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TCC Autismo

Licenciatura pedagogia (Faculdade Anhanguera)

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Baixado por Castelo Branco (castelobrancoassessoriaoficial@gmail.com)
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A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E OS AUTISTAS NOS


ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Adriana oliveira da silva

Luciana de oliveira Ferreira

RESUMO
As crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam alterações na
comunicação, interação social e comportamento, O principal objetivo deste
trabalho é compreender os aspectos educacionais e sociais da inclusão do aluno
com o Transtorno do Espectro Autista do ensino regular, a aprendizagem e o
papel do professor como mediador neste contexto. O termo autismo é
caracterizado por um distúrbio neurológico afetando o empenho social,
comunicação verbal e não verbal e um comportamento restrito e repetitivo
especialmente em crianças que o possuem. Neste sentido existem vários desafios
para sua inclusão em diferentes espaços, tais como a família e a escola a maioria
das crianças nascem sem nenhuma disfunção, mais ao passar do tempo,
possivelmente entre os cinco anos ela vai despontando os sinais do transtorno
através principalmente da não socialização, ou seja, interação com outras
pessoas, estranhos comportamentos de não falarem, se comunicarem e a
questão do afastamento do mundo em sua volta. A educação de crianças autistas
é algo que inclui muitas habilidades sociais, visuais, comportamentais e de rotina
Como metodologia de pesquisa, elegeu-se uma abordagem qualitativa, realizou-
se um levantamento bibliográfico, na busca de conceitos e documentos legais e
normativos em âmbito internacional, nacional e local essencial para a construção
teórica. Nesta perspectiva enquanto não a definições concretas sobre como pode
ser tratado e de onde vem, é indispensável à mobilização das pessoas para a
interação com os que possuem Autismo, sendo que se trata de um transtorno e
não uma deficiência, uma diferença fundamental na busca pela harmonia em
relação à sociedade.

Palavras-chave: Autismo; inclusão; Transtorno do Espectro Autista.

__________________________________________________
¹ Graduanda no curso de pedagogia na universidade de santo amaro – UNISA,
matriculada na disciplina trabalho de conclusão sob orientação da Prof.ª Ieda Maria da Silva
Barbosa. E-mail: lumaedosprincipes@gmail.com data de entrega 09 nov. 2023.
² Graduanda no curso de pedagogia na universidade de santo amaro – UNISA,
matriculada na disciplina trabalho de conclusão sob orientação da Prof.ª Ieda Maria da Silva
Barbosa. E-mail: drioliveirs@hotmail.com.com data de entrega 09 nov. 2023.
³ Graduanda no curso de pedagogia na universidade de santo amaro – UNISA,
matriculada na disciplina trabalho de conclusão sob orientação da Prof.ª Ieda Maria da Silva
Barbosa. E-mail: -------------------------------- data de entrega 09 nov. 2023.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordará sobre a educação inclusiva e o autista nos


anos iniciais do ensino fundamental I, e com este estudo visa Compreender os
desafios e possibilidades para a Educação Inclusiva e a aprendizagem dos
autistas nos anos iniciais do Ensino Fundamental I.
Compreende-se que é necessário que a sociedade entenda as limitações
do autista para que possamos ter uma boa inclusão que seja na escola ou até
mesmo na família que muitas vezes não consegue entender seu filho devido suas
capacidades sociocomunicativas, porque o autista tem muitas dificuldades para
se comunicar uma vez que não aceita ser tocado, abraçados, isso para eles
significa uma agressão.
A educação inclusiva é um conjunto de processos educacionais, sobre o
ponto de vista prático, a educação inclusiva garante a qualquer criança o acesso
ao Ensino Fundamental, nível de ensino obrigatório a todo cidadão brasileiro.
Com este estudo buscaremos pesquisar sobre o processo de inclusão na
educação infantil e sobre os possíveis preconceitos e rejeição da presença de
uma criança com Espectro Autista na Sociedade como é superada, a inclusão de
uma criança Autista no ambiente escolar.
O problema de pesquisa estabelecido visa compreender: quais os desafios
e possibilidades para a Inclusão e a aprendizagem dos autistas no nos anos
iniciais? Esta pesquisa tem como objetivo geral, refletir teoricamente sobre o
processo de inclusão e da aprendizagem dos autistas nos anos iniciais do ensino
fundamenta I e o quanto isto pode favorecer o processo de ensino e
aprendizagem da criança autista.
Os objetivos específicos subdividem em: Compreender o conceito ao
Autismo e suas características, refletir teoricamente sobre a Educação Inclusiva e
a Educação Especial; refletir teoricamente sobre os desafios no processo da
alfabetização dos autistas nos anos iniciais do ensino fundamental I.
Por meio da pesquisa bibliográfica baseada no reconhecimento notável de
autores tais como Fonseca (2003), Bueno1994, Voivodic (2004) o tema Educação
Inclusiva numa perspectiva de avaliar as condições de vida proporcionadas pela
sociedade aos portadores de necessidades especiais.

