Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE IPATINGA
1
Vanessa da Luz Vieira
FUNDAMENTOS DA
MATEMÁTICA
1ª edição
Ipatinga – MG
2021
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
3
Menu de Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles
chamam a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma
função específica, mostradas a seguir:
4
CONJUNTOS UNIDADE
DEFINIÇÕES
8
Os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C, ..., X, Y, Z.
Já os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, ..., x, y, z.
𝐱 ∈𝐁 (1)
𝐱 ∉𝐁 (2)
Figura 1: Conjunto A
9
Diagrama de Venn.
DESCRIÇÃO DE UM CONJUNTO
Quando não são enumerados, os conjuntos podem ser descritos por suas
propriedades. Considere um conjunto A, com uma característica Q para os
elementos x, então escrevemos (3):
{x| x é um número primo menor que 10} é o mesmo conjunto que {2, 3, 5, 7}.
{x| x é um estado da região Sudeste} pode ser representado por { Minas Gerais,
São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo}.
Exemplos:
10
2) Conjunto das soluções da equação 5x – 20 = 10: {6}
Exemplos:
Intuitivamente, o conjunto é infinito quando não pode ser contado, ele não é
enumerável.
Conjunto Universo
11
Observem nos exemplos a seguir, como a mudança do conjunto universo,
determina respostas diferentes.
Igualdade de Conjuntos
A = B ⟺ (∀x)(x ∈ A ⟺ x ∈ B) (4)
Exemplos:
{x| x é inteiro, par e menor que 15} = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14}
{a, e, i, o, u} = {e, i, a, u, o}
12
Subconjuntos
Figura 2: A subconjunto B
A ⊂ B ⟺ (∀x) (x ∈ A ⟹ x ∈ B) (5)
Exemplos:
1) {a, b} ⊂ {a, b, c, d}
2) {5, 6} ⊂ {5, 6}
Essa relação também pode ser descrita como B ⊃ A, que significa que “B
contém A” ou “o conjunto B contém o conjunto A”.
Como todos os conectores, há a negação, pois quando um subconjunto não
está contido (⊄) ou um conjunto não contém um subconjunto (⊅).
Exemplos:
13
1) {3, 4, 5} ⊄ {4, 5, 6, 7}
2)
3)
A ⊄ B ou B ⊅ A
Propriedades da Inclusão
∅⊂A
A ⊂ A (reflexiva)
(A ⊂ B e B ⊂ A) ⟹ A = B (anti − simétrica)
(A ⊂ B e B ⊂ C) ⟹ A ⊂ C (transitiva)
14
União de Conjuntos
A ∪ B = {x|x ∈ A ou x ∈ B} (6)
Exemplos:
1)
A ∪ B = {a, b, e, f} ∪ {c, d, f, g} = { a, b, c, d, e, f, g}
2)
A ∪ B = {a, b, e} ∪ {c, d, f} = { a, b, c, d, e, f}
Propriedades da União
15
A∪A=A
A ∪ ∅ = A (elemento neutro)
A ∪ B = B ∪ A (comutativa)
(A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C)(associativa)
Interseção de Conjuntos
A ∩ B = { x|x ∈ A e x ∈ B} (7)
Exemplos:
1)
2)
16
A ∪ B = {a, b, e} ∩ {c, d, f} = ∅
Propriedades da Interseção
Propriedades
1) A ∪ (A ∩ B) = A
2) A ∩ (A ∪ B) = A
3) A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
(distribuição da reunião em relação à interseção)
4) A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
(distribuição da interseção em relação à reunião)
17
Diferença de Conjuntos
A − B = {x|x ∈ A e x ∉ B} (8)
Exemplos
1)
2)
Complementar de B em A
∁ ou B (9)
18
Figura 3: Complemento de B em A
Exemplos:
Exemplo:
19
De acordo com esses dados, é correto afirmar que, nessa enquete, o número de
pessoas entrevistadas foi:
Resolução:
V e T = 130 – 50 = 80
V e B = 180 – 50 = 130
B e T = 100 – 50 = 50
20
Observem os valores encontrados destacados no diagrama das interseções.
Agora vamos descobrir os valores que faltam para completar os esportes. Realizando
os cálculos, retirando os valores já inseridos em cada esporte.
V = 300 – 130 – 50 – 80 = 40
B = 260 – 130 – 50 – 50 = 30
T = 200 – 50 – 50 – 80 = 20
21
Para mais informações sobre o conteúdo, você pode consultar o livro “Fundamentos de
Matemática”, de autoria de Araujo et al. (2018), unidade 2. O acesso está disponível em:
https://bit.ly/3fIGN4k. Acesso em: 14 fev. 2021
22
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 380.
b) 360.
c) 340.
d) 270.
e) 230.
∅ ⊂ (A ∩ B)
A ⊂ (A ∩ B)
A ∈ (A ∩ B)
(A ∩ B) ⊂ B
(A ∩ B) ⊃ (A ∩ B ∩ C)
A sequência correta é
a) F, V, F, V, V.
b) V, V, F, F, F.
c) V, F, F, V, F.
d) V, V, V, F, F.
e) F, F, F, V, V.
23
• 600 dos entrevistados leem o jornal A.
• 825 dos entrevistados leem o jornal B.
• 525 dos entrevistados leem o jornal C.
• 180 dos entrevistados leem os jornais A e B.
• 225 dos entrevistados leem os jornais A e C.
• 285 dos entrevistados leem os jornais B e C.
• 105 dos entrevistados leem os três jornais.
• 135 pessoas entrevistadas não leem nenhum dos três jornais.
a) 1.200.
b) 2.880.
c) 1.350.
d) 1.250.
e) 1.500.
24
passageiros; M o conjunto das pessoas que haviam passado pela cidade do
México e A o conjunto das pessoas com sintomas da gripe influenza A.
Considerando verdadeiro esse diagrama, conclui-se que a região sombreada
representa o conjunto das pessoas que, de modo inequívoco, são aquelas
caracterizadas como:
a) passageiros com sintomas da gripe que não passaram pela cidade do México.
b) passageiros com sintomas da gripe que passaram pela cidade do México.
c) tripulantes com sintomas da gripe que passaram pela cidade do México.
d) tripulantes com sintomas da gripe que não passaram pela cidade do México.
e) tripulantes sem sintomas da gripe que passaram pela cidade do México.
Por meio desses dados, verifica-se que o número de pessoas da comunidade que
não assistem a qualquer dos três tipos de programas é
a) 200.
b) 300.
c) 900.
d) 100.
e) 50.
A ∪ B ∪ C = {z, x, v, u, t, s, r, q, p}
25
A ∩ B = {r, s}
B ∩ C = {s, x}
C ∩ A = {s, t}
A ∪ C = {p, q, r, s, t, u, v, x}
A ∪ B = {p, q, r, s, t, x, z}
a) {p, q, r, s}
b) {p, q, r, u, v}
c) {t, s, x, u, v}
d) {r, s, z, x}
e) {r, s, u, v}
a) {4,6,8,9,10}
b) {5,6,11,13,17,19}
c) {2,3,4,5,6,8,11,13}
d) {3,6,9,10,11,13,17,19}
e) {4,6,8,9,11,13,17,19}
A)
26
B)
C)
D)
E)
27
CONJUNTOS NUMÉRICOS – UNIDADE
NATURAIS E INTEIROS
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, … } (10)
associativa da adição (a + b) + c = a + (b + c)
comutativa da adição a + b = b + a
elemento neutro da adição a + 0 = a
associativa da multiplicação (a. b). c = a. (b. c)
comutativa da multiplicação a. b = b. a
elemento neutro da multiplicação a. 1 = a
distributiva da multiplicação em relação à adição a. (b + c) = a. b + a. c
28
ℤ = {… , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, … } (11)
Nesse conjunto observa-se que ele é uma extensão dos naturais, pois ele
possui os números inteiros positivos (ℕ) e inteiros negativos. Assim, dentro do conjunto
dos inteiros, existem três subconjuntos notáveis, sendo eles:
ℤ = {0, 1, 2, 3, 4, … } = ℕ (12)
Operações em ℤ
O CONJUNTO ℤ E A RETA
O conjunto dos números inteiros pode ser representado por uma reta
numérica orientada da seguinte maneira.
29
1. Na reta marcamos a origem, que será representada pelo zero e o sentido
positivo (à direita da origem)
3. Para cada número inteiro, marcamos cada segmento unitário até atingir o valor
do número inteiro. Por exemplo: se for o número 5, teremos 5u.
30
Figura 4: ℕ ⊂ ℤ
REGRA DE SINAL
Adição e Subtração
+ 6 + 7 = + 13
−4– 5 = −9
+ 8 − 12 = −4
− 6 + 14 = +8
Multiplicação e Divisão
31
Sinais Diferentes: o resultado será negativo
(+12). (−3) = −36
(−81): (+9) = −9
DIVISIBILIDADE
Exemplos:
Exemplos:
32
múltiplos positivos, pois o conteúdo é abordado nos 5° e 6° anos, onde o aluno tem
apenas o conhecimento dos números naturais.
Um número especial p é chamado de primo, quando seus divisores são
apenas o 1 e o p nos números naturais ou {1, -1, p, -p} no conjunto dos números
inteiros.
São alguns exemplos de números primos, 2, 3, 5, 7, 11, -2, -3.
O menor múltiplo comum (m.m.c) deve ser o menor múltiplo diferente de zero, pois o zero
é múltiplo de todos.
33
MÁXIMO DIVISOR COMUM
O máximo divisor comum (m.d.c) é o maior divisor igual entre dois ou mais
números inteiros.
Exemplo::
O m.d.c pode ser calculado utilizando o Algoritmo de Euclides. Nesse cálculo é utilizada
uma outra ferramenta que obtém o valor do máximo divisor comum. Para saber mais, veja
em: https://bit.ly/3dy9TRr.
34
FIXANDO O CONTEÚDO
I. ℕ∪ℤ = ℤ
II. (2 − 3) ∈ ℕ
III. 0∈ℤ
IV. (−𝟒). (−𝟓) ∈ ℤ
a) V, F, V, V.
b) V, V, F, V.
c) V, F, V, F.
d) F, F,V, V.
e) V,V,FV
(2, 3)
(6, 8)
(10, 15)
(7, 11)
a) 6, 30, 24, 77
b) 6, 24, 30, 77
c) 6, 48, 150, 77
d) 6, 48, 30, 77
e) 12, 24, 30, 77
35
3. (OBMEP – Adaptado) Dois rolos de arame, um de 210 metros e outro de 330
metros, devem ser cortados em pedaços de mesmo comprimento. Quantos
pedaços podem ser feitos se desejamos que cada um destes pedaços tenha o
maior comprimento possível?
a) 7 pedaços
b) 11 pedaços
c) 35 pedaços
d) 18 pedaços
e) 55 pedaços
a) 60 segundos
b) 70 segundos
c) 90 segundos
d) 210 segundos
e) 420 segundos
a) 2 . 5 . 7
b) 2.5. 7 . 13
c) 2 . 5 . 7
d) 2 . 3 . 5
e) 2 . 3. 5 . 7 . 11
36
6. Calcule o valor da expressão numérica envolvendo números inteiros.
a) 15
b) 18
c) 24
d) 39
e) 42
a) V, F, V, V
b) F, F, V, V
c) V, V, F, F
d) F, F, F, V
e) V, V, V, F
a) 80
b) 100
c) 110
d) 120
e) 160
37
CONJUNTO DOS NÚMEROS UNIDADE
RACIONAIS
Exemplo:
+ + = + +
+ = +
+0 =
+ − = 0
. . = . .
. = .
.1 =
. + = . + .
quaisquer e ∈ ℚ∗ .
38
FRAÇÃO E DECIMAIS
Fração
numerador a e o denominador b.
lê “cinco oitavos”. Já a fração que possui denominador maior que 10, usamos avos
após o número do denominador. Assim, a leitura da fração será “três quatorze
avos”.
Exemplo:
Uma loja possui 50kg de laranja, e precisam vender dessa fruta para não perder a
Resolução:
2 50.2 100
50. = = = 20
5 5 5
39
Dadas duas frações e com b ≠ 0 e d ≠ 0, são iguais se e somente se a. d =
Simplificação
Exemplo::
2 6
= , pois 2.21=7.6=42, assim elas são equivalentes
7 21
exemplo: .
a fração imprópria = 1 .
11 2
10 5
1
40
Exemplo:
Resolução:
3 7 3 + 7 10 5
+ = = =
8 8 8 8 4
10 5 10 − 5 5
− = =
7 7 7 7
Exemplo:
Resolução:
As frações possuem diferentes denominadores, assim, é preciso calcular o
m.m.c de (4, 8, 12), isto é, m.m.c (4, 8, 12) = 24
41
Agora, vamos encontrar as frações equivalentes com o denominador 24, e
resolver a operação.
