Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Sumário
PESSOA COM DIFICIÊNCIA INTELECTUAL ............................................................ 1
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2. ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS ...................................................... 6
3. DEFINIÇÕES SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL .................................... 10
3.1 Caracterização dos mais variados níveis de deficiência intelectual ......... 14
3.2 A caracterização da deficiência intelectual ................................................... 22
3.3 Marcos teóricos e metodológicos das produções acadêmicas ................. 26
4. O ENSINO ESCOLAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL .... 29
4.1 Considerações sobre o ensino especializado do aluno com deficiência
intelectual .................................................................................................................. 37
5. REFERÊNCIAS: .................................................................................................... 42
3
1. INTRODUÇÃO
4
stricto sensu em Educação Física e Esporte situados na Região Sudeste do Bra-
sil, no período de 1979 a 2002.
A deficiência intelectual compõe dificuldades para o ensino regular e para o AEE
(Atendimento Educacional Especializado) pela abrangência de seus diagnósti-
cos e pela quantidade e variedades sobre o mesmo.
A deficiência intelectual prejudica o desenvolvimento da inteligência, as-
sim, as crianças diagnosticadas mostram bastante dificuldade no raciocínio,
pouco ou quase nenhuma memorização.
O diagnóstico de deficiência intelectual pode ser obtido logo após o nascimento,
mas na maioria dos casos ocorre na pré-escola ou até mesmo na adolescência.
Segundo Mantoan (1997), a efetivação de uma escola de qualidade e in-
clusiva se pauta na defesa dos direitos fundamentais de todas as crianças e
adolescentes notadamente daqueles com deficiências.
A inclusão busca a capacitação de profissionais na área da educação,
entretanto não é única variável envolvida no processo, sendo importante lembrar
também que a criança necessita do apoio familiar.
Figueiredo (2002) chamou a atenção para o papel da escola como medi-
adora da construção de relações afetivas, sociais e cognitivas, ressaltando que
a convivência entre os alunos com deficiência intelectual e aqueles ditos normais
resulta em benefícios mútuos do ponto de vista do desenvolvimento afetivo e
social.
A escola se constitui, assim, um espaço de convivência e de enfrenta-
mento do múltiplo e do diverso, no qual, pela via de variadas formas de media-
ção, ocorre a aquisição de instrumentos culturais legados de gerações anterio-
res.
5
2. ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITUAIS
6
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2004), atual-
mente coexistem dois modelos de compreensão da deficiência: o modelo mé-
dico e o modelo social. Para o primeiro modelo, a incapacidade é “um problema
da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de sa-
úde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por
profissionais” (p. 18). O segundo modelo, por sua vez, compreende a incapaci-
dade como um problema social permanentemente relacionado à funcionalidade
expressa pela pessoa, ou seja, é “o resultado de uma relação complexa entre
a condição de saúde do indivíduo e os fatores pessoais, com os fatores externos
que representam as circunstâncias nas quais o indivíduo vive” (OMS, 2004, p.
15).
Até o século XVIII, deficiência intelectual era confundida com do-
ença mental e estas eram tratadas integralmente pela medicina por meio da
institucionalização, a característica dessa é retirar as pessoas com defici-
ência de suas comunidades de origem, mantendo-as em instituições situadas
em localidades distantes de suas famílias, permanecendo isoladas do resto da
sociedade, seja para proteção, tratamento ou educação (ARANHA, 2001).
Conforme GARGHETTI; MEDEIROS; NUERNBERG (2013) explicam,
a partir do século XIX, as pessoas começaram a considerar as potencialidades
da pessoa que apresentava algum tipo de deficiência e , aos poucos, estudiosos
da área da psicologia e da pedagogia começaram a intervir nesta questão,
realizando as primeiras intervenções educativas, principalmente em países
europeus. No entanto, foi apenas na década de 1960 que foi proposto um para-
digma sustentado na integração das pessoas com deficiência. Nas escolas, vêm
sendo implementadas as recomendações da educação inclusiva, que é um pro-
cesso de transformação da concepção teórica e da prática da Educação Especial
(Glat, Fontes & Pletsch, 2006), passando o atendimento educacional a ser reali-
zado em classes especiais. Na década de 1980, um novo modelo foi se fortale-
cendo, caracterizado pelo direito à convivência não isolada e acesso aos recur-
sos disponíveis para outros cidadãos.