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1. A INCLUSÃO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

A importância do tema abordado deu-se por razão do entendimento do


processo da inclusão do aluno autista na escola da educação básica e suas
contribuições, pois, o ensino inclusivo é um direito e é dever de toda sociedade
aceitar e respeitar. Desse modo, foi levantado um estudo voltado para a inclusão
dos autistas, pois o mesmo gera grandes lacunas no que se diz na efetivação do
mesmo.
Para elaboração projeto será realizada as seguintes reflexões onde tendo
em vista a necessidade de preparação do ambiente escolar para acolhimento e
desenvolvimento da criança com deficiência física, Foi a partir dos estudos e
pesquisas de Kanner que se obteve a primeira definição do autismo. O autismo é
considerado como um transtorno em detrimento ao mesmo englobar a síndrome
de Asperger e abarcar diversas dificuldades do desenvolvimento humano,
recebendo assim o termo TEA – Transtorno do Espectro Autista.
A palavra vem do grego “autos”, que significa “próprio”, alguém retraído a si
mesmo. De acordo com Gómez e Terán (2014),

O termo “Autismo” foi nomeado pelo psiquiatra Leo Kanner tendo como
base a terminologia originalmente concebida por seu colega suíço
Eugene Bleuler em 1911. Bleuler utilizou o termo “autismo” para
descrever o afastamento do mundo exterior observado em adultos com
esquizofrenia, que tendem a mergulhar em suas próprias fantasias e
pensamentos (GÓMEZ E TERÁN 2014, p. 447).

Na citação acima o autor refere que A partir do envolvimento com a


pesquisa da nomenclatura sobre autismo em que Kanner nomeou, é que os
estudos foram avançando por parte de outros pesquisadores e teóricos,
interessados em buscar mais informações sobre suas causas e tratamentos.
A característica central do autismo a criança prefere ficar sozinha em vez
de se incluir na sociedade, não gosta de ser colocada no colo e não olha para as
pessoas com frequência, tenha atraso na fala até os dois anos. A partir dos 12
meses, as crianças autistas não apontam com o dedinho, demonstram mais
interesse nos objetos do que nas pessoas, não mantêm contato visual efetivo e
não olham quando chamadas.

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O termo autismo era usado para caracterizar vivências ricas em


pensamentos, das representações e sentimentos individuais, com perda da
relação com os dados e exigências do mundo. Se tratará da inclusão nas escolas
verificado as leis que dá respaldo para ter acessibilidade aos alunos e que muitas
vezes não são respeitadas pelos governantes não adequados todas as escolas
para que recebam de forma própria com rampas, corrimões etc., para facilitar a
locomoção dentro do ambiente escolar. Brasil. MEC, (2006).

A inclusão escolar de alunos com deficiência em escolas regulares é um


direito garantido Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei n. 9.934/96), que afirma a oferta da educação especial enquanto
dever constitucional do Estado deve ter início na Educação Infantil, na
idade de zero a cinco anos. (BRASIL, 1996 p, 51).

