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FACULDADE ÚNICA EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

MATEMÁTICA
FUNDAMENTAL
VANESSA DA LUZ VIEIRA

1
MATEMÁTICA
FUNDAMENTAL

VANESSA DA LUZ VIEIRA

1
Vanessa da Luz Vieira

Mestre em Educação Matemática pela Universidade Federal de Ouro Preto


(UFOP-MG) (2018). Licenciada em Matemática pela Universidade Federal de Viço-
sa (UFV-MG) (2015). Atualmente é professora de matemática e geometria na rede
Municipal de Ipatinga, pro¬fessora da OBMEP na Escola, programa de extensão
do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada. Atua também como autora
de materiais didáticos, tutora mestre e Coordenadora do curso de Licenciatura
em Matemática EAD na Faculdade ÚNICA Ipatinga. Tem experiência na área de
Educação, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos
seguintes temas: Educação do Campo, Pedagogia da Alternância e Etnomate-
mática.

1
MATEMÁTICA
FUNDAMENTAL
1° edição

Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL

Diretor Geral: Valdir Henrique Valério


Diretor Executivo: William José Ferreira
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Revisão Gramatical e Ortográfica : Fabiana Miraz de Freitas Grecco
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite
Carla Jordânia G. de Souza
Guilherme Prado Salles
Rubens Henrique L. de Oliveira
Design: Aline de Paiva Alves
Bárbara Carla Amorim O. Silva
Élen Cristina Teixeira Oliveira
Maria Luiza Filgueiras
Taisser Gustavo Soares Duarte

© 2021, Faculdade Única.

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor

NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA


Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br

3
LEGENDA DE

Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a
seguir:

FIQUE ATENTO
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas
quais você precisa ficar atento.

BUSQUE POR MAIS


São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.

VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.

FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.

GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.

4
SUMÁRIO CONJUNTOS
UNIDADE 1
1.1 Definições ..........................................................................................................................................................................................9
1.2 Descrição de um conjunto ..................................................................................................................................................10
1.3 Conjunto Unitário e Conjunto Vazio .............................................................................................................................11
1.4 Conjuntos Finitos e Infinitos ..............................................................................................................................................11
1.4.1 Conjunto Universo ............................................................................................................................................................11
1.4.2 Igualdade de Conjuntos ..............................................................................................................................................12
1.4.3 Subconjuntos ......................................................................................................................................................................12
1.4.4 Propriedades de Inclusão...........................................................................................................................................14
1.4.5 União de Conjuntos .......................................................................................................................................................14
1.4.6 Propriedades de União ................................................................................................................................................15
1.4.7 Interseção de Conjuntos .............................................................................................................................................15
1.4.8 Propriedades de Interseção .....................................................................................................................................16
1.4.9 Propriedades ......................................................................................................................................................................16
1.4.10 Diferença de Conjuntos ............................................................................................................................................17
1.4.11 Complementar de B em A ......................................................................................................................................17
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................20

UNIDADE 2
CONJUNTOS NUMÉRICOS - NATURAIS E INTEIROS
2.1 Conjuntos dos Números Naturais ................................................................................................................................25
2.2 Conjuntos dos Números Inteiros ..................................................................................................................................25
2.2.1 Operações em Z .............................................................................................................................................................26
2.3 O conjunto Z e a Reta ...........................................................................................................................................................26
2.4 Regra de Sinal ............................................................................................................................................................................27
2.5 Divisibilidade ...............................................................................................................................................................................28
2.6 Mínimo Multiplo Comum ...................................................................................................................................................29
2.7 Máximo Divisor Comum .....................................................................................................................................................29
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................31

UNIDADE 3
CONJUNTOS DOS NÚMEROS RACIONAIS

3.1 Conjuntos dos Números Racionais ...............................................................................................................................35


3.2 Fração e Decimais ...................................................................................................................................................................36
3.2.1 Fração ....................................................................................................................................................................................36
3.3 Operações com frações .......................................................................................................................................................37
3.3.1 Soma e Diferença de Frações ................................................................................................................................37
3.3.2 Multiplicações e Divisão de Fração ..................................................................................................................39
3.3.3 Porcentagem ..................................................................................................................................................................40
3.3.4 Representação Decimal .........................................................................................................................................40
3.4 Operações dos Decimais ...................................................................................................................................................42
3.4.1 Adição e Subtração .....................................................................................................................................................42
3.4.2 Multiplicação e Divisão ............................................................................................................................................42
3.5 Expressão Numérica ..............................................................................................................................................................43
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................45

UNIDADE 4
CONJUNTOS DOS NÚMEROS REAIS

4.1 Números Irracionais I ............................................................................................................................................................49


4.2 Conjuntos dos Números Reais R ..................................................................................................................................50
4.3 Operações em R .....................................................................................................................................................................50
4.3.1 Os números reais na reta ..........................................................................................................................................50
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................52

5
SUMÁRIO UNIDADE 5
POTÊNCIAS E RAÍZES

5.1 Potência de Expoente Natural .........................................................................................................................................55


5.2 Potência de Expoente Inteiro e Negativo.................................................................................................................56
5.3 Radiciação .....................................................................................................................................................................................59
5.4 Racionalização de Denominadores ............................................................................................................................62
5.5 Expressões Numéricas .........................................................................................................................................................65

FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................67

UNIDADE 6
GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL
6.1 Noções Primitivas da Geometria .................................................................................................................................70
6.2 Posições Ralativas da Reta ...............................................................................................................................................71
6.3 Figuras Planas ..........................................................................................................................................................................72
6.3.1 Nomeclatura dos Polígonos .................................................................................................................................73
6.3.2 Elementos de um Polígono ................................................................................................................................74
6.3.3 Perímetro de Figuras Planas ..............................................................................................................................75
6.4 Figuras Espaciais ...................................................................................................................................................................77
6.5 Unidades de Madida ...........................................................................................................................................................79
6.5.1 Unidades de Comprimento .................................................................................................................................79
6.5.2 Unidades de Área ........................................................................................................................................................81
FIXANDO O CONTEÚDO ..........................................................................................................................................................82

RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO..................................................................................................................85


REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................................................86

6
UNIDADE 1
Na primeira unidade do livro, o assunto abordado serão os conjuntos. Alguns
CONFIRA NO LIVRO

conceitos, definições e propriedades desse conteúdo serão apresentadas, como


também exemplos e exercícios.

UNIDADE 2
Nesta unidade, aprenderemos sobre os conjuntos numéricos, sendo os conjuntos
dos números naturais (N) e o conjunto dos números inteiros (Z). Abordaremos, além
de conceitos, a relação entre esses conjuntos.

UNIDADE 3
Nesta unidade, o assunto continua sendo os conjuntos numéricos, mas
apresentaremos outra definição, sendo o conjunto dos números racionais (Q). Além
dessa importante definição, outras operações são apresentadas.

UNIDADE 4
Dando continuidade às explicações dos conjuntos numéricos, listamos nesta
unidade, os conjuntos irracionais e reais. Além disso, apresentamos a relação entre
os conjuntos numéricos.

UNIDADE 5
Iniciamos a unidade definindo potências de expoente natural. Em seguida, de forma
similar, apresentamos o conceito e exemplos de potências de expoente inteiro
negativo e de expoente racional. Mostramos como é feita a racionalização de frações
com denominadores irracionais, e finalizamos com alguns exemplos de expressões
numéricas.

UNIDADE 6
Na última unidade, apresentamos uma noção geométrica, pautando os principais
conceitos sobre geometria plana e espacial. Conceitos importantes tão presentes na
vida.

7
01
CONJUNTOS UNIDADE

8
Nesta unidade estudaremos os conjuntos, elementos, subconjuntos e as relações
que envolvem esses conceitos. Os conjuntos são de suma importância para a compreensão
de muitos exemplos e práticas, além de estarem presentes no nosso dia a dia. Por Exemplo:
o conjunto das pessoas que fazem curso em EaD na Faculdade Única.

1.1 DEFINIÇÕES

A teoria de conjuntos é fundamental para o estudo da matemática, as definições


que perpassam essa teoria são primitivas, sendo assim, algumas são incertas. As principais
noções são: conjunto, elemento e pertinência entre elementos e conjuntos.

FIQUE ATENTO
Um conjunto é uma coleção de objetos bem definidos chamados de elementos, escritos en-
tre chaves e separados por vírgula ou ponto e vírgula, por exemplo, o conjunto dos números
7, 8 e 9 pode ser denotado por {7, 8, 9}.

Podemos ter infinitos exemplos de conjuntos, como alguns descritos abaixo:

• O conjunto das vogais;


• O conjunto formado pelos números ímpares;
• Conjunto das pessoas que residem em Ipatinga – MG;
• Conjunto dos alunos da Faculdade Única.

A notação utilizada para representar os conjuntos é definida do seguinte modo:

Os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C, ..., X, Y, Z.


Já os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, ..., x, y, z.

Para relacionar um elemento a um conjunto, utiliza-se a palavra e o símbolo pertence,


como mostra os Exemplos:

• a pertence ao conjunto das vogais.


• 5 é um elemento do conjunto dos números primos;
• 2 pertence ao conjunto solução da equação x2-5x+6=0 .

Sejam B um conjunto e x um elemento. Se x pertence ao conjunto B, denotamos (1):

𝐱 ∈𝐁 (1)

Caso x não pertença ao conjunto B, usamos (2):

𝐱 ∉𝐁 (2)

9
Os conjuntos podem ser representados por diagrama, sendo que os elementos
pertencentes ao conjunto ficam no interior. No Exemplo: abaixo, temos o conjunto A e
alguns elementos:

Figura 1: Conjunto A
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Podemos observar que b ∈ A, f ∈ A, mas e ∉ A e d ∉ A .


Se utilizarmos um conjunto no formato de círculo, esse se denotará como Diagrama de
Venn.

1.2 DESCRIÇÃO DE UM CONJUNTO


A descrição de um conjunto pode ser realizada de duas formas: pelos elementos,
quando são listados ou pelas características/propriedades do conjunto.
Quando os elementos são enumerados, eles são representados entre chaves, como
nos exemplos a seguir:

Conjunto dos divisores de 2: {1,2}


Conjunto dos meses que iniciam com a letra j: {janeiro, junho e julho}
Conjunto dos números naturais: {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
Conjunto dos múltiplos de 5 até 300: {0, 5, 10, 15, ..., 295, 300}

Quando não são enumerados, os conjuntos podem ser descritos por suas
propriedades. Considere um conjunto A, com uma característica Q para os elementos x,
então escrevemos (3):
A = x x tem a propriedade Q
(3)

E lemos: “A é o conjunto dos elementos x tal que x tem a propriedade Q”.

Observe os Exemplos a seguir:

• {x| x é um número primo menor que 10} é o mesmo conjunto que {2, 3, 5, 7}.
• {x| x é um estado da região Sudeste} pode ser representado por { Minas Gerais, São
Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo}.

10
1.3 CONJUNTO UNITÁRIO E CONJUNTO VAZIO

O conjunto unitário possui apenas um único elemento.

Exemplos:

{x| x é um número par e primo}: {2}


Conjunto das soluções da equação 5x – 20 = 10: {6}

Já o conjunto vazio, é um conjunto que não possui nenhum elemento. É representado


pelo símbolo ∅ ou { }.

Exemplos:

{x| x é ímpar e múltiplo de 4}= ∅


{x| x ≠x}= ∅

FIQUE ATENTO
Observe que para ser um conjunto vazio, a propriedade precisa ser falsa, pois assim não te-
remos elemento válido.

1.4 CONJUNTOS FINITOS E INFINITOS


Um conjunto é finito quando é enumerável, isto é, seus elementos podem ser listados,
como pode ser observado nos exemplos abaixo:

• Conjunto das consoantes: {a, b, c, d, e, ..., w, x, z}


• Conjunto dos divisores de 12: {1, 2, 3, 4, 6, 12}

Intuitivamente, o conjunto é infinito quando não pode ser contado, ele não é
enumerável.

