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PSICOMOTOR
Equipe de Elaboração
Grupo ZAYN Educacional
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves
Professor-autor
Luciano de Assis Silva
Revisão
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Mateus Esteves de Oliveira
2ºAndar – Centro
Piracema –MG
CEP: 35.536-000
ouvidoria@institutozayn.com.br
pedagogico1@institutozayn.com.br
Boas-vindas
Olá!
EMENTA
HISTÓRICO DA PSICOMOTRICIDADE;
OBJETIVOS
Estudar:
a. o desenvolvimento neuropsicomotor;
b. o desenvolvimento psicomotor da criança;
c. o histórico da psicomotricidade;
d. a neurologia e psicomotricidade na educação infantil;
A criança de 7 a 12 meses
A vida de um bebê não é nada fácil, engana-se quem imagina que eles apenas
comem e dormem, choram ou sorriem de modo a nos ganhar, por trás dessa
aparente inércia, há um grande esforço cognitivo para o desenvolvimento dele.
Desenvolvimento psicomotor
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Fonte: SILVA, Jessica dos Anjos da. O desenvolvimento psicomotor da criança de 7 a 12 meses. Portal
educação. Disponível em: <https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/o-
desenvolvimento-psicomotor-da-crianca-de-7-a-12-
meses/58812#:~:text=Desenvolvimento%20psicomotor%20%C3%A9%20o%20aumento,intelectual%20e%20so
cial%20da%20crian%C3%A7a.>. Acesso em: 05 jun. 2020.
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delimitar as experiências que cada criança pode ter em seu ambiente de interação,
por exemplo, um bebê que não consegue engatinhar, se limitará ao que as outras
pessoas trazem para ele, consequentemente esse bebê conhecerá menos do
ambiente onde vive. Para fins didáticos faremos breves considerações das fases
vividas pelos bebês de 7, 10 e 12 meses.
Estágio do Desenvolvimento
O bebê de 7 meses já consegue equilibrar sua cabeça, gosta de ficar sentado, mas
ainda não consegue fazê-lo sozinho, está mais atento ao mundo pelos reflexos
visuais que lhe é proporcionado, a boca e a garganta já estão mais organizados,
consegue vocalizar grande partes das vogais e consoantes e possui um prazer
especial em gritar e gorgolejar. É nessa fase que os bebês passam a alternar os
passos quando suspensos, esse é um mecanismo natural muito importante para os
futuros passos.
10 meses
Nesse período os bebês tornam–se mais inquietos, ficar deitados já não lhe
agradam mais. Essa é considerada por Gessel (1985, pág. 113) como uma fase de
emancipação do bebê, nesse momento ele passa e se locomover também
segurando nos objetos, pelo desenvolvimento da percepção que tem em relação às
pessoas adquire nova capacidade de imitação, começa a ter noção de permanência
de objeto (há uma procura pelo objeto escondido ou coberto, eles podem ir atrás
perseguindo o com os olhos), e de forma bem singela começam a desenvolver a
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12 meses
Nesse momento, o bebê consegue sentar sozinho, entender que quando um objeto
some de seu campo visual ele ainda existe; estão preparados para comerem
sozinhos com a colher, porém, como ainda não possuem desenvoltura no pulso
esse comer ainda é desajeitado, além de iniciar seus primeiros passos sozinho.
Realizar um movimento tão complexo como andar sozinho é necessário tanto o
domínio de habilidades específicas (manter-se ereto, segurar nos objetos), quanto
na integração desses componentes. (KAIL, 2004).
Teoria e Prática
No primeiro momento podemos observar que Caio conseguia dar alguns passos,
mas ou amparada pela mãe, ou apoiado na parede, e assim que possível voltava à
posição de engatinhar, que nesse período é a forma de locomoção mais confortável
para o bebê. Em certo momento a mãe de Caio brinca com ele de esconder o
brinquedo, Caio que já possui a permanência de objeto bem desenvolvida, consegue
procurar o brinquedo mesmo quando ele não está mais em seu campo de visão.
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Na segunda visita que fizemos a Caio, ele que já tinha completado seus 12 meses,
nos mostrou que já estava mais seguro e que conseguia andar sozinho e sem
interferência de seus familiares.
Bibliografia
Kail, Robert V.. A Criança. São Paulo. Pearson Pretice Hall, 2004.