Segundo a citação acima se permite que seja feita uma reflexão sobre essa
questão de acessibilidade onde percebemos que cada dia mais existe um
movimento para que a inclusão de forma acessível seja geral para todas as
escolas regulares. Como se percebe as escolas ainda passa por um processo
constante para se adaptar no recebimento de novos alunos com algum tipo de
deficiência física. Brasil. MEC, (2006).

As escolas brasileiras já deveriam estar capacitadas para a inclusão,


porém a realidade que enfrentamos é outra, pois na verdade a etapa de
adaptação dessa nova realidade já deveria ter sido superada. As escolas
deveriam estar adequadas à necessidade de todas as crianças, porém
como estas crianças necessitam dessas adaptações representam uma
minoria dentro das escolas. (BRASIL. 2006, p.55)

TEA (Transtorno do Espectro Autista) é uma condição geral para um


grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou
logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na
comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas
com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com
intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o
nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se
mais visíveis ao longo do desenvolvimento. BRASIL (2006).
As pessoas com Transtornos do Espectro Autista podem se destacar em
habilidades visuais, música, arte e matemática.

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A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;


geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média; algumas
pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante
muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins; Indivíduos
com autismo são funcionários leais e de confiança.
O autismo e seus transtornos são vistos como deficiências e representa
uma disfunção global do desenvolvimento a Educação Infantil se torna a primeira
etapa a ser enfrentada pela criança com o diagnóstico comprovado de tais
transtornos. Sendo assim. Segundo Cruz (2014)

Os primeiros sinais tornam-se perceptíveis antes dos três anos de idade,


mas em alguns casos, já pode ser detectado logo nos primeiros meses
de vida, por isso torna-se de extrema importância a observação do
comportamento e desenvolvimento da criança, seja por familiares ou
profissionais envolvidos com ela. (Cruz, 2014 p. 52).

NA citação acima o autor refere que na Educação Infantil, o autismo


estabelece uma atuação baseada na compreensão do que precisa e pode ser
trabalhada no dia a dia em sala de aula, visto que é com o apoio que o autista
poderá trabalhar suas potencialidades através de recursos e diversas atividades
que vem para agregar com o ensino regular.
Ritmo imaturo da fala, restrita de compreensão de ideias. Uso de palavras
sem associação com o significado; Relacionamento anormal com os objetos,
eventos e pessoas. Respostas não apropriada a adultos ou crianças. Uso
inadequado de objetos e brinquedos. Dificuldade na comunicação, optando pelo
uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão
facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. (CRUZ, 2014)
A intolerância é responsável por grandes crimes cometidos pela
humanidade. O preconceito, a arrogância e a incapacidade de aceitar diferenças
são traços marcantes na história dos povos e dos homens. Inclusão, essa é uma
palavra que precisa ser bem mais definida e mais praticada. Não há razão para
que alguém seja de antemão descartado, isolado, oprimido ou negado. Uma
escola inclusiva deve manter um quadro funcional qualificado e comprometido
com esta educação, a fim de proporcionar ao aluno autista sempre que
necessário um acompanhamento paralelo. Witmer (1919) afirma que:

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Existem muitas teorias sobre a forma de trabalhar a criança autista em


termos educacionais. Dependendo da capacidade do Pedagogo e da
criança alvo, alguns dão ênfase aos desejos e inclinações naturais da
criança, enquanto outros procuram criar respostas comportamentais
condicionadas por reforços positivos ou negativos. (WITMER ,1919 p,37)

O objetivo primordial da educação inclusiva é desenvolver a atenção e, em


seguida, cultivar a concentração, a paciência, fazendo com que os educandos
interajam um com o outro, dentro de um ambiente escolar. O ambiente dedicado a
esses autistas ainda não está adequado às suas necessidades, A escola que
atende desde a educação infantil até a alfabetização propicia à essas etapas da
educação salas de aula com aspecto comum a qualquer outro da mesma etapa.
Dentro de suas limitações a escola oferece também aos alunos meios de
reunir às partes necessárias de um treinamento para aprender e não se criar
ansiedades se a criança custa a corresponder de uma etapa para a outra. As
escolas são construídas para promover educação para todos, portanto todos os
indivíduos têm o direito de participação como membro ativo da sociedade na qual
estas escolas estão inseridas. Como afirma Lima (2006),