• O conjunto dos múltiplos de 3: {0, 3, 6, 9, 12, ...}


• O conjunto das estrelas: infinito

1.4.1 Conjunto Universo


Os conjuntos e elementos são analisados dentro de um conjunto maior, que no
caso, é o conjunto universo. Admitimos a existência de um conjunto U ao qual pertencem
todos os elementos utilizados no tal assunto. Esse conjunto U recebe o nome de conjunto
universo.
Observem nos exemplos a seguir, como a mudança do conjunto universo, determina
respostas diferentes.

11
• Conjunto das soluções da equação 2x + 7 = 24 nos números naturais: ∅
• Conjunto das soluções da mesma equação, 2x + 7 = 24 no universo dos números reais:
{8,5}

Pode-se notar que a mudança do universo na resolução da equação, altera o conjunto,


assim o conjunto universo é extremamente importante, e veremos adiante mais sobre sua
utilização.

1.4.2 Iguadade de Conjuntos

Dois conjuntos são iguais quando todos os elementos do conjunto A pertencem a


B, se somente se, todo elemento de B pertence a A. Essa igualdade pode ser representada
por (4):

A = B ⟺ (∀x)(x ∈ A ⟺ x ∈ B)
(4)

Exemplos:

• {x| x é inteiro, par e menor que 15} = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14}
• {a, e, i, o, u} = {e, i, a, u, o}

FIQUE ATENTO
Os símbolos são muito utilizados na matemática, observe alguns usuais.
• o símbolo ∀ significa “para todo”;
• ⟺ “se somente se”;
• ∃ indica que “existe”;
• / significa “tal que

VAMOS PENSAR?
Se escrevermos {a, b, c, d} = {a, b, b, c, d, d, d, d}, está correto?

1.4.3 Subconjuntos

Um subconjunto, como o nome sugere, é um conjunto menor que está contido


dentro de outro. Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B, se e somente se, todo
elemento de A pertence a B.
Podemos escrever que, A ⊂ B,que significa que A está contido em B, ou A é subconjunto
de B.

12
Figura 2: A subconjunto B
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Assim, traduzindo em termos matemáticos, essa relação pode ser escrita como (5):

A ⊂ B ⟺ ∀x x ∈A ⟹x∈B (5)

Exemplos:
1. a, b ⊂ a, b, c, d
2. 5, 6 ⊂ 5, 6

Essa relação também pode ser descrita como B ⊃ A, que significa que “B contém A”
ou “o conjunto B contém o conjunto A”.
Como todos os conectores, há a negação, pois quando um subconjunto não está
contido ⊄ ou um conjunto não contém um subconjunto ⊅ .

Exemplos:

1. 3, 4, 5 ⊄ 4, 5, 6, 7

2.

3.

A ⊄ B ou B ⊅ A

13
FIQUE ATENTO
No exemplo 2 há elementos de A em B, mas como não são todos, 𝐴 ⊄ 𝐵 𝑜𝑢 𝐵 ⊅ 𝐴 .

VAMOS PENSAR?
Se dois conjuntos são iguais, A=B , podemos afirmar que 𝐴 ⊂ 𝐵 𝑒 𝐵 ⊂ 𝐴?

1.4.4 Propriedades da Inclusão

Considere três conjuntos quaisquer A, B e C, têm-se as seguintes propriedades:

• ∅⊂A

• A ⊂ A reflexiva

• A ⊂ B e B ⊂ A ⟹ A = B anti − simétrica

• A ⊂ B e B ⊂ C ⟹ A ⊂ C (transitiva)

1.4.5 União de Conjuntos

Considere dois conjuntos A e B, a união de A e B é o conjunto formado pelos elementos


que pertencem a A ou a B, ou seja (6),

A ∪ B = x x ∈ A ou x ∈ B} (6)

Observe que o símbolo U significa união, e se x ∈ A ∪ B ⟹ x ∈ A ou x ∈ B .

Exemplos:

1.

A ∪ B = a, b, e, f ∪ c, d, f, g = a, b, c, d, e, f, g

14
2.

A ∪ B = a, b, e ∪ c, d, f = a, b, c, d, e, f

1.4.6 Propriedade da União

Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, considere as seguintes propriedades:

• A∪A = A

• A ∪ ∅ = A elemento neutro

• A ∪ B = B ∪ A comutativa

• A ∪ B ∪ C = A ∪ B ∪ C associativa

1.4.7 Interseção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, a interseção de A e B é o conjunto formado por elementos que
pertencem a A e a B. Como notação matemática, temos (7):

(7)
A ∩ B = x x ∈ A e x ∈ B}

O símbolo ∩ significa interseção, isto é, A ∩ B é formado pelos elementos que pertencem a


A e B simultaneamente.

Exemplos:

1.

A ∩ B = a, b, e, f ∩ c, d, f, g = {f}

15
2.

A ∪ B = a, b, e ∩ c, d, f = ∅

1.4.8 Propriedades da Interseção

Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, considere as seguintes propriedades:

• A∩A = A

• A ∩ U = A elemento neutro

• A ∩ B = B ∩ A comutativa

• A ∩ B ∩ C = A ∩ B ∩ C associativa

FIQUE ATENTO
Quando 𝐴 ∩ 𝐵 = ∅ , os conjuntos são chamados de conjuntos disjuntos, pois eles não possuem
elementos em comum.

1.4.9 Propriedades
Considere os conjuntos A, B e C quaisquer conjuntos, sendo as seguintes propriedades
relacionadas à união e interseção:

1. A∪ A∩B =A

2. A∩ A∪B =A

3. A∪ B∩C = A∪B ∩ A∪C


distribuição da reunião em relação à interseção

4. A ∩ B ∪ C = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
distribuição da interseção em relação à reunião

16
1.4.10 Diferença de Conjuntos

Dados dois conjuntos A e B quaisquer, a diferença entre A e B é o conjunto formado


pelos elementos de A que não pertencem a B (8).

A − B = x x ∈ A e x ∉ B} (8)

Exemplos:

1.

A − B = a, b, c, d, g − d, e, f, g = a, b, c

2.

A − B = 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 − 3, 6, 7 = 1, 2, 4, 5, 8
B − A = 3, 6, 7 − 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 = ∅

1.4.11 Complementar de B em A

Considere dois conjuntos A e B, tais que B está contido em A, chama-se complementar


de B em relação a A, o conjunto A-B, ou seja, os elementos de A que não estão em B. O
símbolo que representa essa relação é (9):

Figura 3: Complemento de B em A
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

17
B
Observe que ∁A só é definido para B ⊂ A , assim temos ∁BA = A − B

Exemplos:

1) Se A = 1, 2, 3, 4 e B = 3, 4 , então ∁BA= 1, 2

2) Se A = a, b, c, d, e, = B, então ∁BA = ∅

No estudo de conjunto, há exercícios que são comuns em concursos, vestibulares e


ENADE. Vamos estudar alguns exemplos.

Exemplo:

(UFBA) Em uma enquete, várias pessoas foram entrevistadas acerca de suas preferências
em relação a três esportes, Volei (V), Basquete (B) e Tênis (T), cujos dados estão indicados
na tabela a seguir:
ESPORTE N° DE PESSOAS
V 300
B 260
T 200
VeB 180
VeT 130
BeT 100
V, B e T 50
Nenhum 40

De acordo com esses dados, é correto afirmar que, nessa enquete, o número de pessoas
entrevistadas foi:

a) 400 b) 440 c) 490 d) 530 e) 570

Resolução:

Para resolver esse tipo de questão, devemos inserir os dados em um diagrama de


Venn, pois as interseções devem ser analisadas no início para descobrir os valores exatos
em relação aos três esportes. Primeiramente, vamos inserir o valor comum entre os três
esportes, pois eles se relacionam com os demais valores.

18
Após inserir os 50 na interseção dos três esportes, devemos colocar as interseções
entre dois esportes. Para isso é necessário tirar o valor que é comum dos três, assim, tere-
mos os cálculos.
V e T = 130 – 50 = 80
V e B = 180 – 50 = 130
B e T = 100 – 50 = 50

Observem os valores encontrados destacados no diagrama das interseções. Agora


vamos descobrir os valores que faltam para completar os esportes. Realizando os cálculos,
retirando os valores já inseridos em cada esporte.

V = 300 – 130 – 50 – 80 = 40
B = 260 – 130 – 50 – 50 = 30
T = 200 – 50 – 50 – 80 = 20

Desse modo, como todos os valores inseridos, vamos somar os valores do diagrama
com o valor que representa as pessoas que não possuem preferência nenhuma. Somando,
40 + 130 + 50 + 80 + 30 + 50 + 20 + 40 = 440. Logo, a alternativa correta é a letra b.

BUSQUE POR MAIS


Para mais informações sobre o conteúdo, você pode consultar o livro “Fundamen-
tos de Matemática”, de autoria de Araujo et al. (2018), unidade 2. O acesso está
disponível em: https://bit.ly/3fIGN4k. Acesso em: 14 fev. 2021

19
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CRM ES 2016 – Quadrix) Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas consultadas, 100
se informavam pelo site A; 150 por meio do site B; 20 buscavam se informar por meio dos
dois sites, A e B; e 110 não se informavam por nenhum desses dois sites. Desse modo, é
correto afirmar que o número de pessoas consultadas nessa pesquisa foi de

a) 380.
b) 360.
c) 340.
d) 270.
e) 230.

2. Considere A, B e C conjuntos quaisquer. Classifique as seguintes afirmativas em


verdadeiras ou falsas, e posteriormente, marque a alternativa com a sequência correta.

• ∅⊂ A∩B

• A⊂ A∩B

• A∈ A∩B

• A∩B ⊂ B

• A ∩ B ⊃ (A ∩ B ∩ C)

A sequência correta é

a) F, V, F, V, V.
b) V, V, F, F, F.
c) V, F, F, V, F.
d) V, V, V, F, F.
e) F, F, F, V, V.

3. (UFMG-Adaptado) Em uma pesquisa de opinião, foram obtidos estes dados:

• 600 dos entrevistados leem o jornal A.


• 825 dos entrevistados leem o jornal B.
• 525 dos entrevistados leem o jornal C.
• 180 dos entrevistados leem os jornais A e B.
• 225 dos entrevistados leem os jornais A e C.
• 285 dos entrevistados leem os jornais B e C.
• 105 dos entrevistados leem os três jornais.
• 135 pessoas entrevistadas não leem nenhum dos três jornais.

20
Considerando-se esses dados, é correto afirmar que o número total de entrevistados foi

a) 1.200.
b) 2.880.
c) 1.350.
d) 1.250.
e) 1.500.

4. (ENEM – Adaptado) Para a identificação de pacientes com sintomas de gripe influenza A,


a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje que os voos procedentes
do Reino Unido, Espanha e Nova Zelândia também serão inspecionados por uma
equipe da agência e por médicos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
(Infraero). Inicialmente, apenas os voos vindos do México, Canadá e Estados Unidos eram
inspecionados. A decisão foi tomada durante reunião da Anvisa com representantes das
companhias aéreas, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Infraero, no Aeroporto
Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Adaptado de: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/04/28/ult5772u3774.jhtm,
Acesso em: 09.05.2009.)

Em um voo proveniente de Miami, a Anvisa constatou que entre


todas as pessoas a bordo (passageiros e tripulantes) algumas haviam
passado pela cidade do México. No diagrama, U representa o conjunto
das pessoas que estavam nesse voo; P o conjunto dos passageiros;
M o conjunto das pessoas que haviam passado pela cidade do
México e A o conjunto das pessoas com sintomas da gripe influenza
A. Considerando verdadeiro esse diagrama, conclui-se que a região
sombreada representa o conjunto das pessoas que, de modo inequívoco, são aquelas
caracterizadas como:

a) passageiros com sintomas da gripe que não passaram pela cidade do México.
b) passageiros com sintomas da gripe que passaram pela cidade do México.
c) tripulantes com sintomas da gripe que passaram pela cidade do México.
d) tripulantes com sintomas da gripe que não passaram pela cidade do México.
e) tripulantes sem sintomas da gripe que passaram pela cidade do México.