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Histórico da psicomotricidade. Associação Brasileira de Psicomotricidade. Disponível em:
<https://psicomotricidade.com.br/historico-da-psicomotricidade/>. Acesso em: 05 jun. 2020.
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A equipe de elaboração do material de estudo ZAYN selecionou os trechos do artigo “A Psicomotricidade
como Facilitadora no Processo de Ensino e Aprendizagem na Educação Infantil” que estão mais relacionados à
temática “Neurologia e Psicomotricidade na Educação Infantil”. Segue abaixo a referência com o link para o
artigo completo:
Vale ressaltar, tendo como base os estudiosos citados no tópico anterior, que
por muitos anos, atribuições ligadas à atividade humana, tal como a estrutura e a
função dos processos psicológicos, além da percepção, memória, atividade
intelectual, fala, movimento e a ação foram descritas e estudadas por inúmeras
teorias psicológicas.
Tal abordagem tem se mostrado cada vez mais eficaz pelo simples fato de os
especialistas nas áreas em questão reconhecerem que o aprendizado está ligado a
determinados fatores. Falar dos aspectos psicomotores por meio da
concepção neuroeducacional é enriquecer ainda mais os caminhos que visam ao
desenvolvimento dos pequenos. Por conta dessa visão, a neuroeducação é
definida como uma área de abordagem que trata da junção dos conhecimentos da
Neurociência, da Educação e da Psicologia.
Gonçalves (2010, p.87), afirma que “O corpo como porta de entrada e saída
da aprendizagem, utiliza-se da psicomotricidade para expor toda a transcendência
de sua experiência.”
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Aos 2 anos: nesta fase a criança chuta uma bola, explora intencionalidade os
brinquedos, faz traços horizontais, utiliza frases de pelo menos quatro
palavras, consegue abrir uma porta, e/ou gaveta, ajuda ativamente a se vestir
ou a se despir, consegue juntar brinquedos de encaixe, imita movimentos
verticais e horizontais.
Aos 3 anos: nota-se que nesta fase prevalece na criança a vontade de se
afirmar, geralmente nesta fase a criança expressa interesse em atividades em
que é solicitada que faça desenhos, brinca com outras crianças e já assumem
papéis na brincadeira; apresenta uma melhor percepção do espaço, equilibra-
se em um pé e na ponta dos pés por um pequeno período de tempo, controla-
se em equilíbrio com os olhos fechados, coordena a marcha e a corrida,
demonstra o domínio da coordenação motora grossa.
Aos 4 anos: percebe-se nesta fase que a criança já consegue desenvolver
atividades como segurar o lápis na posição correta e pedalar; demonstra
interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, como por
exemplo, perceber que sua mãe está triste e tentar confortá-la; consegue
fazer desenhos do corpo, de casas, apresenta noção em relação ao corpo,
sobe e desce escadas alternadamente, sabe seu nome completo, sexo,
idade, e, em alguns casos o endereço; sabe esperar a sua vez.
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“É a educação um fato social tão antigo quanto o próprio homem, devendo ter sido
praticada desde que apareceu na terra a primeira família humana. Coincide, assim,
o início da história da educação com o da história da humanidade” (BELLO, 1978 p.
9).
É preciso estar atento para o fato de que o desenvolvimento infantil vai ser
determinado pela própria vida da criança, ou seja, quanto mais oportunidades a
criança tem de desenvolver suas capacidades, maiores serão as chance de se
apropriarem da cultura em que estão inseridas (ARIOLI, 2007).
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“Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria
isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o
aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso seus ensinamentos
(AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1980).”
Considerações Finais
Observa-se com nitidez que o foco principal deste trabalho foi de explicitar
como é importante que as crianças tenham oportunidades de vivenciar situações
positivas no âmbito escolar, em especial nas séries iniciais, e assim passem a
conhecer e confiar em seu próprio corpo e no seu desenvolvimento global, evitando
ao máximo que elas passem por experiência que a desvalorizem, mas, sim
proporcionem a descoberta das suas habilidades e os melhores meios para
aprender aquilo que lhe for proposto.