1 3 5 6 9 10 6 + 9 + 10 25
+ + = + + = =
4 8 12 24 24 24 24 24
Assim, a resposta é .
Exemplo:
4 10 2
2 5 2
1 5 5
1 1 20
4 3 12
. =
7 5 35
2 3 6 2
. = =
9 11 99 33
42
Na divisão das frações, conservamos a primeira fração, mudamos o sinal para
multiplicação e invertemos a segunda fração. Dados e ∈ ℚ, b ≠ 0 e d ≠ 0, temos a
7
10 = 7 . 5 = 35 = 7
2 10 2 20 4
5
1 3 1 8 8 4
: = . = =
6 8 6 3 18 9
Exemplo:
.
Simplifique a fração .
.
Resolução:
Para resolver, precisamos escrever os números como fatores primos, para depois
simplificar (cortar os termos comuns).
20.7 2.2.5.7 2
= =
15.14 3.5.2.7 3
Exemplo:
Resolução:
2.2. x. x. x. y. y 2xy
=
2.3. x. x. y. z. z. z 3z
43
Porcentagem
Nesse tipo de representação usamos o símbolo %, que se lê por cento e significa por
cem. Assim, por exemplo: 30% significa . A porcentagem é muito utilizada para
Exemplo:
Supondo que uma fila de espera para um transplante de fígado tinha cerca
de 6200 pacientes, dos quais 61% não tiveram condições para receber o transplante,
quantos restaram na fila?
Resolução:
Vamos calcular 61% de 6200, isto é,
61 61 6200 378200
61% de 6200 = . 6200 = . = = 3782
100 100 1 100
Representação Decimal
Todo número racional pode ser representado por um número decimal. Para
44
5
=5
1
1
= 0,5
2
5
= 1,25
4
12
= 0,12
100
1
= 0, 777 … = 0, 7 (período 7)
7
8
= 0,2424 … = 0, 24 (período 24)
33
259
= 0,2616161 … = 0,261 (período 61)
990
415 89256 64
4,15 = ; 8,9256 = ; 0,64 =
100 10000 10
Dízima Periódica
Para transformar a dízima periódica em geratriz (fração), devemos analisar se
a dízima é simples ou composta. A dízima simples é composta apenas pelo período,
já a dízima composta possui o período e algarismos que não se repetem. Observe os
exemplos a seguir de cada uma.
45
a) Dízima periódica simples: para cada algarismo que se repete no período,
acrescenta o algarismo 9 no denominador, e escrevemos o período no
numerador.
23
0, 232323 … =
99
76 175
1,767676 … = 1 + =
99 99
456 − 4 452
0,4565656 … = =
990 990
913 − 0 913 20893
2,0913913913 … = 2 + =2+ =
9990 9990 9990
Adição e Subtração
3,45+8,93= 12,38
3,45
+ 8,93
12,38
46
14,89 – 9,23 = 5,66
14,89
+ 9,23
5,66
Multiplicação e Divisão
3,46 8,7
X 1,29 X 3,15
3114 435
+ 692 + 87
346 261
4,4634 25,405
31,15 3,50
- 2800 8,9
- 3150
3150
0
EXPRESSÃO NUMÉRICA
47
os símbolos, temos:
1. Parênteses
2. Colchete
3. Chaves
1. Potenciação ou Radiciação
2. Divisão ou Multiplicação
3. Soma ou Subtração
Exemplo:
Resolução:
60 ÷ 2 · −7 + 2 – 7 · (−3) + 9 + 1
60 ÷ {2 · (−5)} – [−21 + 9 + 1]
60 ÷ {2 · (−5)}– [−11]
48
60 ÷ 2 · (−5) – [−11]
60 ÷ (−10)– [−11]
Por fim, do lado externo aos símbolos, seguindo a ordem das operações
60 ÷ (−10) – [−11]
−6 – [−11]
−6 + 11
+5
Logo o resultado é +5.
Para mais informações sobre o conteúdo, você pode consultar o material da biblioteca
person, no livro “Fundamentos de Matemática”, de autoria de Araujo et al. (2018), unidade
9 e 13. O acesso está disponível no link https://bit.ly/3mm5hSv. Acesso em: 13 fev.2021.
49
FIXANDO O CONTEÚDO
corresponda à solução.
a) 2
b)
c)
d)
e) 1
2. (ENEM-2021) Um jogo pedagógico é formado por cartas nas quais está impressa
uma fração em uma de suas faces. Cada jogador recebe quatro cartas e vence
aquele que primeiro consegue ordenar crescentemente suas cartas pelas
respectivas frações impressas. O vencedor foi o aluno que recebeu as cartas com
as frações: 3/5, 1/4, 2/3 e 5/9. A ordem que esse aluno apresentou foi.
3. (OBMEP) Um garrafão cheio de água pesa 10,8 kg. Se retirarmos metade da agua
nele contida, pesar a 5,7 kg. Quanto pesa, em gramas, esse garrafão vazio?
a) 400.
b) 500.
c) 600.
d) 700.
e) 800.
50
4. (OBMEP – Adaptado) Sófocles recebe R$15,60 por hora como garçom. Em um
determinado dia, ele recebeu R$148,20 pelo seu trabalho. Quanto tempo ele
trabalhou neste dia?
a) 8 horas.
b) 8 horas 30 minutos.
c) 9 horas.
d) 9 horas e 30 minutos.
e) 9 horas e 50 minutos.
5. Um salão de festa possui um formato retangular com 22,5 m por 18,2 m. Para
instalar um piso, são gastos R$ 8,40 por m². Calcule o valor gasto na instalação do
piso.
a) R$ 683,76.
b) R$ 1.367,52.
c) R$ 2.735,04.
d) R$ 3.439,80.
e) R$ 5.743,58.
51
O empresário decidiu comprar a empresa:
A) F.
B) G.
C) H.
D) M.
E) P.
a)
b)
c) −
d) −
e) −
52
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS UNIDADE
NÚMEROS IRRACIONAIS – 𝕀
7,89436231...
0,3425187...
-5,98009832...
√2 = 1,4142135 …
π (pi) = 3,141592 …
e = 2,71828182 …
Prove que √2 ∉ ℚ.
53
Um número irracional fácil ser identificado é a raiz quadrada de números
primos, isto é, se p é primo e positivo, p é irracional. Assim, √7, √11, √13 são números
irracionais.
As operações usuais definidas nos outros conjuntos, também são utilizadas no
conjunto, entretanto, quando há operações entre racionais e irracionais, o resultado
será irracional. Desse modo, dados a irracional e r racional não nulo, então:
a r
a + r, a. r, e são irracionais.
r a
Exemplo:
√7 4
√5 + 3, 6√2, ,
8 √2
54
Como mostra o diagrama, os conjuntos numéricos possuem uma relação de inclusão. No
entanto, como apresentado, os conjuntos dos irracionais não possuem os demais
subconjuntos, pois ℚ ∩ 𝕀 = ∅.
OPERAÇÕES EM ℝ
55
Essa reta representa todo o conjunto dos reais, cuja nomenclatura é reta real
ou reta numérica.
Observamos que os conjuntos numéricos se relacionam, e desse modo
mantêm propriedades e valores em comum.
Para mais informações sobre os conjuntos numéricos, pesquise na minha biblioteca, o livro
“Fundamentos de Matemática” de autoria de Araujo et al. (2018), na Unidade 2,
“Conjuntos Numéricos”. Disponível em: https://bit.ly/3rOR3ub. Acesso em: 29 mar. 2021.
56
FIXANDO O CONTEÚDO
I. ℕ ⊂ℝ
II. 4 + √5 ∈ ℚ
√
III. ∈ℝ
IV. 3 − √7 ∈ (ℝ − ℚ)
a) V, V, V, V.
b) F, V, F, V.
c) V, V, F, V.
d) V, F, V, V.
e) F, F, F, V.
√ √
2. O resultado da operação . pertence a qual conjunto numérico?
√
a) Racionais.
b) Inteiros.
c) Naturais.
d) Nulo.
e) Irracionais.
a) ℝ
b) 𝕀
c) ℤ
d) ℕ
e) ℚ
57
4. Observe as proposições abaixo, e aponte a verdadeira.
a) Um número natural.
b) Um número inteiro.
c) Um número irracional.
d) Um valor nulo.
e) Um número racional.
a) {3,5,8}
b) {3,5}
58
c) {8,10}
d) {3,5,8,10}
e) {3,10}
59
POTÊNCIAS E RAÍZES UNIDADE
a = a. a. a . . . a. (16)
60
Exemplos:
5 =1
(−2) = 1
(0,27) = 1
18947623 = 1
a .a = a (17)
a
=a , com m ≥ n (18)
a
(a. b) = a . b (19)
= com b ≠ 0
(20)
.
(a ) = a (21)
Exemplos:
5 .5 = 5 = 5 = 125;
10
= 10 = 10 = 10;
10
61
(5.7) = 5 . 7 = 25.49 = 1225;
1 1 1
= =
2 2 8
(2 ) = 2 = 64
1
a = (22)
a
Exemplos:
1 1
3
= =
3 3
1 1 1
2 = = =
2 2.2.2 8
1 1 1 1
(−4) = = = =−
(−4) (−4). (−4). (−4) −64 64
2 1 1 1 9 3
= = = = =
3 2 2 4 4 2
3 3 9
62
Exemplos:
5 4 4 16
= = = ;
4 5 5 25
1 6 6
= = = 216
6 1 1
a .a = a (23)
a
=a (24)
a
(a. b) = a . b (25)
a a
= (26)
b b
.
(a ) = a (27)
Exemplos:
2 .4 .2
2 .8
Solução:
Observe que:
4 = (2 ) =2 e8 = (2 ) =2 .
63
Assim temos:
( )
2 .4 .2 2 .2 .2 2 2 1 1
= = ( )
= =2 =2 = =
2 .8 2 .2 2 2 2 4
(a . b )
(a . b )
Solução:
Usando as propriedades descritas acima temos
(a . b ) (a ) . (b ) a .b a b ( )
= = = . =a .b =a .b = a .1 = a
(a . b ) (a ) . (b ) a .b a b
RADICIAÇÃO
64
Figura 6: Radiciação
√9 = 3, pois 3 = 9
√8 = 2, pois 2 = 8
√−27 = − 3
√−25 = ∄ em ℝ
Quando o radicando é negativo, não existe raiz com índice par, pois um número elevado
a um expoente par sempre dará positivo nos reais. Por exemplo:
√−16 = ∄, 𝑝𝑜𝑖𝑠 (−2) = 16
a √a
= (29)
b √b
√a = √a (30)
𝐩
𝐧
√𝐚 = √𝐚
𝐩𝐧
(31)
Exemplos:
√8.7 = √8. √7 = 2. √7 = 2 √7
65
3 √3
=
5 √5
a = √a (32)
0 = 0.
Exemplos:
2 = 2 = √2;
3 = 3 = √3;
1 1 1 1
5 = = = =
5 5 5 25
2 3 3 3
= = = .
3 2 2 2
a .a = a (33)
a
=a (34)
a
(a. b) = a . b (35)
66
a a
= ; (36)
b
b
a =a
.
. (37)
Exemplos:
/ / /
2 .2 =2 =2 =2
/
7 /
/
=7 =7 =7
7
/ / / /
14 = (2.7) =2 .7
/
20 20 /
=
7 7 /
/ / . /
2 =2 =2
Uma vez que os números decimais são números racionais, para calcularmos
potências cujos expoentes são números decimais, basta escrevermos esse decimal
em forma de fração e utilizarmos a definição de potências de expoente racional.
Exemplos:
, / /
3 =3 =3 = √3
, /
0,2 = 0,2 = 0,2
, /
5 =5
Exemplos:
a) 16 /
b) 27 /
c) (81 ) /
67
Solução:
.
a) 16 /
= (2 ) /
=2 =2 =8
.
b) 27 /
= (3 ) /
=3 =3 = =
. .
c) (81 ) /
= ((3 ) ) /
=3 =3 =9
2) Simplifique:
a)
/ / /
2 .2 .2
b)
/ /
3 .3
3 / .3 / .3 /
Solução:
a)
/ / /
2 .2 .2 =2 =2 =2 =2
b)
/ / /
3 .3 3 3 3 3
/ / /
= = = = /
=3
3 .3 .3 3
3 3 3
/
=3 = 3
RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES
68
Quando multiplicamos o numerador e o denominador de uma fração por um
mesmo número real, obtemos como resultado uma fração equivalente. Dessa
forma, para racionalizar uma fração, basta multiplicar seu numerador e
denominador por um número que transforme o irracional do denominador em
racional. Esse número é chamado de conjugado.