5. PUC/Campinas-SP) Numa comunidade constituída de 1800 pessoas, há três programas


de TV favoritos: esportes (E), novelas (N) e humorismo (H). A tabela a seguir indica quantas
pessoas assistem a esses programas:
PROGRAMAS N° DE TELESPECTADORES
E 400
N 1220
H 1080
E eN 220
NeH 800
EeH 180
E, N e H 100

21
Por meio desses dados, verifica-se que o número de pessoas da comunidade que
não assistem a qualquer dos três tipos de programas é

a) 200.
b) 300.
c) 900.
d) 100.
e) 50.

6. Considere três conjuntos A, B e C e tais condições.

• A ∪ B ∪ C = z, x, v, u, t, s, r, q, p
• A ∩ B = r, s
• B ∩ C = s, x
• C ∩ A = s, t
• A ∪ C = p, q, r, s, t, u, v, x
• A ∪ B = p, q, r, s, t, x, z

Marque a alternativa que indica corretamente o conjunto B.

a) {p,q,r,s}
b) {p,q,r,u,v}
c) {t,s,x,u,v}
d) {r,s,z,x}
e) {r,s,u,v}

7. Dados os conjuntos A = {x ∈ ℤ| 2 ≤ x < 10} e B = {x ∈ ℝ| x é primo e menor que 20}. Assinale


a alternativa que corresponde à operação A − B) ∪ (B − A :

a) {4,6,8,9,10}
b) {5,6,11,13,17,19}
c) {2,3,4,5,6,8,11,13}
d) {3,6,9,10,11,13,17,19}
e) {4,6,8,9,11,13,17,19}

8. Considere três conjuntos A, B e C quaisquer. Assinale a alternativa que representa


(B − A) ∩ C .

a)

22
b)

c)

d)

e)

23
02
CONJUNTOS NUMÉRICOS- UNIDADE
NATURAIS E INTEIROS

24
2.1 CONJUNTOS DOS NÚMEROS NATURAIS
O conjunto dos números naturais (10), representado por N, é formado pelos números
0,1,2,3,… .
ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, …
(10)

Neste conjunto, são definidas duas operações, a adição e a multiplicação, que apre-
sentam as seguintes propriedades:

Considere a,b e c elementos do conjunto dos números naturais:

• associativa da adição → (a+b)+c=a+(b+c)


• comutativa da adição → a+b=b+a
• elemento neutro da adição → a+0=a
• associativa da multiplicação → (a.b).c=a.(b.c)
• comutativa da multiplicação → a.b=b.a
• elemento neutro da multiplicação → a.1=a
• distributiva da multiplicação em relação à adição → a.(b+c)=a.b+a.c

Alguns conceitos, como a subtração serão vistos nos próximos conteúdos, pois, pela
definição dos números naturais, é preciso estender esse conjunto numérico.

2.2 CONJUNTOS DOS NÚMEROS INTEIROS

O conjunto dos números inteiros (11) é representado pelo símbolo Z, e é definido pe-
los números:
ℤ = {… , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, … }
(11)

Nesse conjunto observa-se que ele é uma extensão dos naturais, pois ele possui os
números inteiros positivos ℕ e inteiros negativos. Assim, dentro do conjunto dos inteiros,
existem três subconjuntos notáveis, sendo eles:

• Conjunto dos inteiros não negativos (12):

ℤ∗ = … , −3, −2, −1, 1, 2, 3, … (12)


• Conjunto dos inteiros não positivos(13):

ℤ− = … , −4, −3, −2, −1, 0 (13)


• Conjunto dos inteiros não nulos (14):

ℤ+ = 0, 1, 2, 3, 4, … = ℕ (14)

25
2.2.1 Operação em ℤ
No conjunto dos números inteiros, são definidas as operações de adição e multiplicação
como no conjunto dos naturais e a operação de simétrico da adição.

Simétrico ou oposto da adição:


Para todo a∈Z, existe−a ∈ Z tal que a+ −a =0

Assim, a operação de subtração pode ser definida:

Para quaisquer a, b ∈Z, estabelece a operação a−b=a+(−b)

2.3 O CONJUNTO ℤ E A RETA


O conjunto dos números inteiros pode ser representado por uma reta numérica
orientada da seguinte maneira.

1. Na reta marcamos a origem, que será representada pelo zero e o sentido positivo (à di-
reita da origem)

2. A partir da origem (zero) no sentido positivo, estabelece um segmento unitário u≠0,


cuja extremidade será o 1

3. Para cada número inteiro, marcamos cada segmento unitário até atingir o valor do nú-
mero inteiro. Por exemplo: se for o número 5, teremos 5u .

Observe que quanto mais à direita, maior o número é, portanto, pode-se concluir
que:
• qualquer número negativo é menor que o zero;
• qualquer número positivo é maior que o zero;
• qualquer número negativo é menor que um número positivo.

Podemos então relacionar esses dois conjuntos numéricos por meio de diagrama,
pois ℕ ⊂ ℤ.

26
Figura 4: ℕ ⊂ ℤ .
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

2.4 REGRA DE SINAL

Nos números inteiros, devemos pontuar algumas regras sobre as operações.

• Adição e Subtração

Sinais Iguais: soma e repete o sinal da base:

+ 6 + 7 = + 13
-4–5=-9

Sinais diferentes: subtrai e repete o sinal do número de maior valor absoluto:

+ 8-12= -4
- 6+14= +8

• Multiplicação e Divisão

Sinais Iguais: o resultado será positivo:

(-5).(-9)= +45
(+2).(+3)= +6
(-24):(-4)= +6

Sinais Diferentes: o resultado será negativo:

(+12).(-3)= -36
(-81):(+9)= -9

27
2.5 DIVISIBILIDADE

Uma importante definição no conjunto dos números inteiros é de divisor. Dizemos


que o inteiro a é divisor do inteiro b, representado por a|b , indica que existe um c inteiro tal
que c.a=b .

a|b ⟺ ∃ c ∈ ℤ ca = b) (15)

Exemplos:

1. 3|18 pois 6.3 = 18


2. 5|- 35 pois (-7).5 = -35
3. -4|32 pois (-8).(-4) = 32
4. 2|0 pois 0.2 = 0

VAMOS PENSAR?
Seja 𝑎 ∈ ℚ , podemos falar que 0|a?

Assim quando a é divisor de b, podemos escrever que “b é divisível por a” ou “b é múl-


tiplo de a”. Indicamos D(a) o conjunto dos divisores de a, e M(a) o conjunto dos múltiplos
de a.

Exemplos:

D(3) = {1,-1,3,-3}
D(5) = {1,-1,5,-5}
M(3)={0,±3,±6,±9,…}
M(5)={0,±5,±10,±15,…}

Observe que são listados todos os divisores e múltiplos, os positivos e negativos.


Quando esse assunto é trabalhado na escola, abordamos apenas os divisores e múltiplos
positivos, pois o conteúdo é abordado nos 5° e 6° anos, onde o aluno tem apenas o conhe-
cimento dos números naturais.
Um número especial p é chamado de primo, quando seus divisores são apenas o 1 e
o p nos números naturais ou {1, -1, p, -p} no conjunto dos números inteiros.
São alguns exemplos de números primos, 2, 3, 5, 7, 11, -2, -3.

28
BUSQUE POR MAIS
Sobre divisores, há casos de divisibilidade, que podemos definir se um número é
divisível ou não por outro, aplicando algumas regras. Para saber mais sobre os
casos de divisibilidade, no portal da matemática da OBMEP há uma sequência de
vídeos explicativos. Para mais informações, acesse: https://bit.ly/3cQg4kF.
(Acesso em: 15 fev.2021).

2.6 MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM


Mínimo múltiplo comum (mmc), como o próprio nome sugere é o menor múltiplo
comum diferente de zero entre dois ou mais números inteiros ou naturais. Por exemplo: no
conjunto dos números naturais, o mmc 3, 4 = 12, pois M 3 = 0, 3, 6, 9, 12 , … e M 4 = 0, 4, 8, 12 , … .

FIQUE ATENTO
O menor múltiplo comum (m.m.c) deve ser o menor múltiplo diferente de zero, pois o zero é
múltiplo de todos.

O mmc também pode ser calculado de uma forma prática.

Exemplo:
Calcule o mmc(6,9):

Para calcular, fatoramos os números 6 e 9 em fatores primos, e multiplicam-se esses nú-


meros primos e, assim, encontramos o mmc(6,9) = 18.

2.7 MÁXIMO DIVISOR COMUM

O máximo divisor comum (m.d.c) é o maior divisor igual entre dois ou mais números
inteiros.

Exemplo:
O mdc 12, 18 =6, pois D 12 = 1, 2, 3, 4, 6 , 12 e D 18 = 1, 2, 3, 6 , 9, 18 .
Do mesmo modo do mmc, o mdc pode ser calculado de outra maneira, como defi-
nido a seguir.
Considere o mesmo exemplo: mdc(12,18)=6

29
Para calcular o mdc, fatoramos os números, destacamos os fatores primos que são
divisores comuns dos números, e depois multiplicamos esses fatores.

BUSQUE POR MAIS


O m.d.c pode ser calculado utilizando o Algoritmo de Euclides. Nesse cálculo é uti-
lizada uma outra ferramenta que obtém o valor do máximo divisor comum. Para
saber mais, veja em: https://bit.ly/3dy9TRr.
Acesso em: 15 fev.2021

30
FIXANDO O CONTEÚDO

1. Analise as seguintes operações em verdadeiras ou falsas.

I. ℕ ∪ ℤ− = ℤ

II. 2−3 ∈ ℕ

III. 0 ∈ ℤ+

−4 . −5 ∈ ℤ−
IV.

Indique a sequência correta das afirmativas.

a) V, F, V, V.
b) V, V, F, V.
c) V, F, V, F.
d) F, F,V, V.
e) V,V,FV

2. Utilize o algoritmo estudado, e calcule o mmc dos seguintes números no conjunto dos
naturais.

• (2, 3)
• (6, 8)
• (10, 15)
• (7, 11)

Assinale a alternativa que corresponde aos valores encontrados.

a) 6, 30, 24, 77
b) 6, 24, 30, 77
c) 6, 48, 150, 77
d) 6, 48, 30, 77
e) 12, 24, 30, 77

3. (OBMEP – Adaptado) Dois rolos de arame, um de 210 metros e outro de 330 metros,
devem ser cortados em pedaços de mesmo comprimento. Quantos pedaços podem ser
feitos se desejamos que cada um destes pedaços tenha o maior comprimento possível?

a) 7 pedaços
b) 11 pedaços

31
c) 35 pedaços
d) 18 pedaços
e) 55 pedaços

4. (OBMEP – Adaptado) Dois ciclistas correm numa pista circular e gastam, respectivamente,
30 segundos e 35 segundos para completar uma volta na pista. Eles partem do mesmo
local e no mesmo instante. Após algum tempo os dois atletas se encontram, pela primeira
vez, no local de largada. Depois de quanto tempo da largada ocorrerá o encontro?

a) 60 segundos
b) 70 segundos
c) 90 segundos
d) 210 segundos
e) 420 segundos

5. (OBMEP – Adaptado) Se a=23.52.72 identifique qual dos seguintes números são múltiplos
de a:

a) 22.52.7
b) 2.5.74.132
c) 25.52.7
d) 22.33.52
e) 23.3.54.72.11

6. Calcule o valor da expressão numérica envolvendo números inteiros.

[(18+3.2):6+5.7]-24

a) 15
b) 18
c) 24
d) 39
e) 42

7. Analise as afirmativas a seguir sobre o conjunto dos números naturais e inteiros.

I. −4 . −3 . −2 ∈ ℕ

II. −3 + 54 − 22 − 29 ∈ ℤ∗

III. ℕ∩ℤ ⊂ ℕ

IV. −12 : +6 − 1 = −3

32
Marque a alternativa que corresponde à sequência correta das afirmativas.

a) V, F, V, V
b) F, F, V, V
c) V, V, F, F
d) F, F, F, V
e) V, V, V, F

8. Determine o menor número inteiro positivo de três algarismos que é divisível, ao mesmo
tempo, por 4, 8 e 10.

a) 80
b) 100
c) 110
d) 120
e) 160

33
03
CONJUNTO DOS NÚMEROS UNIDADE
RACIONAIS

34
3.1 CONJUNTOS DOS NÚMEROS RACIONAIS

O conjunto dos números racionais, representado pelo símbolo Q, é o conjunto dos


a
números que são representados por uma fração, sendo , em que a ∈ ℤ e b ∈ ℤ∗, no qual
b
a é o numerador e b o denominador.

