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Disciplina:
PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA [493979] - Avaliação com 20
questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos]
Turma:
Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A010822 [71014]
Aluno(a):
91343643 - MATHEUS USSAM JESUS - Respondeu 18 questões corretas, obtendo um total de 45,00 pontos como nota
Leia o texto.
Os gregos antigos tinham três concepções distintas de tempo: chronos, kairós e
Aeon. Chronos é o tempo linear, cronológico, marcado pela rigidez matemática, que
não admite variações. O Kairós é um tempo indeterminado pelo cronológico. É uma
época, como, por exemplo, um momento de seca constante, ou de muitas chuvas, ou
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84] uma época de prosperidade. Já o Aeon é o tempo sagrado, também sem uma
Questão
001
marcação precisa do cronômetro. Este tempo também tem algumas referências com
relação ao movimento dos astros.
FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni
França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos
Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.123-124.
O texto revela que desde a Antiguidade havia
predomínio do tempo sagrado frente outros tempos.
predomínio do tempo ligado à natureza.
X concepções distintas e coexistentes de tempo.
desconhecimento do tempo histórico.
unicidade nas formas de experimentar o tempo.
Leia.
O exercício do “fazer história”, de indagar, é marcado, inicialmente, pela constituição
de um sujeito. Em seguida, amplia-se para o conhecimento de um “Outro”, às vezes
semelhante, muitas vezes diferente. Depois, alarga-se ainda mais em direção a outros
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25] povos, com seus usos e costumes específicos. Por fim, parte-se para o mundo,
Questão
002
sempre em movimento e transformação. Em meio a inúmeras combinações dessas
variáveis – do Eu, do Outro e do Nós –, inseridas em tempos e espaços específicos,
indivíduos produzem saberes que os tornam mais aptos para enfrentar situações
marcadas pelo conflito ou pela conciliação. (BRASIL, BNCC, 2017, p. 347).
O texto acima deixa evidente que uma finalidade da história é
a de validar os costumes e usos de um povo perante os outros.
a de afirmar as identidades já existentes, reforçando seus laços e formas de
validação.
X o conhecimento e reconhecimento da diversidade cultural e dos que são diferentes.
o surgimento de linhas de análise que defendem a conciliação de tempos e espaços.
a de promover um ensino centrado em um tempo específico, o que vivemos.
As reflexões sobre o tempo histórico, após a Escola dos Annales, promoveram uma
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68] revolução na abordagem historiográfica e, no que que tange à temporalidade,
Questão
004
atribuíram à longa duração um papel de destaque. A influência dessa historiografia
francesa levou à compreensão da Idade Média como
um período cronológico, entre a Antiguidade e a Idade Moderna, cuja história é
X
atravessada por rupturas e continuidades que se estendem a outras épocas.
uma época entre a queda do Império Romano do Oriente e o fim do Renascimento, na
qual se identifica o progresso e a aceleração do tempo.
um período médio entre o início da Antiguidade Tardia e o processo de tomada de
Constantinopla pelos turcos, com fortes influências orientais sobre a percepção do
tempo cristão.
um período intermediário entre o início da Antiguidade Tardia e o movimento iluminista
francês, que denuncia o obscurantismo medieval.
uma época que se estende entre o final do Império Romano do Ocidente e a
Revolução Francesa, cujos ideais de liberdade acabam com o Feudalismo.
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70] Marque a alternativa que contém a primeira forma de contar o tempo usada pelos
Questão
005
seres humanos.
Ampulhetas
Máquinas
Calendários
Relógios de pulso
X Natureza
Leia.
“Em outros termos, aproximando por analogia o desconhecido ao conhecido
considera-se que a África não tem povo, não tem nação nem Estado; não tem
passado, logo, não tem história. O problema posto nessa lógica interpretativa
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24] possibilita que o diverso, no caso a África, seja enquadrado, no grau inferior de uma
Questão
007
escala evolutiva que classifica os povos como primitivos e civilizados. Mas qual
África?”.
HERNANDEZ, Leila. “O olhar imperial e a invenção da África”. A África na sala de
aula: visita à história contemporânea. 2ª ed. São Paulo: Selo Negro, 2008. P.18.
A ideia central da autora é
a lógica de que durante muito tempo prevaleceram nos estudos e análises sobre a
X
África uma perspectiva etnocêntrica.
a noção de que o passado africano tem sido bastante estudado pelos historiadores.
que a existência de uma nação é grau indispensável para o desenvolvimento de um
povo.
que a África é formada por um conjunto de povos primitivos, mas também de povos
civilizados.
que a África se encontra em estágio inferior de desenvolvimento.