A forma como a sociedade interage com as pessoas com deficiência se


modificou e vem se transformando ao longo da história. Muitos foram
considerados incapazes, inválidos, inferiores, antes que fossem vistos
como cidadãos de direitos e deveres [...]. Somente com a modificação da
sociedade, propiciada pela interação com as pessoas com deficiência, é
que se pode vislumbrar uma sociedade mais fraterna e cooperativa
(LIMA, 2006, p. 27).

O autor refere que sobre o autismo, não aborda apenas um mero desejo,
pois é um direito do autista e de seus familiares e um dever da escola, a qual a
família busca incluir. A sociedade em sua maioria ainda tenta “ocultar-se” o
preconceito do convívio, tentando de todas as formas comprovarem que os
deficientes devem viver isolados do convívio social. No entanto, com o avanço da
divulgação sobre a inclusão e o papel da sociedade frente à mesma.
O papel do professor é ser regente de classe e não especialista em
deficiência, essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado,
uma criança surda, por exemplo, aprende com especialista em libras e leitura
labial. Todos podem aprender juntos! Esse é o princípio da educação inclusiva,
mas temos que levar em consideração dificuldades e diferenças em classe

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heterogêneas, ou seja, de classes que não se misturam. De acordo com Bueno


(1994),
Todo processo de ampliação da Educação especial quer em relação à
quantidade de crianças por ela absorvidas, quer na diversificação das
formas de atendimento e do tipo de clientela, reflete a ampliação de
oportunidades educacionais para crianças que, por características
próprias, apresentam dificuldades para se inserirem em processos
escolares historicamente construídos. (BUENO.1994 p. 52)

A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo


de deficiência. Quanto ao que se refere à Inclusão Escolar de crianças com algum
tipo de deficiência, independente de qual seja, é dever do professor fazer todo o
possível para que todos os alunos aprendam e progridam.
Os alunos com deficiência não são problemas; esses alunos são pessoas
que apresentam desafios diferentes à capacidade dos professores e das escolas
para oferecer uma educação igual para todos, respeitando a necessidade de cada
um. O autismo e demais transtornos do desenvolvimento estão sendo cada vez
mais discutidos na área da Educação. Seja pela questão da inclusão ou pela
preocupação com a formação profissional, a Educação Infantil se torna a primeira
etapa a ser enfrentada pela criança com o diagnóstico comprovado de tais
transtornos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é discutir com base na
literatura existente o que pode ser oferecido por escolas de Educação Infantil para
receber e atender esses educandos. O autismo foi relacionado a um Déficit
cognitivo e social, sendo considerado como um distúrbio do desenvolvimento.
Segundo Mantoan (1997).

O autismo é definido pela organização mundial de saúde como um


distúrbio do desenvolvimento, sem cura e severamente incapacitante.
Sua incidência é de cinco casos em cada 10.000 nascimento, caso se
adote um critério de classificação rigorosa é três vezes maior se
considerar casos correlatados isto é necessitem do mesmo tipo de
atendimento. (MANTOAN, 1997, p. 13).

Na citação acima o autor refere que Logo assim o TEA ou autismo como é
conhecido, é caracterizado como um conjunto de Transtorno do Desenvolvimento
do ser humano, como: as relações sociais, a comunicação, e a linguagem verbal.
Um dos comportamentos mais conhecidos é o autismo de acordo com Almeida
(2004). Um transtorno que atingir varia áreas da pessoa: comunicação, interação
social, e pensamento.