Exemplo:

Vamos abordar algumas propriedades importantes desse conjunto, como a adição e


a multiplicação. Uma nova operação será definida, a divisão.
Considere a,b,c,d,e,f,g ∈ ℤ e as seguintes propriedades.
a c e a c e
• + + = + +
b d f b d f
a c c a
• + = +
b d d b
a a
• +0=
b b

a a
• + − = 0
b b

a c e a c e
• . . = . .
b d f b d f

a c c a
• . = .
b d d b

a a
• .1 =
b b

• a c e a c a e
. + = . + .
b d f b d b f

Outra operação que podemos definir, é o simétrico ou inverso da multiplicação. As-


a b a b
sim, para todo b ∈ ℚ ∗ , existe a ∈ ℚ tal que b . a = 1 .
a c a d
Portanto, podemos definir em a operação de divisão, sendo
: = . para quais-
a c b d b c
quer e ∈ ℚ . ∗
b d

35
3.2 FRAÇÃO E DECIMAIS

3.2.1 Fração
Uma fração representa quando um todo é dividido em partes, e indicamos uma
parte ou a união delas em relação ao todo. Como mencionado anteriormente a fração é
composta por dois números inteiros, sendo:

• o denominador representa as partes do todo que foram divididas.


• o numerador indica uma unidade ou união de algumas das partes que foram divididas.
a
Assim, a fração b é representada por dois termos, a e b ∈ ℤ, b ≠ 0 sendo o numerador
a e o denominador b.
4
Na fração temos 4 como numerador e 9 como denominador. Ela pode represen-
9
tar por exemplo, que um chocolate foi dividido em 9 partes e repartido 4 desses pedaços.
5
As frações possuem nomes diferentes conforme os números, por exemplo: se lê
8
“cinco oitavos”. Já a fração que possui denominador maior que 10, usamos avos após o nú-
3
mero do denominador. Assim, a leitura da fração será “três quatorze avos”.
14

Exemplo:
2
Uma loja possui 50kg de laranja, e precisam vender dessa fruta para não perder a
5
mercadoria. Quantos quilos a loja deverá vender?

Resolução:
2
Para resolver, temos que multiplicar 50 por , isto é,
5

2 50.2 100
50. = = = 20
5 5 5

Portanto a loja precisará vender 20 kg de laranja.


a c
Dadas duas frações b e d com b ≠ 0 e d ≠ 0, são iguais se e somente se a.d=b.c, ou seja
a c
a. d = b. c ⟺ = com
b ≠ 0 e d ≠ 0 . Quando acontece essa igualdade, dizemos que as frações
b d
são equivalentes.

Simplificação

Exemplo:

2 6
= , pois 2.21=7.6=42, assim elas são equivalentes
7 21

Com a igualdade de frações, encontramos as frações equivalentes.

36
As frações são classificadas como próprias e impróprias. A primeira, são frações que
possuem o numerador menor que o denominador, por exemplo: 5 e 1 . Já as frações
6 7 9
impróprias possuem o numerador maior ou igual ao denominador, exemplo: .
5
As frações impróprias podem ser transformadas em frações mistas, isto é, represen-
tam a parte inteira e fracionária. Por exemplo: a fração 9 = 1 + 4 = 1 4 , assim a fração impró-
pria 9 = 1 4 . 5 5 5
5 5
Como sabemos, as frações representam uma divisão, assim, pode-se transformar
uma fração imprópria em mista ou vice-versa utilizando a operação da divisão. Considere
a fração imprópria, 11 , realizando a divisão,
2

11 2
10 5
1
Assim, consideramos a parte inteira o número do quociente e o número do resto o
1
numerador da fração mista. Logo, a fração mista de 11 será 5 . Para transformar a mista
2 2
em imprópria, multiplicamos a parte inteira pelo denominador e somamos com o nume-
rador e obtemos o numerador da fração imprópria, e o denominador se repete, isso porque
sempre estamos trabalhando com o todo repartido. Então 5 1 = 5x2 + 1 = 11 ⟹ 11 . .
2 2

Exemplo:

Indique qual fração é maior 42 ou 8 3 .


5 5
Resolução:

Para resolver, vamos, primeiramente, transformar a fração mista em imprópria,


3 8x5 + 3 43
8 = = .Analisando as duas frações, como possuem o mesmo denominador, a
5 5 5 3
maior é a que possui maior numerador, que será a 8 .
5

3.3 OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

3.3.1 Soma e Diferença de Frações

Para calcular a soma e a diferença de duas ou mais frações, é preciso verificar se os


denominadores são iguais. Se forem, basta repetir o denominador e somar ou subtrair os
numeradores. Observe os exemplos a seguir:

3 7 3 + 7 10 5
+ = = =
8 8 8 8 4
10 5 10 − 5 5
− = =
7 7 7 7
No caso das frações possuírem denominadores diferentes, é preciso encontrar fra-
ções equivalentes que tenham denominadores iguais. Para isso, calculamos o mínimo
múltiplo comum (m.m.c).

37
No caso das frações possuírem denominadores diferentes, é preciso encontrar fra-
ções equivalentes que tenham denominadores iguais. Para isso, calculamos o mínimo
múltiplo comum (m.m.c).

Exemplo:

1 3 5
Encontre o resultado da seguinte operação + +
4 8 12
Resolução:

As frações possuem diferentes denominadores, assim, é preciso calcular o m.m.c de


(4, 8, 12), isto é, m.m.c (4, 8, 12) = 24
Agora, vamos encontrar as frações equivalentes com o denominador 24, e resolver a
operação.

1 3 5 6 9 10 6 + 9 + 10 25
+ + = + + = =
4 8 12 24 24 24 24 24

Assim, a resposta é
25 .
24

Exemplo:

9 1
Simplifique a expressão numérica − .
10 4
Os denominadores são diferentes, portanto, é preciso encontrar o m.m.c (4, 10).

4 10 2
2 5 2
1 5 5
1 1 20

Substituímos as frações por frações equivalentes que possuam o denominador igual


a 20 e simplificamos a expressão.

9 1 18 5 13
− = − =
10 4 20 20 20
13
Logo, a simplificação da expressão numérica é .
20

38
3.3.2 Multiplicação e Divisão de Fração

A multiplicação de frações é realizada multiplicando o numerador pelo numerador,


a c
e o denominador pelo denominador. Dados e ∈ ℚ, b ≠ 0 e d ≠ 0 , o produto dessas duas
a c a. c b d
frações é . = . Por exemplo:
b d b. d
4 3 12
. =
7 5 35
2 3 6 2
. = =
9 11 99 33

FIQUE ATENTO
Quando calculamos a multiplicação das frações podemos simplificar, cortando ou simplifi-
cando os múltiplos.

Na divisão das frações, conservamos a primeira fração, mudamos o sinal para multi-
a c
plicação e invertemos a segunda fração. Dados b e d ∈ ℚ, b ≠ 0 e d ≠ 0 , temos a divisão
a
a c a d a d.
: = . ou bc = .
b d b c b c . Observe alguns Exemplos:
d

1 3 1 8 8 4
: = . = =
6 8 6 3 18 9

Exemplo:
Simplifique a fração 20.7 .
15.14

Resolução:
Para resolver, precisamos escrever os números como fatores primos, para depois
simplificar (cortar os termos comuns).
20.7 2.2.5.7 2
= =
15.14 3.5.2.7 3

Exemplo:
4x 3 y 2
Simplifique a fração , sendo x ≠ 0, y ≠ 0 e z ≠ 0.
6x 2yz 3

Resolução:

Nesse exercício, os fatores são números e letras, assim vamos escrevê-los em fatores.
2.2. x. x. x. y. y 2xy
= 3
2.3. x. x. y. z. z. z 3z

39
3.3.3 Porcetagem
a
A porcentagem é uma forma de representar uma fração , sendo b = 100 . Nesse tipo
b
de representação usamos o símbolo %, que se lê por cento e significa por cem. Assim, por
30
exemplo: 30% significa . A porcentagem é muito utilizada para indicar dados de pes-
100
quisa, doenças, pessoas entre outros.

Exemplo:

Supondo que uma fila de espera para um transplante de fígado tinha cerca de 6200
pacientes, dos quais 61% não tiveram condições para receber o transplante, quantos resta-
ram na fila?

Resolução:
Vamos calcular 61% de 6200, isto é,
61 61 6200 378200
61% de 6200 = . 6200 = . = = 3782
100 100 1 100

Assim, restam 3782 na fila.

VAMOS PENSAR?
Quando queremos calcular uma porcentagem de outra porcentagem, o que fazemos? Exem-
plos 40% de 60%?

3.3.4 Representação Decimal

Todo número racional pode ser representado por um número decimal. Para isso,
dividimos a por b, isto é, o numerador pelo denominador. Quando é realizada essa trans-
formação, podemos encontrar dois tipos de números decimais.

1. Quando possui uma quantidade finita de algarismos, diferentes de zero.

5
=5
1
1
= 0,5
2
5
= 1,25
4
12
= 0,12
100
2. Quando o número possui uma quantidade infinita de algarismos que se repetem perio-
dicamente, que é chamada de dízima periódica.

40
Podemos observar que os números decimais podem ser escritos na forma de fra-
a
ção .Para cada situação, a fração se altera.
b

• Número decimal exato


O numerador da fração será o número decimal sem a vírgula, e o denominador o algaris-
mo 1 seguido de tantos zeros quanto forem as casas decimais do número dado.

415 89256 64
4,15 = ; 8,9256 = ; 0,64 =
100 10000 10

• Dízima Periódica
Para transformar a dízima periódica em geratriz (fração), devemos analisar se a dízima é
simples ou composta. A dízima simples é composta apenas pelo período, já a dízima com-
posta possui o período e algarismos que não se repetem. Observe os exemplos a seguir de
cada uma.

a) Dízima periódica simples: para cada algarismo que se repete no período, acrescenta o
algarismo 9 no denominador, e escrevemos o período no numerador.

b) Dízima periódica composta: para cada algarismo que se repete no período acrescenta o
algarismo 9, e o 0 para cada número que não se repete na parte decimal, no denominador.
No numerador escrevemos o número composto pela parte que não se repete com a que
se repete e subtraímos a parte que não se repete.

913 − 0 913 20893


2,0913913913 … = 2 + =2+ =
9990 9990 9990

BUSQUE POR MAIS


Há outras maneiras de obter a fração geratriz, envolvendo equação do 1° grau.
Saiba mais no vídeo do YouTube da página matemática no papel. Disponível em:
https://bit.ly/3rKYPFC.
Acesso em: 27 mar. 2021.