Exemplos:
Exemplo:
Solução:
69
d) Escrevendo √11 em forma de fração temos √11 = 11 /
. O número que
quando eu somo 23 resulta 25 é o 2. Logo o conjugado de √11 é √11 .
Exemplos:
b)
√
c)
√
Solução:
1 √4 √4 √4 √2 √2 . √2 √2
. = = = = = .
√4 √4 √4 4 2 2 2
√
Logo, a forma racionalizada de é .
√
3 √6 3 √6 3 √6 √6
. = = = .
√6 √6 √6 6 2
√
Logo, a forma racionalizada de é .
√
70
c) Escrevendo √32 em forma de potência temos √32 = 32 /
= (2 ) /
=2 /
. O
número menor que 3 que quando eu somo 1 resulta um múltiplo de 3 é o 2,
logo o conjugado de √32 é √32 . Multiplicando o numerador e denominador
√ √ √ √ √ .√ . √ √
. = = = = = = .
√ √ √
√
Logo, a forma racionalizada de é .
√
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
Vimos que para resolver expressões numéricas existe uma ordem a ser
seguida. Primeiro, eliminamos os parênteses resolvendo tudo que está dentro dele.
Depois, fazemos o mesmo para os colchetes e, em seguida, para as chaves. Dentro
de cada um desses delimitadores obedecemos à seguinte ordem:
25 + 3 : 9 + [3 . 5– 3. (2 − 5 )] =
25 + 3 : 9 + [3 . 5– 3. (8 − 5)] =
25 + 3 : 9 + [3 . 5– 3.3] =
25 + 3 : 9 + [9.5– 3.3] =
25 + 3 : 9 + [45– 9] =
71
25 + 3 : 9 + 36 =
25 + 27: 9 + 36 =
25 + 3 + 36 =
= 64
4. 2 + [1. 2 − 5 ]. √256 =
4. 2 + 15. √256 =
4. 2 + {15.4} =
4. 2 + 60 =
4.4 + 60 =
16 + 60 =
= 76
72
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 17.
b) 18.
c) 26.
d) 34.
e) 35.
a)
b)
c)
d)
e)
a) 0,625.
b) 6,25.
c) 62,5.
d) 625.
e) 6250.
73
b) 9
c) 27
d) 243
e) 81
a) √1458
b) √729
c) 2 √70
d) 2 √38
e) √140
a) 0,3
b) -0,3
c) -0,2
d) 0,2
e) 0
a) 2√3
b) 4√12
c) 4√27
d) 7√3
e) 7√6
74
III. Efetuando-se 3 + √5 . 3 − √5 , obtém-se um número múltiplo de 2.
75
GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL UNIDADE
Ponto, reta e plano são as noções primitivas da geometria. Não existe uma
maneira de definir esses objetos, mas, precisamos de cada um deles para
construirmos todas as definições geométricas. O que podemos fazer é discutir as
propriedades e características de cada um deles, e ressaltar sua importância para
a Geometria.
O ponto não possui dimensão nem forma, ou seja, ele é adimensional. É muito
usado para indicar a localização de algum objeto no espaço. Utilizamos letras
maiúsculas para nomear um ponto.
Figura 7: Ponto
A reta é um conjunto de pontos que não fazem curva. É infinita para duas
direções. Uma vez que esses pontos estão lado a lado, conseguimos medir pedaços
de retas. Esses pedaços de retas são chamados de segmentos de reta. Mas
conseguimos medir apenas o comprimento, a largura não tem como medir. Por esse
motivo, a reta é um elemento unidimensional. Para nomeá-las usamos letra
minúscula.
76
Figura 8: Reta
Assim como a reta é formada por vários pontos, o plano é formado por várias
retas alinhadas. Também pode ser visto como um conjunto de pontos. Ele é uma
superfície plana infinita para todas as direções e não faz curva. Nele é possível
desenhar diversas, medir o comprimento e largura de cada uma delas, por isso, o
plano é considerado um objeto bidimensional. Utilizamos letras maiúsculas do
alfabeto grego para nomeá-los.
Figura 9: Plano
77
I. Postulado da existência:
a) Existe reta e numa reta, bem como fora dela, há infinitos pontos.
b) Existe plano e num plano, bem como fora dele, há infinitos pontos.
a) Dois pontos distintos determinam uma única reta que passa por eles.
b) Três pontos distintos não colineares determinam um único plano e passa por
eles.
Se uma reta tem dois pontos distintos num plano, então ela está contida no
plano.
Quando duas retas estão no mesmo plano pode haver uma certa interação
entre elas, gerando algumas definições e propriedades. São elas:
I. Retas paralelas:
Duas retas são paralelas quando não possuem nenhum ponto em comum
(paralelas distintas) ou, quando possuem todos os pontos em comum (paralelas
coincidentes). Uma propriedade interessante das retas paralelas distintas é que a
distância entre elas será sempre a mesma, independentemente do ponto que
escolhemos medir.
78
Figura 10: À esquerda, retas r e s paralelas distintas e, à direita, retas i e f paralelas
coincidentes.
Duas retas são chamadas de retas reversas se não existir nenhum plano que
contenha essas retas. Resumindo, dadas duas retas r e s temos:
79
Figura 12: Resumo das posições relativas das retas
FIGURAS PLANAS
80
polígonos regulares.
Tabela 2: Nomenclatura das principais figuras planas de acordo com o número de lados
Número de lados Nomenclatura
3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
11 Undecágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono
Fonte: Elaborada pela Autora (2021)
O círculo, também conhecido como disco, é uma figura plana que não possui
lados. É formado pelo raio, que a é a distância entre o centro e a extremidade e o
81
diâmetro, que é o segmento de reta que passa pelo centro e vai de um lado ao
outro.
Figura 14: Círculo com um raio e um diâmetro
Elementos de um Polígono
82
Perímetro de Figuras Planas
Quadrado
L = lado A = L. L = L P = 4L
Retângulo
b = base
A = b. h P = 2b + 2h
h = altura
Trapézio
b = base menor
B = base maior
L = lado (B + b). h
A= P=L+L +B+b
L’ = lado 2
h = altura
Losango
L = lado
D. d
D = diagonal maior A= P = 4L
d = diagonal menor 2
Círculo
r = raio A = πr P = 2πr
83
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)
Exemplos:
Solução: uma vez que o perímetro é a soma dos lados temos que
P = 8 + 8 + 8 + 8 cm.
A base desse paralelogramo mede 3 + 5 = 8 cm e a altura mede 5 cm. Logo sua
área é
A = 8.5 = 40cm .
Um ciclista costuma dar 10 voltas completas por dia no quarteirão circular
onde mora, cujo raio é de 3 m. Calcule a distância que esse ciclista pedala por dia.
(Use π = 3,14)
Solução: para calcular a distância D que esse ciclista pedala por dia, basta
calcular o perímetro P desse círculo e multiplicar por 10, já que ele pedala 10 voltas
84
por dia, ou seja,
D = P. 10 = (2π. 3). 10 = 188,4m.
Logo esse ciclista pedala por dia 188,4 metros.
FIGURAS ESPACIAIS
85
Figura 18: Cilindro
É um sólido geométrico que possui base poligonal e os lados são formados por
polígonos triangulares, unidos num vértice que não pertence ao plano da base.
86
Figura 20: Pirâmide de base triangular, também conhecida como tetraedro.
O cone é um sólido bem parecido com a pirâmide. Possui base circular e, por
esse motivo, não possui lados triangulares, assim como a pirâmide.
87
Figura 22: Paralelepípedo
Os poliedros convexos, são sólidos geométricos que possuem faces planas e qualquer
segmento com extremidades dentro do poliedro estará totalmente contido no poliedro.
Nesses poliedros, aplicas-se a relação de Euler, V+F = A + 2, sendo V vértice, F face e A
aresta. Dos sólidos apresentados, quais são os poliedros são convexos?
88
UNIDADES DE MEDIDA
Unidades de comprimento
89
Exemplos:
8 : 100 = 0,08.
Logo, 8 cm = 0,08 m.
Unidades de Área
Vimos que a área pode ser calculada através do produto entre duas
dimensões do plano. Existem diversas unidades de medida de área, como, por
exemplo, o hectare, mas, a utilizada no Sistema Internacional de Medidas (SI) é o
metro quadrado (m ), seus múltiplos e submúltiplos.
Os múltiplos do metro quadrado são: quilômetro quadrado (km ), hectômetro
quadrado (hm ) e o decâmetro quadrado (dam ). Já seus submúltiplos são:
decímetro quadrado (dm ), centímetro quadrado (cm ) e milímetro quadrado
(mm ). Acompanhe os valores de cada um deles na tabela abaixo:
90
𝟏𝐡𝐦𝟐 = 𝟏𝟎𝟒 𝐦𝟐 𝟏𝐜𝐦𝟐 = 𝟏𝟎 𝟒 𝐦𝟐
𝟐
𝟏𝐝𝐚𝐦 𝟏𝐦𝐦𝟐 = 𝟏𝟎 𝟔 𝐦𝟐
𝟐 𝟐
= 𝟏𝟎 𝐦
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)
Muitas vezes precisamos fazer uma conversão dessas medidas de área. Para
isso, podemos nos basear na seguinte Figura:
Exemplo:
91
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 19200 m
b) 9600 m
c) 38400 m
d) 10240 m
e) 320 m
Terreno 1: 55 m por 45 m.
Terreno 2: 55 m por 55 m.
Terreno 3: 60 m por 30 m.
Terreno 4: 70 m por 20 m.
Terreno 5: 95 m por 85 m.
Para optar pelo terreno de maior área, que atenda às restrições impostas pela
prefeitura, os moradores deverão escolher o terreno.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
92
3. (PUC RIO-2008) Um festival foi realizado num campo de 240 m por 45 m. Sabendo
que por cada 2 m havia, em média, 7 pessoas, quantas pessoas havia no festival?
a) 42.007.
b) 41.932.
c) 37.800.
d) 24.045.
e) 10.000.
4. (Faculdade Santo Agostinho BA/2020) Beatriz quer colocar uma fita decorativa ao
redor do tampo de uma mesa redonda.
a) 3 m.
b) 4 m.
c) 5 m.
d) 6 m.
e) 60 m.
93
Desse modo, a área do quadrado destacado em cinza na figura é obtida pela
expressão:
a) a = (a − b) + 2ab
b) (a − b) = a + b − 2ab
c) a = (a − b) − 2ab
d) (a + b) = a + b + 2ab
e) (a + b) = a − b + 2ab
a) 36cm
b) 48cm
c) 52cm
94
d) 44cm
e) 30cm
a) 0,23 e 0,16.
b) 2,3 e 1,6.
c) 23 e 16.
d) 230 e 160.
e) 2 300 e 1 600.
8. Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular que mede 0,2
km de largura e 0,3 km de comprimento. Quantos metros de arame farpado
devem usar?
a) 500 m.
b) 600 m.
c) 1000 m.
d) 60000 m.
e) 7000 m.
95
CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO UNIDADE
7.1 INTRODUÇÃO
8
7.2.1 Unidades de medidas de arco
Grau (º): é o ângulo formado por uma das partes em que uma circunferência
Exemplo 1:
9
b) Converter em graus (2):
7𝜋 7𝜋𝑟𝑎𝑑
𝑟𝑎𝑑 𝑥 ∙ 180
15 = ⇒ 𝑥 = 15 = 84° (2)
𝜋𝑟𝑎𝑑 180 𝜋𝑟𝑎𝑑
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
10
Um arco de medida 𝛼 será limitado por pontos que denotamos de
extremidades do arco. Um dos pontos pode ser obtido percorrendo a circunferência
a partir da origem, no sentido anti-horário, se 𝛼 for positivo, e no sentido horário se
𝛼 for negativo, de acordo com as figuras.
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
São arcos que tem a mesma extremidade e diferem apenas pelo número de
voltas inteiras, por exemplo: Os arcos 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são côngruos se:
𝛼 = 70°, 𝛽 = 430° e 𝛾 = 790°; 𝛽 = 360° + 70° uma volta mais 70°; 𝛾 = 2 ∙ 360° +
70° que corresponde a duas voltas mais 70°;
Denomina-se primeira determinação positiva de um arco à medida 𝛼 do arco
côngruo a ele, tal que 0 ≤ 𝛼 < 360° ou 0 ≤ 𝛼 < 2𝜋𝑟𝑎𝑑.
Exemplo 2:
11
1910 ÷ 360 = 5 𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 110. Isto quer dizer que foram dadas 5 voltas
completas e um arco de volta igual a 110°. Logo a 1ª determinação positiva é
110°. A expressão geral é dada por: 𝛼 = 110° + 𝑘 ∙ 360°, 𝑘 ∈ ℤ.