Em suma, a deficiência intelectual não é um transtorno médico, nem um
transtorno mental, embora possa ser codificada em uma classificação médica
das doenças ou em uma classificação de transtornos mentais. Também não é
7
uma condição estática e permanente. Refere-se a um estado particular de fun-
cionamento que começa na infância, é multidimensional e é afetado positiva-
mente pelos apoios individualizados (AAMR, 2006). Mas, mesmo tendo se
avançado no entendimento dessa condição, o processo de inclusão das crian-
ças/adolescentes com deficiência ainda tem encontrado resistência na socie-
dade (GARGHETTI; MEDEIROS; NUERNBERG, 2013).
Segundo Mazzotta (2001), a primeira APAE foi fundada no Brasil no ano
de 1954, na cidade do Rio de Janeiro, contando com apoio, estímulo e orienta-
ção do casal norte americano Beatrice e George Bemis, membros da National
Association for Retarded Chidren (NARC). Essa associação acabou impulsio-
nando as autoridades do executivo e legislativo a olharem pelos deficientes,
propondo algumas leis em seu benefício. A APAE também se espalhou pelo
país e atualmente tem como principal objetivo ser um centro de Atendimento
Educacional Especializado (AEE).
Os tratamentos dado a deficiência, são de diferentes formas, dependendo
do contexto e período histórico, no período que antecede a era cristã,
Barroco (2007) explica que, as pessoas com deficiência nestes locais e
momento histórico eram intocáveis embora quem decidia sobre a continuidade
da vida do nascido na condição de deficiente fosse o pai ou a parteira. Em
um segundo tratamento conforme explica Almeida e Tartuci (2015) seria o me-
nosprezo e extermínio do incapacitado. Esta situação, mais próxima da conhe-
cida civilização atual, esteve presente em diferentes momentos da história como
garantia da manutenção do padrão humano tido como aceitável em determinada
cultura.
A deficiência intelectual
8
terminologia “pessoa deficiente” por “pessoa em situação de deficiência”. (As-
sante, 2000), para destacar os efeitos do meio sobre a autonomia da pessoa
com deficiência. Assim, uma pessoa pode sentir-se discriminada em um ambi-
ente que lhe impõe barreiras e que só destaca a sua deficiência ou, ao contrário,
ser acolhida, graças às transformações deste ambiente para atender às suas
necessidades.
A deficiência intelectual constitui um impasse para o ensino na escola co-
mum e para a definição do Atendimento Educacional Especializado, pela com-
plexidade do seu conceito e pela grande quantidade e variedades de abordagens
do mesmo.
A dificuldade de diagnosticar a deficiência intelectual tem levado a uma
série de revisões do seu conceito. A medida do coeficiente de inteligência (QI),
por exemplo, foi utilizada durante muitos anos como parâmetro de definição dos
casos. O próprio CID 10 (Código Internacional de Doenças, desenvolvido pela
Organização Mundial de Saúde), ao especificar o Retardo Mental (F70-79),
propõe uma definição ainda baseada no coeficiente de inteligência, classifi-
cando-o entre leve, moderado e profundo, conforme o comprometimento. Tam-
bém inclui vários outros sintomas de manifestações dessa deficiência, como: a
[...] „dificuldade do aprendizado e comprometimento do comportamento, o que
coincide com outros diagnósticos de áreas diferentes.
A Psicanálise, por exemplo, traz à tona a dimensão do inconsciente, uma
importante contribuição que introduz os processos psíquicos na determinação
de diversas patologias, entre as quais a deficiência intelectual. A inibição, desen-
volvida por Freud, pode ser definida pela limitação de determinadas atividades,
causada por um bloqueio de algumas funções, como o pensamento, por exem-
plo. A debilidade, para Lacan, define uma maneira particular de o sujeito lidar
com o saber, podendo ser natural ao sujeito, por caracterizar um mal-estar fun-
damental em relação ao saber, ou seja, todos nós temos algo que não conse-
guimos ou não queremos saber. Mas também define a debilidade como uma
patologia, quando o sujeito se fixa numa posição débil, de total recusa de apro-
priação do saber.
