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A inclusão escolar de um aluno com autismo na Escola Pública João Pedro da Silva

Andreia Miranda Stein - FAEL 1


Orientador: Profº MsC. Gilmar Dias - FAEL 2

Resumo
O presente artigo pretende abordar a importância da inclusão escolar de pessoas com
necessidades especificas, sendo que esse processo continua sendo um desafio para as
instituições escolares. A pesquisa aborda o cotidiano escolar de um aluno com autismo em
constante interação com os colegas e professores. Assim a pesquisa enfoca a importância
dessa inclusão na infância, analisando os avanços e retrocessos nesse processo. Ressalta a
prática pedagógica, o acompanhamento médico e o comprometimento e participação da
família na vida escolar do aluno.

Palavras-chave: Autismo. Inclusão. Escola.

1 Introdução

A educação é um processo constante que ocorre durante a vivencia do homem, uma


vez que cada indivíduo desenvolve sua aprendizagem e habilidades no seu próprio tempo e a
sua própria maneira
Essa pesquisa busca entender como está sendo a integração do aluno com autismo
dentro da escola pública João Pedro.
A pesquisa tipo estudo de caso que possibilitou acompanhar a rotina diária dos
docentes e alunos em sala de aula, possibilitar analisar as semelhanças e diferenças da teoria e
da prática.
Neste sentido, a investigação proposta neste estudo consiste em identificar e detectar
se as ações das práticas educativas, condizem com as exigências contidas na legislação que
regulam a questão.
Essa pesquisa se ateve sobre como a integração entre Estado, Família e Escola podem
contribuir para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos com necessidades especificas,
sendo que os benefícios dessa cooperação não se limitam ao período escolar mas por toda a
vida do educando.

1
Aluna do curso de pós-graduação em educação inclusiva, especial e políticas de inclusão – estudante, bacharel
em ciências sociais na Universidade Federal do Acre. E-mail: andreiamirstein@hotmail.com.
2
Matemático, tecnólogo em processos gerenciais, pedagogo pela UFPR, mestre em educação, especialista em
educação a distância, especialista em adm. financeira e informatização e professor do curso de pedagogia e da
pós-Graduação da FAEL. E-mail: gilmar.dias@fael.edu.br
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O objetivo dessa pesquisa é desenvolver um novo olhar sobre a temática,


demonstrando que se existir o comprometimento de todos os envolvidos nesse processo, os
alunos com necessidades especificas serão beneficiados e também toda a sociedade.
Essa pesquisa se mostrou relevante pelo fato de considerar fundamental o direito de
toda pessoa a uma educação de qualidade, assim como também de conviver com o outro,
tendo condições igualitárias de acesso ao conhecimento.

2 As dificuldades de aprendizagem e a alfabetização do aluno com autismo

O aluno com Transtorno do Espectro do Autismo está matriculado no primeiro ano A


da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Pedro, embora esteja frequentando as aulas
desde março de 2017, ainda não sabe realizar a leitura das sílabas, no entanto reconhece os
números de 0 a 10, as cores, e as formas geométricas básicas (círculo, retângulo, quadrado,
triângulo).
Contraditoriamente a isso, o aluno observado apresenta frequente resistência aos
comandos e a escrita, preferindo sempre o uso de jogos, o desenvolvimento de brincadeiras,
pintura, e a folheação de livros.
No entanto o sucesso da alfabetização requer a superação das dificuldades
apresentadas e a persistência no objetivo de ensinar, se tornando enquanto educador, um
mediador entre o aluno e o conhecimento.
Até poucas palavras escritas, ou a leitura do alfabeto pelo aluno com TEA, significa
um grande avanço para o professor, que vê nessas ações mais uma etapa vencida no processo
de aprendizagem do indivíduo. Segundo Brande e Zanfelice (2012, p. 44) “receber alunos
com deficiência, mais especificamente, com transtornos globais do desenvolvimento, é um
desafio que as escolas enfrentam diariamente, pois pressupõe utilizar de adequações
ambientais, curriculares e metodológicas.”
Hoje, além do trabalho árduo do professor dentro de sala de aula para propiciar aos
alunos condições e orientação de aprendizagem, o educador ainda acaba por assumir a função
de cooperar/orientar os alunos a desenvolverem as regras de convivência social. Nesse sentido
propiciar dentro desse contexto um ambiente favorável de aprendizagem e interação social
tanto para o aluno com autismo quanto para os demais alunos, Brande e Zanfelice (2012, p.
46) destaca que “o autismo nos impõe um modo singular de invenção, expressão,
temporalidade. Escuta.”
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As pesquisas demonstram que o autismo é um comprometimento permanente, e a