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A educação é muito importante desde cedo para a criança, isso para que
possa ter o desenvolvimento de suas capacidades, fazendo com que a mesma
tenha valores e praticas cultural, que será útil para toda sua vida.
Na Educação Infantil, o autismo exige do profissional uma atuação
baseada na compreensão do que precisa e pode ser trabalhada em sala, a
observação do comportamento (tanto da criança com autismo, quanto das outras
crianças ao se relacionarem com ele) e a criatividade para propor atividades que
integrem as crianças, reforce atitudes positivas e possibilitem o desenvolvimento.
Por meio do incentivo ao brincar em suas variadas formas, a Educação Infantil
possibilita não só o desenvolvimento social, como também o físico, motor e o
cognitivo de maneira global, ou seja, cria condições mesmo sem ter (ou ser) o
objetivo, para que as crianças alcancem com maiores habilidades o que for
estabelecido no trabalho, auxiliando no processo de escolarização dela.
Com relação às suas atividades e interesses, os autistas são resistentes às
mudanças e costumam manter rotinas e rituais. É comum insistirem em
determinados movimentos, como abanar as mãos e rodopiar. Frequentemente
preocupam-se excessivamente com determinados assuntos, tais como horários
de determinadas atividades ou compromissos. Mazzotta (1996)
A síndrome do autismo pode ser encontrada em todo o mundo e em
famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Chiote (2015):

Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola


regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens
significativas, investindo em suas potencialidades, construindo, assim, o
sujeito como um ser que aprende, pensa, sente, participa de um grupo
social e se desenvolve com ele e a partir dele. Com toda sua
singularidade. (CHIOTE 2015, p.21)

Assim, a inclusão do aluno autista na busca qualidade de ensino, favorece


suas chances de um mercado de trabalho e lazer, valorizando sua individualidade
a intervenção precoce com crianças autistas, ou seja, aquela que é realizada
antes dos cinco anos de idade, é algo de fundamental, e pode trazer muitos
benefícios para a melhora no autismo. Nesse sentido, a escola deve adaptar o
seu sistema para atender a todos os alunos presentes em classes regulares c om
objetivo levar a criança a um desenvolvimento mais normal possível. Filidoro
(2001), afirma que:

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As adaptações se referem a um contexto e não me refiro à criança, mas


ao particular ponto de encontro que ocorre dentro da aula em que
convergem a criança, sua história, o professor, sua experiência, a
instituição escolar com suas regras, o plano curricular, as
regulamentações estaduais, as expectativas dos pais, entre outros.
(FILIDORO, 2001, p.112)

Na citação acima o autor refere que Inclusão foi usualmente referida


considerando as dimensões pedagógica e educacional, sendo campos
importantes quando se quer a efetivação desses ideais, Vale ressaltar que nem
sempre essas dificuldades são devidas às limitações impostas pela deficiência,
mas sim com a má estruturação dos serviços e o preconceito do ambiente.
A Educação tem um papel importantíssimo no desenvolvimento de
qualquer criança, em pôr objetivos gerais proporcionar o desenvolvimento máximo
de habilidades e competências; garantir um equilíbrio pessoal; estabelecer
relações significativas e até mesmo proporcionar um bem-estar emocional.
Pensamos que uma escola inclusiva deve manter um quadro funcional qualificado
e comprometido com esta educação, a fim de proporcionar ao aluno autista
sempre que necessário um acompanhamento paralelo para Cunha (2012):

Ensinar para a inclusão social, utilizando os instrumentos pedagógicos


da escola e inserindo também a família, é fortalecê-la como núcleo
básico das ações inclusivas e de cidadania. Para a escola realizar uma
educação adequada, deverá, ao incluir o educando no meio escolar,
incluir também a sua família nos espaços de atenção e atuação
psicopedagógica. (CUNHA, 2012 p. 90).