Por fim, é através da educação infantil que a criança poderá expandir seus
movimentos corporais, explorando seus sentimentos, seu corpo. Cabe à escola
conscientizar os profissionais da educação infantil do valor da psicomotricidade, pois
esta passa a ser um fator indispensável para o desenvolvimento geral e a
aprendizagem da criança, desse modo, devem ser reconhecidas através de
pequena avaliação, dificuldades psicomotoras que não foram trabalhadas,
possibilitando assim o desenvolvimento integral do aluno. O professor deve estar
sempre preocupado de trazer atividades corporais para dentro da sala de aula,
proporcionado cada vez mais experiência para seus alunos, favorecendo
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Esteban Levin
RESUMO
Neste artigo, procuramos interrogar-nos a respeito da problemática que a cultura
atual apresenta sobre a imagem do corpo, a organicidade, a deficiência e o
desenvolvimento. Conceitos que consideramos fundamentais para compreender
como se estruturam os pontos de encontro e enlace entre a estruturação subjetiva e
o desenvolvimento psicomotor da criança.
Palavras-chave: Interdisciplina no desenvolvimento infantil; problemas de
desenvolvimento na criança; sintomas na infância; modernidade
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LEVIN, Esteban. O desenvolvimento psicomotor diante da modernidade. Estilos clin., São Paulo , v. 5, n. 8, p.
147-155, 2000 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
71282000000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 jun. 2020.
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Não acreditamos que o corpo continue sendo corpo se lhe tiramos sua imagem,
ou seja, seu véu..."
Propomo-nos aqui a refletir sobre diferentes cenas e cenários da infância, nas quais
a criança se reconhece, existindo em suas produções corporais e não apenas em
seu crescimento e em sua maturação psicomotora.
O EIXO DO CORPO
Esse primeiro eixo corpóreo é ritmado pelas presenças e ausências que o Outro
materno demarca em seus cuidados periódicos, nas trocas e giros posturais que
realiza com o recém-nascido, nos jogos e imitações corporais, no manejo do corpo.
Tudo isso produz como efeito sensações cinestésicas e labirínticas que se
incorporam e ressoam no bebê como uma primeira musicalidade estética, um ritmo
que marcará o encontro-desencontro com o Outro.
Nesse sentido, o ritmo periódico e melódico (limitado pelo lado negativo, silencioso
da motricidade) do movimento corporal tem uma "sonoridade" musical que institui
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Não há dúvidas de que, cada vez mais, a cultura da modernidade oferece-nos mais
elementos técnicos, princípios tecnológicos e detalhados sobre o corpo e seu
desenvolvimento psicomotor. Mas... de que corpo se trata? Como se classifica,
tecnifica e subdivide o corpo a partir dessa concepção?
Mas algo insiste e instiga para além do organismo, algo que não pode ser tocado,
manipulado, utilizado ou detalhado.
O que insiste e consiste configurando esse corpo, não apenas como soma ou como
um objeto passível de desenvolver-se, é uma imagem. Precisamente, não uma
imagem real de órgão, mas uma imagem virtual de corpo.
Sua primeira imagem está no Outro, que não vê nem seus órgãos, nem suas
funções orgânicas, nem suas composições químicas ou componentes fisiológicos,
mas que olha diante de si um bebê no qual se reconhece e que reconhece
nomeando-o como filho.
É essa imagem desejante que esse Outro materno lhe concede o que permitirá à
criança refletir-se, não em seu desenvolvimento muscular, tônico ou funcional, mas
em um lugar simbólico impossível de tocar, invisível para os sentidos, pois carece de
realidade tangível, já que se sustenta no desejo que é sentido e incorporado no
corpo por meio do intocável do toque. É nesse diálogo tônico-libidinal que se
configura o sujeito.
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Essa lógica levou a suprimir o sujeito-criança de tal modo, que, se este não está de
acordo com certa classificação cognitiva, ou com certos padrões neuromotores, ou
com alguns parâmetros estabelecidos, o problema que supostamente essa criança
teria é ter sido mal avaliada ou mal classificada.