maioria das pessoas afetadas com esse transtorno, permanece incapaz de atuarem na vida
sozinhos ou de forma independente, estando requerentes do apoio familiar, do Estado e das
instituições de apoio, principalmente as de ensino.
A Lei 13.146/15 afirma que o reconhecimento da habilitação e reabilitação como um
direito da pessoa com deficiência, com vistas a sua autonomia e participação social em
igualdade de condições com as demais pessoas.
Já a Lei nº 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos
da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, foi publicada no Diário Oficial em
dezembro de 2012. Dentre os pontos previstos na Lei, está a participação da
comunidade na formulação das políticas públicas voltadas para os autistas, além da
implantação, acompanhamento e avaliação da mesma.
Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista
aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II:
I - Deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da
interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não
verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em
desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; II -
padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades,
manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por
comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de
comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos. § 2o A pessoa com
transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os
efeitos legais. Art. 3: São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: IV -
o acesso: a) À educação e ao ensino profissionalizante; Parágrafo único. Em casos
de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída
nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito
a acompanhante especializado.
Nesse contexto as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
(2001) orientam a política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais na
rede regular de ensino, enfatizando que não consistem apenas na permanência física dos
mesmos na escola, mas em desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas
diferenças e atendendo suas necessidades.
A mudança de atitude e de pensamento em relação as pessoas nessas condições se faz
necessária, já que as mesmas tem são plenas de direitos e deveres perante a sociedade, no
entanto as mesmas precisam de um amparo legal e social.
Dessa forma, a escola tem o papel fundamental na inclusão educacional e social do
indivíduo com autismo, embora se reconheça que esse processo é complexo e demorado. No
entanto proporcionar ao aluno com TEA conviver, interagir são passos importantes para o
desenvolvimento do mesmo, que diante dos estímulos e dos métodos alternativos de ensino
consegue ao longo tempo assimilar de acordo com a sua capacidade e ao seu tempo os
conteúdos aplicados pela instituição.
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3 Superar as dificuldades é responsabilidade de todos (Família, Estado e Sociedade)

Na escola são desenvolvidas atividades/ações/estratégias que visam promover o


desenvolvimento e o aprendizado dos alunos na sua totalidade e nas suas singularidades, ao
verificar casos específicos os métodos são diferenciados, no entanto o foco que é a
aprendizagem é mantida.
A instituição busca através do professor proporcionar ao aluno com autismo condições
necessárias e suficientes para que o mesmo consiga assimilar o conteúdo de acordo com o
currículo escolar, adotando estrutura humana e física que tem o objetivo de facilitar essa
aprendizagem. No primeiro ano é trabalhado com o aluno com TEA alfabeto, sequência
numérica diferenciada, textos informativos, leitura por imagens levando o mesmo a
interpretação das imagens e posteriormente a escrita.
Nesse sentido a instituição busca diminuir com métodos alternativos a ansiedade do
aluno, em com muita dificuldade consegue manter mesmo por pouco tempo contato visual
com o professor e colegas, no entanto tem apresentado receptivo ao processo de interação e
convívio social. Segundo Santos (p. 30) “a escola tem um papel reconhecido no nível da
educação, na elaboração de estratégias para que estes alunos consigam desenvolver
capacidades para se integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”.
Por outro lado constata que o mesmo está sem acompanhamento médico desde março
do ano de 2017, e consequentemente sem medicação necessária para amenização dos efeitos
do transtorno, o que dificulta o seu processo de aprendizagem. Assim o poder público já foi
acionado para apresentar uma possível solução do problema, para que o acesso ao profissional
de saúde especializado seja normalizado.
Em relação a família do aluno a realidade é precária, onde o pai do mesmo se encontra
em uma unidade de detenção estadual, o irmão mais velho deixou de frequentar a escola e
mãe sem apoio financeiro e psicológico apenas acompanhar o filho de forma paliativa, sem
tomar para si uma acompanhamento ativo da vida escolar do mesmo. Segundo Santos (p. 30)
“a família tem também um papel importante, pois é a responsável por dar atenção, os
cuidados, amor e irá zelar pela criança durante 24 horas, por toda vida.”
De acordo com Brande e Zanfelice (2012, p. 48) a família deve estar presente em
todos os momentos do processo educativo do aluno com deficiência.
Dessa maneira se torna evidente e necessário a cooperação entre estado, família e
escola, caso esse trabalho não seja desenvolvido coletivamente, o processo acaba sendo
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realizado de forma incompleta, descontinuo, onde a instituição escolar procura de acordo com
as suas condições suprir a falhas dos demais envolvidos.
4 Metodologias utilizada na pesquisa