Por todos esses motivos, faz-se necessário reunir posicionamentos de di-
ferentes áreas do conhecimento, para conseguirmos entender mais amplamente
o fenômeno intelectual. A deficiência intelectual não se esgota na sua condição
9
orgânica e/ou intelectual e nem pode ser definida por um único saber. Ela é uma
interrogação e objeto de investigação de inúmeras áreas do conhecimento.
A grande dificuldade de conceituar essa deficiência trouxe consequências
indeléveis na maneira de lidarmos com ela e com quem a possui. O medo da
diferença e do desconhecido é responsável, em grande parte, pela discriminação
sofrida pelas pessoas com deficiência, mas principalmente por aquelas com de-
ficiência intelectual.
O sociólogo Erving Goffman desenvolveu uma estrutura conceitual – a
estigmatização, para definir essa reação diante daquele que é diferente e que
acarreta um certo descrédito e desaprovação das demais pessoas. Freud, em
seu trabalho sobre o Estranho, também demonstrou como o sujeito evita aquilo
que lhe parece estranho e diferente e que no fundo remete a questões pessoais
e mais íntimas dele próprio.
Presa ao conservadorismo e à estrutura de gestão dos serviços públicos
educacionais, a escola, como instituição, continua norteada por mecanismos eli-
tistas de promoção dos melhores alunos em todos os seus níveis de ensino e
contribui para aumentar e/ou manter o preconceito e discriminação em relação
aos alunos com deficiência intelectual.
Há que se considerar também as resistências de profissionais da área,
que criam ainda mais obstáculos para se definir o atendimento a pessoas com
deficiência intelectual. Por todas essas razões, o Atendimento Educacional Es-
pecializado para alunos com deficiência intelectual necessita ser urgentemente
reinterpretado e reestruturado.
10
A deficiência intelectual até o século XVIII era confundida com doença
mental e tratada exclusivamente pela medicina por meio da institucionalização
que se caracterizava pela retirada das pessoas com deficiência de suas co-
munidades de origem, mantendo-as em instituições situadas em localidades
distantes de suas famílias, permanecendo isoladas do resto da sociedade,
fosse a título de proteção, de tratamento, ou de processo educacional (Ara-
nha, 2001). A partir do século XIX, passou-se a levar em conta as potenciali-
dades da pessoa que apresentava algum tipo de deficiência e, aos poucos,
estudiosos da área da psicologia e da pedagogia envolveram-se com a ques-
tão e realizaram as primeiras intervenções educacionais, principalmente nos
países da Europa.
Durante todo esse processo, a condição que hoje se conhece por defi-
ciência intelectual foi marcada ao longo da história por conceituações diver-
sas, incluindo: idiota, imbecil, débil mental, oligofrênico, excepcional, retar-
dado, deficiente mental, entre outros. Esses nomes apareceram na medida
em que novas estruturas teóricas surgiram e os nomes mais antigos passaram
a indicar um estigma. Atualmente, o conceito de deficiência intelectual mais
divulgado nos meios educacionais tem como base o sistema de classificação
da Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento –
AAIDD. Segundo essa definição, a deficiência intelectual é compreendida
11
como uma condição caracterizada por importantes limitações, tanto no funci-
onamento intelectual, quanto no comportamento adaptativo, que está ex-
presso nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas, manifesta-
das antes dos dezoito anos de idade (AAMR, 2006).
12
A deficiência intelectual prejudica o desenvolvimento da inteligência, as
crianças diagnosticadas mostram bastante dificuldades no raciocínio, pouco
ou quase nenhuma memorização.
Q.I = I.M./ I.
13
C X 100.
14
4) Severo ou Grave: QI-21-35 e IM 3-7 (Estágio de desenvolvimento
Sensório Motor).
• Genética
15
• Carência hormonal
• Gravidez conturbada
• Sífilis
• Infecções
16
c) tudo o que a educação pode dedicar à criança nestas idades exige
menor esforço educativo do que em idades mais avançadas.
No passado a deficiência mental (D.M) era aceita como sendo uma do-
ença – a oligofrenia - vinda de uma série de anomalias orgânicas que ocasio-
navam o déficit irreversível no funcionamento mental.