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78]
Questão Sobre as periodizações do tempo, marque a alternativa correta.
010
Leia o texto.
“Para escrever o que realmente aconteceu, alguns historiadores, como é o caso de
Leopold von Ranke, recorreram à legitimação da História por meio do uso de
protocolos de pesquisa advindos da heurística documental e de uma racionalização
objetiva, na qual a ideia de bom historiador estaria intimamente ligada com a sua
capacidade de isentar-se das intenções discursivas dos documentos, na sua
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88] habilidade em apresentar-se por meio da imparcialidade e da neutralidade frente às
Questão
012
fontes utilizadas. Uma boa história seria aquela capaz de ser contada pelo historiador,
a partir das fontes em si.”
FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni
França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos
Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.47-48.
O procedimento adotado pelos estudos históricos do qual Leopold von Ranke é
expoente e descrito no texto é
a não-separação entre sujeito e objeto na crítica das fontes
a perspectiva etnocêntrica
a seleção de documentos com base em critérios subjetivos
a valorização da diversidade de documentos
X a imparcialidade e neutralidade na análise das fontes históricas
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61]
Questão A história, no período medieval, possui como característica marcante
014
Leia o texto.
“Segundo Bourdé e Martin (1983), a história metódica (idealismo alemão) marcada
pelo cientificismo faz do historiador um observador passivo da história, utilizando
análises objetivas, caracterizadas em eleger os grandes heróis e seus principais
[360039_569 feitos. Portanto, o papel do historiador consiste em apenas narrar um assunto e a
75]
Questão única habilidade restringe-se a retirar do documento todas as informações que
015 apresentavam e não acrescentar nada, como se o documento falasse por si só.”
FRANÇA, Cyntia Simioni. Introdução aos estudos históricos / Cyntia Simioni
França, Evandro André de Souza, Julho Zamariam, Jó Klanovicz, Paulo César dos
Santos. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. P.82.
O idealismo alemão acreditava que o papel do historiador era
determinar os critérios que os historiadores deveriam seguir no trato com as fontes
X exclusivamente a de narrar os fatos
louvar o passado nacional
interferir no debate público para esclarecer a verdade
fazer perguntas aos documentos históricos.
Leia o texto.
“Quase sempre que a história da humanidade nos é apresentada, é a evolução da
sociedade europeia que é tomada como modelo de desenvolvimento. Essa posição
eurocêntrica é errada: do ponto de vista da história, a evolução da sociedade europeia
ocidental, com seu alto grau de desenvolvimento tecnológico, não deve ser um padrão
de comparação para se estudar a história de qualquer outra parte do sistema
[360040_569 capitalista, como, por exemplo, a América Latina. Não se deve, por meio desse tipo de
99]
Questão comparação, julgar se uma sociedade está ‘atrasada’ ou ‘adiantada’ em seu
017 desenvolvimento histórico.
Não há uma linha constante e progressiva de desenvolvimento na história da
humanidade, para todas as sociedades ou nações. ”
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. 2ª ed. Revisada. São Paulo: Brasiliense,
1993. (Coleção Primeiros Passos; 17). P. 51-52.
A análise do texto sugere que a crença de que exista um modelo de desenvolvimento
da temporalidade nas sociedades gera
o etnocentrismo.
X a desconstrução do eurocentrismo.
uma comparação exata.
uma valorização da diversidade.
a valorização das múltiplas experiências.
Leia o texto.
É Francisco Adolfo Varnhagen que, em carta ao imperador dom Pedro lI, explicitaria
os fundamentos definidores da identidade nacional brasileira enquanto herança da
colonização europeia. Diz ele a propósito do posicionamento de sua obra História
Geral do Brasil frente à discussão do problema nacional:
"Em geral busquei inspirações de patriotismo sem ser no ódio a portugueses, ou à
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17] estrangeira Europa, que nos beneficia com ilustração; tratei de pôr um dique à tanta
Questão
018
declamação e servilismo à democracia; e procurei ir disciplinando produtivamente
certas ideias soltas de nacionalidade . . .”
GUIMARÃES, Manoel Salgado. Nação e civilização nos trópicos: O Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, Rio
de Janeiro, nº 1, 1998, p. 6.
Varhagem é considerado o “pai da história” no Brasil. Segundo o texto, a
característica marcante da historiografia produzida no Segundo Reinado foi
X a defesa do legado colonial português na formação da nacionalidade brasileira
a repulsa ao elemento estrangeiro, notadamente o português na formação da
nacionalidade
a alegação de que o patriotismo seria o traço definidor da nacionalidade brasileira.