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FACULDADE ADELINA MOURA

TAPAJÓS EDUCACIONAL
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

AUTISMO E INCLUSÃO ESCOLAR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

PARAUAPEBAS – PA
2023
JOSIVALDO ALVES CHAVES
KELLIANE GUIMARÃES GAMA

AUTISMO E INCLUSÃO ESCOLAR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Artigo Científico apresentado à Faculdade


Adelina Moura – Polo Tapajós Educacional,
como requisito avaliativo para obtenção do título
de Especialista em Educação Especial e
Inclusiva.

PARAUAPEBAS – PA
2023
AUTISMO E INCLUSÃO ESCOLAR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

JOSIVALDO ALVES CHAVES


KELLIANE GUIMARÃES GAMA

PARECER

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EXAMINADOR/A

CONCEITO

DATA
AUTISMO E INCLUSÃO ESCOLAR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Josivaldo Alves Chaves


Kelliane Guimarães Gama

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo ressaltar a importância da educação especial na


perspectiva da educação inclusiva do aluno com Transtorno do Espectro Autista no contexto
educacional. Nessa perspectiva deve-se refletir sobre as práticas e metodologias utilizadas para
essa modalidade de ensino no intuito de aprimorar e garantir a aprendizagem do aluno. O artigo
foi realizado através de revisão bibliográfica, buscando aprofundar um olhar reflexivo sobre a
educação especial na perspectiva da educação inclusiva.

PALVRAS-CHAVE: Educação Especial. Escolas Públicas. Educação Inclusiva.


INTRODUÇÃO

A educação inclusiva cada vez mais vem sendo tema de estudos e pesquisas cientificas
no âmbito educacional. Desse modo deve-se associar a ideia de uma educação para todos e
respeito a peculiaridade de cada indivíduo, com o intuito de possibilitar a integração e a
interação dos educandos. Nesse sentido a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei
nº 9.394/96, no artigo 58, destaca que, entende-se por educação especial, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais.
Podemos considerar como desafio atual proporcionar uma educação de qualidade para
todos sem distinções, isso devido vários fatores, tais como qualificação dos educadores,
adaptações de pequena e grande porte nas escolas, acompanhamento especializado, entre
outros. Nesse sentido, Borges (2005, p. 3, apud Bortolozzo, 2007, p. 15) afirma que “um aluno
tem necessidades educacionais especiais quando apresenta dificuldades maiores que o restante
dos alunos da sua idade para aprender o que está sendo previsto no currículo, precisando, assim,
de caminhos alternativos para alcançar este aprendizado”.
Miranda e Filho (2012, p. 12) complementam que, “nesse processo, o educador precisa
saber potencializar a autonomia, a criatividade e a comunicação dos estudantes, e, por sua vez,
tornar-se produtor de seu próprio saber”.
Sendo assim, o aluno com autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresenta
características variadas que comprometem, desde as suas relações com outras pessoas até a sua
linguagem, necessitando, assim, de apoio no seu processo de ensino-aprendizagem. De tal
modo, a oferta de escolarização para todos, na perspectiva de inserir os alunos com
Necessidades Educacionais Especiais na escola regular, “aos poucos vem ocorrendo em nosso
cenário educacional” (Carneiro, 2012, p. 13).

