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FUNDAMENTOS

PSICOSSOCIAIS NA
EDUCAÇÃO ESPECIAL.
Professora: Andreza Ramos.
ANTIGAMENTE...
 As deficiências, transtornos psiquiátricos e neurológicos eram tratados de forma excludente.
Tanto no âmbito da saúde quanto no ambiente escolar.
 Preconceitos como a “Loucura”.
 Em culturas que demonstravam uma elevação no conceito de corpos e beleza como na Grécia
Antiga, o enfrentamento das pessoas com deficiência eram feitos por eliminação, abandono e
até a morte.
 A loucura e deficiência eram vistos como presença de demônios por isso essas pessoas
deveriam ser excluídas.
“Precisamos entender o passado para não cometer os mesmos erros”
PSICOSSOCIAL.
 Junção de aspectos psicológicos e sociais.
 Aspectos psicossociais do individuo está baseado nas relações que este mantêm com a
sociedade para o desenvolvimento da sua psique.
 O psicanalista Erick Erikson  (1902 - 1994) defende então que o desenvolvimento psicossocial
acontece pela interação do individuo com seu meio social.
 Quais são essas fases?
FASES
 1º Estágio: confiança e desconfiança

Ao longo do primeiro ano de vida do ser humano, este começa a desenvolver a confiança sobre
o seu próprio corpo e o mundo a sua volta. É nesta fase que o sentimento de esperança é
desenvolvido.
 2º Estágio: autonomia, dúvida e vergonha

Entre 1 e 3 anos de idade, começa a surgir a contradição entre os desejos da criança e as normas
impostas pela sociedade (na figura dos pais ou educadores). O resultado desta fase é o
desenvolvimento do desejo.
 3º Estágio: iniciativa e culpa

Entre os 3 e 6 anos, quando a criança percebe o que é certo e errado fazer, o que é bom e o que é
mau.
 4º Estágio: produtividade e inferioridade

Entre os 6 e 12 anos de idade, período em que a criança percebe a sua capacidade de produzir e
criar. A competência é a principal característica social desenvolvida.
 5º Estágio: identidade e confusão de identidade

Início da adolescência, quando a pessoa procura entender o seu "papel no mundo". Nesta etapa
se desenvolvem as ideias de fidelidade e lealdade, assim como a socialização.
 6º Estágio: intimidade e isolamento

Entre os 21 e 40 anos, quando surgem as relações amorosas estáveis e duráveis do indivíduo. O


amor é a característica desenvolvida como uma virtude social.
 7º Estágio: generatividade e estagnação

 Entre os 35 e 60 anos, fazendo com que surja a necessidade social de cuidar do próximo.

 8º Estágio: produtividade e desespero

 Ocorre a partir dos 60 anos, quando a sabedoria é desenvolvida.


EDUCAÇÃO
 Partindo do ponto da desigualdade social, como isso interfere no acesso a educação ?
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO
BRASIL
 Aspectos culturais influenciam na educação em geral: População indígena, a população
afrodescendente, os quilombolas, a população carcerária e a população rural.
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA, PRINCIPIOS NORTEADORES:
 Carneiro (2004) levam à ideia de escola inclusiva, que visa possibilitar que todas as pessoas
possam participar em igualdade de oportunidades da escola.
 Que todas as pessoas sejam respeitadas pelo que são como seres humanos, não importando o
sexo, a idade, as origens étnicas, a opção sexual ou as deficiências.
 Pode-se dizer que educação inclusiva é um processo que busca recolocar na rede de ensino,
em todos os seus graus, as pessoas excluídas (portadoras de necessidades especiais, de
distúrbios de aprendizagem ou de deficiência, excluídas por gênero, cor ou outros motivos).
DIREITO À EDUCAÇÃO.
 Legislação: Lei Federal 7.853, de 24 de outubro de 1989, regulamentada pelo Decreto 3.298,
de 2 de dezembro de 1999, e Lei Federal 9.394, de 20 de dezembro de 1996:
1. Fica garantida na rede pública e privada de ensino a matrícula das pessoas com deficiência
nos cursos regulares ou no sistema de educação especial, quando a educação das escolas
comuns não puder satisfazer às necessidades educativas ou sociais do aluno.
2. Toda instituição de ensino é obrigada a disponibilizar os recursos humanos e materiais
indispensáveis à satisfação das necessidades educacionais especiais de seus alunos,
conforme estabelece Resolução 2, de 11 de setembro de 2001, do Conselho Nacional de
Educação (CNE). As escolas precisam desenvolver métodos de ensino e mecanismos de
avaliação compatíveis com as deficiências apresentadas por seus alunos.
LEI BRASILEIRA DE
INCLUSÃO
 A Lei Federal nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão) estabelece que “a avaliação da

deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e

interdisciplinar e considerará: os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os

fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; a limitação no desempenho de atividades; e a

restrição de participação”. 
A ESCOLA PODE RECUSAR UM ALUNO
COM DEFICIÊNCIA?

