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EDUCAÇÃO FÍSICA

MICHEL DA SILVA FELICIANO

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR


A EXPRESSÃO CORPORAL E A DANÇA: INTERVENÇÕES
TECNOLÓGICAS DIRECIONADAS ÀS BRINCADEIRAS E E-
GAMES A SERVIÇO DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

Cachoeiras de Macacu
2022
MICHEL DA SILVA FELICIANO

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR


A EXPRESSÃO CORPORAL E A DANÇA: INTERVENÇÕES
TECNOLÓGICAS DIRECIONADAS ÀS BRINCADEIRAS E E-
GAMES A SERVIÇO DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

Trabalho apresentado à Universidade Norte do


Paraná, como requisito parcial à aprovação no
segundo semestre do curso de Educação
Física.

Cachoeiras de Macacu
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................8
REFERÊNCIAS..........................................................................................................................9
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discorrer sobre, através de análise
em diversas literaturas, acerca da inclusão e participação de alunos com limitações
psicomotoras nas atividades de educação física.
Ressaltando que esse tema tem aspecto crucial no desenvolvimento do profissional de
Educação Física, de forma que dado estudo possibilita um melhor entendimento de como lhe
dar com alunos com mobilidade reduzida ou necessidades especiais e permitir a interação com
uma dinâmica diferenciada para que todos participem de forma igualitária.
Este trabalho tem como objetivo explanar conhecimento necessário a todo profissional
de educação física.
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DESENVOLVIMENTO

Little, em 1843, descreveu, pela primeira vez, a encefalopatia crônica da


infância, e a definiu como patologia ligada a diferentes causas e caracterizada, principalmente,
por rigidez muscular. Em 1862, estabeleceu a relação entre esse quadro e o parto anormal.
Freud, em 1897, sugeriu a expressão paralisia cerebral (PC), que, mais tarde, foi consagrada
por Phelps, ao se referir a um grupo de crianças que apresentavam transtornos motores mais
ou menos severos devido à lesão do sistema nervoso central (SNC), semelhantes ou não aos
transtornos motores da Síndrome de Little (1-4).
A Paralisia Cerebral (PC), também denominada Encefalopatia Crônica Não
Progressiva da Infância (ECNPI), é definida como um grupo de desordens do movimento e da
postura, que causa limitação de atividades funcionais1-2-3. A etiologia é multifatorial,
podendo acometer várias áreas do cérebro fetal ou infantil. Envolve aspectos pré-natais
(malformações do Sistema Nervoso Central, infecções congênitas e quadros de hipóxia),
perinatais (anóxia) e pós-natais (meningites, infecções, lesões traumáticas e tumorais).
Little, em 1843, descreveu, pela primeira vez, a encefalopatia crônica da infância, e a
definiu como patologia ligada a diferentes causas e caracterizada, principalmente, por rigidez
muscular. Em 1862, estabeleceu a relação entre esse quadro e o parto anormal. Freud, em
1897, sugeriu a expressão paralisia cerebral (PC), que, mais tarde, foi consagrada por Phelps,
ao se referir a um grupo de crianças que apresentavam transtornos motores mais ou menos
severos devido à lesão do sistema nervoso central (SNC), semelhantes ou não aos transtornos
motores da Síndrome de Little (1-4).
Os pacientes com paralisia cerebral apresentam maior risco de comorbidades clínicas e
aqueles que são classificados com maior comprometimento funcional, GMFCS IV e V, são
especialmente propensos a complicações graves que levam à hospitalização e óbito e que
devem ser acompanhados com vistas a reduzir a morbidade e mortalidade. As complicações
respiratórias são aquelas que frequentemente levam a internações e óbito.
Segundo Ferreira, (2012) a dança é um dos meios de expressão corporal mais
importantes, que caracteriza o movimento, a estética e o ritmo. Encontrou-se ainda que a
dança surge como uma manifestação artística visível que permite captar o invisível, o que há
de mais profundo. O movimento corporal possibilita ao indivíduo sentir o mundo, e com isso,
que ele também seja sentido. Mas cada um de nós tem uma maneira diferente, logo a inclusão
de um aluno com deficiência se torna extremamente necessária, por conta disso seguiria os
passos do professor Jean, que viralizou nas redes sociais sendo inclusivo, utilizando do
próprio corpo como ferramenta de mobilidade para alunos com limitações físicas, carregando
e realizando movimentos que os alunos são impossibilitados.
Como a dança é inclusiva, democrática e motivadora, pode ser aplicada para qualquer
sexo, faixa etária, orientação sexual e crença e por conta disso atividades de diferentes tipos e
culturas de danças ajudam a moldar o cidadão por conta disso inseriria o exercício de
distinção e didáticas de tipos de danças.
Ao utilizar a mímica dançante em uma atividade com uma turma de 1º ano do ensino
médio, temos a possibilidade de expandir o conhecimento corporal, permitindo que a inclusão
supracitada ocorra, onde independente de limitações físicas, psicológicas ou sociais cada
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aluno poderia expressar o que gostaria de passar através da mimica, respeitando suas próprias
limitações e ainda sim vencendo barreiras.
Percebe-se hoje que as crianças, consideradas nativas digitais, convivem de forma
natural, desde antes do seu nascimento, com variadas plataformas tecnológicas. No entanto,
não quer dizer que, dentro do contexto escolar, ela deva ser usada de forma acrítica: tudo
depende de como usá-las.

