiam a circulação da moeda estrangeira no País.

O novo marco foi uma iniciativa do Banco Central, que há anos tem cumprido uma agenda de
modernização (o PIX e o open banking são as iniciativas mais recentes). E as mudanças serão
implantadas aos poucos. Ele traz novidades para o brasileiro comum (pessoa física) e para as
empresas. “Em muitos casos, legaliza práticas já existentes no mercado, como compra e venda de
dólar entre pessoas físicas”, diz o especialista em economia cambial Alexandre Chaia, professor do

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Insper. “As pessoas costumam trocar dólar por real, mas isso era ilegal. A nova lei descriminaliza
operações até US$ 500.”

Essa mudança deve levar à criação de plataformas peer-to-peer (pessoa para pessoa, em inglês) de
câmbio, para trocas de moedas estrangeiras. Para o brasileiro, a brecha possibilita gastar menos,
porque ele poderá comprar a moeda no câmbio oficial, que tem menor tarifa. A notícia tira as casas
de câmbio do conforto. Para não perder clientes, precisarão se modernizar. A nova lei também
aumenta para US$ 10 mil (cerca de R$ 57 mil) o máximo que o viajante declara nos aeroportos, na
saída do País para o exterior.

As operações de transferência e pagamento para o exterior também ficarão mais fáceis. Isso desperta
o interesse das fintechs. Algumas já oferecem aos clientes a possibilidade de abrir uma conta em dólar
no exterior, o que economiza em até 10% em taxas e impostos, se comparado às alternativas clássicas,
como a compra de moeda em espécie e pelo cartão de crédito internacional. “A nova lei permitirá o
PIX internacional, operação simples e sem taxas a pessoa física”, diz Chaia.

Autor: Valéria Pampa — Revista IstoÉ (adaptado).

Acerca da pontuação empregada no texto, analise as assertivas: I. No primeiro parágrafo, a vírgula


marca o aposto explicativo; II. No segundo parágrafo, a vírgula marca uma oração coordenada
adversativa; III. No início do texto, a vírgula isola O adjunto adverbial.

Está(ão) CORRETA(S):
a) I, II e III.
b) Apenas I.
c) Apenas II.
d) Apenas III.
e) Apenas I e II.

Questão 98: Legalle - Para responder a questão, leia o texto abaixo.

O cavalo e o obelisco

Rodrigo acendeu sua lanterna elétrica, fazendo incidir o feixe luminoso sobre o mostrador de seu
relógio de pulso. Oito e cinquenta. Estava de pé atrás dum barranco, junto da linha férrea, a uns
duzentos metros da fachada do quartel do Regimento de artilharia. Apenas duas das vinte e quatro
janelas do casarão acachapado e sombrio estavam iluminadas. Rodrigo avistava nitidamente a guarita
da sentinela, mas não via sinal de vida nela ou ao seu redor. Do céu baixo e pesado de nuvens escuras
continuava a cair uma garoa fina e fria. O ar estava parado, e um silêncio úmido e emoliente envolvia
todas as coisas.

Um vulto aproximou-se. Rodrigo reconheceu Chiru Mena, que lhe vinha dizer que acabava de fazer a
pé toda a volta do quartel. As tropas revolucionárias haviam tomado posição, de acordo com o plano
preestabelecido.

- Um traguinho?

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Tirando de baixo do poncho uma garrafa, Chiru desarrolhou-a e entregou-a ao amigo.

- Que é isto?

- Cachaça com mel.

- Vem do céu. Estou gelado.

Levou o gargalo à boca, empinou a garrafa, bebeu um gole largo.

- Isto é tão importante como munição - murmurou Chiru, tornando a arrolhar a garrafa que o outro lhe
devolvera.

Recostado contra o para-lama do carro, as mãos nos bolsos, encolhido dentro da capa de chuva,
Floriano olhava fixamente para a fachada do quartel. Já que o haviam metido contra sua vontade
naquela aventura estúpida, recusava confortos e privilégios. Sentia-se tomado dum esquisito, absurdo
desejo de martirizar-se, transformar-se numa vitima. A garoa borrifava-lhe a cara, deixando-a como
que eterizada. Entrava-lhe pelas narinas num cheiro de terra e grama molhadas. Sob a sola dos
sapatos sentia o barro viscoso e pegajoso como goma-arábica.