O presente artigo se utilizou de pesquisa do tipo Estudo de Caso, abordando também


um referencial teórico da questão. Os dados foram coletados a parti da pesquisa de campo em
instituição escolar pública do município de Epitaciolândia. Esta atende a aluno até o quinto
ano do ensino fundamental.
Segundo Fialho e Neubauer Filho (2008, p. 4520-4521), a metodologia do Estudo de
Caso “[...] por si só, caracteriza-se por ser um tipo de pesquisa que apresenta como objeto
uma unidade que se possa analisar de forma mais aprofundada.”
Realizou –se dessa forma uma entrevista com a professora regente da sala que atende a
20 alunos, sendo dentre eles um com autismo e o outro com surdez. O objetivo dessa
entrevista foi conhecer a visão da professora em relação ao processo de inclusão das pessoas
com necessidades educacionais especiais, principalmente o aluno autista. Assim o
instrumento utilizado foi um questionário, no qual eram lhe apresentado cinco questões em
relação a temática.
O questionário como um importante instrumento de coleta de dados que, segundo
Vieira (2011, p. 65) “Os questionários constituem em instrumentos de coleta de dados,
especificadamente elaborados com o objetivo de obter respostas para questões que são
importantes para o desenvolvimento das pesquisas.”
O período de observação ocorreu a partir do dia 15 de setembro até o dia 15 de
outubro do ano de 2017 tendo como objetivo conhecer na realidade o cotidiano escolar do
aluno com Transtorno do Espectro do Autismo.

5 Análise dos dados coletados

A pesquisa foi realizada em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental


(E.M.E.F.), em Epitaciolândia, interior do estado do Acre.
Esta escola oferece o ensino fundamental até o quinto ano, atende aproximadamente
300 alunos, distribuídos em 6 classes no período matutino e vespertino. A instituição conta
com uma gestora, coordenadora de ensino, coordenadora administrativa, professores
(titulares, mediadores e interpretes), porteiro, pessoal de apoio.
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O primeiro contato com essa turma deu-se no do 2º Bimestre, a partir do desejo de