Nesse sentido, Prensky aponta que:


Não importa quanto os Imigrantes desejem, os Nativos Digitais não voltarão atrás. Em
primeiro lugar, não funcionaria: seus cérebros provavelmente já possuem padrões diferentes
dos nossos. Em segundo lugar, seria um insulto a tudo que sabemos. Adultos Imigrantes
inteligentes aceitam a ideia de que não sabem tanto a respeito deste novo mundo e aproveitam
para aprender e integrar-se. Imigrantes não inteligentes (...) passam a maior parte de seu
tempo lamentando o quanto as coisas eram boas no “velho mundo”. (PRENSKY, 2010, p.
45).
A evolução tecnológica tende a alterar comportamentos, estabelecer processos
comunicativos diversificados, provocando uma interação que vai desde o contato entre
pessoas diferentes, como a relação entre conhecimentos e aprendizagens distintas, o que torna
importante a escola acompanhar essa nova realidade de sociedade repleta de informação e
conhecimento. Nesse processo, muitas são as escolas que buscam assumir sua posição de
responsabilidade na construção desses diálogos. Nessa perspectiva, é preciso perceber o
contexto educativo como “um conjunto de circunstancias relevantes que propiciam ao aluno
(re)construir o conhecimento dos quais são elementos inerentes o conteúdo, o professor, sua
ação e os objetos histórico-culturais que o constituem.” (ALMEIDA, 2009, p. 77).
Através da citação acima entendemos que caso a escola não esteja preparada para
agregar o conteúdo digital nas aulas de educação física, acabará tendo que competir com o
mesmo.
Sendo assim a utilização de E-games no âmbito da educação física inclusiva apresenta
diversas possibilidades como:

1- Uso de XBox através de jogos que reconhecem movimentos através de tecnologia de


realidade virtual, onde podemos inserir modalidades olímpicas, como o jogo 'Jogos Olímpicos
de Tokyo 2020'; esportes não olímpicos como o jogo 'Kinect Sports''; exercícios aeróbicos
como o jogo ' Nike Kinect Training'; ou até mesmo com aulas de dança através do tão famoso
' Just Dance'.
Todos acima jogos que incentivam a movimentação sem atrito ou contato físico, sem deixar
de incentivar a competitividade e conhecimento corporal.

2- Através do uso de jogos de luta como Mortal Kombat ou o clássico Street Fighter para
expor e exercitas as diferentes mobilidades de luta, como por exemplo incentivar que os
alunos identifiquem a modalidade de cada personagem do jogo.

