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a tão sonhada
autonomia?
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A questão pode não ser tão simples,
mas vamos tentar sumariá-la em uma metáfora:
Fe Ea
Quando essa balança hipotética está em equilíbrio
(ou quando o lado das habilidades executivas
supera o lado das exigências acadêmicas), nossos
estudantes lidam com suas demandas com
relativa facilidade, planejam suas atividades
e as desempenham com menor ou maior
dificuldade.
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Porém, é quando as exigências e demandas NÃO CUMPRIMENTO DIFICULDADES DE PROCASTINAÇÃO
extrapolam as habilidades que passamos a DOS PRAZOS APRENDIZAGEM
identificar problemas:
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Alguns estudantes podem apresentar dificuldades mesmo
antes desses níveis de escolaridade, ao longo do Ensino
Fundamental. Outros podem chegar até o Ensino Médio ou
Superior sem indicativos de problemas.
Como?
É o que temos nos dedicado a estudar e tentar compreender
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Ao longo do Ensino Médio e Superior, é fato que a progressão
da escolaridade exigirá do estudante o autogerenciamento de
seu estudo, de suas atividades, de sua produção e desempenho.
Sobretudo com a entrada na vida universitária, chegam também
outras responsabilidades e desafios.
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Essas funções incluem a capacidade Inibir uma resposta automática
de gerar diferentes soluções para ou dominante, resistir à distração
resolver um problema de estímulos irrelevantes.
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Na vida, o estabelecimento de metas, a capacidade de
planejamento, de autocontrole, de flexibilidade e outras
habilidades executivas são importantes para a realização
de um vasto leque de atividades. Da mesma forma, na sala
de aula, a capacidade do estudante para criar objetivos,
gerir o tempo, planejar, autocontrolar-se são as bases para
o sucesso.
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Muitos se adaptam rapidamente a essas
novas demandas, mas, em contrapartida,
outros sentem dificuldades.
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Um estudante com déficits executivos pode
ter dificuldade em planejar, distrai-se com mais
facilidade, faz escolhas erradas, demonstra
pouco autocontrole, não se mantém na tarefa,
tende a procrastinar, o que impacta o seu
desempenho acadêmico e, consequentemente,
sua aprendizagem, sua motivação para o
estudo, sua autoimagem como estudante, com
impactos potenciais, ainda, sobre sua formação
e seu sucesso profissional.
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Tendo em conta a importância das funções executivas
para diversos desfechos da vida (que incluem saúde física
e mental, desempenho escolar, ocupacional e mesmo
a manutenção de relacionamentos saudáveis) e por serem
preditoras para o sucesso acadêmico, profissionais da área
Outros podem, por
da saúde e da educação vêm refletindo sobre a importância
de intervir nessas habilidades.
condições adversas,
A aplicação dessas intervenções em contextos educacionais
não ter tido acesso às
ao longo da infância já tem espaço na literatura e na prática
da Neuropsicologia e das áreas de interseção (apesar de esse
condições necessárias
espaço ser menor do que deveria e do que gostaríamos!).
No entanto, muitos estudantes podem não ter tido tais
ao desenvolvimento
oportunidades de estimulação em etapas anteriores. adequado de suas
habilidades executivas.
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Outros podem, ainda, ter
uma trajetória de sucesso,
mas, com o aumento das
exigências acadêmicas, a
balança “habilidades
versus demandas” sofre
um desequilíbrio,
e o estudante se vê,
inesperadamente,
desorganizado com
É por isso que
as novas demandas reiteramos
acadêmicas. que intervenções em habilidades como as funções
executivas têm espaço e relevância também nos
contextos do Ensino Médio e universitário.
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Propor programas de intervenção que tenham como foco
a promoção e o aperfeiçoamento das funções executivas
em adolescentes e universitários pode colaborar para
sua trajetória acadêmica, dando a esses estudantes
instrumentos que lhes possibilitarão uma autogestão
mais satisfatória de sua aprendizagem.
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Os benefícios potenciais de intervenções desenvolver intervenções teoricamente
em funções executivas também nesses É esse o fundamentadas, empiricamente
níveis de escolaridade mostram que são validadas, com o intuito de que nossa
válidos os esforços para o desenvolvimento e desafio contribuição científica possa impactar
a investigação de programas de intervenção
específicos a esse público-alvo ao qual a trajetória acadêmica desses
estudantes, com repercussões sobre
nos dispomos: suas trajetórias de vida.
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EM BREVE
Lançamento da coleção Neuropsi
Pró-Academics, nossa coleção de
livros sobre funções executivas no
ensino médio e superior. Esses livros
foram escritos por especialistas em
educação e psicologia, com o objetivo
de ajudar estudantes a desenvolver
habilidades importantes para o
sucesso acadêmico e profissional.
/editoramemnon
@memnonedicoescientificas
memnon.com.br