Liroca aproximou-se dele sem dizer palavra. Limitou-se a pousar-lhe a mão no ombro e ficou nessa
posição durante alguns segundos, como para confortá-lo, numa solidariedade de poltrão para poltrão.
Depois murmurou: "Não há de ser nada" e foi pedir fogo ao Bento, que nesse instante acendia o seu
cigarro.

Autor: Erico Verissimo (adaptado)

Qual a função das aspas destacadas no último parágrafo?


a) Expressar um conceito republicano.
b) Citar uma fala.
c) Citar o nome de um livro.
d) Mencionar a marca de um produto.
e) Indicar que o trecho deve ser lido em voz alta.

Questão 99: CEBRASPE (CESPE) - A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da


economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da
comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu
esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom
Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas
na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma,
a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas
conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos


devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,


desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não
se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos
bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite.
A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro
imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da
sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos
eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG
(flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às
grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os
custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.


São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.

No trecho ‘Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a
inverdade’ (segundo parágrafo), a vírgula empregada após ‘falsa’ justifica-se por separar orações com
sujeitos diferentes.
Certo
Errado

Questão 100: FCC -


Todos já ouvimos falar de crianças hiperativas, que não conseguem ficar paradas; ou daquelas que
sonham acordadas e se distraem ao menor dos estímulos. Da mesma forma, é comum ouvirmos
histórias de adultos impacientes, que comumente iniciam projetos e os abandonam no meio do
caminho. Apresentam altos e baixos, são impulsivos, esquecem compromissos, falam o que lhes dá na
telha. Comportamentos como esses são característicos do transtorno do déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH), classificado pela Associação de Psiquiatria Americana (APA).

Quando se pensa em TDAH, logo vêm à mente imagens de um cérebro em estado de caos. Diante dessa
visão restrita, pode-se ter a ideia errônea de que pessoas com TDAH estariam fadadas ao fracasso;
mas, ao contrário disso, grande parte delas atuam nas mais diversas áreas profissionais de forma
brilhante.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Muitas teorias têm sido elaboradas para elucidar a origem do sucesso obtido por personalidades com
comportamento TDAH nos mais diversos setores do conhecimento. Porém, a ciência não tem uma
explicação exata para esse fato; até porque o funcionamento cerebral humano não segue nenhuma
lógica aritmética previsível. Ideias, sensações e emoções não podem ser quantificadas; são
características humanas imensuráveis. Nesse território empírico, uma coisa é certa: o funcionamento
cerebral TDAH favorece o exercício da mais transcendente atividade humana: a criatividade.

Se entendermos criatividade como a capacidade de ver os mais diversos aspectos da vida através de
um novo prisma e então dar forma a novas ideias, notaremos que a mente TDAH, em meio à confusão
resultante do intenso bombardeio de pensamentos, é capaz de entender o mundo sob ângulos
habitualmente não explorados.

A hiper-reatividade é responsável pela capacidade da mente TDAH de não parar nunca. Trata-se de
uma hipersensibilidade que essa mente possui de se ligar a tudo ao mesmo tempo. Uma vez que está
sempre reagindo a si mesma, essa mente pensa e repensa o tempo todo. Esse estado de inquietação
mental permanente mantém toda uma rede de pensamentos e imagens em atividade intensa,
proporcionando, assim, o terreno ideal para o exercício da criatividade.

(Adaptado de: SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas: TDAH − desatenção, hiperatividade e impulsividade. São Paulo: Globo,
2014, edição digital)

Respeitam-se as normas de pontuação no seguinte segmento adaptado do texto:


a) A criatividade costuma ser entendida como a capacidade de ver os mais diversos aspectos da vida
através de um novo prisma, por meio do qual novas ideias podem surgir.
b) Já foram elaboradas, muitas teorias, visando a desvendar a origem do sucesso, obtido por
personalidades famosas com comportamento TDAH.
c) Apesar de fazer suposições verossímeis, a ciência, não é capaz de: quantificar ideias, sensações e
emoções tipicamente humanas.
d) A impulsividade e a desatenção aos compromissos, costumam estar presentes em pessoas com
transtorno do déficit de atenção/hiperatividade.
e) Crianças hiperativas que não conseguem ficar paradas e que, sonham acordadas, distraem-se com
o menor dos estímulos.