O AUTISMO

A etimologia da palavra autismo vem da palavra de origem grega "autos" cujo


significado é "próprio ou de si mesmo", sendo caracterizado como um distúrbio neurológico
que surge ainda na infância, causando atrasos no desenvolvimento da criança.
Mesmo com os avanços da medicina, o autismo não tem causa definida. É um transtorno
que provoca atraso no desenvolvimento infantil, comprometendo principalmente sua
socialização, comunicação e imaginação. Manifesta-se até os três anos de idade e ocorre quatro
vezes mais em meninos do que em meninas. Algumas características são bem peculiares, como
a tendência ao isolamento, a ausência de movimento antecipatório, as dificuldades na
comunicação, as alterações na linguagem, com ecolalia e inversão pronominal, os problemas
comportamentais com atividades e movimentos repetitivos, resistência a mudanças e a
limitação de atividade espontânea. Potencial cognitivo, embora não demonstre. Capacidade de
memorizar grande quantidade de material sem sentido ou efeito prático. Dificuldade motora
global e problemas com a alimentação (Kanner, apud Menezes, 2012, p. 37).
O TEA pode vir acompanhado de outros distúrbios, como depressão, epilepsia e
hiperatividade. Apresenta-se em graus variados, desde os mais leves, onde o indivíduo fala e é
capaz de acompanhar o estudo normal, desenvolver-se em uma profissão, criar vínculos com
outras pessoas. Já os casos mais severos em que a pessoa não fala, não olha, não mostra interesse
algum no outro.
Para começar o tratamento do TEA é necessário um aprendizado psicoeducacional, ou
seja, deve-se de forma acolhedora e humanizada informar a família, educadores, a criança e os
outros profissionais envolvidos no tratamento a respeito do diagnóstico. A busca por
informações através de livros, websites, cartilhas e artigos é fundamental para o entendimento
e compreensão do caso, quanto mais conhecimento a família tiver sobre o TEA, mais adesão
ao tratamento o paciente vai ter.
Atualmente, tem-se buscado cada vez mais de conhecer sobre o autismo, a fim de
ampliar mais as possibilidades e maneiras de intervenção. Logo, os diagnósticos de TEA são
mais frequentes, certamente porque passou a ser uma condição mais exigida. No Brasil, essa
preocupação é recente, e, em 27 de dezembro de 2012, foi promulgada a Lei nº 12.764, que
instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, dentre vários tópicos
relevantes. Um deles diz respeito ao fato de se considerar a pessoa com TEA como pessoa com
deficiência para todos os efeitos legais - Art. 1º, § 2º (Brasil, 2012). Assim, todo o direito
reservado à pessoa com deficiência, passa, a partir dessa lei, a contemplar também a pessoa
com autismo.
Os critérios de diagnósticos em pessoas com TEA carecem especificar níveis de
transtorno para classificar o autismo, eles incluem observações nas deficiências da
comunicação e interação social, a presença de padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades. A isto, deve-se considerar uma avaliação
completa por um profissional qualificado que irá determinar o nível específico de cada
indivíduo.
A INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO AUTISTA

Socialmente, a inclusão representa um ato de igualidade entre os diferentes


indivíduos que habitam determinada sociedade. Assim, esta ação permite que todos tenham o
direito de integrar e participar das várias dimensões de seu ambiente, sem sofrer qualquer tipo
de discriminação e preconceito.
Quando a Escola recebe um estudante que apresenta dificuldades de relacionamento, de
seguir regras sociais e dificuldade para se adaptar ao novo ambiente, idealiza-se um estereótipo
sem educação que não tem respeito às normas e aos limites estabelecidos. Certamente, por falta
de conhecimento, alguns profissionais do ambiente escolar não conseguem reconhecer e/ou
identificar as características de um autista. Os profissionais da educação não são preparados
para lidar com crianças autistas e a escassez de bibliografias apropriadas dificulta o acesso à
informação na área. (Santos, 2008, p. 9).