17
Assim, optou-se por analisar os resumos dos trabalhos de pesquisa
produzidos nos últimos 15 anos uma vez que foi nesse período que a educa-
ção de pessoas com deficiência aparece nos discursos oficiais com maior ên-
fase.
Além disso, não se sabe a situação educacional das pessoas que apre-
sentam deficiências mentais mais graves ou severas (cf. Brasil. Ministério da
18
Educação. Secretaria de Educação Especial. Coordenação Geral de Planeja-
mento, 2006).
Se, por um lado, o tema pessoa com deficiência intelectual não tem
sido tratada com expressividade, no conjunto das produções da área de Edu-
cação Física, por outro, ele preocupa os pesquisadores da área de Educação,
pois é a pessoa com deficiência mental quem tem causado maiores dificulda-
des à prática cotidiana dos professores nas escolas (comum e especial), em
decorrência das dificuldades aferidas no processo ensino-aprendizagem.
19
versam sobre a pessoa com deficiência intelectual, coincidindo com as infor-
mações obtidas por Bueno (2006), ao pesquisar as produções acadêmicas
que tratavam do tema inclusão.
20
A pessoa com deficiência intelectual possui condições estruturais e
funcionais que comprometem a adaptação ao ambiente e a ampla aquisição
de informações.
21
mental com o propósito de evidenciar o déficit no nível cognitivo e minimizar
a associação errônea com as doenças mentais (SASSAKI, 2005).
22
Segundo Sassaki (2005), cada vez mais se tem firmado a rejeição pelo
termo mental em comparação ao termo intelectual, tal como estabelecem a
Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde,
na Declaração de Montreal sobre deficiência intelectual, de outubro de 2004.
23
atuação específica (AAIDD, 2011; OMS, 1995; AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION, 1995).
24
1998). Um ambiente escolar que trabalhe as necessidades de cada aluno tem
potencial para superar dificuldades, ou ao menos para amenizá-las.
Além disso, tal quadro também é marcado por uma restrição e por um
comprometimento dos seguintes aspectos: capacidade de responsabilidade,
autonomia, observância das regras sociais, iniciativa ocupacional, interdepen-
dência, segurança pessoa (presença de ingenuidade), controle emocional
(manifestado tanto com agressividade quanto com passividade), desenvolvi-
mento neuropsicomotor, assumindo de papeis sociais (heteronomia social),
interação interpessoal, autocuidado referente à saúde e higiene, estruturação
da experiência (AAIDD, 2011; CASTRO; ALMEIDA; FERREIRA, 2010; AME-
RICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1995; FLETCHER et al., 2009;
MALLOY-DINIZ et al., 2010; SÁNCHEZ, 2008; TAVARES; ALARCÃO, 2005).
25
Devido à limitada capacidade expressiva, ocorrem poucas interações
diárias que favoreçam o aperfeiçoamento, o que acaba gerando uma reali-
mentação: como as pessoas não entendem muito bem o relato daquele com
deficiência intelectual, então ele acaba por não insistir na fala.
26
A teoria não é um sistema estático, mas um sistema aberto que possi-
bilita a interlocução com os momentos empíricos do processo. É necessário,
porém, um marco teórico estabelecido.
27
No conjunto das produções, foram detectadas outras abordagens, en-
tre elas, a psicanalítica, a psicogenética e a ecológica. Ainda que inexpressi-
vas em números, elas anunciam outras possibilidades de estudo da educação
de pessoas com deficiência intelectual.
28
Esses trabalhos valeram-se de técnicas de pesquisas citadas nos re-
sumos, com destaque para as entrevistas, os estudos de casos, os experi-
mentos e as observações.
Um estudo desenvolvido por Lima (2009) avaliou que, para 63% dos
pais de filhos com deficiência intelectual, a aprendizagem e o desenvolvi-
mento são o principal motivo para os filhos estudarem na rede regular de en-
sino, enquanto 21% tiveram a socialização como motivador.
29
Tal estudo enfatiza a importância que a educação escolar vem to-
mando em relação ao trabalho junto a alunos com deficiência intelectual, bem
como o avanço histórico e técnico da inclusão escolar.