 É crime punível com reclusão e multa recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem

justa causa, a matrícula de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou

privado, por motivos derivados da sua deficiência.


COMO PROMOVER A INCLUSÃO?
 Construir uma sociedade inclusiva. Segundo Mrech (2005), o processo educativo de uma
escola inclusiva deve ser entendido como um processo social, em que todas as crianças
portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à
escolarização o mais próximo do normal.
 É preciso saber como vivem as pessoas com deficiência, conhecer suas expectativas,
necessidades e alternativas, para que se possa realmente pensar nas dificuldades e conquistas
desses excluídos e na possibilidade de concretização dos seus direitos (GODOY, 2000).
 Pensando de forma sistêmica.
IMPEDIMENTOS DA
INCLUSÃO.
 Preconceitos em bullying: inválido, excepcional, deficiente, mongol, “down”, manco,

ceguinho, aleijado, demente, negro, ações preconceituosas atenuadas.

 Escola inclusiva: Não é somente para deficientes.

 Pensamento linear; precisamos pensar de forma sistêmica.


PRINCIPAIS TRANSTORNOS E
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
 Primeiro passo: Qual a diferença entre Transtorno, Síndrome e Distúrbio?

 Transtorno: A definição de transtorno parte do significado do verbo de origem, “transtornar”, que


refere se a inversão da ordem regular ou natural das coisas.

 Distúrbio: O distúrbio é uma alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo que afeta o
funcionamento de algo em sua rotina

 Síndrome: É denominada síndrome, a condição clínica caracterizada pela reunião de sintomas ou


sinais ligados a mais de uma causa.
MAS E A DIFICULDADE DE
APRENDIZAGEM?
 Nem toda dificuldade de aprendizagem significará um transtorno, distúrbio ou síndrome.
 Necessário estar atento a relação:
 Frequência.
 Intensidade.
 Duração.
TRANSTORNOS...
 A Discalculia é um transtorno de aprendizagem que geralmente se manifesta em crianças, pois
estão em idade escolar. Elas têm dificuldade para pensar, refletir, avaliar ou raciocinar
atividades relacionadas à matemática.

 A disortografia pode ser caracterizada por dificuldade severa no nível da palavra,


na organização de frases, do texto ou em todos esses. (Troca de Letras na escrita)

 Disgrafia, letra ilegível, não apenas feia ou de difícil compreensão, mas ao ponto do
incompreensível. (Transtorno motor)
TRANSTORNOS REFERENTES
A ATENÇÃO...
 Como sei que alguém está prestando atenção? (abstrato?)

 Possuímos diversas formas de atenção : Concentrada, alternada e dividida.

 Atenção Concentrada (AC)

 Atenção Alternada (AA)

 Atenção Dividida (AD)


TRANSTORNOS REFERENTES
A ATENÇÃO...

 TDAH. Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere com

o funcionamento ou desenvolvimento. Muitas vezes, deixa de prestar atenção a detalhes ou

comete erros por descuido na escola, no trabalho ou durante outras atividades. Parece não escutar

quando lhe dirigem a palavram, dificuldade em seguir instruções, frequentemente pode perder

objetos e se esquecer de tarefas iniciadas.


DISTÚRBIOS DE
APRENDIZAGEM
Dislexia. Distúrbio de aprendizagem caracterizado
pela dificuldade de leitura.
A dislexia ocorre em crianças com visão e inteligência
normais.
Os sintomas incluem fala tardia, aprendizagem lenta
de novas palavras e atraso na aprendizagem da leitura.
Leitura e escrita podem apresentar severas
complicações. Se faz necessário acompanhamento de
tutor (professor de apoio) adaptação em métodos
avaliativos (prova oral)
TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA.
 A escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras sociais e se
adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo confundido com falta de educação e
limite. É nesse contexto que o conhecimento sobre o autismo pode facilitar a inclusão do aluno
na escola.
 A escola é o primeiro lugar de interação social da criança separada de seus familiares. É onde
a criança vai ter maior dificuldade em se adaptar às regras sociais.
PROMOVENDO A INCLUSÃO.
 ADAPTAÇÃO CURRICULAR:

De acordo com Valle e Maia (2010, p. 23), a adaptação curricular se define como “o
conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios e procedimentos
de avaliação, atividades e metodologia para atender as diferenças individuais dos alunos”.
 NÃO É ENSINAR OUTRO CONTEÚDO.

As adequações curriculares servem para flexibilizar e viabilizar o acesso às diretrizes


estabelecidas pelo currículo regular e não possuem a intenção de desenvolver uma nova
proposta curricular, mas estabelecer um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação,
para que atenda realmente a todos os educandos.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
ORIENTADA- PBO
 Escolha uma condição para inclusão escolar (um transtorno ou dificuldade de aprendizagem),

descreva com suas palavras essa condição e fale como pode ser feita a inclusão de forma

assertiva desse aluno no contexto escolar.

- Entregar até dia 2 de Julho.

dezah07@gmail.com
OBRIGADA!

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