41
3.4 OPERAÇÃO DOS DECIMAIS

3.4.1 Adição e Subtração


A adição e a subtração são definidas, armando os números decimais um embaixo do
outro, sendo vírgula abaixo de vírgula, e posteriormente realizando os cálculos. Como, por
exemplo:

• 3,45+8,93= 12,38
3,45
+ 8,93
12,38

• 14,89 – 9,23 = 5,66 14,89


- 9,23
5,66

• 4,76 + 19,734 = 24,494 4,760


+ 19,734
24,494

3.4.2 Multiplicação e Divisão


A multiplicação de números decimais é realizada multiplicando os números normal-
mente e depois, a vírgula deve ser inserida de modo a deixar o número de casas decimais
igual à soma da quantidade de casas decimais dos fatores multiplicados. Por exemplo:
3,46 8,7
X 1,29 X 3,15
3114 435
+ 692 + 87
346 261
4,4634 25,405

Na divisão, armamos o divisor e dividendo, e devemos igualar as casas decimais, pre-


enchendo com zero, quando necessitar. Após isso, ignoramos a vírgula, e realizamos a divi-
são. Por exemplo: dividir 31,15 por 3,5.
31,15 3,50
- 2800 8,9
- 3150
3150
0

42
3.5 EXPRESSÃO NUMÉRICA

As expressões numéricas são conjuntos de operações definidas entre parênteses,


colchetes e chaves. Para resolver existe uma ordem a ser seguida. Entre os símbolos, te-
mos:

1. Parênteses
2. Colchete
3. Chaves

Nas operações, a ordem é a seguir:

1. Potenciação ou Radiciação
2. Divisão ou Multiplicação
3. Soma ou Subtração

Exemplo:

Resolva a expressão numérica

60 ÷ {2 · [-7 + 18 ÷ (-3 + 12)]} – [7 · (-3) – 18 ÷ (-2) + 1]

Resolução:

Iniciamos a resolução pelos parênteses


60 ÷ 2 · −7 + 18 ÷ −3 + 12 – 7 · −3 – 18 ÷ −2 + 1
60 ÷ {2 · [−7 + 18 ÷ 9]} – [7 · (−3) – 18 ÷ (−2) + 1]

Agora vamos analisar os colchetes, e as operações que têm prioridade


60 ÷ {2 · [−7 + 18 ÷ 9]} – [7 · (−3) −18 ÷ (−2) + 1�

60 ÷ 2 · −7 + 2 – 7 · −3 + 9 + 1

60 ÷ {2 · (−5)} – [−21 + 9 + 1�

60 ÷ 2 · −5 – −11

Ficamos nesse momento nas chaves


60 ÷ 2 · −5 – −11

60 ÷ −10 – −11

Por fim, do lado externo aos símbolos, seguindo a ordem das operações
60 ÷ −10 – −11

−6 – −11
−6 + 11

+5
Logo o resultado é +5.

43
BUSQUE POR MAIS
Para mais informações sobre o conteúdo, você pode consultar o material da bi-
blioteca person, no livro “Fundamentos de Matemática”, de autoria de Araujo et
al. (2018), unidade 9 e 13. O acesso está disponível no link https://bit.ly/3mm5hSv.
Acesso em: 13 fev.2021.

44
FIXANDO O CONTEÚDO
1 1
+
5 3
1. Calcule o valor da expressão 0,999 … +
3 1 e assinale a alternativa que corresponda à so-

lução. 5 15

a) 2
9
b) 5
8
c) 15
49
d)
5

e) 1

2. ENEM-2021) Um jogo pedagógico é formado por cartas nas quais está impressa uma
fração em uma de suas faces. Cada jogador recebe quatro cartas e vence aquele que pri-
meiro consegue ordenar crescentemente suas cartas pelas respectivas frações impressas.
O vencedor foi o aluno que recebeu as cartas com as frações: 3/5, 1/4, 2/3 e 5/9. A ordem que
esse aluno apresentou foi.

a) 1/4, 2/3, 3/5, 5/9


b) 1/4, 5/9, 3/5, 2/3
c) 2/3, 1/4, 3/5, 2/3
d) 5/9, 1/4, 3/5, 2/3
e) 2/3, 3/5, 1/4, 5/9

3. (OBMEP) Um garrafão cheio de água pesa 10,8 kg. Se retirarmos metade da agua nele
contida, pesar a 5,7 kg. Quanto pesa, em gramas, esse garrafão vazio?

a) 400.
b) 500.
c) 600.
d) 700.
e) 800.

4. (OBMEP – Adaptado) Sófocles recebe R$15,60 por hora como garçom. Em um determi-
nado dia, ele recebeu R$148,20 pelo seu trabalho. Quanto tempo ele trabalhou neste dia?

a) 8 horas.
b) 8 horas 30 minutos.
c) 9 horas.
d) 9 horas e 30 minutos.
e) 9 horas e 50 minutos.

45
5. Um salão de festa possui um formato retangular com 22,5 m por 18,2 m. Para instalar um
piso, são gastos R$ 8,40 por m². Calcule o valor gasto na instalação do piso.

a) R$ 683,76.
b) R$ 1.367,52.
c) R$ 2.735,04.
d) R$ 3.439,80.
e) R$ 5.743,58.

6. (ENEM – 2013) Cinco empresas de gêneros alimentícios encontram-se à venda. Um em-


presário, almejando ampliar os seus investimentos, deseja comprar uma dessas empresas.
Para escolher qual delas irá comprar, analisa o lucro (em milhões de reais) de cada uma
delas, em função de seus tempos (em anos) de existência, decidindo comprar a empresa
que apresente o maior lucro médio anual. O quadro apresenta o lucro (em milhões de re-
ais) acumulado ao longo do tempo (em anos) de existência de cada empresa.
O empresário decidiu comprar a empresa:

A) F.
B) G.
C) H.
D) M.
E) P.

7. Encontre o valor da expressão numérica.

Marque a alternativa correspondente ao valor correto.

5
a)
3
5
b) 4
25
c) −
9
5
d) −
3
e) −
3
5

8. Considere uma sequência de números


234 8
−3; �
; 7,81; − ; 0,21111 … ; −6, 7
10 11

Indique a ordem crescente desses números.

46
a) 8 234
−6, 7� ; −3; − ; ; 7,81; 0,21111 … ;
11 10
b) 8
− ; −6, 7� ; −3; 0,21111 … ; 7,81;
234
11 10
c) −
8
; −6, 7� ; −3; 7,81; 0,21111 … ;
234
11 10
d) −3; −
8
; −6, 7� ; 7,81; 0,21111 … ;
234
11 10
e) 8 234
−3; − ; −6, 7� ; 7,81; ; 0,21111 …
11 10

47
04
CONJUNTOS DOS UNIDADE
NÚMEROS REAIS

48
Os conjuntos de números são representados por letras, como os símbolos Z e Q,
que são derivados do alemão Zahl (número) e Quocient (quociente). Primeiramente,
esses símbolos foram usados na obra “Éléments deemathématique: Algèbre” de Nicolas
Bourbaki. Nicolas Bourbaki é o pseudônimo de um grupo de matemáticos franceses criado
em 1935.
A seguir, abordaremos outros conjuntos numéricos, sendo os irracionais e os reais. Eles
são representados pelos símbolos I e R, respectivamente. Esses conjuntos são importantes,
e englobam operações como os conjuntos vistos anteriormente.

4.1 NÚMEROS IRRACIONAIS

Os números irracionais, representado pelo símbolo 𝕀 , são números decimais que


possuem infinitas casas decimais, não periódicas. Ou seja, não possuem representação em
fração. Seguem alguns exemplos de números irracionais.

• 7,89436231...
• 0,3425187...
• -5,98009832...

Alguns números irracionais são usuais na matemática, como:

• √2=1,4142135…
• π (pi)=3,141592…
• e=2,71828182…

VAMOS PENSAR?
Prove que 2 ∉ ℚ.

Um número irracional fácil ser identificado é a raiz quadrada de números primos,


isto é, se p é primo e positivo, √p é irracional. Assim, √7,√11,√13 são números irracionais.
As operações usuais definidas nos outros conjuntos, também são utilizadas no con-
junto, entretanto, quando há operações entre racionais e irracionais, o resultado será irra-
cional. Desse modo, dados a irracional e r racional não nulo, então:
a r
a + r, a. r, e são irracionais.
r a

Exemplo:
7 4
5 + 3, 6 2, ,
8 2

Percebemos que o conjunto dos irracionais é disjunto dos racionais, ou seja, não pos-
suem elementos em comum.

49
4.2 CONJUNTOS DOS NÚMEROS REAIS ℝ

O conjunto formado por todos os números racionais e irracionais é denominado con-


junto dos números reais ( ℝ ). Assim, os naturais, inteiros, racionais e irracionais formam o
conjunto dos reais

Figura 5: Conjunto dos Números Reais


Fonte: Elaborado pela Autora (2021

FIQUE ATENTO
Como mostra o diagrama, os conjuntos numéricos possuem uma relação de inclusão. No en-
tanto, como apresentado, os conjuntos dos irracionais não possuem os demais subconjuntos,
pois ℚ ∩ 𝕀 = ∅ .

Observamos pelo diagrama que, ℚ ∪ 𝕀 = ℝ . Então podemos dizer que o complemen-


to de em relação à ℝ é 𝕀 , e vice-versa.

Além desses subconjuntos dos reais, podemos destacar os seguintes:

• ℝ+= conjunto dos números reais não negativos


• ℝ- = conjunto dos números reais não positivos
• ℝ* = conjunto dos reais não nulos

4.3 OPERAÇÕES EM ℝ
As operações de soma, subtração e multiplicação em ℝ são definidas como no con-
junto dos racionais. A divisão está definida em ℝ *. Na próxima unidade abordaremos ou-
tras operações presentes no conjunto dos reais.

4.3.1 Os números reais na reta


Como vimos em unidades anteriores, os números podem ser representados na reta
numérica. Na unidade 2, destacamos os números inteiros.

50
Do mesmo modo, podemos destacar os números reais, tanto os racionais como os
irracionais. Devemos pensar que entre os números inteiros há espaços não preenchidos,
onde podem ser inseridos os racionais, e entre esses, os irracionais. Assim, obtemos os con-
juntos dos reais na reta numérica.

Essa reta representa todo o conjunto dos reais, cuja nomenclatura é reta real ou reta
numérica.
Observamos que os conjuntos numéricos se relacionam, e desse modo mantêm
propriedades e valores em comum.

BUSQUE POR MAIS


Para mais informações sobre os conjuntos numéricos, pesquise na minha biblio-
teca, o livro “Fundamentos de Matemática” de autoria de Araujo et al. (2018), na
Unidade 2, “Conjuntos Numéricos”. Disponível em: https://bit.ly/3rOR3ub.
Acesso em: 29 mar. 2021

51
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Analise as afirmativas abaixo:

I. ℕ ⊂ℝ

4+ 5 ∈ ℚ
II.

III.

IV. 3 − 7 ∈ (ℝ − ℚ)

Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta.

a) V, V, V, V.
b) F, V, F, V.
c) V, V, F, V.
d) V, F, V, V.
e) F, F, F, V.
2 3
2. O resultado da operação .
7
pertence a qual conjunto numérico?
3

a) Racionais.
b) Inteiros.
c) Naturais.
d) Nulo.
e) Irracionais.

3. Os conjuntos numéricos se relacionam, como vimos nas unidades. O resultado da ope-


ração ℤ ∪ ℚ C é:

a) ℝ
b) 𝕀
c) ℤ
d) ℕ
e) ℚ

4. Observe as proposições abaixo, e aponte a verdadeira.

a) Todo número inteiro é racional e todo número real é um número inteiro.


b)A intersecção do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracio-
nais tem 1 elemento.
c) O número 1,83333... é um número racional.
d) A divisão de dois números inteiros é sempre um número inteiro.

52
e) A multiplicação de um inteiro com um irracional, é racional.

5. O valor da expressão abaixo, quando a = 8 e b = 15, é:


b
b− a 2

a) Um número natural.
b) Um número inteiro.
c) Um número irracional.
d) Um valor nulo.
e) Um número racional.

6. Sobre os conjuntos numéricos, marque a alternativa correta.

a) Alguns números naturais são também racionais.


b) Um número racional pode ser irracional.
c) Todo número negativo é um número inteiro.
d) O conjunto dos números reais é formado pela interseção dos números racionais e irra-
cionais.
e) As dízimas periódicas são consideradas números racionais, portanto, são também nú-
meros reais.

7. Seja A = {3,5}, B = {3,5,8} e C = {8,10}, determine os elementos da operação (A U B) ∩ (B U C) .

a) {3,5,8}
b) {3,5}
c) {8,10}
d) {3,5,8,10}
e) {3,10}

8. Sobre os conjuntos numéricos, julgue as afirmativas a seguir:

I. A diferença entre o conjunto dos números reais e o conjunto dos números racionais é
igual ao conjunto dos números irracionais.
II. Zero pertence ao conjunto dos números irracionais.
III. O resultado de (-7,5).(+2) é um número natural.