A medida de um ângulo 𝛼 pode ser obtida pela equação (3):
𝛼 = (3)
Um pouco de História....
Pitágoras foi um filósofo e geômetra grego, nascido na ilha de Samos, por
volta do ano 580 a.C. Fundador da famosa escola pitagórica, que era um centro de
estudo de Filosofia, Matemática, Astronomia e Música. Esse grupo intitulado os
pitagóricos tinha um comportamento misterioso e secreto e deram relevantes
12
contribuições para as ciências e a música. Atribui-se aos Pitagóricos a descoberta
dos números irracionais, o surgimento da raiz quadrada e a escala de tons musicais
e a Pitágoras a descoberta da relação entre as medidas dos lados de um de um
triângulo retângulo, o famoso teorema de Pitágoras, possivelmente, é o resultado
matemático mais conhecido do mundo, com aplicação nos diversos ramos do
conhecimento, como na Geometria, na Trigonometria, na Física, na Engenharia, na
Arquitetura, nas Artes Plásticas e em muitas outras áreas. Ainda tem-se apresentado
como uns dos teoremas mais demonstrados da história por pessoas comuns
utilizando caminhos diferentes.
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
13
Exemplo 3:
Considere um quadrado ABCD cujo lado mede e a diagonal com medida
𝑑. Determine a relação entre a diagonal 𝑑 e o lado .
Solução: considerando o triângulo retângulo ABC e aplicando o teorema
de Pitágoras, obtemos (6):
𝑑 =2 ⇒𝑑= 2 (6)
𝑑 = √2
Qual a relação que expressa a altura de um triângulo equilátero de lado l? E como ficaria
a altura de um cone reto, cuja a base é uma circunferência de raio r e o segmento de
reta que tem extremidades o vértice do cone e um ponto da circunferência da base é a
geratriz, representada por g.
14
Exemplo 4:
Solução:
Para o cálculo da
𝐕𝐂𝟐 = 𝐕𝐀𝟐 + 𝐕𝐁𝟐
distância utiliza-se:
𝐕𝐂𝟐 = 𝟑𝟎𝟐 + 𝟒𝟎𝟐
𝑑 = 𝑣. 𝑡 ,
𝐕𝐂𝟐 = 𝟗𝟎𝟎 + 𝟏𝟔𝟎𝟎(8)
então temos (9):
𝐕𝐂𝟐 = 𝟐𝟓𝟎𝟎
𝐕𝐂 = √𝟐𝟓𝟎𝟎 𝐝𝐂 = 𝟓𝟎. 𝟔
𝐕𝐂 = 𝟓𝟎 𝐤𝐦/𝐡 𝐝𝐂 = 𝟑𝟎𝟎 𝐤𝐦 (𝟗)
15
Uma outra maneira de resolver o problema é calcular as distâncias dos ciclistas
e em seguida aplicar o teorema de Pitágoras, lembrando que, além do teorema de
Pitágoras, existem outras equações métricas entre os elementos de um triângulo
retângulo, veremos na sequência.
𝒃𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒎
𝒄𝟐 = 𝒂 ∙ 𝒏 (10)
𝒉𝟐 = 𝒎 ∙ 𝒏
𝒃∙𝒄=𝒂∙𝒉
16
Exemplo 5:
17
7.6.1 Razões Trigonométricas de um Ângulo Agudo
A projeção do raio 𝑂𝐴 sobre o eixo das abcissas (x) define 𝑂𝐵 , então a razão
entre 𝐴𝐵 e 𝑂𝐴 é igual ao seno de 𝜃.
A projeção do raio 𝑂𝐴 sobre o eixo das ordenadas (y) define 𝐴𝐵, então a razão
entre 𝑂𝐵 e 𝑂𝐴 é igual ao cosseno de 𝜃.
E a razão entre 𝐴𝐵 e 𝑂𝐵 determina a tangente de 𝜃.
Podemos escrever (15):
18
dos valores atribuídos a variável.
Ainda podemos definir, utilizando a semelhança de triângulo as razões
𝟏
Secante: o inverso do cosseno: 𝐬𝐞𝐜 𝜽 = 𝐜𝐨𝐬 𝜽
𝟏
Cossecante: o inverso do seno: 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝜽 = 𝐬𝐞𝐧 𝜽
(𝒔𝒆𝒏𝒙)𝟐 + (𝒄𝒐𝒔𝒙)𝟐 = 𝟏𝟐
𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 + 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝒙 = 𝟏 (16)
Exemplo 6:
Solução:
Usando a relação fundamental trigonométrica, temos (19):
𝐬𝐞𝐧𝐱 ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝐱
19
𝐬𝐞𝐧𝐱 ∙ 𝟏 − 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝐱 𝐬𝐮𝐛𝐬𝐭𝐢𝐭𝐮𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝐱 = (𝟏 − 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝐱) (19)
𝐬𝐞𝐧𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝟑 𝐱 − 𝐬𝐞𝐧𝐱 𝐚𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐢𝐯𝐚
−𝐬𝐞𝐧𝟑 𝐱 ∎
b) Mostre que 𝑠𝑒𝑐𝑥 − 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 ∙ 𝑡𝑔𝑥
Solução :
Desenvolvendo o lado esquerdo temos (20):
𝟏 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝒙 𝒔𝒆𝒏𝟐 𝒙 𝒔𝒆𝒏𝒙
− 𝒄𝒐𝒔𝒙 = = = 𝒔𝒆𝒏𝒙 ∙ = 𝒔𝒆𝒏𝒙 ∙ 𝒕𝒈𝒙 (𝟐𝟎)
𝒄𝒐𝒔𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙 𝒄𝒐𝒔𝒙
Solução:
Usando a relação fundamental trigonométrica, temos (21):
𝟐
𝟑 𝟗 √𝟕
+ 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝒙 = 𝟏 ⇒ + 𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝒙 = 𝟏 ⇒ 𝐜𝐨𝐬 𝒙 = ∓ (𝟐𝟏)
𝟒 𝟏𝟔 𝟒
Como 0 < 𝑥 < , temos que o arco pertence ao 1º quadrante, onde o 𝑐𝑜𝑠𝑥
√
é positivo, logo cos 𝑥 =
20
Exemplo 7:
Solução:
d) Esboço do problema
Exemplo 8:
21
Figura 16: exemplo 8
22
Para determinar o seno, cosseno, tangente ou mesmo as medidas das inversas
trigonométricas, primeiramente selecionamos a medida da unidade do arco, para
isso basta escolher uma das opções que será fornecida ao apertar a tecla Mode
obtendo:
Se o ângulo for dado em graus você devera selecionar a opção 1 (DEG), caso
a medida do ângulo seja radianos, escolha a opção 2 (Rad), digitando o número 2,
por exemplo o cos60° = 0,5. Primeiramente a sigla DEG deverá estar ativa, em seguida
selecione a função cosseno digita 60 e aperte o igual. Caso a medida do ângulo seja
radianos, selecione a opção Rad, em seguida a tecla cos e digite em seguida a
A lei dos cossenos é uma relação matemática para o cálculo das medidas dos
lados e dos ângulos de um triangulo qualquer, inspirada no teorema de Pitágoras, de
fato a lei dos cossenos é frequentemente chamada de “teorema de Pitágoras
generalizada”, pois contém o teorema clássico como um caso especial. A lei dos
cossenos é ferramenta necessária para resolver os casos de semelhança de triângulo
LAL(lado-ângulo-lado) e LLL(lado-lado-lado).
Considere o Δ𝐴𝐵𝐶 qualquer, com as medidas dos lados e dos ângulos de
acordo com a figura, definimos (26;27;28):
𝒂𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒃 ∙ 𝒄 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑨 (26)
𝒃 = 𝒂𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ 𝒄 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑩 (27)
23
𝒄𝟐 = 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒂 ∙ 𝒃 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝑪 (28)
24
FIXANDO O CONTEÚDO
√
a)
b)
c)
√
d)
√
e)
a)
b)
c)
d)
e)
√
3. Sabendo que cos 𝛼 = e que o 𝑠𝑒𝑛 𝛼 = − , podemos afirmar corretamente que
a) 0
√
b) − −
√
c) +
√
d) −
√
e) − +
25
4. (EEAR- 2019) Analisando a figura, pode-se afirmar corretamente que o valor de 𝑥
é:
a) 16 − √2
b) 6√2 − 4
c) 6(2 − √2)
d) 12 − 2√2
e) 4 2 − √2
a) 36.000 m
b) 31.177 m
c) 25.456 m
d) 13.140
e) 6588
6. No triângulo a seguir temos dois ângulos, um medindo 45°, outro medindo 105°, é
um dos lados medindo 90 metros. Com base nesses valores determine a medida
de 𝑥.
26
a) 100√2
b) 200√2
c) 90√2
d) 25
e) 100
7. Em uma fazenda, uma estrada reta que liga duas porteiras A e B, outra estrada
reta liga B a uma porteira C, sendo 𝐶𝐵 = 5 𝑘𝑚 , 𝐵𝐴 = 10√3 𝑘𝑚 e 𝐴𝐵𝐶 = 150° .
Calcule a distância entre os pontos 𝐴 e 𝐶 em 𝑘𝑚.
a) 5√19
b) 5√7
c) 9√3
d) 25
e) 10
a) 𝑠𝑒𝑛 𝑥
b) cos 𝑥
c) cos 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝑥
d) cossec 𝑥
e) sec 𝑥
27
FUNÇÃO UNIDADE
8.1 INTRODUÇÃO
28
Dados os conjuntos 𝐴 e 𝐵, a função 𝑓 tem a lei de correspondência 𝑦 = 𝑓(𝑥).
29
I. É necessário que todo elemento 𝑥 ∈ 𝐴 participe de pelo menos um par
ordenado (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓, com 𝑦 ∈ 𝐵, isso significa, que todo elemento de 𝐴 deve
servir como ponto de partida da flecha.
II. É necessário que todo elemento 𝑥 ∈ 𝐴 participe de apenas um único par
ordenado (𝑥, 𝑦) ∈ 𝑓, isto é, cada elemento de 𝐴 deve servir como ponto de
partida de uma única flecha.
Para que uma relação seja uma função ela tem que satisfazer,
necessariamente as condições descritas acima.
30
8.2.1 Domínio e Imagem
Exemplo 10:
𝒇(𝒙) = √𝒙 + 𝟐 (30)
Solução:
√𝟐𝒙
𝒈(𝒙) = 𝒙 𝟏
(31)
31
Solução:
𝒙
𝒉(𝒙) = (32)
√𝒙 𝟑
Solução:
A expressão dentro do radical não pode ser negativa, além disso a raiz está
no denominador, ou seja, o denominador tem que ser diferente de zero, logo 𝑥 −
3 > 0, então 𝑥 > 3. O domínio de 𝑓 é o intervalo ]3, +∞) ou escrevemos (33):
𝑫𝒇 = {𝒙 ∈ ℝ|𝒙 > 𝟑} (33)
Funções Iguais
1) Domínios iguais;
2) Contradomínio iguais;
3) 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) para todo 𝑥 do domínio.
32
Figura 19: Função Crescente, Decrescente e Constante
Definições:
Uma função 𝑓 é crescente sobre um intervalo se, para dois valores quaisquer
𝑥 e 𝑥 pertencentes ao domínio, com 𝑥 < 𝑥 tivermos 𝑦 < 𝑦 sendo 𝑦 e 𝑦 as
imagens correspondentes a 𝑥 e 𝑥 .
Uma função 𝑓 é decrescente sobre um intervalo se, para dois valores
quaisquer 𝑥 e 𝑥 pertencentes ao domínio, com 𝑥 < 𝑥 tivermos 𝑦 > 𝑦 sendo 𝑦 e
𝑦 as imagens correspondentes a 𝑥 e 𝑥 .
Uma função 𝑓 é constante sobre um intervalo se, para dois valores quaisquer
𝑥 e 𝑥 , distintos, pertencentes ao domínio, com 𝑥 < 𝑥 tivermos uma variação nula
para 𝑦 e 𝑦 , ou seja, valores distintos do domínio tem imagens iguais.
Simetria
33
numericamente. Existem três tipos particulares;
1) Simetria com relação ao eixo vertical – Eixo 𝒀
34
Figura 21: Simetria em X
Numa análise algébrica podemos observar que gráficos com este tipo de
simetria não são de funções, mas podemos dizer que (𝑥, −𝑦) está sobre o gráfico
quando (𝑥, 𝑦) também está.
A simetria em relação ao eixo X formam curvas que não satisfazem as condições de uma
função. Você saberia por quê? Como poderíamos restringir a curva para torna-la uma
função?
O gráfico toma o mesmo aspecto quando olhamos tanto o seu lado esquerdo
para baixo como seu lado direito para cima.
Algebricamente os valores 𝑥 do domínio de 𝑓, assume 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥), funções
desse tipo são denominadas de funções ímpares. Numericamente a tabela toma os
aspectos.