O professor deve criar condições para que o aluno não aceite depressa
demais as informações sem que estas sejam consistentemente recebidas, as-
similadas e aplicadas a alguma situação prática (real), seja via experiência ou
associação com situações vivenciadas (BATISTA; ENUMO, 2004; CASTRO;
ALMEIDA; FERREIRA, 2010).
30
Desse modo, a partir das considerações de Batista e Enumo (2004),
Brasil (2006, 2007, 2010), Castro, Almeida e Ferreira (2010), Fletcher et al.
(2009), Malloy-Diniz et al. (2010), Sánchez (2008), Smith e Strick (2008) e
Vygotsky (1998), o currículo e o planejamento propostos ao aluno com defici-
ência intelectual devem gerar experiências em um ambiente:
Desse modo, é possível gerar condições para que o aluno acerte mais
do que erre, receba mais reforço imediato e feedback. Assim, promove-se a
motivação, a autoconfiança e o aumento de comportamentos almejados pelos
objetivos escolares;
31
• com atividades mais tranquilas nos momentos de maior enfoque nos
conteúdos curriculares, uma vez que o estado emocional livre de tensão, es-
tresse, medo, irritabilidade e ansiedade pode permitir maior atenção e con-
centração;
Além disso, tal estratégia gera consciência perante aquilo que está em
aprendizagem;
32
A estimulação adequada/precisa também será necessária em certos
momentos para a evocação;
33
de regras comuns para o convívio coletivo (por exemplo, conservação de ob-
jetos e do ambiente; silêncio em atividades comuns que o requerem).
• que utilize atividades em blocos para que o aluno siga uma única ins-
trução (aquela própria da atividade em questão), de modo que ele não tenha
outros elementos que desviem a atenção e, assim, conclua toda a atividade,
possa prosseguir com as demais (tendo em vista que tal aluno demonstra
baixa consistência no desenvolvimento das atividades) e receba o reforço
imediato;
34
de ensino fora do ambiente escolar. Além disso, é necessário trabalhar com a
família as competências almejadas na escola, a fim de reforçar a memoriza-
ção;
• que apresente comandos de alerta para aquilo que deve ser apren-
dido. Enquanto alunos sem deficiência aprendem facilmente por observação
e imitação, os alunos com deficiência intelectual precisam de direcionamento
frequente;
35
além disso, há as particularidades que a personalidade impõe até mesmo no
processo de aprendizagem;
36
o reforço dos acertos por possibilitar um feedback rápido do próprio desem-
penho, estimulando a memória, a capacidade perceptiva, a motivação, a so-
lução de problemas, o seguimento do ritmo próprio na execução da atividade,
o reconhecimento e o treino da intencionalidade, a consciência da ação etc.;
37
aluno quando houver ao menos um dos seguintes prejuízos: no desenvolvi-
mento cognitivo, na motricidade, na comunicação, na competência socioemo-
cional, na aprendizagem, ou na capacidade adaptativa (BRASIL, 2006).
38
A perspectiva é de uma construção particular de conhecimento impor-
tante para a vida acadêmica e geral do aluno.
39
Entretanto, como bem apontado por Dias (2010), tanto o ensino regular
em sala de aula comum quanto o AEE do aluno com deficiência intelectual
não requerem uma abordagem pedagógica inteiramente nova e diferenciada.
40
Para tanto, o aluno é inserido numa abordagem educacional que inclui
o ensino escolar regular (que ocorre na sala de aula comum) e o ensino es-
pecializado (o qual compõe o AEE e se estabelece nas salas multifuncionais).
41
5. REFERÊNCIAS:
42
Rosana Maria Tristão e Ide Borges dos Santos. Brasília: MEC/SEESP,
2006.
43
GLAT, R., Fontes, R. de S. & Pletsch, M.D. (2006). Uma breve reflexão
sobre o papel da Educação Especial frente ao processo de inclusão de pes-
soas com necessidades educacionais especiais em rede regular de ensino.
Revista Inclusão Social, 6.
44
SASSAKI, Romeu Kazumi. Atualizações semânticas na inclusão de
pessoas: deficiência mental ou intelectual? doença ou transtorno mental? Re-
vista Nacional de Reabilitação, São Paulo, ano IX, n. 43, p. 9-10, mar./abr.
2005.
45