Nesta perceptiva o outro refere que é preciso criar uma rede de apoio ao
professor, de modo a envolvê-los os alunos com deficiências em projetos, na qual
as diferenças são respeitadas e utilizadas em prol da aprendizagem. O ambiente
dedicado a esses autistas ainda não está adequado às suas necessidades, os
alunos frequentam as atividades de acordo com suas necessidades específicas. A
escola que atende desde a educação infantil até a alfabetização propicia a essas
etapas da educação salas de aula com aspecto comum a qualquer outro da
mesma etapa.
Toda a criança tem direito a uma educação de qualidade onde suas
necessidades individuais possam ser atendidas e aonde elas possam
desenvolver-se em um ambiente enriquecedor e estimulante do seu
desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Assim Lopez (2012) fala sobre o

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papel do educador como mediador e papel fundamental, pois ele que faz com que
se tenha o primeiro contato com a criança, seja ele positivo ou negativo, dessa
forma o educador se torna o grande responsável por fazer com aconteça a
inclusão, sabendo que é o seu dever de criar possibilidades para todos. É
primordial que o educador veja as dificuldades que existe e que consiga encontrar
o nível do desenvolvimento dos mesmos, para que assim possa saber como
trabalhar com as crianças autistas.
Neste sentido É de grande valia que o educador procure conhecer as
características e dificuldades, pois ele só será capaz de planejar a partir de suas
experiências e conveniências com as crianças, assim não haverá risco dessas
crianças serem prejudicadas e descriminadas.
O processo de aprendizagem de crianças com autismo pode ocorrer de
forma mais lenta, por isso é fundamental que o educador esteja qualificado para
atender esse aluno, construindo técnicas de comunicação que possam atingi-lo
de maneira significativa, no entanto, é necessário que o docente esteja pronto
para atender às solicitações das crianças autistas, flexibilizar o diálogo, estimular
a interação e ampliar a qualidade do convívio escolar para toda comunidade.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O autismo basicamente é mais conhecido como uma alteração que


provoca um afastamento da criança do mudo exterior, encontrando-se sempre
concentrado em si mesmo o que evidencia sérias perturbações das relações
afetivas com o meio social.
Deve-se levar em consideração, a realidade sobre as condições em que se
dá o processo ensino-aprendizagem dos alunos com TEA. Neste sentido
compreende que o tratamento é importante, a busca pelo desenvolvimento de
habilidades que uma pessoa normal pode ter, mas permanecera a dificuldade nas
áreas tipicamente atingidas como, por exemplo, comunicação e interação social,
sendo que os mesmos podem ser minimizados e não sarados.
O professor precisa ir além de ser um transmissor de conhecimento, na
escola a criança com autismo ou não deverá vivenciar experiências significativas
para o seu processo de aprendizagem. A escola cria significados, promove
reflexões, resgata valores e socializa neste sentindo é necessário que todo
trabalho educativo esteja voltado também para a construção moral dos cidadãos
objetivando o bem-estar do coletivo.
Ressalta-se que a inclusão não é a criança adapta que se adapta a escola,
mas sim a escola que se adapta com a necessidade da criança. Qualificar uma
escola a fim de que atenda os preceitos da inclusão necessariamente, implica em
medidas de reestruturação de práticas usuais e excludentes.
Conclui-se que uma educação inclusiva requer uma política educacional
comprometida com esse princípio e requerem profissionais capacitados, para
trazer sentido à realidade a vida dos alunos autistas. Deixo claro que os objetivos
propostos na pesquisa foram alcançados.

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REFERÊNCIAS
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Brasília: câmara, 2010.

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CHIOTE, Fernanda de Araújo Binatti. Inclusão da criança com autismo na


educação infantil: trabalhando a mediação pedagógica – 2 ed. RJ: ed. Wak,
2015.

CRUZ, Talita. Autismo e Inclusão: experiências no ensino regular. Jundiaí: Paco


editorial, 2014.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994). Conferência Mundial sobre


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GÓMEZ, A. M. S., TERÁN, N. E. Transtornos de aprendizagem e


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KANNER, L. (1997/1943) Os distúrbios autísticos do contato afetivo. In


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LIMA, P.A. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.

LOPEZ, Eliana Rodrigues Boralli. Autismo: Trabalho com a Criança e com a


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MAZZOTTA, M.J.S. Educação Especial no Brasil: histórias e politicas públicas.


São Paulo: Cortez, 1996.

WITMER, LIGHTNER. , Psicologia Clínica: Psicóloga (1919).

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