35
Funções Limitadas
36
todos os valores da imagem de 𝑓 sobre algum intervalo aberto contendo 𝑐. Agora,
se 𝑓(𝑐) é menor ou igual a todos os valores da imagem de 𝑓, então 𝑓(𝑐) é o valor
mínimo absoluto de 𝑓.
37
(35):
𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = ±∞ ou 𝐥𝐢𝐦 𝒇(𝒙) = ±∞ (35)
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂
Função Sobrejetiva
Função Injetiva
Função Bijetiva
Dizemos que uma função é bijetiva quando ela é ao mesmo tempo injetiva e
38
sobrejetiva, ou seja, as duas condições são satisfeitas (35):
𝑰𝒎𝒇 = 𝑪𝑫
𝒙𝟏 ≠ 𝒙𝟐 ⇒ 𝒇(𝒙𝟏 ) ≠ 𝒇(𝒙𝟐 ) (35)
Função Inversa
𝒇 𝟏
: 𝑩 → 𝑨 tal que 𝒇 𝟏
= 𝒙 ⇔ 𝒇(𝒙) = 𝒚 (𝟑𝟕)
Exemplo 11:
Solução:
39
função polinomial de grau 𝑛.
A função zero dada por 𝑓(𝑥) = 0 é uma função polinomial, ela não tem grau
nem coeficiente principal. Já a função constante assume a forma 𝑓(𝑥) = 𝑎, em que
𝑎 ∈ ℝ, isso significa que todo elemento 𝑥 do domínio está associado ao mesmo
elemento 𝑦 da imagem. O gráfico da função constante é uma reta paralela ao eixo
dos 𝑥 passando pelo ponto (0, 𝑎).
Funções polinomiais são definidas e contínuas sobre todos os números reais,
para seu estudo é importante reconhecer se a função é polinomial e qual o tipo.
A função zero e todas as funções constantes são polinomiais. Algumas outras
funções familiares são também polinomiais, como apresentado a seguir:
Funções polinomiais de grau indefinido ou de grau baixo, com 𝑎, 𝑏 e 𝑐 números
reais.
𝟐
𝒇(𝒙) = −𝟑𝒙 + 𝟐; 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝟏; 𝒇(𝒙) = 𝟏𝟎𝒙 𝒇(𝒙) = 𝒙 − 𝟑
𝟑
40
𝒚 − 𝒚𝟏 = 𝒂(𝒙 − 𝒙𝟏 )
𝒚 𝒚𝟏
𝒂= (39)
𝒚 𝒚𝟏
41
Figura 27: Função Linear
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem.
Gráfico da Função polinomial de 1º grau
O gráfico cartesiano da função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, com 𝑎 ≠ 0 é uma reta que para
ser definida são necessários dois pontos da função, podemos utilizar os interceptos
42
𝒃
𝒇(𝒙) = 𝒚 ∴ 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃 ∴ 𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 ∴ 𝒂𝒙 = −𝒃 ∴ 𝒙 = − (40)
𝒂
Exemplo 11:
Solução:
1) Raiz: 𝑥 = − ∴ 𝑥 =
43
responder a pergunta:
𝑓(𝑥) > 0
Para quais valores de 𝑥 tem-se: 𝑓(𝑥) = 0
𝑓(𝑥) < 0
Exemplo 13:
Solução:
𝟐
𝒇(𝒙) = 𝟎 ⇒ −𝟑𝒙 + 𝟐 = 𝟎 ⇒ 𝒙 = . 𝒂 = −𝟑 ⇒ 𝒂 < 𝟎 ; (43)
𝟑
Para 𝑓(𝑥) > 0 tem-se 𝑥 < e quando 𝑓(𝑥) < 0 tem-se 𝑥 > .
44
𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄, onde 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são constantes reais e 𝒂 ≠ 𝟎.
São exemplos de função polinomial de 2º grau (44)
𝒃 𝟐 ∆
𝒇(𝒙) = 𝒂 𝒙+ − (45)
𝟐𝒂 𝟒𝒂𝟐
𝑏 ∆ 𝑏 ∆ 𝑏 ∆
𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥+ − ⇔𝑎 𝑥+ − =0 ⇔ 𝑥+ − =0
2𝑎 4𝑎 2𝑎 4𝑎 2𝑎 4𝑎
𝑏 ∆ 𝑏 ∆ −𝒃 ± √∆
⇔ 𝑥+ = ⇔𝑥+ =± ⇔𝒙= (𝟒𝟔)
2𝑎 4𝑎 2𝑎 4𝑎 𝟐𝒂
Fórmula de Bhaskara
45
isto é, 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 , e ∆= 𝑏 − 4𝑎𝑐. As raízes ficam condicionada ao fato de √∆
ser real, definindo três situações:
𝒃
𝒙′ = 𝒙" = (48)
𝟐𝒂
Eixo de Simetria
∆
𝑉(− ,− ) (49)
46
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, é o conjunto dos números reais e representamos por:
𝐷 = ℝ.
O conjunto imagem da função polinomial de 2º grau 𝑓: ℝ → ℝ, dada por
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, é o conjunto definido por (50; 51):
∆
1) 𝑎 > 0 ⇒ 𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ| y ≥ − } (50)
∆
2) 𝑎 < 0 ⇒ 𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ| y ≤ − } (51)
𝒃±√∆
1) Encontrar as raízes 𝒙 = 𝟐𝒂
;
∆
2) Encontrar o vértice 𝑉(− ,− );
Exemplo 13:
a) Faça o esboço do gráfico da função 𝒚 = 𝒙𝟐 − 𝟒𝒙 + 𝟑.
Solução:
47
8.5 FUNÇÃO POTÊNCIA
Função potência formam uma importante família de funções pela sua própria
estrutura e aplicabilidade, além de fazer parte de outras funções.
Definição
Qualquer função que pode ser escrita na forma 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 , onde 𝑎 e 𝑛 são
constantes reais diferentes de zero, é uma função potência. A constante 𝑛 é o
expoente e 𝑎 é a constante de proporção, dizemos então que 𝑓 é proporcional a
enésima potência de 𝑥.
Muitas das relações da geometria e da ciência são exemplos de função
potência, tais como: o comprimento da circunferência (𝐶 = 2𝜋𝑟), força da
muitos outros modelos de função potência que são expressos por uma proporção.
As funções potência com expoente positivo são exemplos de variação direta,
já as funções potência com expoente negativo são exemplos de variação inversa.
Vejamos alguns exemplos de função potência (53):
𝟏 𝟏
; 𝒑(𝒙) = 𝒙𝟓 (53)
𝟑
𝒇(𝒙) = 𝒈(𝒙) = √𝒙 𝒉(𝒙) = 𝒙𝟒
𝒙𝟐 𝟐
48
A função 𝑔(𝑥) é contínua com 𝐷 = ℝ e 𝐼𝑚 = ℝ, é crescente para todo 𝑥, é
uma função ímpar ou seja, simétrica em relação a origem, não é limitada, não tem
extremos e não tem assíntotas, como podemos verificar no gráfico.
𝟏𝒙
𝒇(𝒙) = 𝟑𝒙 𝒇(𝒙) = 𝒇(𝒙) = 𝟐𝒙 𝟏
𝒇(𝒙) = 𝟒 𝒙
𝒇(𝒙) = 𝟓 ∙ 𝟐𝒙 (55)
𝟐
Propriedades
49
𝑓(𝑥) = 𝑦, isto define que o par ordenado (0, 1) pertence a função para todo 𝑎 ∈ ℝ∗ −
{1}, geometricamente o gráfico da função exponencial corta o eixo 𝑌, no ponto de
ordenada 1.
𝒇(𝒙 + 𝟏) = 𝒂 ∙ 𝒇(𝒙)
Gráfico
50
Funções exponenciais são funções que modelam vários fenômenos da
ciências, engenharia, medicina, tais como, decaimento radioativo, capitalizações,
crescimento logístico, crescimento populacional, entre outros.
As funções exponenciais do tipo 𝑓(𝑥) = 𝑎 , assumem:
𝐷 = ℝ , 𝐼𝑚 =]0, +∞), são contínuas, não são simétricas, limitada inferiormente,
não tem extremos locais, assíntota horizontal em 𝑦 = 0, é crescente para 𝑎 > 1 e
decrescente para 0 < 𝑎 < 1.
A função exponencial natural 𝑓(𝑥) = 𝑒 , tem base o número irracional 𝑒, que
tem valor 𝑒 = 2,718281 …, também chamado de número de Euler, que foi quem
introduziu a notação da função exponencial natural com a propriedade especial
de simplificar os cálculos matemáticos, qualquer função exponencial pode ser
expressa em termos da base natural 𝑒. Como 𝑒 > 1, a função assume as
características de uma função exponencial crescente.
𝒄 𝒄
𝒇(𝒙) = ou 𝒇(𝒙) = , sendo 𝒄 o limite de crescimento (56)
𝟏 𝒌𝒂𝒙 𝟏 𝒌𝒆 𝒃𝒙
51
Tabela 4: Modelos de Crescimento Populacional
Tempos em anos População
0 População inicial 𝑃(0) = 𝑃
1 𝑃(1) = 𝑃 (1 + 𝑟)
2 𝑃(2) = 𝑃 (1 + 𝑟)
⋮
T 𝑃(𝑡) = 𝑃 (1 + 𝑟)
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
Decaimento Radioativo
Exemplo 14:
52
Solução:
Solução:
(59)
Solução:
53
Figura 33: Função Inversa
Propriedades Básicas
1) log 1 = 0, pois 𝑎 = 1
2) log 𝑎 = 1, pois 𝑎 = 𝑎
54
3) log 𝑎 = 𝑦, pois 𝑎 = 𝑎
4) 𝑎 = 𝑥, pois log 𝑥 = log 𝑥
Mudança de Base
𝐥𝐨𝐠 𝒙
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 = 𝐥𝐨𝐠 𝒃 𝒂 (62)
𝒃
55
log 𝑥 e representamos por (63):
Propriedades
56
Figura 34: Exemplos
Domínio e Imagem
Função seno
57
função é repetitivo para cada intervalo de comprimento 2𝜋. É alternadamente
crescente e decrescente, é uma função ímpar (simétrica em relação a origem), é
limitada. Admite máximo absoluto em 1 e mínimo absoluto em -1. O gráfico da
função recebe o nome de senóide. Tem sinal positivo nos quadrantes I e II e negativo
nos quadrantes III e IV.
Função Cosseno
58
Função Tangente
𝑘 ímpar. O gráfico da função recebe o nome de tangentoide. Tem sinal positivo nos
quadrantes I e III e negativo nos quadrantes II e IV.
59
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 < 2}
b) 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ/ 2 < 𝑥 ≤ 3}
c) 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≥ 2 𝑒 𝑥 ≠ 3}
d) 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ/ 𝑥 ≤ 2}
e) 𝐷 = {𝑥 ∈ ℝ/𝑥 > 2}
a) 3 𝑒 4
b) −3 𝑒
c) −1 𝑒 −
d) 𝑒1
e) 𝑒
3. Uma imobiliária possui 1.600 unidades de imóveis para alugar das quais 800 estão
alugadas por R$ 300,00 por mês. Uma pesquisa de mercado indica que, para
cada diminuição de R$ 5,00 no valor do aluguel mensal, 20 novos contratos são
fechados pela imobiliária. A receita mensal máxima em reais para um aluguel de
R$ 250,00 é
a) 25.000,00.
b) 22.500,00.
c) 225.000,00.
d) 245.000,00.
e) 250.000,00.
4. Qual é o valor por onde o gráfico de 𝑓(𝑥) = 2(𝑥 − 1) + 5 intercepta o eixo das
ordenadas.
60
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 5.
e) 7.
a) 𝑓(𝑡) = ∙
b) 𝑓(𝑡) = 7 ∙
c) 𝑓(𝑡) = ∙
d) 𝑓(𝑡) = 7 ∙
e) 𝑓(𝑡) = ∙
6. Dada a função 𝑓(𝑥) = log (𝑥 + 2), qual é a alternativa que não representa a
função:
61
a) 7meses.
b) 8 meses.
c) 11 meses.
d) 70 meses.
e) 80 meses.
b) O Máximo absoluto é 3.
c) A função é contínua e ímpar.
d) A função é periódica e crescente no intervalo de ] 0, 2𝜋 [.
e) Tem assíntotas horizontais em 𝑦 = 3 e 𝑦 = −3.
62
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS E UNIDADE
PROGRESSÕES
9.1 INTRODUÇÃO
Definição
n 1 2 3 4 5 6
F(n) 2 4 6 8 10 12
63
definida pela função 𝑓(𝑛) = 2𝑛. Dessa maneira podemos escrever os elementos da
sequência ordenadamente entre parênteses e separados por vírgula, ou seja,
escrevendo apenas a imagem de 𝑓.