No Brasil, é grande a falta de atendimento adequado às necessidades escolares de


crianças com dificuldades de aprendizagem, capaz de diminuir o índice de evasão e repetência
escolar. (MAZZOTTA, 2003).
A Educação Especial na política educacional brasileira, desde o final da década de
cinquenta deste século, até os dias atuais, tem sido vista como uma parte indesejável e, muitas
vezes, atribuída como assistência aos deficientes e não como educação de alunos que
apresentam deficiência. (MENDES, 2006).
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Em se tratando de Educação Especial, Mazzotta (2003, p. 11), a define como:

A modalidade de ensino que se caracteriza por um conjunto de recursos e serviços


educacionais especiais organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal dos educandos que
apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens.
Tais educandos, também denominados de "excepcionais", são justamente aqueles que hoje
têm sido chamados de "alunos com necessidades educacionais especiais".
Historicamente, a origem da participação de pessoas deficientes que apresentam
diferentes e peculiares condições para a prática das atividades físicas ocorreu em programas
denominados de ginástica médica, na China, cerca de 3 mil anos a.C. (GORGATTI; COSTA,
2005).
Mas, foi a Primeira Guerra Mundial que exerceu fator essencial no uso de exercícios
terapêuticos e atividades recreativas que auxiliavam na restauração da função. (ADAMS,
1985).
Já, no final do século XIX até a década de 1930, de acordo com Mazzotta (2003), os
programas de atividade física começaram a passar de treinamento físico com orientação
médica para Educação Física (EF) voltada ao esporte, e surgiu a preocupação com a criança
como um todo.
Após a Segunda Guerra Mundial, aumentou o uso de exercícios terapêuticos em
hospitais para a força e função muscular. Centros de convalescença (recuperação que se segue
a doença, operação, traumatismo, etc) e reabilitação foram criados.
Jogos e esportes adaptados para amputados, paraplégicos e outros com deficiências
maiores tornaram-se populares. (ADAMS, 1985).
Portanto, as atividades físicas para deficientes iniciaram com o intuito de reabilitar
jovens lesionados nas batalhas e foram introduzidas pelo médico (neurologista e
neurocirurgião) Ludwig Guttman, que acreditava ser parte essencial do tratamento médico
para recuperação das incapacidades e integração social. A partir de então, vem se difundindo
pelo mundo todo e hoje exerce papel fundamental na vida dos praticantes. (ADAMS, 1985;
ROSADAS, 1989; WINNICK, 2004).
Logo, ressalta-se que a Educação Física (EF) tem um papel importante no
desenvolvimento global dos alunos, principalmente daqueles com deficiência, tanto no
desenvolvimento motor quanto nos desenvolvimentos intelectual, social e afetivo.
No caso do profissional de educação física os principais conhecimentos que são
necessários para promover o desenvolvimento, a formação humana, a saúde e qualidade de
vida deste público específico são: a noção da limitação de cada indivíduo, a percepção da
necessidade de estimulação motora, a estimulação de habilidades básicas não limitantes, e
como realizar a iniciação esportiva nesses indivíduos, além de ter noções das limitações
psicológicas do aluno.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após discorrer sobre este tema, percebe-se que neste momento se tem uma nova
Educação Física, que deve ser fundamentada nos conceitos da Educação Especial e inclusiva,
que muito tem se transformado através do aproveitamento da tecnologia.
Noto que a partir de pequenas práticas a educação física inclusiva pode diminuir a
descriminalização dos alunos com deficiência, desenvolvê-los e trabalhar a consciência e
respeito dos colegas.
E neste trabalho foi exposta a necessidade em âmbito de aprendizado, do profissional
de educação física para com pessoas com necessidades especiais, para que haja um melhor
desenvolvimento e tratamento do corpo e inclusão desses indivíduos na sociedade.
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REFERÊNCIAS

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com paralisia cerebral diparética espástica. Revista Neurociências, 2007. Disponível em:
<http://revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2002/Pages%20from%20RN%
2015%2002-3.pdf> Acessado em: 22 de setembro de 2022

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Acessado em 20 de setembro de 2022.

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