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Apresentação
A busca por uma prática educadora renovada, que contemple as necessidades educacionais de
todos os alunos, é uma tarefa importantíssima. Por isso, a educação inclusiva tem uma disciplina
própria nos cursos de licenciatura para a formação de futuros educadores.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai saber mais sobre esta temática e compreender a
relevância da acolhida de todos os alunos com necessidades educacionais especiais no contexto de
uma educação pautada no respeito às diversidades.
Bons estudos.
Parte dessa população encontra-se em idade escolar, como mostra o Infográfico a seguir.
Conteúdo do livro
Quem são os alunos com necessidades educacionais especiais? Quais são as ações necessárias para
o acolhimento desses alunos no contexto das salas de aula regulares, tendo em vista a importância
de uma educação baseada na inclusão e no respeito às diversidades?
Boa leitura.
DIVERSIDADE
E EDUCAÇÃO
Caroline Corrêa Fortes Chequim
Diversidade e inclusão
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A proposta de educação inclusiva reconhece e valoriza a diversidade
como parte integrante da condição humana. Ela entende que esse pres-
suposto possibilita que todos aprendam e compartilhem o conhecimento
historicamente produzido de forma coletiva e no espaço regular de
ensino. Essa proposta tende a fomentar que os profissionais da educação
desenvolvam novas habilidades e competências que acompanhem as
mudanças das escolas e da sociedade em geral.
Neste capítulo, você vai estudar sobre as principais deficiências ob-
servadas no contexto escolar e a definição do transtorno do espectro
do autismo. Os temas inclusão e diversidade também fazem parte da
discussão apresentada. Fechamos o capítulo com a apresentação de um
relato de caso, para que você se aproxime da prática realizada com os
alunos com alguma deficiência.
2 Diversidade e inclusão
Vygotsky (1987, 1998, 2001) considerou que todos apresentam “capacidade de aprender”.
Considerando essa afirmação, as possibilidades de desenvolvimento de uma pessoa
com deficiência são determinadas não exclusivamente pelas suas incapacidades, mas
sobretudo pela qualidade e variedade de interações oportunizadas.
Para determinar se uma pessoa tem cegueira ou baixa visão, são necessárias
informações precisas sobre a acuidade visual ou o campo de visão.
Nos links a seguir, você encontrará mais informações sobre a visão subnormal, bem
como sobre a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB). Fundada em 2008,
a ONCB visa a “assegurar a todos os brasileiros com cegueira, surdo-cegueira ou
baixa visão o direito constitucionalmente garantido de determinar os rumos de suas
próprias vidas”.
https://goo.gl/t1Za4X
https://goo.gl/WAcijK
Diversidade e inclusão 5
Em relação ao indivíduo com surdez, cabe ressaltar que a sua inclusão no sistema
comum de ensino ainda é muito polêmica, pois exige dos sistemas de ensino
conhecimento e acolhimento da cultura surda. Toda escola deve ter consciência
da importância da educação bilíngue, de forma que a instrução e o ensino da
língua de sinais e do português para alunos surdos estejam presentes nesse espaço
(CASARIN, 2012).
A pessoa com TEA é considerada uma pessoa com deficiência para todos
os efeitos legais. A deficiência múltipla caracteriza aqueles indivíduos que
têm mais de uma deficiência associada. Trata-se de uma condição hete-
rogênea que pode revelar diversas combinações de deficiências, as quais
afetam o funcionamento individual e o relacionamento social do sujeito em
diferentes graus. Pessoas com deficiência múltipla constituem um grupo
com características específicas e peculiares e, consequentemente, com
necessidades únicas.
Diversidade e inclusão 7
https://goo.gl/N9rm3E
https://goo.gl/WSf7J5
https://goo.gl/S207T
https://goo.gl/yY2g0w
Para ampliar o seu conhecimento sobre inclusão, leia o texto disponível no link a seguir,
intitulado Precisamos falar sobre Inclusão. Nele as autoras refletem sobre os termos incluir
e inclusão e o que eles representam. Elas consideram que “não podem jamais indicar
atributo pejorativo ou rótulo”; caso contrário, o discurso de respeito e valorização da
diferença se acaba em preconceito e discriminação.
https://goo.gl/mo1fhU
Imagine que, numa turma do 2º ano do Ensino Fundamental, há um aluno com defi-
ciência física. Para que ele consiga participar ativamente do processo de ensino, será
necessário utilizar algumas alternativas. Podemos pensar, por exemplo, na utilização da
tecnologia assistiva (TA). De acordo com Bersch e Machado (2012), a TA é toda a gama
de recursos e serviços que visam a proporcionar ou ampliar habilidades funcionais
de pessoas com deficiência, promovendo independência e inclusão. Selecionar a
tecnologia assistiva que atende à demanda do aluno pressupõe que o professor
do ensino comum ou do atendimento educacional especializado (AEE) conheça o
potencial motor desse aluno, de forma a definir a competência operacional que a TA
poderá promover.
A partir desse relato, é possível identificar que diferentes habilidades estão sendo
estimuladas durante as atividades realizadas no AEE, como atenção, concentração,
planejamento, memória, raciocínio lógico, contribuindo também para o fortalecimento
dos aspectos emocionais, como autoestima e motivação e esse trabalho tem refletido
na postura do aluno na sala de aula regular, pois de acordo com as suas possibilida-
des vem demonstrando que é capaz de produzir e interagir com os conhecimentos
propostos na sala de aula regular e dessa forma, os professores passam a olhar Edson
como um sujeito capaz de aprender.
Leituras recomendadas
BRASIL. Decreto nº. 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados
em Nova York, em 30 de março de 2007. 2009. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm>. Acesso em: 10 jul. 2018.
DAMÁZIO, M. F. M. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_da.pdf>. Acesso
em: 29 jul. 2018.
GOMES, A. L. L. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência mental. 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dm.pdf>. Acesso
em: 29 jul. 2018.
LEAL, D. N. B. Conceito de visão subnormal. [2017]. Disponível em: <http://www.cbo.
com.br/subnorma/conceito.htm>. Acesso em: 29 jul. 2018.
ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE CEGOS DO BRASIL. c2016. Disponível em: <http://www.
oncb.org.br/node/7/>. Acesso em: 29 jul. 2018.
SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M.; SILVA, M. B. C. Atendimento educacional especializado: deficiência
visual. 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf>.
Acesso em: 29 jul. 2018.
SCHIRMER, C. R. et al. Atendimento educacional especializado: deficiência física. 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf>. Acesso
em: 29 jul. 2018.
VIDEIRA, C.; MOMESSO, C. A.; TEZZELE, P. C. M. Precisamos falar sobre inclusão. [2017].
Disponível em: <https://medium.com/@turmadojilo/precisamos-falar-sobre-
-inclus%C3%A3o-9b493e6860a7>. Acesso em: 29 jul. 2018.
Dica do professor
A prática inclusiva tipifica as necessidades de uma educação na diversidade, pois nos leva a
adentrar a realidade de grupos e de indivíduos com características e necessidades diferenciadas.
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Na prática
Muitas escolas estão adaptadas para atender às necessidades educacionais de seus alunos ou, pelo
menos, têm uma rede profissional capaz de atender a novas demandas. Opções de acessibilidade,
sala de apoio, material didático adaptado são exemplos do instrumental para as necessidades
educacionais especiais. Entretanto, a qualidade desse atendimento deve passar também pela
excelência das interações tanto entre pares quanto entre alunos e professores.
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