𝐟 = (𝐚𝟏 , 𝐚𝟐 , 𝐚𝟑 , . . , 𝐚𝐧 )
Toda sequência numérica obedece a uma regra para sua construção, a essa
regra denominamos lei de formação. Uma regra pode ser representada de
diferentes maneiras, as mais comuns são por meio de uma fórmula, pela lei de
recorrência ou por uma propriedade.
Fórmula
𝐚𝐧 = 𝟐𝐧
𝐚𝟐𝟎 = 𝟐 ∙ 𝟐𝟎
𝐚𝟐𝟎 = 𝟒𝟎
Lei de Recorrência
64
2, sabendo que 𝑎 = 2, temos:
𝒏 = 𝟐 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝒂𝟐 𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝒂𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝟐 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟐 = 𝟑;
𝒏 = 𝟑 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟑 𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟐 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝟑 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟑 = 𝟒;
𝒏 = 𝟒 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝒂𝟒 𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝒂𝟑 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝟒 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟒 = 𝟓;
𝒏 = 𝟓 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝒂𝟓 𝟏 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝒂𝟒 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝟓 + 𝟏 ⇒ 𝒂𝟓 = 𝟔;
Um pouco de história
65
todo mês cada casal de coelhos adultos gera um casal de filhotes, os quais se
reproduzirão da mesma maneira que o primeiro casal;
nenhum coelho morre;
não há problemas no cruzamento dos casais.
Em algumas sequências não é possível obter uma fórmula ou mesmo uma lei
de recorrência, então seus termos são obtidos por meio de uma característica
comum, como por exemplo:
66
Igualdade
Duas aplicações 𝑓 e 𝑔 são iguais quando têm imagens iguais para todo 𝑥 do
domínio, ou seja :
𝒇 = 𝒈 ⇔ 𝒂𝒊 = 𝒃𝒊 ; ∀ 𝒊 ∈ ℕ∗
Definição de P.A
67
do segundo, é igual á soma do termo anterior com uma constante real 𝑟
denominada de razão da progressão aritmética (P.A). Sendo assim, toda sequência
𝑎1 = 𝑥
dada pela fórmula de recorrência 𝑎 = 𝑎 ; com (𝑥, 𝑟) ∈ ℝ e 𝑛 ∈ ℕ com 𝑛 ≥ 2
𝑛 𝑛−1 + 𝑟
𝒓 = 𝒂𝒏 − 𝒂𝒏 𝟏 = ⋯ = 𝒂𝟑 − 𝒂𝟐 = 𝒂𝟐 − 𝒂𝟏 (65)
Classificação da P.A
Crescente: P.A em que cada termo é maior que o anterior, para que isso ocorra
𝒓 >0.
Decrescente: P.A em que cada termo é menor que o anterior, para que isso
ocorra 𝒓 < 0 .
Constante: P.A em que cada termo é igual ao anterior, para que isso ocorra 𝒓 =
𝟎.
Exemplo: (𝟓, 𝟓, 𝟓, … )
68
Representações Especiais de P.A
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 + (𝒏 − 𝟏) ∙ 𝒓 (66)
Sendo assim, para obter o termo 𝑎550 saindo de 𝑎1 , basta adicionar ao termo
𝑎1 o número de razões necessárias para avançar até 𝑎550 . Para determinar esse valor
subtraímos os índices e encontramos a quantidade de razões, ou seja, 550 − 1 = 549,
69
esse valor é o número de razões que devemos adicionar ao primeiro termo para
obtermos 𝑎550 . Dessa maneira a equação para o problema proposto fica definida
por:
𝒂𝟓𝟓𝟎 = 𝒂𝟏 + (𝟓𝟓𝟎 − 𝟏) ∙ 𝒓
𝒂𝟓𝟓𝟎 = 𝟐 + (𝟓𝟒𝟗) ∙ 𝟑
𝒂𝟓𝟓𝟎 = 𝟐 + 𝟏𝟔𝟒𝟕
𝒂𝟓𝟓𝟎 = 𝟏𝟔𝟒𝟗 (𝟔𝟕)
𝒂𝒏 = 𝒂𝒑 + (𝒏 − 𝒑) ∙ 𝒓 (68)
Exemplo 15:
70
que serão inseridos entre 3 e 88. Então, vamos determinar a razão, sabendo que:
Solução:
I. Numa P.A finita, a soma de dois termos equidistante dos extremos é igual
à soma dos extremos.
Como podemos observar na P.A (3, 24, 45, 66, 87, 108) em que (69):
𝒂𝟏 + 𝒂𝟔 = 𝒂𝟐 + 𝒂𝟓 = 𝒂𝟑 + 𝒂𝟒 = 𝟏𝟏𝟏 (69)
II. Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é igual à média
aritmética entre os extremos.
Considere os três primeiros termos da P.A (3, 24, 45, 66, 87, 108), temos que
3 + 45
o termo médio ou termo central é 24, logo: = 24
2
III. De maneira geral, em uma PA de termos inteiros e razão não nula, todos
os termos deixam o mesmo resto quando divididos pelo módulo da razão.
Conta-se que aos nove anos de idade, um dos mais brilhantes matemáticos
e físico da história, Carl Friedrich Gauss (1777 - 1855) resolveu o problema
apresentado pelo seu professor facilmente: determinar o valor da soma dos 100
primeiros números inteiros positivos.
Para resolver o problema Gauss deduziu as propriedades de uma P.A, somou
71
a sequência duas vezes, da seguinte maneira:
Dessa maneira obteve duas vezes a soma dos termos da P.A, escrevendo:
𝟐𝑺 = 𝟏𝟎𝟏 ∙ 𝒏
2𝑆 = 101 ∙ 100
2𝑆 = 10100
10100
𝑆=
2
𝑆 = 5050
Sendo assim, o teorema que estabelece a soma dos termos de uma P.A finita
é dada pela relação, em que 𝑆 é a soma dos 𝑛 termos da P.A finita.
(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )∙𝒏
𝑺𝒏 =
𝟐
72
Podemos observar que a cada mês, o aumento foi diferente em termos
absolutos, mas igual em termos relativos. As sequências que tem esse
comportamento são chamadas de Progressão Geométrica ou P.G e descrevem
comportamentos financeiros, mas com aplicações nas mais diversas áreas.
Definição
𝒂𝒏 𝒂𝟑 𝒂𝟐
𝒒= =⋯= =
𝒂𝒏 𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟏
Perceba que utilizamos o nome razão tanto para as sequências do tipo P.A
quanto para PG. Entretanto, é interessante notar que, no caso de uma PG, a palavra
razão faz todo o sentido, visto que razão é o resultado do quociente entre dois
números.
Classificação de PG
73
Crescente: P.G em que cada termo é maior que o anterior, e pode ocorre de
duas maneiras:
1) Quando 𝑎1 > 0 e q > 1; Exemplo: (2, 4, 8, 16, … );
2) Quando 𝑎1 > 0 e 0 < q < 1; Exemplo: (−54, −18, −6, … );
Decrescente: P.A em que cada termo é menor que o anterior, e pode ocorre de
duas maneiras:
Constante: P.G em que todos os termos são iguais, isso ocorre quando q = 1 ou
quando todos os termos são nulos.
74
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞
𝑎3 = 𝑎2 ∙ 𝑞 ⇒ 𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 ∙ 𝑞 ⇒ 𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞2
𝑎4 = 𝑎3 ∙ 𝑞 ⇒ 𝑎4 = 𝑎1 ∙ 𝑞 ∙ 𝑞 ∙ 𝑞 ⇒ 𝑎4 = 𝑎1 ∙ 𝑞3 (70)
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏
Dessa maneira fica fácil determinar o termo 𝑎100 de uma P.G, por exemplo:
Dada a P.G em que 𝑎1 = 1 e 𝑞 = 3, determine o centésimo termo.
Para resolver esse problema basta substituir na fórmula do termo geral 𝑎100 ,
𝑎1 = 1 e 𝑞 = 3 (71)
^ e 𝒙𝒚
Exemplo 16:
Solução:
75
meios geométricos entre os extremos 3072 e 24. O primeiro cálculo é encontrar a
razão 𝑞 da P.G. Sabemos que 𝑎1 = 3072 e 𝑎8 = 24, utilizamos o termo geral temos
(72):
𝟐𝟒
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏 ⇒ 𝒂𝟖 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟖−𝟏 ⇒ 𝟐𝟒 = 𝟑𝟎𝟕𝟐 ∙ 𝒒𝟖−𝟏 ⇒ = 𝒒𝟕
𝟑𝟎𝟕𝟐
𝟏
∎ (72)
𝟕
⇒ 𝟕√𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟖 = 𝒒𝟕 ⇒ 𝒒 =
𝟐
II. Numa P.G. o produto dos termos equidistante dos extremos é constante.
Considere a P.G ( 3, 9, 27, 81, 243...) em que(74):
𝟖 = √𝟐 ∙ 𝟒 ∙ 𝟏𝟔 ∙ 𝟑𝟐 = √𝟒𝟎𝟗𝟔 (75)
𝟒 𝟒
Existem dois teoremas para a soma dos termos de uma P.G. finita, Considere
a P.G finita (𝑎 , 𝑎 , 𝑎 , … , 𝑎 ) de razão 𝑞 e de soma 𝑆𝑛 .
Sabemos que, quando multiplicamos um termo da P.G pela razão, obtemos
seu sucessor, dessa maneira:
76
Quando 𝑞 = 1, temos que a soma será dada por (76):
𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ + 𝑎𝑛
𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎1 + 𝑎1 + ⋯ + 𝑎1 definindo o teorema:
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒏 (76)
𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟐 + ⋯ + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏 (77a)
𝒒 ∙ 𝑺𝒏 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒒 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟐 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝟑 + ⋯ + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏−𝟏 + 𝒂𝟏 ∙ 𝒒𝒏 + (77b)
𝒂𝟏 ∙(𝒒𝒏 −𝟏)
𝑺𝒏 = (78)
𝒒−𝟏
Exemplo 17:
a) Qual é a soma dos termos da P.G (2, 6, 18, 54, 162, 486, 1458)?
Solução:
77
𝟐 ∙ (𝟑𝟕 − 𝟏)
𝑺𝟕 =
𝟑−𝟏
𝟐 ∙ (𝟐𝟏𝟖𝟕 − 𝟏)
𝑺𝟕 =
𝟐
𝑺𝟕 = 𝟐𝟏𝟖𝟔 (79)
Observe a P.G infinita ( , , , , … ) a ideia para a soma dos termos dessa P.G
é pensarmos em uma tela quadrada de lado 1 metro, então a cada dia você pinta
uma fração da tela, no 1º dia você pintou a metade da tela, no 2º dia um quarto
da tela, no 3º dia um oitavo e assim por diante, qual é o dia que você terá terminado
de pintar toda a tela?
Prosseguindo dessa maneira, percebemos que quando o número de dias
aumenta a área a ser pintada aproxima de zero. No estudo de cálculo diferencial
chamamos essa forma de aproximação de tender a um número, logo teríamos que
a medida que o número de dias tende ao infinito (∞) a área a ser pintada tende a
zero. E a soma das áreas pintadas corresponde a soma de uma P.G infinita. Então
podemos escrever o teorema para a soma dos termo de uma P.G infinita.
𝒂𝟏
𝑺∞ =
𝟏−𝒒
78
FIXANDO O CONTEÚDO
a) R$ 2200,00.
b) R$ 2350,00.
c) R$ 2500,00.
d) R$ 2650,00.
e) R$ 2800,00.
3. (Unicamp - adaptada) Dizemos que uma sequência de números reais não nulos
(𝑎 , 𝑎 , 𝑎 , ) é uma progressão harmônica se a sequência dos inversos
a) ( , , , , … )
b) ( , , , … )
c) ( , , , , … )
79
d) ( , , , … )
e) ( , 1, , 2, , 3, , … )
2𝑥 − 1, 𝑥 𝑝𝑎𝑟;
𝑓(𝑥) =
0, 𝑥 í𝑚𝑝𝑎𝑟
a) 50150.
b) 100500.
c) 250500.
d) 500500.
e) 100500.
a) 8 m.
b) b) 80 cm.
c) 800 m.
d) d) 88 cm.
e) e) 880 cm.
6. A dizima periódica 0,707070 … pode ser escrita como uma soma 0,70 + 0,0070 +
0,000070 + ⋯ e sua fração geratriz pode ser determinada pela fração:
a) 100
1
1−
10
b) 100
1
1−
100
80
7
c) 10
1
1−
100
d) 10
1
1−
10
7
e) 1
1−
10
a) 𝑎1 = 7 e 𝑞 = −4
b) 𝑎1 = 6 e 𝑞 = −3
c) 𝑎1 = 6 e 𝑞 = −4
d) 𝑎1 = 7 e 𝑞 = −3
e) 𝑎1 = 14 e 𝑞 = −3
a) 8.
b) 9.
c) 7.
d) 6.
e) 12.