Questão 101: AMEOSC -


Acordo que facilita entrada nos EUA é estendido a todos os brasileiros

O governo do Brasil anunciou a entrada em vigor da terceira e última fase do acordo assinado com o
governo dos Estados Unidos (EUA) para facilitar a entrada de brasileiros no país.

Conforme decreto assinado em março de 2020, primeiramente, a iniciativa seria testada com até vinte
brasileiros participantes do Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA. Posteriormente, as inscrições seriam
disponibilizadas para um número limitado de pessoas, para que o sistema informatizado desenvolvido
pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) fosse testado e aprimorado.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Na terceira e última fase de implementação do programa, a inscrição no Global Entry fica disponível a
todo cidadão brasileiro interessado em simplificar a passagem pelo controle de passaporte nos Estados
Unidos.

Para aderir ao programa, é preciso pagar taxa de US$ 100 (o equivalente a R$ 529 pelo câmbio atual) à
autoridade de Proteção de Fronteiras e Alfândega do Departamento de Segurança Doméstica dos
Estados Unidos (CBP), que coordena o programa. A taxa é válida por cinco anos, ao fim dos quais,
precisará ser renovada.

O Global Entry não substitui a exigência de visto, mas pode acelerar os procedimentos de entrada e
saída de estrangeiros autorizados a ingressar em território norte-americano sem passar por filas de
imigração nos aeroportos.

No caso do acordo brasileiro, as inscrições no programa são analisadas pela Receita Federal e pela
Polícia Federal, antes de serem avaliadas pelo CBP, ao qual cabe a decisão sobre quem pode receber
tratamento diferenciado no controle migratório.

Os interessados devem se inscrever na plataforma do programa, disponível no site do CBP. Contudo, o


Brasil ainda não constava da lista de países cujos cidadãos estão incluídos nos acordos binacionais.

Segundo a Casa Civil, a previsão era que a relação fosse atualizada com a inclusão do Brasil. Consta,
na própria plataforma, que a última atualização foi feita em dezembro de 2017.

A Agência Brasil entrou em contato com a Embaixada dos Estados Unidos, mas ainda não teve
resposta.

Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que a medida
estimulará negócios entre os dois países e intensificará a interação acadêmica e o turismo, estreitando
as relações.

Disponível em SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS): Acordo que facilita entrada nos


EUA é estendido a todos os brasileiros (msn.com). Adaptado.

"Conforme decreto assinado em março de 2020, primeiramente, a iniciativa seria testada com até
vinte brasileiros participantes do Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA".

Alterando a ordem da frase sem alterar o sentido, assinale a opção CORRETA quanto à pontuação.
a) Primeiramente a iniciativa seria testada com até vinte brasileiros - participantes do Fórum, de
Altos Executivos Brasil-EUA - conforme decreto, assinado em março de 2020.
b) Primeiramente, a iniciativa seria testada com até vinte brasileiros - participantes do Fórum de
Altos Executivos Brasil-EUA - conforme decreto assinado em março de 2020.
c) Primeiramente a iniciativa seria testada, com até vinte brasileiros participantes do Fórum de Altos
Executivos, Brasil-EUA conforme decreto, assinado em março de 2020.
d) Primeiramente, a iniciativa seria testada, com até, vinte brasileiros participantes do Fórum de
Altos Executivos Brasil-EUA, - conforme decreto assinado em março de 2020.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Questão 102: AMEOSC -


Previsões de Nostradamus: asteroide e fim de todo o mundo

Astrólogo e médico francês, segundo dizem, Nostradamus predisse alguns dos eventos mais
importantes dos últimos séculos. Suas previsões foram assustadoramente precisas.

Fonte: Pixabay© Fornecido por Tech Break.

Diz-se até que ele sabia que John F. Kennedy seria assassinado e que os ataques terroristas de 11 de
setembro no World Trade Center, em Nova York, aconteceriam.

E Nostradamus tem algumas profecias terríveis para os tempos atuais.

Aqui, estão suas principais profecias sobre o que os próximos tempos podem nos reservar.