Marque a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa I é verdadeira.


b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

53
05
POTÊNCIAS E RAÍZES UNIDADE

54
5.1 POTÊNCIA DE EXPOENTE NATURAL

A potenciação, também conhecida como exponenciação, é a multiplicação de um


determinado número por ele mesmo diversas vezes.
Para escrever essas multiplicações em forma de potenciação, usamos a seguinte notação
(16):

an = a. a. a . . . a .
n fatores (16)

Na representação acima lê-se “a elevado à n”. Nela, o número real não-nulo a é cha-
mado de base, é o número que está sendo multiplicado por ele mesmo. Já o número
natural n é chamado de expoente e representa a quantidade de vezes que o número é
multiplicado. O resultado dessa multiplicação é chamado de potência.
Vejamos alguns exemplos na tabela abaixo:

BASE EXPOENTE REPRESENTAÇÃO POTÊNCIA


2 4 24= 2.2.2.2 =16 16
(2 elevado à 4 é igual à 16)
5 2 52= 5.5 =25 25
(5 elevado à 2 é igual à 25)
3 5 35= 3.3.3.3.3 =243 243
(3 elevado à 5 é igual à 243)
7 1 71= 7 7
(7 elevado à 1 é igual à 7)
Tabela 1: exemplos de potenciação
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)a (2021)

Nos exemplos acima, consideramos expoentes diferentes de zero. Caso o expoente seja
zero, independentemente da base, a potência será sempre igual à 1.

Exemplos:

50=1
(-2)0=1
(0,27)0=1
189476230=1

Vejamos agora algumas propriedades das potências de expoente natural. Para isso,
considere a, b ∈ ℝ e m, n ∈ ℕ . Então, valem as seguintes propriedades:

55
I. Produto e potências de mesma base (17):

am. an = am+n (17)

II. Divisão de potências de mesma base (18):


am
n = am−n , com m ≥ n (18)
a
III. Potência de um produto (19):

a. b m = am. bm
(19)
IV. Potência de um quociente (20):
a m am
= m com b ≠ 0
b b (20)
V. Potência de potência (21):

am n = am.n (21)

Exemplos:
51 .52 = 51+2 = 53 = 125;

5.7 2 = 52 . 72 = 25.49 = 1225;

23 2 = 26 = 64

5.2 POTÊNCIA DE EXPOENTE INTEIRO E NEGATIVO

Dado um número real não-nulo a e um número natural n, definimos a potência a−n


(22) da seguinte forma:

1
a−n =
an (22)

Ou seja, a potência de base real não-nula e expoente inteiro negativo é definida como o
inverso da potência correspondente de expoente positivo.

56
Exemplos:

FIQUE ATENTO
Quando a base é uma fração e o expoente é um inteiro negativo, para o cálculo da potência,
basta invertermos a base e trocarmos o sinal da potência. De forma geral, dados a, b ∈ ℕ não-
-nulos e m ∈ ℕ tem-se: m
a −m b
=
b a

Exemplos:

Dados a, b ∈ ℝ não-nulos e m, n ∈ ℤ as potências de expoentes inteiros negativos pos-


suem as seguintes propriedades:

am . an = am+n (23)

am
= am−n
an (24)

a. b m = am . bm (25)

a m am
=
b bm (26)

am n = am.n
(27)

57
Observe que as propriedades são iguais às propriedades das potências de expoente natu-
ral, apenas a propriedade (24) se altera, podendo m e n serem quaisquer.

Exemplos:

1) Calcule o valor da expressão:

22 . 4−3 . 25
26 . 8−1
Solução:

Observe que:

4−3 = 22 −3 = 2−6 e 8−1 = 23 −1 = 2−3 .

Assim temos :
22 .4−3 . 25 22 . 2−6 . 25 22+ −6 +5 21 1−3 = 2−2 =
1 1
= = = = 2 =
26 . 8−1 26 . 2−3 26+ −3 23 22 4

2) Dados a, b reais não-nulos, simplifique a expressão:

a5 . b−2 −3
a −1 . b3 2

Solução:

a5 . b−2 −3 a5 −3 . b−2 −3 a−15 . b6 a−15 b6


= = = −2 . 6 = a −15− −2 . b6−6 = a−13 . b0 = a−13 . 1 = a −13
a−1 . b3 2 a−1 2 . b3 2 a −2 . b6 a b

VAMOS PENSAR?
Vimos que a0=1 para todo número real não-nulo a. Podemos justificar essa igualdade utilizan-
do as propriedades de potências de expoente inteiro negativo. Dado qualquer número natural
n tem-se:
1 an
a0 = an−n = an+ −n = an . a−n = an . n = n = 1 .
a a

58
5.3 RADICIAÇÃO

Para estudarmos a radiciação, vamos pensar em um número elevado ao cubo que


seja igual a 125. Isto é, ( )³ = 125, esse número é 5, pois 5³ = 125. Essa operação é inversa à
potenciação, chamada de radiciação.
A representação da radiciação é definida como: n a = b , sendo:
• √ radical
• a radicando
• b a raiz
• n o índice da raiz, um número natural maior ou igual a 1.

Figura 6: Radiciação
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Exemplos:
2
9 = 3, pois 32 = 9
3
8 = 2, pois 23 = 8
3
−27 = −3
2
−25 = ∄ em ℝ

FIQUE ATENTO
Quando o radicando é negativo, não existe raiz com índice par, pois um número elevado a
um expoente par sempre dará positivo nos reais. Por exemplo:
4 4
−16 = ∄, 𝑝𝑜𝑖𝑠 −2 = 16

Algumas propriedades da radiciação podem ser definidas. Considere m, n, p inteiros


e n > 1, p > 1 e m > 1, então, temos:

n n n (28)
ab = a. b

(29)

59
m n (30)
n
a = am

(31)

Exemplos:
3 3 3 3 3
8.7 = 8. 7 = 2. 7 = 2 7

Podemos relacionar a raiz com a potência com expoente fracionário. Considere a


p
um número real positivo e seja q um número racional, definimos a potência de base a e
p
expoente da seguinte forma (32):
q
p
q (32)
aq = ap

Se a=0 temos a seguinte definição especial.


p
0q =0

Exemplos:

As propriedades de potências vistas até agora se aplicam às potências de expoentes


p m
racionais. Assim, dados a,b números reais positivos e , números racionais, valem as se-
q n
guintes propriedades:

60
p m p m (33)
+
aq . a n = aq n
(34)

p p p (35)
a. b q = aq . b q
(36)

(37)

Exemplos:
1 3 2+3
+
21/2 . 23/4 = 22 4 = 2 4 = 25/4
73/5 3 1

6−5
= 7 5 2 = 7 10 = 71/10
71/2
145/4 = 2.7 5/4 = 25/4 . 75/4
3/2
20 203/2
= 3/2
7 7
3/7 23
.
22/5 = 25 7 = 26/35

Uma vez que os números decimais são números racionais, para calcularmos potências
cujos expoentes são números decimais, basta escrevermos esse decimal em forma de fra-
ção e utilizarmos a definição de potências de expoente racional.

Exemplos:
2
30,5 = 35/10 = 31/2 = 3
10
0,20,7 = 0,27/10 = 0,27
51,3 = 513/10

As propriedades acima são de extrema importância no estudo das potências. Veja-
mos alguns exercícios resolvidos que envolvem essas propriedades:

Exemplos:

Simplificar fazendo o uso das propriedades:

a) 163/4
b) 27−4/3
c) 812 1/4

61
Solução:

3
4.
a) 163⁄4 = 24 3⁄4 =2 4 = 23 = 8

3. −
4 1 1
b) 27−4⁄3 = 33 −4⁄3 =3 3 = 3−4 = 4 =
3 81
1
c) 812 1⁄4 = 34 2 1⁄4 =3
4.2.
4 = 32 = 9

2) Simplifique:

a) 22⁄3 . 2−1⁄5 . 24⁄5

31⁄2 . 3−2⁄3
b)
31⁄5 . 31⁄8 . 31⁄60

Solução:
2 1 4 2 1 4 10−3+12
a) 22⁄3 . 2−1⁄5 . 24⁄5 = 23+ − +
5 5 = 23
− +
5 5 =2 15 = 219

b)

BUSQUE POR MAIS


Em muitos livros encontramos o termo “Radiciação” ao invés de “Potência de base
racional”. Veja, por exemplo, no livro “Matemática aplicada” de Bravo (2020), pági-
na 9. Disponível em: https://bit.ly/39K6ttI.
Acesso em: 14 fev.2021.

5.4 RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES


A racionalização de denominadores tem como objetivo transformar uma fração que
possui um denominador irracional em uma nova fração, que seja equivalente à fração an-
terior, com denominador racional.
Quando multiplicamos o numerador e o denominador de uma fração por um mes-
mo número real, obtemos como resultado uma fração equivalente. Dessa forma, para ra-

62
cionalizar uma fração, basta multiplicar seu numerador e denominador por um número
que transforme o irracional do denominador em racional. Esse número é chamado de con-
jugado.

Exemplos:
2 2
a) O conjugado de 2 2 cé 2 2 c pois, 2 . 2 = 2 = 21⁄2 = 2
2 2 2

1 2
b) O conjugado de 3 7 é 3 72 pois, 3 7 . 3 72 = 71⁄3 . 7 2⁄3 = 73+3 = 73⁄3 = 7

Para encontrar o conjugado de um número irracional do tipo x a devemos:


b

1º) Escrever esse número na forma x a⁄b


2º) Pensar no menor número c ∈ 1,2,3, . . . , b − 1 tal que a+c seja um múltiplo de b;
3º) O conjugado será x c
b

Exemplo:

1) Determine o conjugado dos seguintes números:

a) 3 242

b) 7
34

c)
2
75
5
d) 1123

Solução:

3
a) Escrevendo 242 em forma de potência temos 242 = 242⁄3 . O número que quando eu
3

3 3
somo 2 resulta 3 é o 1. Logo o conjugado de 242 é 241
7 7
b) Escrevendo 34 em forma de potência temos 34 = 34⁄7. O número que quando eu somo
7 7
4 resulta 7 é o 3. Logo o conjugado de 34 é 33
c) Escrevendo 75 em forma de fração temos 75 = 75⁄2 .O número que quando eu somo 5
2 2

resulta 6, que é múltiplo de 2, é o 1. Logo o conjugado de 75 é 2 7 .


2

5
d) Escrevendo 1123 em forma de fração temos
5
1123 = 1123⁄5. O número que quando eu
somo 23 resulta 25 é o 2. Logo o conjugado de 1123 é 112
5 5

Para racionalizar uma fração devemos encontrar o conjugado do denominador,


multiplicar o numerador de denominador da fração pelo conjugado e, por fim, simplificar
a fração equivalente encontrada.

Exemplos:

1) Racionalize as seguintes frações:

63
1
a) 3
4

3
b) 5
6

10
c) 3
32

Solução:

3
a) Escrevendo 4 em forma de potência temos 3 4 = 41⁄3. O número menor que 3 que quando
eu somo 1 resulta um múltiplo de 3 é o 2, logo o conjugado de 4 é 42. Multiplicando o nu-
3 3

1 3
merador e denominado da fração 3 4
por 42 temos:

3 3 3 3 3 3 3
1 42 42 42 24 23 . 2 2
.3 = = = 2 = 2 =
3
4 42
3
43 4 2 2 2
3
1 2
Logo, a forma racionalizada de 3 4 é 2
.

5
b) Escrevendo 6 em forma de potência temos 5 6 = 61⁄5 . O número menor que 5 que quan-
do eu somo 1 resulta um múltiplo de 5 é 4, logo o conjugado de 5 6 é 5 64 . Multiplicando o
3
numerador de denominador da fração 5 por 5 64 temos:
6
5 5 5 5
3 64 3 64 3 64 64
.5 = = =
5
6 64
5
65 6 2
5
Logo, a forma racionalizada de 5
3
é
64
.
6 2

c) Escrevendo 3 32 em forma de potência temos 32 = 321⁄3 = 25 1 = 25⁄3 .O número menor


⁄3 3

que 3 que quando eu somo 1 resulta um múltiplo de 3 é o 2, logo o conjugado de 3 32 é 322 .