"um severo" é severo e nunca poderá ser moderado, por isso necessita atividades
para severos, "um moderado" nunca poderá ser leve, por isso necessita uma
atividade para moderados.
menino tinha sido encaminhado a uma escola "para motores", e lá foi realizada uma
série de testes diagnósticos, a partir dos quais disseram aos pais que, como a
criança apresentava um retardo mental, não podia ser aceita na instituição. Foi
encaminhado a uma instituição "para mentais", na qual voltaram a realizar uma série
de entrevistas diagnósticas e, como admitiam somente crianças severas e
moderadas, foi encaminhado a uma terceira instituição, em que, após um novo
diagnóstico, disseram aos pais que, do ponto de vista cognitivo, poderia ingressar,
mas, como apresentava um transtorno motor, João não podia ser admitido.
O nome próprio, o que nomeia ou agrupa as crianças, o que lhes é comum é a sua
patologia; são nomeadas, faladas, agrupadas e educadas de acordo com sua
patologia. É a deficiência o que as nomeia como síndrome, como órgão ou como
objeto. Longe estão assim de ser consideradas como sujeitos. O que causa sua
posição no discurso institucional é o que as agrupa e as designa como signos do
fracasso, do retardo ou da deficiência. É sua patologia que as abarca e engloba em
todo seu fracassado desenvolvimento.
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Se uma criança não brinca porque não fala, não dirige o olhar e realiza movimentos
estereotipados, o objetivo não deveria ser que a criança adquirisse novos hábitos e
conhecimentos ou que conseguisse aprender as cores ou se adaptasse a brincar
com outras crianças, ou tivesse sua sensibilidade estimulada, mas sim compreender
qual é a problemática que a criança nos faz ver em sua estereotipia, em seu corpo,
em seu não olhar e em sua não palavra. Estabelecendo-se assim uma tática e
estratégia particular para esse sujeito-criança, e não para sua patologia de base ou
seu diagnóstico.
Seguindo o exemplo, a criança não pode brincar. Não é que ela decide não brincar,
e sim que não pode decidir, pois não brinca e deste modo não pode configurar suas
representações, suas palavras ou seu desenvolvimento. Reiteramos, o problema
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Somos responsáveis por nossa paixão, "a paixão pela ignorância", quanto mais
acreditamos saber, menos sabemos, e então nos formamos e nos deixamos
também interrogar pela criança, somos sensíveis a ela, ou seja, a criança, com suas
perguntas, seu corpo, suas imagens, seus questionamentos, nos impacta, nos
impressiona e nos comove.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Sonia Moraes
Maria Fernanda de Matos Maluf
RESUMO
Compreender como se desenvolve o processo de aprendizagem na criança é uma
das melhores formas de contribuir para que ela se desenvolva sem tropeços e
aproveitando ao máximo seu potencial cognitivo. Para atender a esse objetivo geral,
diversas abordagens são possíveis, mas este trabalho buscou as contribuições de
três áreas: Psicomotricidade, Psicopedagogia e Neuroaprendizagem. Para isto,
realizou-se revisão bibliográfica que cobriu os seguintes recortes: Psicomotricidade e
contribuições à aprendizagem; Psicopedagogia, definição de objeto e formas de
atuação; Neuroaprendizagem, princípios e contribuições às práticas educativas. A
revisão partiu de consulta à obra de autores consagrados nas áreas citadas e
estendeu-se à produção científica dos últimos dez anos, buscando conquistas e
possibilidades efetivas de ação interdisciplinar e transdisciplinar que favoreçam o
desenvolvimento cognitivo e a boa evolução na aprendizagem escolar. Os artigos
selecionados e analisados confirmam os benefícios do diagnóstico e intervenção
precoces aos pacientes em situação de risco, ou que apresentem dificuldades ou
transtornos de aprendizagem já instalados. A pesquisa revelou, ainda, a existência
de lacunas graves na formação dos profissionais da Educação, o que, em
combinação com dificuldades e carências das próprias crianças, explica o crescente
índice de fracasso escolar no País. Também se constatou haver demanda por
revisão do currículo em Pedagogia que permita o retorno da Psicomotricidade à
grade, além de inclusão da Neuroaprendizagem como disciplina, não só nesse
curso, como também em licenciaturas e especializações voltadas à Educação.
Palavras-chave: Desenvolvimento motor; Aprendizagem. Psicomotricidade;
Psicopedagogia. Neuroaprendizagem. Dificuldades de aprendizagem.
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Rev. Psicopedagogia, 2015; 32(97): 84-92.
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Fonte: https://www.sanarmed.com/dica-de-pediatria-desenvolvimento-
neuropsicomotor