Ele acredita que a Terra será atingida por uma fome de proporções bíblicas. Esta é outra de suas
previsões sobre o fim do mundo, que começa com o aumento dos terremotos e a disseminação de vírus
- algo que todos nós sabemos muito sobre estes anos. Outro indicador, de acordo com Nostradamus, é
uma fome massiva, de um tamanho que o mundo nunca viu antes.

Ele disse: "Depois de um grande problema para a humanidade, um maior está preparado. O Grande
Motor renova as eras: chuva, sangue, leite, fome, aço e peste são o fogo do céu visto, uma longa
faísca correndo."

Enormes danos serão causados ao nosso planeta por agora, afirma Nostradamus, por enormes
tempestades solares. O horóscopo anual afirma que ele disse: "Veremos a água subindo e a terra
caindo sob ela." Conforme a devastação se manifesta em todo o mundo, o médico diz que haverá

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

migração em massa e as pessoas que vivem na Terra começarão a lutar pelos poucos recursos naturais
restantes. Isso também levará à guerra em todo o planeta.

Não apenas o mundo sofrerá o impacto de um cometa. Nostradamus também disse que isso poderia
causar um grande número de desastres naturais. Ele escreveu: "No céu, vê-se fogo e uma longa trilha
de faíscas."

Depois de 2020, a última coisa de que precisamos é outro desastre natural; no entanto, ele prevê más
notícias se você mora na Califórnia. Nostradamus afirma que um grande terremoto atingirá os Estados
Unidos e a Califórnia é o local descrito como o alvo.

A ascensão da tecnologia no século XXI é algo a que todos estamos nos acostumando com a Inteligência
Artificial na maioria de nossas casas e minúsculos computadores em nossos bolsos.

Mas, de acordo com Nostradamus, isso realmente aumentará a partir de agora com os soldados tendo
chips implantados em seus cérebros.

Aparentemente, esses novos super soldados serão necessários para salvar a raça humana e liderarão as
forças armadas.

(Disponível em: Previsões de Nostradamus: Asteroide e'fim de todo o mundo' (msn.com). Adaptado)

Enormes danos serão causados ao nosso planeta por agora, afirma Nostradamus, por enormes
tempestades solares.

Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação.


a) Nostradamus afirma - ao nosso planeta - enormes danos, serão causados por agora, por enormes
tempestades solares.
b) Nostradamus afirma ao nosso planeta, enormes danos serão, causados por agora, por enormes
tempestades solares.
c) Nostradamus afirma: ao nosso planeta, enormes danos serão causados por agora, por enormes
tempestades solares.
d) Nostradamus afirma: ao nosso planeta, enormes danos serão causados, por agora, por enormes
tempestades, solares.

Questão 103: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

Em 721, um concílio romano presidido pelo papa Gregório II proibiu o casamento com uma commater,
isto é, a madrinha de um filho, ou a mãe de um filho de quem se fosse padrinho. Isso levou o papado a
se alinhar com a legislação promulgada, algumas décadas antes, em Bizâncio. A adoção marcadamente
rápida desses princípios sugere que o clero franco já sustentava concepções similares. Isso é ilustrado
por um caso curioso contado por um clérigo franco anônimo, em 727. Ele censurava a maneira
traiçoeira pela qual a infame concubina Fredegunda havia conseguido se tornar a esposa legal do rei
Quilpérico. Durante uma longa ausência do rei, ela persuadira sua rival, a rainha Audovera, a tornar-se
madrinha da própria filha recém-nascida. Assim, a ingênua Audovera foi subitamente transformada na

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

commater de seu próprio marido, impossibilitando qualquer relação conjugal posterior e deixando o
caminho livre para Fredegunda.

Essa artimanha mostra que, poucos anos após o concílio romano de 721, o autor anônimo e seu público
estavam bem familiarizados com os impedimentos derivados do parentesco espiritual. Não fosse o
caso, seria impossível acusar Fredegunda de seu ardiloso truque. As cartas do missionário Bonifácio
conferem testemunho adicional a esse fato. Em 735, ele perguntou ao bispo escocês Pethlem se era
permitido que alguém se casasse com uma viúva que era mãe de seu afilhado. “Todos os padres da
Gália e na terra dos francos afirmavam que isso era um pecado grave”, escreveu ele. Soava-lhe
estranho, já que ele nunca ouvira falar nisso antes. A questão devia preocupá-lo porque, no mesmo
ano, escreveu a respeito para dois outros clérigos anglo-saxões. Evidentemente, o missionário até
então não estava familiarizado com esse impedimento ao casamento, embora o clero continental, a
quem ele se dirigia, considerasse a questão muito grave.