conhecer/compreender o tão falado processo de inclusão educacional do indivíduo com
necessidade especifica. Com esse enfoque surgiu a necessidade em se vivenciar o cotidiano
escolar, as dificuldades, e os avanços obtidos em relação a questão.
Nesse aspecto conhecer a prática para assim constatar se a realmente a inclusão e não
meramente na teoria. Já que não se deseja rotular ou diminuir o trabalho pedagógico
desenvolvido, mas apresentar um visão externa ao contexto rotineiro escolar, discutindo
estratégias e ações que o intuito de contribuir para o aprendizado dos alunos autistas.
Para a referida pesquisa, foram utilizado três tipos de instrumentos de coleta de dados:
o questionário, a entrevista, e a observação da sala de aula. A entrevista realizou-se com a
professora usando somente o diálogo, por meio de uma conversa informal. O questionário foi
elaborado na perspectiva de investigar o comportamento, característica e o desenvolvimento
da aprendizagem do aluno autista. No mesmo sentido, fez-se uma observação da rotina
escolar, observando a professora e os alunos, durante um mês, durante quatro horas diárias, no
turno matutino.
A classe analisada pertence ao primeiro ano do ensino fundamental. A turma tem vinte
alunos, com idades entre seis e oito anos. Essa classe é muito heterogênea no conhecimento e
no comportamento: enquanto há alunos que sabem muito, há alunos com muitas dificuldades
que precisam constantemente de uma atenção especial; enquanto há alunos quietos, há outros
barulhentos demais, os quais há suspeita de possíveis transtornos, porém os mesmos não
possuem laudos, no entanto a instituição já notificou os pais que até o final da pesquisa não
haviam apresentado nenhuma solução.
A primeira observação da classe foi realizada num dia de aula regular: os alunos
aguardam o início das aulas no pátio da escola e outro dentro de sala. Ao soar a campainha,
eles entram para sala. Após entrarem se organizam, e em seguida se levantam e fazem uma
oração de agradecimento.
Após a oração a professora explora os cartazes com o alfabeto, números, meses do
ano, dias da semana, regras de convivência, e um texto que pode ser um canto, uma parlenda,
um verso, ou uma história pequena.
Logo depois todos já estão acomodados em suas carteiras, e com seus materiais sobre
a mesa, a docente começa a escrever o cabeçalho com o dia, mês e ano, seguido pelo dia da
semana, nome da escola, nome das professoras (professora titular, mediadora, interprete).
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Em sequência vem o alfabeto completo e uma atividade com os números. Depois de


uma hora a educadora passa um texto, onde inicialmente realiza a leitura e orienta os alunos a
escreverem o mesmo antes do recreio.
Após o recreio, a professora toma a leitura individualmente de cada aluno, e depois
pede que cada um faça uma atividade que aborda a pintura de um desenho. Em seguida a
mesma pede para que cada um recorte e cole no seu caderno a atividade.
Nesse contexto a professora segue com o planejamento da rotina de aula entregando
para os alunos uma atividade de escrita onde os mesmos tem que identificar e preencher o
quadrado com as sílabas da palavra. Nos últimos quinze minutos de aula a professora realiza
um ditado salientando que o mesmo vale ponto e que ao final do bimestre servirá para
somatória das notas bimestrais. De acordo Ferreiro (2001, p. 43) destaca que: “[...] as
estratégias para trabalhar com alunos na aprendizagem da leitura e da escrita tem de ser
significativas e próximas. É preciso retomar com eles a leitura do seu mundo, para levá-los à
leitura da palavra.”
Na nova LDB (BRASIL, 1996), no artigo 32º, inciso III, salienta que a aprendizagem
deve ser garantida a todos os alunos: “[...] o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores.” Portanto é preciso considerar todas as dificuldades, tonando o processo de
aprendizagem efetivo e significativo.
Diante da observação e das conversas informais demostram que há dificuldades na
sala, no que se refere a falta de atenção de alguns alunos, a inquietude de outros, e em certos
momentos a docente chega a atribuir para si os resultados negativos da turma. Na entrevista e
no questionário a mesma reafirma o cansaço, e a frustação em ter estudado cinco anos e
confrontar com tantas dificuldades em relação ao comportamento dos alunos, a remuneração,
a falta de comprometimento/acompanhamento dos pais, a centralização da gestão escolar, etc.,
chegando em certo momento a afirmar o desejo de mudar de profissão.

6 Propostas de estratégias de intervenção com alunos com autismo

A aprendizagem, principalmente relacionada à alfabetização é um processo complexo,