3

10
Multiplicando o numerador e denominador da fração 3 32 por 3 322 temos:

3 3 3 3 3 3 3 3
10 322 10 32 10 32 5 25 5 23 . 22 5.2 4 5 4
.3 = = = = = =
3
32 322
3
323 32 32 32 32 16

Logo, a forma racionalizada de 10


3
32
é
53 4
16
.

64
BUSQUE POR MAIS
Podemos nos deparar com denominadores irracionais constituídos pela soma de
dois termos. Nesse caso, para transformá-lo em um número racional, precisare-
mos dos produtos notáveis. Veja alguns exemplos de como isso é feito no vídeo
disponível em: https://bit.ly/3rQtBwR.
Acesso em: 14 fev.2021.

5.5 EXPRESSÕES NUMÉRICAS

Vimos que para resolver expressões numéricas existe uma ordem a ser seguida. Pri-
meiro, eliminamos os parênteses resolvendo tudo que está dentro dele. Depois, fazemos o
mesmo para os colchetes e, em seguida, para as chaves. Dentro de cada um desses delimi-
tadores obedecemos à seguinte ordem:

1º) Potenciação e radiciação;


2º) Multiplicações e divisões;
3º) Adições e subtrações.

Vejamos alguns exemplos de expressões numéricas e como resolver cada uma delas.
25 + 33 : 9 + 32 . 5– 3. 23 − 51 =
25 + 33 : 9 + 32 . 5– 3. 8 − 5 =
25 + 33 : 9 + 32 . 5– 3.3 =
25 + 33 : 9 + 9.5– 3.3 =
25 + 33 : 9 + 45– 9 =
25 + 33 : 9 + 36 =
25 + 27: 9 + 36 =
25 + 3 + 36 =
= 64

2 2
3
42 + 8 . 32 + 16: 64 − 35 + 110 − 100 =
16 + 2.9 + 16: 8 2 − 35 2 + 110 − 100 =
16 + 18 + 22 − 35 2 + 110 − 100 =
34 + 22 − 35 2 + 110 − 100 =
34 + 4 − 35 2 + 110 − 100 =
32 + 110 − 100 =
9 + 1 − 1=
=9

65
2 4
64: 2 . 22 + 81 − 23 . 24 − 50 . 256 =
4
8: 2 . 22 + 9 − 8 . 24 − 50 . 256 =
4
4. 22 + 1. 24 − 50 . 256 =
4
4. 22 + 1.16 − 1 . 256 =
4
4. 22 + 16 − 1 . 256 =
4
4. 22 + 15. 256 =
4. 22 + 15.4 =
4. 22 + 60 =
4.4 + 60 =
16 + 60 =
= 76

BUSQUE POR MAIS


De forma similar ao que foi feito para o cálculo de expressões numéricas, podemos
simplificar expressões algébricas. Veja em “Pré-Cálculo” de Adami, Dornelles Filho;
e Lorandi (2015), página 13, disponível em: https://bit.ly/3rWcIRb.
Acesso em: 14 fev. 2021.

66
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (Cesgranrio-1994) O número de algarismos do produto 517. 49 é igual a:

a) 17.
b) 18.
c) 26.
d) 34.
e) 35.

x y
2. (CPCAR-2002-Adaptada) Simplificando 3
, com x>0 e y>0 obtemos:
y x
6
xy 5
a)
y

b) 3
x 2y
x

c) 6
yx 5
x

d) 3
xy 2
y

e) 3 x
y

3. (Fuvest-1981) Dos números abaixo, o que está mais próximo de


5,2 4 . 10,3 3

9,9 2 é:

a) 0,625.
b) 6,25.
c) 62,5.
d) 625.
e) 6250.

4. (OBM-1998) Qual dos números a seguir é o maior?



a) 3 45
b) 920
c) 2714
d) 2439
e) 8112

5. (UECE-2002) A expressão numérica 5 3 54 − 3 3 16 é igual a

67
a) 3
1458
b) 3
729
c) 2 3 70
d) 2 3 38
e) 3 140
1
6. (Vunesp-1992) O valor da expressão 5−1 − é:
2

a) 0,3
b) -0,3
c) -0,2
d) 0,2
e) 0

7. (UFPB-1977) A expressão 2√27-√75+3√12 é igual a:

a) 2√3
b) 4√12
c) 4√27
d) 7√3
e) 7√6

8. (IFSC - 2018) Analise as afirmações seguintes:

2
I. −5
2 − 16. −10 : 5 = −17
II. 35: 3 + 81 − 23 + 1 . 2 = 10.
III. Efetuando-se 3 + 5 . 3 − 5 , obtém-se um número múltiplo de 2.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) Todas são verdadeiras.


b) Apenas I e III são verdadeiras.
c) Todas são falsas.
d) Apenas uma das afirmações é verdadeira.
e) Apenas II e III são verdadeiras.

68
06
GEOMETRIA PLANA UNIDADE
E ESPACIAL

69
6.1 NOÇÕES PRIMITIVAS DA GEOMETRIA

Ponto, reta e plano são as noções primitivas da geometria. Não existe uma maneira
de definir esses objetos, mas, precisamos de cada um deles para construirmos todas as
definições geométricas. O que podemos fazer é discutir as propriedades e características
de cada um deles, e ressaltar sua importância para a Geometria.
O ponto não possui dimensão nem forma, ou seja, ele é adimensional. É muito usado
para indicar a localização de algum objeto no espaço. Utilizamos letras maiúsculas para
nomear um ponto.

Figura 7: Ponto
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

A reta é um conjunto de pontos que não fazem curva. É infinita para duas direções.
Uma vez que esses pontos estão lado a lado, conseguimos medir pedaços de retas. Esses
pedaços de retas são chamados de segmentos de reta. Mas conseguimos medir apenas o
comprimento, a largura não tem como medir. Por esse motivo, a reta é um elemento uni-
dimensional. Para nomeá-las usamos letra minúscula.

Figura 8: Reta
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Assim como a reta é formada por vários pontos, o plano é formado por várias retas
alinhadas. Também pode ser visto como um conjunto de pontos. Ele é uma superfície pla-
na infinita para todas as direções e não faz curva. Nele é possível desenhar diversas, medir
o comprimento e largura de cada uma delas, por isso, o plano é considerado um objeto
bidimensional. Utilizamos letras maiúsculas do alfabeto grego para nomeá-los

Figura 9: Plano
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

70
O conjunto formado por todos os pontos é chamado de espaço. É nele que desenvol-
veremos a Geometria Espacial.
Além dessas noções primitivas que não possuem definição, apenas uma ideia do
que seja, existem resultados que não têm demonstração. Esses resultados são chamados
de postulados. É a partir deles que conseguimos demostrar diversos outros resultados da
geometria. São eles:

I. Postulado da existência:

a) Existe reta e numa reta, bem como fora dela, há infinitos pontos.
b) Existe plano e num plano, bem como fora dele, há infinitos pontos.

II. Postulado da determinação:

a) Dois pontos distintos determinam uma única reta que passa por eles.
b) Três pontos distintos não colineares determinam um único plano e passa por eles.

III. Postulado da inclusão:

Se uma reta tem dois pontos distintos num plano, então ela está contida no plano.

6.2 POSIÇÕES RELATIVAS DA RETA


Quando duas retas estão no mesmo plano pode haver uma certa interação entre
elas, gerando algumas definições e propriedades. São elas:

I. Retas paralelas:

Duas retas são paralelas quando não possuem nenhum ponto em comum (parale-
las distintas) ou, quando possuem todos os pontos em comum (paralelas coincidentes).
Uma propriedade interessante das retas paralelas distintas é que a distância entre elas
será sempre a mesma, independentemente do ponto que escolhemos medir.

Figura 10: À esquerda, retas r e s paralelas distintas e, à direita,


retas i e f paralelas coincidentes.
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

71
II. Retas concorrentes:

Duas retas são concorrentes quando possuem penas um ponto em comum. Essas
retas formam 4 ângulos congruentes dois a dois. Esses ângulos formados são classificados
adjacentes ou opostos pelo vértice. Os ângulos opostos pelo vértice possuem a mesma
medida, enquanto os ângulos adjacentes são classificados em suplementares. Quando o
ângulo formado entre elas mede 90°, essas retas são chamadas de retas perpendiculares.

Figura 11: À esquerda, retas r e s concorrentes, à direita, retas f e


g perpendiculares.
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

III. Retas reversas:

Duas retas são chamadas de retas reversas se não existir nenhum plano que conte-
nha essas retas. Resumindo, dadas duas retas r e s temos:

Figura 12: Resumo das posições relativas das retas


Fonte: Adaptado Dolce e Pompeo (2013)

6.3 FIGURAS PLANAS


Uma região plana fechada por, no mínimo, três segmentos de retas, é chamada de
figura plana. Elas são bidimensionais: possuem comprimento e largura. Todas as figuras
planas com mais de três lados são chamadas de polígono.
As formas planas mais conhecidas na geometria são: círculo, quadrado, triângulo,
retângulo, trapézio, hexágono, pentágono, paralelogramo e losango. Apesar do círculo não
ser formado por segmentos de reta, ele também é uma figura plana.

72
Figura 13: Figuras planas mais usuais
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Os polígonos cujos lados possuem o mesmo comprimento são chamados de polígo-


nos regulares.

6.3.1 Nomeclatura dos Polígonos


Os polígonos são nomeados de acordo com seu número de lados. Acompanhe os
principais na tabela abaixo:

NÚMEROS DE LADOS NOMECLATURA


3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono
Tabela 2: Nomenclatura das principais figuras planas de acordo com o
número de lados
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

O quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo e losango são quadriláteros espe-


ciais. O paralelogramo recebe esse nome devido ao fato de seus lados opostos serem pa-
ralelos e, esses lados opostos possuem a mesma medida. O quadrado, retângulo e losango
são paralelogramos. O retângulo recebe essa nomenclatura especial pois seus lados não
paralelos são perpendiculares. O quadrado é um tipo de retângulo. Recebe esse nome es-
pecial por possuir todos os quatro lados com a mesma medida. O losango também possui

73
os quatro lados com a mesma medida, porém, seus lados não são perpendiculares. O tra-
pézio possui apenas um par de lados opostos paralelos chamados de bases, uma maior e
a outra menor, uma vez que os outros dois lados não são paralelos.

FIQUE ATENTO
Todo quadrado é retângulo, mas nem todo retângulo é quadrado.

O círculo, também conhecido como disco, é uma figura plana que não possui lados.
É formado pelo raio, que a é a distância entre o centro e a extremidade e o diâmetro, que é
o segmento de reta que passa pelo centro e vai de um lado ao outro.

Figura 14: Círculo com um raio e um


diâmetro
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

6.3.2 Elementos de um Polígono


Os polígonos possuem 5 elementos principais: vértices, lados, diagonais, ângulos in-
ternos e ângulos externos.
O vértice é a “pontinha” do polígono. Ligando dois vértices consecutivos com um
segmento de reta obtemos um lado. Ligando dois vértices que não são consecutivos obte-
mos uma diagonal. Os ângulos formados dentro do polígono são os ângulos internos, já os
ângulos formados fora do polígono são os ângulos externos.

Figura 15: Principais elementos de um polígono


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

74
6.3.3 Perímetro de Figuras Planas
O perímetro de uma figura plana é a soma de todos os seus lados. Já a área é o ta-
manho da superfície da figura. O valor do perímetro será sempre dado, por exemplo, em
m, cm, km, entre outros. Já o valor da área será dado em m2,cm2,km2, etc.
Vejamos como calcular o perímetro (P) e a área (A) das principais figuras planas:

FIGURA SIGNFICADO DOS TERMOS ÁREA PERÍMETRO


DA FIGURA
Triângulo b = base
h = altura b. h
A=
L = lado 2 P=b+L+L’
L’ = lado

Quadrado

L = lado A = L. L = L2 P= 4L

Retãngulo
b = base
A = b. h P= 2b + 2h
h = altura

Trapézio b = base menor


B = base maior
L = lado B+b .h P= L + L’ + B+b
A=
L’ = lado 2
h = altura

Losango
L = lado D. d
A=
D = diagonal maior 2 P = 4L
d = diagonal menor

Círculo

A = πr 2 P = 2πr
r = raio

Quadro 1: Fórmulas da área e do perímetro das principais figuras planas


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

75
Observe que a tabela não comtemplou o hexágono, o pentágono e o paralelogramo.
Para calcular a área do hexágono e do pentágono basta dividir sua região interna em triân-
gulos a partir do centro, calcular a área desses triângulos e somá-las. Já para a área do pa-
ralelogramo o cálculo é o mesmo do retângulo, basta traçar sua altura e aplicar a fórmula
do retângulo. Para o cálculo do perímetro dessas figuras basta somar todos os seus lados.