Mayke De Jong, Nos limites do parentesco: legislação anti-incesto na Alta Idade Média ocidental (500-900). In: Jan Bremmer (Org.).
De Safo a Sade. Momentos na história da sexualidade. Campinas: Papirus, 1995, p. 56-7 (com adaptações).

A correção gramatical, a coerência e os sentidos originais do texto CG1A1-I seriam preservados caso,

no início do quarto período do texto, se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo “Isso”.
Certo
Errado

Questão 104: NOSSO RUMO - Leia o texto abaixo para responder à questão.
Um mundo sem culpa

O cristianismo é um legado indissociável da nossa cultura cotidiana e medeia nossos atos e valorações
de forma explícita e implícita. Ainda que nossa moral - normalmente frouxa - não seja capaz de dar
consistência absoluta a esse legado, o crente, o ateu, o agnóstico e o singular cristão não praticante
fazem uso dessa herança quando lhes convém. Não há quem desconheça a oração Pai Nosso, texto
seminal da cultura cristã.

O texto sagrado sugere que devamos perdoar os nossos ofensores para que sejamos igualmente
perdoados por Deus. Não nos prendemos a essa disposição do texto, fixamos mais na ideia de que
Deus, por conta da sua magnânima bondade, perdoará a todos, apesar da não equivalência de
compaixão. Suprimos da consciência o conectivo de comparação “assim como” e esperamos que Deus
se atenha só ao dito e ao escrito e que distraído não vasculhe os meandros de nossas intenções e de
nossos lapsos de memória.

Reparem que (certos do perdão divino, motivado pelo arrependimento e pela confissão mediada por
padre, pastor ou em linha direta com Deus) pedimos desculpa com a convicção absoluta de nossa
absolvição. Não é raro que fiquemos incomodados e avexados quando alguém nos surpreende com a
possibilidade de não nos tirar a culpa. Se Deus nos perdoará, por que essezinho não o fará?

A consciência, dedurada somente aos atentos, é sempre arejada pelos artifícios da linguagem e das
associações feitas. Quando não nos desculpam, criamos a própria desculpa, transferindo a outros a

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

culpa que seria nossa. “Desculpe-me pelo atraso, o trânsito desta cidade é uma loucura”; “Desculpa,
era só uma brincadeira, não fiz por mal”; “Foi mal, estava distraído”.

Às vezes, escamoteamos a palavra “desculpa” no discurso, mas vislumbramos a possibilidade de


entendimento dela. “A prova estava impossível, o professor surtou”; “Não dá para entender o que o
professor explica”; “Como cheguei correndo, não consegui pegar o livro”. Assim, a falha que é nossa é
transferida a um outro culpado. Criamos, assim, um perdão “expresso”, sem a intermediação de
líderes religiosos e sem conversar com o “Homem lá de cima”. E o pobre destinatário da culpa
transferida que busque forma de encontrar também o seu perdão. (...)

Adaptado de https://revistaeducacao.com.br/2019/07/14/mundo-semculpa- cristianismo/

Assinale a alternativa cuja pontuação alterada NÃO causou prejuízo gramatical ou de sentido à
sentença retirada do texto.
a) O texto sagrado, sugere que devamos perdoar os nossos ofensores para que sejamos igualmente
perdoados por Deus.
b) Se Deus, nos perdoará, por que, essezinho não o fará?
c) Ainda que nossa moral, normalmente frouxa, não seja capaz de dar consistência absoluta a esse
legado, o crente, o ateu, o agnóstico e o singular cristão não praticante fazem uso dessa herança
quando lhes convém.
d) Não é raro, que fiquemos incomodados e avexados quando alguém, nos surpreende com a
possibilidade de não nos tirar a culpa.
e) Às vezes escamoteamos a palavra: desculpa, no discurso mas vislumbramos, a possibilidade de
entendimento dela.