81
ANÁLISE COMBINATÓRIA UNIDADE
10.1 INTRODUÇÃO
82
técnicas e métodos que estudam as combinações e as possibilidades das variáveis
de um conjunto. É muito comum perceber esses agrupamentos em várias situações
do cotidiano, por exemplo na criação de códigos, nas escolhas dos agrupamentos
numéricos nas loterias, nas combinações para os registros - CPF, carteira de
habilitação, placa de carros, ao discutirmos sobre as possibilidades dos quatro
primeiros colocados do campeonato brasileiro, nas combinações de roupas, nas
escolhas de grupos para o desenvolvimento de atividades e entre outras
circunstâncias, se mostrando fundamental o estudo e os conhecimentos da análise
combinatória.
Exemplo 17:
Solução:
83
Exemplo 18:
Solução:
Exemplo 19:
Solução:
10.3 FATORIAL
𝒏! = 𝒏 ∙ (𝒏 − 𝟏) ∙ (𝒏 − 𝟐) ∙ … ∙ 𝟑 ∙ 𝟐 ∙ 𝟏 para 𝒏 ≥ 𝟐 (80)
84
Consequências da definição:
I. 𝟎! = 𝟏
II. 𝟏! = 𝟏
Exemplo 20:
Calcule (81)
3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120
3! + 5! = 6 + 120 = 126 (81)
Exemplo 21:
Calcule (82)
3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120
3! + 5! = 6 + 120 = 126 (82)
Exemplo 22:
( )!
Simplifique ( )!
(83)
( )! ( )∙( )∙( )!
( )!
= ( )!
= (𝑛 + 4) ∙ (𝑛 + 3) = 𝑛 + 7𝑛 + 12 (83)
10.4 ARRANJO
85
III. Feitas as duas primeiras escolhas, há 𝑛 − 2 maneiras diferentes de escolher o
terceiro elemento da sequência.
IV. Para escolher o p-ésimo elemento, a partir de 𝑝 − 1 escolhas anteriores sobram
𝑛 − (𝑝 − 1) opções.
𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 = (𝑛−𝑝)!
(84)
Exemplo 23:
Solução:
𝟓𝟐! 𝟓𝟐∙𝟓𝟏∙𝟓𝟎∙𝟒𝟗∙𝟒𝟖!
𝐀𝟓𝟐,𝟒 = (𝟓𝟐 = (85)
𝟒)! 𝟒𝟖!
Exemplo 24:
𝟓! 𝟓∙𝟒∙𝟑∙𝟐!
𝑨𝟓,𝟑 = (𝟓 𝟑)!
= 𝟐!
= 𝟔𝟎 (86)
86
Então dentre esses grupos estão os números 123 e 132, os elementos
(algarismos) são iguais, mas os grupos (os números) são diferentes.
(𝑨𝑹)𝒏,𝒑 = 𝒏 ∙ 𝒏 ∙ 𝒏 ∙ … ∙ 𝒏 = 𝒏𝒑
Exemplo 8:
Solução:
(𝑨𝑹)𝟒,𝟑 = 𝟒 ∙ 𝟒 ∙ 𝟒 = 𝟔𝟒 (87)
10.6 PERMUTAÇÃO
87
para os elementos de um conjunto.
Considere 𝐴 um conjunto com 𝑛 elementos, isto é, 𝐴 = {𝑎 , 𝑎 , 𝑎 , … , 𝑎 },
chamamos de permutação dos 𝑛 elementos todo arranjo em que 𝑝 = 𝑛, ou seja, o
número de elementos do conjunto é igual ao número de elementos do
agrupamento.
Exemplo 26:
Solução:
Quantas escolhas são possíveis para o 1 lugar da fila indiana? Após a escolha
do 1° lugar, quantas são as possibilidades para o 2° lugar? E para o terceiro? E para
o quarto? E o 5° lugar?
𝑛! 𝑛! 𝑛!
𝑃𝑛 = 𝐴𝑛,𝑛 = (𝑛−𝑛)!
= = = 𝑛!
0! 1
88
Exemplo 27:
Solução:
𝑷𝒏 = 𝒏! 𝑷𝟔 = 𝟔! = 𝟐𝟒𝟎 anagramas
𝜶,𝜷𝜸 𝒏!
𝑷𝒏 =
𝜶! 𝜷! 𝜸!
Exemplo 28:
Solução:
São 8 letras, 1B, 4A, 2N e 1D, as consoantes: B, N e D,
Condição:
𝟒∙𝟕!
𝟒 ∙ 𝑷𝟒,𝟐
𝟕 = 𝟒!∙𝟐! = 420 (89)
89
Agora é com você! Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
Exemplo 29:
Solução:
{𝒆, 𝒇}; {𝒆, 𝒈}; {𝒆, 𝒉}; {𝒇, 𝒆}; {𝒇, 𝒈}; {𝒇, 𝒉}; {𝒈, 𝒆}; {𝒈, 𝒇}; {𝒈, 𝒉}; {𝒉, 𝒆}; {𝒉, 𝒇}; {𝒉, 𝒈} (90)
Notemos que os conjuntos de azul são iguais aos conjuntos de verde, pois em
teoria de conjuntos, a ordem dos elementos do conjunto não determina conjuntos
diferentes, ou seja {𝑒, ℎ} = {ℎ, 𝑒}. Nesse contexto é importante notar a diferença entre
uma combinação (conjunto) e uma sequência, pois em uma combinação não
importa a ordem dos elementos ao passo que em uma sequência importa a ordem
dos elementos. Isso explica a essência desses dois tipos de agrupamentos, enquanto
no arranjo temos uma escolha seguida de uma ordenação, na combinação, temos
apenas a escolha, ou seja, a ordem na qual os elementos são escolhidos não
importa.
Nos estudos de arranjo percebemos que para cada escolha de 𝑝 dentre os 𝑛
elementos dados, temos um número de ordenação que coincide com o número de
permutações de 𝑝 elementos, dessa maneira definimos:
90
Uma combinação simples de 𝑛 elementos tomados 𝑝 a 𝑝, com 1 ≤ 𝑝 ≤ 𝑛, por
qualquer escolha de 𝑝 desses elementos e escrevemos :
𝑨𝒏.𝒑 𝒏!
𝑪𝒏,𝒑 = = (𝒏−𝒑)!𝒑!
𝑷𝒑
tomados 𝑝 a 𝑝.
91
que os elementos sejam distintos. Por exemplo: podemos formar os pares 𝑎𝑎, 𝑏𝑏 e 𝑐𝑐,
totalizando seis pares 𝑎𝑎, 𝑎𝑏, 𝑎𝑐, 𝑏𝑏, 𝑏𝑐, 𝑐𝑐. Dessa maneira temos que os pares
formados por elementos distintos são combinações simples, já os pares que
apresentam letras repetidas não são combinações simples.
Seja 𝐴 um conjunto com 𝑛 elementos distintos, isto é, 𝐴 = {𝑎 , 𝑎 , 𝑎 , … , 𝑎 }, uma
combinação completa desses elementos tomados 𝑝 a 𝑝 é qualquer lista não
ordenada de 𝑝 elementos distintos ou não.
Exemplo 30:
Solução:
AB AC AD AA
BC BD BB
CD CC
DD
92
O uso da calculadora científica para o cálculo de arranjo, permutação e combinação.
Utilizaremos as Teclas para os cálculos de permutação, arranjo e combinação.
3 e igual.
3) Quantos números distintos de três algarismos podemos formar (3, 5, 8, 9)?
𝟒!
𝑨𝟒,𝟑 = (𝟒 = 𝟐𝟒 ; na calculadora, digita 4 e a 2ª função, mais tecla nCr mais
𝟑)!
a tecla 3 e igual.
93
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Valter, Márcio, Pedro, Lucas, Caio, Gil e Túlio estão disputando uma maratona.
Quantos são os agrupamentos possíveis para os três primeiros colocados.
a) 35.
b) 190.
c) 200.
d) 210.
e) 220.
a) 485.
b) 495.
c) 496.
d) 1200.
e) 10800.
a) 5040.
b) 2520.
c) 1260.
d) 840.
e) 210.
4. (ITAIPU - 2017) Com relação aos anagramas da palavra ITAIPU, identifique com V
as afirmativas verdadeiras e com F as afirmativas falsas.
94
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V, F, F, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, F.
e) F, V, V, F.
a) 992.
b) 703.
c) 496.
d) 688.
e) 1214.
a) 72.
b) 24.
c) 48.
d) 86.
e) 108.
a) 210.
b) 215.
95
c) 1050.
d) 1055.
e) 1100.
8. Tomam-se 10 pontos sobre uma reta 𝑟 e 8 pontos sobre outra reta 𝑠, paralela a 𝑟.
Quantos triângulos podem ser formados com vértices nesse conjunto de pontos?
a) 73.
b) 120.
c) 320.
d) 340.
e) 640.
96
BINÔMIO DE NEWTON UNIDADE
11.1 INTRODUÇÃO
𝒏 𝒏
𝑪𝒏,𝒑 = 𝒑
= (𝒏 𝒑)!𝒑!
97
Figura 40: Triângulo de Pascal
11.3 SOMATÓRIO
98
3ª Propriedade: Em qualquer linha, dois números binomiais equidistante dos
extremos são iguais.
99
Figura 43: Teorema das Linhas
de 0 até 𝑛.
100
11.5 RELAÇÃO DE STIFFEL
Exemplo 31:
Calcule 𝐴 = + + + .
Solução:
!
Utilizamos 𝐶 , = =( )! !
(92)
𝟓! 𝟑! 𝟓! 𝟕!
𝑨= (𝟓 𝟐)!𝟐!
+ (𝟑 𝟑)!𝟑! + (𝟓 𝟎)!𝟎! + (𝟕 𝟏)!𝟏! ⇒ 𝑨 = 𝟏𝟗 (92)
Exemplo 32:
Determine 𝑚 na igualdade =
Solução:
101
Exemplos 33:
Solução:
(𝒙 + 𝒂)𝟎 = 1
(𝒙 + 𝒂)𝟏 = 𝒙 + 𝒂
(𝒙 + 𝒂)𝟐 = 𝒙𝟐 + 𝟐𝒂𝒙 + 𝒂𝟐
(𝒙 + 𝒂)𝟑 = 𝒙𝟑 + 𝟑𝒙𝟐 𝒂 + 𝟑𝒙𝒂𝟐 + 𝒂𝟑 (94)
102
Para (𝑥 + 𝑎) temos:
Somando o produto:
𝒙 ∙ 𝒙 + 𝒙 ∙ 𝒂 + 𝒂 ∙ 𝒙 + 𝒂 ∙ 𝒂 = 𝒙𝟐 + 𝟐𝒂𝒙 + 𝒂𝟐 ;
Logo, (𝑥 + 𝑎) = 𝑥 + 2𝑎𝑥 + 𝑎
cálculo de combinação.
!
Lembrando que: 𝐶 , =𝐶 = =( )! !
𝒏 = 𝟎 → (𝒙 + 𝒂)𝟎 = 𝟏
𝒏 = 𝟏 → (𝒙 + 𝒂)𝟏 = 𝟏𝒙 + 𝟏𝒂
𝟎 𝟎 𝟎
(𝒙 + 𝒂)𝟎 = 𝒂 𝒙
𝟎
𝟏 𝟎 𝟏 𝟏 𝟏 𝟎
(𝒙 + 𝒂)𝟏 = 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙
𝟎 𝟏
𝟐 𝟎 𝟐 𝟐 𝟏 𝟏 𝟐 𝟐 𝟎
(𝒙 + 𝒂)𝟐 = 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙 + 𝒂 𝒙
𝟎 𝟏 𝟐
⋮ ⋮ ⋮ ⋮
𝒏 𝒏 𝒏 𝒏 𝒏
(𝒙 + 𝒂)𝒏 = 𝟎
𝒂𝟎 𝒙𝒏 + 𝟏
𝒂𝟏 𝒙𝒏 𝟏
+ 𝟐
𝒂𝟐 𝒙𝒏 𝟐
+⋯+ 𝒏 𝟏
𝒂𝒏 𝟏 𝟏
𝒙 + 𝒏
𝒂𝒏 𝒙𝟎 (96)
103
Assim, sendo 𝑛 um número natural qualquer, chamamos essa igualdade de
equação binomial e verificam-se as propriedades:
𝒏
𝒏
𝒏
(𝒙 + 𝒂) = ∙ 𝒙𝒏 𝒑
∙ 𝒂𝒑
𝒑
𝒑 𝟎
𝒏
𝑻𝒑 𝟏 = 𝒑
∙ 𝒙𝒏 𝒑
∙ 𝒂𝒑
Exemplo 34:
Desenvolva o binômio (𝑥 + 3) .