que requer planejamento das atividades e estratégias diferenciadas que proporcionem aos
alunos condições de compreensão e assimilação do conteúdo aplicado.
É evidente que há muitas dificuldades em relação ao aluno com autismo,
principalmente pela sua dificuldades em manter contato visual, em responder aos comandos
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do educador, aos atos repetitivos e a dificuldade em interagir com outro, reconhecer esses
entraves se faz necessário para a compreensão do comportamento e pensamento do indivíduo
com autismo.
Nesse aspecto a proposta interventiva pretende adotar recursos visuais coloridos que
abordem a escrita, a leitura englobando os conteúdos desenvolvidos em sala de aula. Além
disso, demonstrar que o próprio ambiente apresenta instrumentos, objetos que permitem ao
educador provocar o aluno em relação ao conhecimento e compreensão crítica do
apresentado.
Ao adentrar o espaço escolar, mais especificamente a sala de aula vemos mesa,
paredes, quadros, cartazes, pessoas, canetas, cadernos, entre outros, esses são elementos que
permitem uma associação aos conhecimentos apresentados pelo educador. De acordo com
Brande e Zanfelice (2012, p. 52) a experiência com o aprender passa também pelos sentidos.
Ao usar o próprio corpo o docente pode apresentar noções de matemática, sendo que é
preciso considerar que no primeiro ano o aluno seja alfabetizado, no entanto ao apresentar
técnicas alternativas que estejam relacionadas ao cotidiano do mesmo, o educador pode ir
além da alfabetização, mostrando novos horizontes ao alunado.
Desse modo o Proposta de Intervenção visa contribuir para que o processo de ensino e
aprendizagem, demonstrando que o ato de ensinar vai além de seguir os currículos escolares,
sendo uma prática social. Segundo Brande e Zanfelice (2012, p. 54) nos colocando à
disposição da criatividade e da imaginação, conseguimos promover o desenvolvimento do
aluno com qualidade e alegria.

7 Considerações finais

A aprendizagem não é mera formalização, mas um processo contínuo ao longo da


vida, não sendo restrito ao ambiente escolar. No entanto no ambiente escolar o ensino deve
ser pautado pela qualidade da educação, e pelo acesso de todos.
A escola por sua vez deve proporcionar com o aparato das instituições competentes
proporcionar condições de acesso e permanecia a qualquer pessoa ao ambiente escolar. Para
esse processo ocorrer, é necessário a cooperação e comprometimento do Estado, família e a
sociedade como um todo.
Nesse aspecto o poder público, os órgãos competentes devem buscar e acompanhar as
atividades escolares, participando dos conselhos, reuniões eventos promovidos pela
instituição, caso contrário a mesma não conseguirá alcançar êxito na sua missão.
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É claro que a vivencia em sala de aula apresenta desafios que em muitos momentos
desestabiliza o educador, no entanto o ato de educar deve ser pautado pela pesquisa,
perseverança e compromisso com a educação tendo como foco promover acesso ao
conhecimento. Considerando o cenário de desvalorização remunerativa e valorativa em que se
encontra a função de professor.
Com essa pesquisa nota se que embora haja uma legislação para a questão, a prática
escolar se revela um desafio para o educador diariamente. Acreditando que através da
educação podemos dar a possibilidade a muitas pessoas de conviverem e compreenderem o
mundo em que vive, significa dizer que os mesmos serão pessoas críticas e ativas na
sociedade para a construção de um mundo mais justo e melhor.

Referências

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Acessado em: 13 ago. 2013.

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com autismo: diferentes tempos de escuta, intervenção e aprendizagens. Rev. Educ.
Espec., Santa Maria, v. 25, n. 42, p. 43-56, jan./abr. 2012 Disponível em:
http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica/ Ministério da Educação.


Secretaria da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação
Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

______. Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares


nacionais. 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf >.
Acessado em: 13 ago. 2017.

FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

FIALHO, José Tarciso; NEUBAUER FILHO, Airton. O Estudo de caso dirigido como
metodologia de pesquisa para a educação à distância (EAD). Artigo, PUC Paraná,
Curitiba, 2008. Disponível em:
<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/644_503.pdf>. Acessado em:
13 ago. 2013.

BRASIL. LEI Nº 12.764, de 27 de dezembro 2012. Institui a Política Nacional de Proteção


dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do autista; e altera o §3º- art. 98 da Lei
nº8.112, de 11 de dezembro de 1990.
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BRASIL. LEI Nº 13.146, de06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm> Acessado em: 15 out. 2017.

SANTOS, Ana Maria Tarcitano. Autismo: desafio na alfabetização e no convívio escolar.


CRDA. São Paulo, 2008.

VIEIRA. José Guilherme Silva. Metodologia de pesquisa científica na prática. Curitiba:


FAEL, 2011.

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