Exemplos:

1) Calcule a área e o perímetro do seguinte paralelogramo, cujas medidas são dadas


em centímetros.

Figura 16: Paralelogramo e suas medidas


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Solução:

Uma vez que o perímetro é a soma dos lados temos que

P = 8+8+8+8 cm.

A base desse paralelogramo mede 3+5=8 cm e a altura mede 5 cm.
Logo sua área é

A = 8.5 = 40 cm2.

2) Um ciclista costuma dar 10 voltas completas por dia no quarteirão circular onde
mora, cujo raio é de 3 m. Calcule a distância que esse ciclista pedala por dia. (Use π = 3,14)

Solução:
Para calcular a distância D que esse ciclista pedala por dia, basta calcular o perímetro
P desse círculo e multiplicar por 10, já que ele pedala 10 voltas por dia, ou seja,

D = P.10 = (2π.3).10 = 188,4m.

Logo esse ciclista pedala por dia 188,4 metros.

76
6.4 FIGURAS ESPACIAIS

As figuras definidas no espaço tridimensional são chamadas de figuras espaciais.


Elas possuem comprimento, largura e altura. Essas figuras aparecem muito em nosso co-
tidiano. Por exemplo, uma bola de futebol, uma caixa de sapato, um chapéu de aniversário,
são objetos que assumem a forma de algumas das principais figuras espaciais.
As figuras espaciais possuem três elementos principais: vértices, arestas e faces.

Figura 17: Elementos de uma figura espacial


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Também chamadas de sólidos geométricos, algumas figuras espaciais se destacam


um pouco mais que outras. São elas: cilindro, cubo, cone, esfera, paralelepípedo e pirâmide.
O cilindro é formado por duas bases circulares iguais. Essas bases são unidas através
de um retângulo, cujos lados são “encaixados” exatamente no contorno do círculo.

Figura 18: Cilíndro


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

O cubo, também chamado de hexaedro regular, possui 6


faces com a mesma área, ângulos e quantidade de arestas.

Figura 19: Cubo


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

77
É um sólido geométrico que possui base poligonal e os lados são formados por po-
lígonos triangulares, unidos num vértice que não pertence ao plano da base.

Figura 20: Pirâmide de base triangular, também conhecida como tetraedro


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

O cone é um sólido bem parecido com a pirâmide. Possui base circular e, por esse
motivo, não possui lados triangulares, assim como a pirâmide.

Figura 21: Cone


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

O paralelepípedo é um sólido geométrico formado por paralelogramos. Suas faces


opostas são paralelas, com ângulos retos.

Figura 22: Paralelepípedo


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

78
A esfera é um sólido geométrico que é limitada por uma superfície esférica. A su-
perfície da esfera é constituída por um conjunto de pontos que ficam a uma distância do
centro por uma medida chamada raio.

Figura 23: Esfera


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

VAMOS PENSAR?
Os poliedros convexos, são sólidos geométricos que possuem faces planas e qualquer seg-
mento com extremidades dentro do poliedro estará totalmente contido no poliedro. Nesses
poliedros, aplicas-se a relação de Euler, V+F = A + 2, sendo V vértice, F face e A aresta. Dos sóli-
dos apresentados, quais são os poliedros são convexos?

BUSQUE POR MAIS


Assim como as figuras planas, as figuras espaciais possuem elementos como fa-
ces, vértices e arestas. Podemos também calcular a áreas das figuras planas que
compõem essas figuras espaciais e, ao invés de perímetro, nas figuras espaciais
calculamos seu volume. Veja no livro “Fundamentos de Geometria”, de Machado e
Ferraz (2019). Disponível em: https://bit.ly/31L5kO4.
Acesso em: 29 mar. 2021.

6.5 UNIDADES DE MEDIDA

6.5.1 Unidades de Comprimento


As unidades de medida de comprimento surgiram com a necessidade do homem
de medir distâncias. Existem diversas unidades de medida de comprimento como jardas,
pés; mas, a utilizada no Sistema Internacional de Medidas (SI) é o metro (m), seus múltiplos
e submúltiplos.
Os múltiplos do metro são: quilômetro (km), hectômetro (hm) e o decâmetro (dam).
Já seus submúltiplos são: decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm). Acompanhe
os valores de cada um deles na tabela abaixo:

79
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
1 km = 1000 m 1 dm = 0,1 m

1 hm = 100 m 1 cm = 0,01 m

1 d = 10 m 1 mm = 0,001 m

Tabela 3 : Múltiplos e submúltiplos do metro


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Muitas vezes precisamos fazer uma conversão dessas medidas de comprimento.


Para isso, podemos nos basear na seguinte figura:

Figura 24 : Conversão dos múltiplos e submúltiplos do metro


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Exemplos:

1) Transforme 8 cm para metros.

Solução:
Pela tabela acima, para transformar a unidade centímetros para metros, basta dividir
o número por 10 duas vezes, que é equivalente a dividir por 100:

8 : 100 = 0,08.

Logo, 8 cm = 0,08 m.

2)Transforme 12,4 km para decímetro.

Solução:
Pela tabela acima, para transformar a unidade quilômetros para decímetros, basta
multiplicar o número por 10 quatro vezes, que é equivalente a multiplicar por 10000:

12,4 x 10000 = 124000.

Logo, 12,4 km = 124000 dm.

80
6.5.2 Unidades de Área
Vimos que a área pode ser calculada através do produto entre duas dimensões do
plano. Existem diversas unidades de medida de área, como, por exemplo, o hectare, mas, a
utilizada no Sistema Internacional de Medidas (SI) é o metro quadrado (m2), seus múltiplos
e submúltiplos.
Os múltiplos do metro quadrado são: quilômetro quadrado (km2), hectômetro qua-
drado (hm2) e o decâmetro quadrado (dam2). Já seus submúltiplos são: decímetro quadra-
do (dm2), centímetro quadrado (cm2) e milímetro quadrado (mm2). Acompanhe os valores
de cada um deles na tabela abaixo:

MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
1 km2 = 1m 6m2 1 dm2 = 10-2m2

1 hm2 = 104m2 1cm = 10-4m2

1 dm2 = 102m2 1mm2 = 10-6m2

Tabela 4 : Múltiplos e submúltiplos do metro


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Muitas vezes precisamos fazer uma conversão dessas medidas de área. Para isso, po-
demos nos basear na seguinte Figura:

Figura 25 : Conversão dos múltiplos e submúltiplos do metro quadrado


Fonte: Elaborado pela Autora (2021)

Exemplo:

1) Transforme 12,4 dam2 para decímetro quadrado e para quilômetro quadrado.

Solução:
Pela tabela acima, para transformar a unidade decâmetro quadrado para decíme-
tros quadrados, basta multiplicar o número por 102 duas vezes, que é equivalente a multi-
plicar por 10000:
12,4 x 10000 = 124000.

Logo, 12,4 dam2 = 124000 dm2.

Já para transformar de decâmetro quadrado para quilômetro quadrado, basta divi-


dir o número por 102 duas vezes, ou seja, dividir por 10000:

12,4 : 10000 = 0,00124.


Logo, 12,4 dam2 = 0,00124 km2.

81
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UFSC-2011) Um ciclista costuma dar 30 voltas completas por dia no quarteirão quadrado
onde mora, cuja área é de 102400 m2. Então, a distância que ele pedala por dia é de

a) 19200 m
b) 9600 m
c) 38400 m
d) 10240 m
e) 320 m

2. (Enem-2011) Em uma certa cidade, os moradores de um bairro carente de espaços de lazer


reivindicam à prefeitura municipal a construção de uma praça. A prefeitura concorda com
a solicitação e afirma que irá construi-la em formato retangular devido às características
técnicas do terreno. Restrições de natureza orçamentária impõem que sejam gastos, no
máximo, 180 m de tela para cercar a praça. A prefeitura apresenta aos moradores desse
bairro as medidas dos terrenos disponíveis para a construção da praça.

Terreno 1: 55 m por 45 m.
Terreno 2: 55 m por 55 m.
Terreno 3: 60 m por 30 m.
Terreno 4: 70 m por 20 m.
Terreno 5: 95 m por 85 m.

Para optar pelo terreno de maior área, que atenda às restrições impostas pela prefeitura, os
moradores deverão escolher o terreno.

a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

3. (PUC RIO-2008) Um festival foi realizado num campo de 240 m por 45 m. Sabendo que
por cada 2 m2 havia, em média, 7 pessoas, quantas pessoas havia no festival?

a) 42.007.
b) 41.932.
c) 37.800.
d) 24.045.
e) 10.000.

4. (Faculdade Santo Agostinho BA/2020) Beatriz quer colocar uma fita decorativa ao
redor do tampo de uma mesa redonda.

82

Para calcular o perímetro da mesa, ela considerou π = 3,1416. Se o raio da mesa é 95 cm,
então o valor inteiro, aproximado, do perímetro da mesa, em metros, é

a) 3 m.
b) 4 m.
c) 5 m.
d) 6 m.
e) 60 m.

5. (UNIRG TO/2020) No livro intitulado “Elementos”, do matemático grego Euclides de


Alexandria (300 a.C), há um quadrado de lado a, a partir do qual Euclides procura encontrar
a área de outro quadrado, destacado em cinza, na figura a seguir:

Desse modo, a área do quadrado destacado em cinza na figura é obtida pela expressão:

a) a2 = (a-b)2+2ab
b) (a-b)2 = a2+b2-2ab
c) a2 = (a-b)2-2ab
d) (a+b)2 = a2+b2+2ab
e) (a+b)2 = a2-b2+2ab

6. (UNEMAT/2015) Na figura plana abaixo, ABCD é um paralelogramo; ABDE, um retângulo


de área 24 cm2 e D é um ponto do segmento EC.
Qual é a área da figura ABCE?

a) 36cm2
b) 48cm2
c) 52cm2
d) 44cm2
e) 30cm2

83
7. (ENEM-2011) Um mecânico de uma equipe de corrida necessita que as seguintes medidas
realizadas em um carro sejam obtidas em metros:

(a) distância a entre os eixos dianteiro e traseiro.


(b) altura b entre o solo e o encosto do piloto.

Ao optar pelas medidas a e b em metros, obtêm-se, respectivamente,

a) 0,23 e 0,16.
b) 2,3 e 1,6.
c) 23 e 16.
d) 230 e 160.
e) 2 300 e 1 600.

8. Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular que mede 0,2 km de
largura e 0,3 km de comprimento. Quantos metros de arame farpado devem usar?

a) 500 m.
b) 600 m.
c) 1000 m.
d) 60000 m.
e) 7000 m.

84
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO

UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 D QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 D

UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 D

UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 A

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMI, A. M.; DORNELLES FILHO, A. A.; LORANDI, M. M. Pré-cálculo. Porto Alegre: Bookman,
2015.

ARAUJO, L. M. M. et al. Fundamentos de Matemática. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

BRAVO, D. P. Matemática aplicada. Curitiba: Contentus, 2020.

DOLCE, O.; POMPEO, J. N. Fundamentos de Matemática Elementar. 5. ed. 6 reimp. São


Paulo: Atual, v. 10, 2013.

KIRILOV, A. Introdução a Teoria de Conjuntos. Universidade Federal do Paraná, Curitiba,


2016. Disponível em: https://bit.ly/3mnHlOv. Acesso em: 28 fev. 2021.

MACHADO, C. P.; FERRAZ, M. S. A. Fundamentos de Geometria. Porto Alegre: SAGAH, 2019.

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graduacaoead.faculdadeunica.com.br

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