Solução:
𝒏
𝑛 = 4 ; utilizando o somatório, temos: (𝒙 + 𝒂)𝒏 = ∑𝒏𝒑 𝟎 𝒑 ∙ 𝒙𝒏 𝒑
∙ 𝒂𝒑 (97)
𝟒 𝟒 𝟒 𝟒 𝟒
(𝒙 + 𝟑)𝟒 = 𝟎
𝒙𝟒 ∙ 𝟑𝟎 + 𝟏
𝒙𝟑 ∙ 𝟑𝟏 + 𝟐
𝒙𝟐 ∙ 𝟑𝟐 + 𝟑
𝒙𝟏 ∙ 𝟑𝟑 + 𝟒
𝒙𝟎 ∙ 𝟑𝟒 (97)
𝟒 𝟒! 𝟒 𝟒! 𝟒 𝟒!
𝑪𝟒,𝟎 = 𝟎
= (𝟒 𝟎)!𝟎!
= 1 ; 𝑪𝟒,𝟏 = 𝟏
= (𝟒 𝟏)!𝟏!
= 4 ; 𝑪𝟒,𝟐 = 𝟐
= (𝟒 𝟐)!𝟐!
=6
𝟒 𝟒! 𝟒 𝟒!
𝑪𝟒,𝟑 = 𝟑
= (𝟒 𝟑)!𝟑!
= 4 ; 𝑪𝟒,𝟒 = 𝟒
= (𝟒 𝟒)!𝟒!
=1
104
(𝒙 + 𝟑)𝟒 = 𝒙𝟒 + 𝟏𝟐𝒙𝟑 + 𝟓𝟒𝒙𝟐 + 𝟏𝟎𝟖𝒙 + 𝟏𝟐 (98)
Exemplo 35:
Solução:
𝒏
n = 6 e a = 1; para encontrar o termo geral utilizamos: 𝑻𝒑 𝟏 = 𝒑
∙ 𝒙𝒏 𝒑
∙ 𝒂𝒑
𝟔
substituíndo obtemos: 𝑻𝒑 𝟏 = 𝒑
∙ (𝒙𝟐 )𝟔 𝒑
∙ 𝟏𝒑 (99)
𝟔
𝑻𝒑 𝟏 = 𝒑
∙ 𝒙𝟏𝟐 𝟐𝒑
∙ 𝟏𝒑, pede-se 𝑥 , logo
Exemplos 36:
Solução:
𝒑+𝟏=𝟓⇒𝒑=𝟒
𝒏
Usando: 𝑻𝒑 𝟏 = 𝒑
∙ (−𝒂)𝒑 ∙ 𝒙𝒏 𝒑
, obtemos:
𝟖 𝟒 𝟐𝟓𝟔 𝟒 𝟏𝟕𝟗𝟐𝟎
𝑻𝟒 𝟏 = ∙ (− 𝟐 ) ∙ (𝒙)𝟖 𝟒
⇒ 𝑻𝟓 = 𝟕𝟎 ∙ ∙ 𝒙 ⇒ 𝑻𝟓 = ⇒ 𝑻𝟓
𝟒 𝒙 𝒙𝟖 𝒙𝟒
𝟒
= 𝟏𝟕𝟗𝟐𝟎𝒙 (100)
105
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Se + = , então 𝑝 vale:
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 8.
e) 9.
a) 81.
b) 128.
c) 243.
d) 512.
e) 729.
a) 1.
b) -1.
c) -12.
d) 60.
e) -120.
a) 64.
b) 84.
c) 112.
d) 672.
e) 840.
106
5. Analise as afirmativas e identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F as
afirmativas falsas.
a) V, F, F, V, V.
b) V, V, F, V, F.
c) F, V, V, V, F.
d) V, F, V, F, V.
e) V, F, V, V, F.
a) 𝑛 = 4
b) 𝑛 = 5
c) 𝑛 = 6
d) 𝑛 = 7
e) 𝑛 = 8
a) {10}
b) {11}
c) {12}
d) {13}
e) {1 }
107
8. Qual é o valor de 𝑥 na igualdade +3 = 91
a) 4.
b) 6.
c) 8.
d) 9.
e) 12.
108
PROBABILIDADE UNIDADE
12.1 INTRODUÇÃO
109
Quis o acaso que o Cavaleiro De Méré e Pascal se encontrassem durante uma viagem à
cidade de Poitou. Procurando assunto de conversa para a viagem, De Méré apresentou
a Pascal um problema que fascinara os jogadores desde a Idade Média: "como dividir a
aposta num jogo de dados que necessite ser interrompido?"A propósito do problema
colocado pelo jogador De Méré a Pascal, iniciou-se uma troca de correspondência entre
Pascal e o matemático Pierre Fermat, que se tornou histórica. As suas cartas contendo as
reflexões de ambos sobre a resolução de certos problemas de jogos de azar, são
considerados os documentos fundadores da Teoria das Probabilidades.
Experimento Aleatório
É aquele que, ainda que sendo realizado sob condições fixas, não possui
necessariamente resultado determinado, ou seja, é uma ação com resultado incerto,
110
como por exemplo:
Espaço Amostral (𝛀 ):
Exemplo 37:
Exemplo 38:
12.2 EVENTOS:
111
𝑬𝟏 : sair face par; 𝑬𝟏 = {2, 4, 6} ꭥ
𝑬𝟐 : sair face maior que 3; 𝑬𝟐 = {4, 5, 6} ꭥ
𝑬𝟑 : sair face 1; 𝑬𝟑 = {1}
𝑬𝟒 : = {peça é defeituosa}
Evento impossível
Evento Certo
Dados dois eventos 𝐸 e 𝐸 eles não podem ocorrer ao mesmo tempo, por
exemplo: no lançamento de um dado de 6 faces sair: 𝐸 : {1, 3, 5} e 𝐸 = {2, 4, 6},
observe que
𝑬𝟏 ∩ 𝑬𝟐 = ∅.
Podemos usar operações com os eventos para formar novos eventos, para isso
utilizamos alguns conceitos de conjuntos.
112
União de dois eventos
Complementar de um evento
Exemplo 39:
Solução:
113
𝑬𝟐 = {𝟏, 𝟑, 𝟓} ocorrência de um número não par;
𝑬𝟑 = {𝟒, 𝟓, 𝟔} ocorrência de um número maior ou igual a 4.
Frequência Relativa
𝒏𝒊
𝒇𝑹 = 𝑵
Exemplo 40:
Faces 1 2 3 4 5 6
Frequência 5 15 6 4 16 4
Solução:
𝒏𝒊 𝟏𝟔
𝒇𝑹 = ⇒ 𝒇𝑹 = ⇒ 𝒇𝑹 = 𝟎, 𝟑𝟐 = 𝟑𝟐% (𝟏𝟎𝟏)
𝑵 𝟓𝟎
114
Propriedades da Frequência Relativa
𝟎 ≤ 𝒇𝑹𝒊 ≤ 𝟏
𝟓 𝟏𝟓 𝟔 𝟒 𝟏𝟔 𝟒
𝒇𝑹𝟏 + 𝒇𝑹𝟐 + 𝒇𝑹𝟑 + ⋯ + 𝒇𝑹𝟔 = 𝟓𝟎 + 𝟓𝟎
+ 𝟓𝟎 + 𝟓𝟎 + 𝟓𝟎 + 𝟓𝟎 = 𝟎, 𝟏 + 𝟎, 𝟑 + 𝟎, 𝟏𝟐 +
𝟎, 𝟎𝟖 + 𝟎, 𝟑𝟐 + +𝟎, 𝟎𝟖 = 𝟏 (102)
Exemplo 41:
Solução:
𝑷(𝑨) = 𝟏 − 𝑷(𝑨) = 𝟏 − 𝟎, 𝟑 = 𝟎, 𝟕
𝑷(𝑨 ∪ 𝑩) = 𝑷(𝑨) + 𝑷(𝑩) − 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩) = 𝟎, 𝟑 + 𝟎, 𝟐 − 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟒
𝐏 (𝑨 ∩ 𝐁) = 𝐏(𝐁) − 𝐏 (𝐀 ∩ 𝐁) = 𝟎, 𝟐 − 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟏
𝐏(𝐀 ∩ 𝐁 ) = 𝐏(𝐀) − 𝐏 (𝐀 ∩ 𝐁) = 𝟎, 𝟑 − 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟐
𝐏(𝑨 ∪ 𝑩) = 𝟏 − 𝐏(𝑨 ∪ 𝑩) = 𝟏 − 𝟎, 𝟒 = 𝟎, 𝟔 (103)
Definição de Probabilidade
115
I. 𝒑(𝑬𝒊 ) é suficientemente próxima da frequência relativa do evento 𝑬, quando o
experimento é repetido um número grande de vezes.
II. A probabilidade de um evento ocorrer é a soma das probabilidades dos seus
elementos.
Exemplo 42:
Cálculo da Probabilidade
Exemplo 43:
116
dos entrevistados ao acaso a probabilidade dele ser:
a) Comprador do supermercado A e B.
b) Comprador do supermercado A ou B.
Solução:
( ∩ )
𝑷 (𝐸 |𝐸 ) = ( )
Se 𝑃(𝐸 ) > 0.
Exemplo 44:
117
de produção também trabalhar no setor de vendas.
Solução:
𝒏(𝑬𝟐 ∩𝑬𝟏 ) 𝟓 𝟏
𝑷(𝑬𝟐 /𝑬𝟏 ) = 𝒏(𝑬𝟏 )
= 𝟒𝟓 = 𝟗 (105)
Exemplo 45:
Solução:
( )
𝑃(𝐸 ) = ( )
⇒ 𝑃(𝐸 ) = ⇒ 𝑃(𝐸 ) = (106)
( )
𝑃(𝐸 ) = ( )
⇒ 𝑃(𝐸 ) = ⇒ 𝑃(𝐸 ) = (107)
118
pelo produto (108):
Exemplo 46:
Exemplo 47:
Solução:
1-{0,015(0,02)(0,04)}
Exemplo 48:
119
0,12(0,15)(0,14)(0,1)
b) Pelo menos uma falhar
Exemplo 49:
𝑷(𝒅𝒆𝒇𝒆𝒊𝒕𝒐) = 𝟏 − 𝑷(𝒑𝒆𝒓𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂)
𝑷(𝒅𝒆𝒇𝒆𝒊𝒕𝒐) = (𝟎, 𝟏)(𝟎, 𝟏)
120
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 1/5
b) 1/4
c) 3/4
d) 1/10
e) 3/20
a) 1/15
b) 1/4
c) 11/75
d) 1/7
e) 1/15
a) 12.
b) 94.
c) 60.
d) 20.
e) 110.
121
4. Um estudo sobre fidelidade do consumidor à operadora de telefonia móvel, em
uma determinada localidade, mostrou as seguintes probabilidades sobre o hábito
de mudança:
A nova operadora é
A B C
Se a primeira A 0,5 0,35 0,15
operadora é B 0,2 0,70 0,10
C 0,4 0,30 0,30
a) 0,75.
b) 0,70.
c) 0,50.
d) 0,45.
e) 0,40.
5. Em um curso de graduação, 1/3 dos estudantes são do sexo masculino e 2/3 dos
estudantes são do sexo feminino. A proporção de rapazes que estudam Estatística
é 20% e apenas 10% das moças dedicam-se a Estatística. Marque a alternativa
que representa a probabilidades de que um estudante de Estatística selecionado
ao acaso seja do sexo feminino.
a) 0,13.
b) 0,20.
c) 0,51.
d) 0,33.
e) 0,64.
122
constatando-se que era defeituoso. A probabilidade de esse produto defeituoso
ter sido fabricado pela máquina C é de
a) 0,190.
b) 0,238.
c) 0,572.
d) 0,654.
e) 0,728.
a) 0,6.
b) 0,5.
c) 0,4.
d) 0,25.
e) 0,2.
8. Numa sala existem 5 cadeiras numeradas de 1 a 5. André, Beth, Caio, Dênis e Eva
devem se sentar nestas cadeiras. A probabilidade de que nem Caio se sente na
cadeira 3, nem Dênis na cadeira 4, equivale a
a) 54%.
b) 65%.
c) 69%.
d) 94%.
e) 96%.
123
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
124
REFERÊNCIAS
LIMA, E. L. A Matemática do Ensino Médio. 11. ed. Rio de Janeiro : Editora SBM, v. 1,
2016.
WAGNER, E. et al. A Matemática do Ensino Médio. 7. ed. Rio de Janeiro : Editora SBM,
v. 3, 2016b.
126