Questão 105: NOSSO RUMO - Leia o texto abaixo para responder à questão

As novas profissões criadas pelo metaverso até 2030

Também chamado multiverso, ecossistema modifica consumo e comportamento, criando novas oportunidades que entrarão
em voga já nos próximos 10 anos. Vale discussão sobre acesso e conseguências.

A concepção não é exatamente nova. Jogos como The Sims e o cinema 3D já ofereciam experiência
parecida, mas as realidades virtual e aumentada, aliadas a tecnologia 56, impulsionaram a interação
para além da simples visão da tela; agora pode-se viver dentro dela. Originado do grego, metaverso
significa “além do universo” e acredita-se que suas possibilidades podem tomar estudo e trabalho
muito mais motivadores e engajadores, ou, no mínimo, interessantes.

“Tudo indica que ele vai trazer uma grande modificação na forma como os produtos e serviços são
desenvolvidos e entregues aos clientes”, acredita Marcio Sanches, coordenador da Universidade
Corporativa do Semesp e professor na FGV-SP.

Nesse contexto, o ensino superior se coloca no cerne da questão, tendo que se inteirar e se antever a
demanda por novos profissionais e as possíveis modificações que terão de incutir no currículo de
profissões que já existem, o que para Marcio Sanches é um dos principais desafios. Segundo o
professor, as profissões que já existem precisam encontrar novas oportunidades e maneiras de atuar
nesse ecossistema.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

“Quando se trata de ensino a distância, ainda falamos muito em coisas gravadas, mas no metaverso
teremos acesso a uma biblioteca brutal de informações, por isso acredito que nós, professores, por
exemplo, seremos muito mais curadores do conteúdo que será disponibilizado ao aluno”, diz Marcio.

O professor pontua que, independentemente da profissão, as pessoas e instituições de ensino devem


começar a se inteirar disso para ver o que vai surgir a partir desse universo, pois as mudanças serão
drásticas já nos próximos 10 primeiros anos.

Adaptado de https:/'revistaeducacao.com.br/2022/02/04/metaverso-profissoes-anos/

Assinale a alternativa cuja pontuação alterada NÃO causou prejuízo gramatical ou de sentido à
sentença retirada do texto.
a) Originado do grego, metaverso significa “além do universo”, e acredita-se que suas possibilidades
podem tomar estudo e trabalho muito mais motivadores e engajadores, ou, no mínimo, interessantes.
b) O professor pontua que independentemente da profissão as pessoas e instituições de ensino devem
começar a se inteirar disso para ver, o que vai surgir a partir desse universo.
c) (...) pois as mudanças, serão drásticas, já nos próximos 10 primeiros anos.
d) Tudo indica, que ele vai trazer uma grande modificação na forma como os produtos e serviços, são
desenvolvidos e entregues aos clientes
e) A concepção, não é exatamente nova. Jogos como The Sims e o cinema 3D, já ofereciam
experiência parecida (...)

Gabarito
1) A 2) C 3) D 4) B 5) D 6) E 7) D 8) D 9) D 10) D 11) Certo 12) Errado 13) C 14) E 15) B 16) Errado
17) D 18) Errado 19) Errado 20) A 21) A 22) Errado 23) A 24) E 25) C 26) A 27) D 28) A 29) A 30) D
31) A 32) E 33) C 34) D 35) C 36) C 37) D 38) C 39) A 40) Certo 41) Certo 42) B 43) Anulada 44) C
45) D 46) D 47) B 48) C 49) C 50) C 51) A 52) B 53) E 54) A 55) A 56) B 57) C 58) A 59) A 60) Errado
61) Errado 62) B 63) B 64) C 65) B 66) A 67) A 68) B 69) B 70) C 71) B 72) E 73) D 74) E 75) C 76) A
77) B 78) C 79) Certo 80) D 81) Anulada 82) A 83) C 84) Errado 85) Errado 86) E 87) D 88) E 89) C
90) A 91) Anulada 92) Errado 93) Errado 94) Certo 95) Certo 96) A 97) A 98) B 99) Certo 100) A 101)
B 102) C 103) Errado 104) C 105) A

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.

Você também pode gostar