Na escola é buscado amparo, cuidados e recursos para o desenvolvimento social e


cultural para os autistas, além dos exercícios e práticas cognitivas, dependendo do nível de
autismo diagnosticado. Santos (2008) afirma que a escola tem papel importante na investigação
diagnóstica, uma vez que é o primeiro lugar de interação social da criança separada de seus
familiares. É onde a criança vai ter maior dificuldade em se adaptar às regras sociais, - o que é
muito difícil para um autista.
Já sabemos que um ser (aluno) com TEA, aprende. Pois, aprender é uma característica
do ser humano. O ensino e aprendizagem são dois movimentos que se ligam na construção do
conhecimento. É uma construção dialógica e não interpretativa; expressão imanente da nossa
humanidade, que abarca também o aprendente com autismo (Cunha, 2016, p. 15).
As dificuldades encontradas por um indivíduo autista ao ingressar na Escola regular
passam a ser compartilhadas pelos professores e pela Escola como um todo. Diante disto, é
visto uma necessidade de adaptar o currículo, a fim de melhorar o processo de adaptação para
abrir caminhos para a inclusão. De acordo com Valle e Maia (2010, p. 23), a adaptação
curricular se define como “o conjunto de modificações que se realizam nos objetivos,
conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e metodologia para atender as
diferenças individuais dos alunos”, flexibilizando e viabilizando o acesso às diretrizes
estabelecidas pelo currículo regular sem intencionar desenvolver nova proposta para ele. Isso é
facilmente realizado quando há disponibilidade do profissional da sala de recurso na escola,
que contribui para que sejam planificadas as ações pedagógicas e o conteúdo que o aluno deve
aprender (Valle; Maia, 2010). A partir da flexibilização do currículo é possível criar vínculos
entre pais e educadores, e, com isto ocorrer no ambiente da Escola uma coesão de vontades
entre estes, estabelecendo as habilidades para educar o aluno com autismo.

Pensar numa proposta curricular vai além dos conteúdos. Ou são os conteúdos
mais importantes que o processo educativo? Ao educador faz-se necessário observar a
real necessidade do aprendente autista e como esse currículo vai ajudá-lo no seu
desenvolvimento cognitivo (CHAVES; ABREU, 2014, p. 6 apud BATISTI e HECK,
2015).
Ao receber uma criança autista na Escola, os professores devem lembrar que além de
conteúdos escolares, essa criança carece adquirir independência, ou seja, desenvolver
atividades do cotidiano sem que adultos façam por si só, é comum os pais ou outra pessoa da
família realizando tarefas por ela, quando que ela mesma deveria fazer sozinha. Entendendo
que se faz necessário saber o que a criança precisa aprender, é indispensável uma constante
análise do currículo, avaliando a proposta no decorrer do processo ensino e aprendizagem,
paralelo a isto, a Escola pode avaliar o aluno autista para verificar avanços e/ou oportunidades
de melhoria.
Quando consideramos uma pessoa autista levamos em conta vários detalhes nesse ser,
um deles é a tendência em perceber apenas uma parte do todo, daí a dificuldade em relacionar
as partes e o todo, e, integrar uma informação ao todo. Logo, é preciso reforçadores consistentes
entre os estímulos, respostas e consequências, a fim de estabelecer conexões para adquirir
comportamentos novos. Estímulos verbais e elogios soam como reforçadores sociais que
potencializarão a aquisição e manutenção de habilidades.
De acordo com Gauderer (1987), as crianças com autismo, em geral, apresentam
dificuldade em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas quando participam de um
programa intenso de aulas parecem ocorrer mudanças positivas nas habilidades de linguagem,
motoras, interação social e a aprendizagem.
Geralmente, no início do convívio de um autista no ambiente escolar, é demostrado um
grau de agressividade e desinteresse com o professor e colegas de sala, mas cabe ao professor
buscar estratégias para diminuir essa situação e direcionar os conteúdos referentes ao
desenvolvimento. O professor terá que perceber as dificuldades, as limitações e as
potencialidades, gostos e estímulos que mais o auxiliarão a atingir os objetivos com esses
alunos. As atividades lúdicas são de extrema importância para o desenvolvimento social,
cognitivo, a capacidade psicomotora e afetiva da criança autista, proporcionando o prazer de
aprender e se desenvolver, respeitando suas limitações, assim, “tenho a tendência em definir a
atividade lúdica como aquela que propicia a “plenitude da experiência”, (Luckesi, 2005, p. 27).

O PAPEL DO PROFESSOR

Ao professor cabe uma das missões mais importantes “educar”, transformar, estimular,
desenvolver seres diferentes, e prepará-los para o futuro, em vários aspectos. Com isso, se antes
o docente era mestre, detentor e transmissor do conhecimento, hoje a relação se modifica: o
papel do professor na atualidade é o de mediador do conhecimento, aquele que acompanha e
orienta seu estudante no próprio processo de aprendizagem.
Com a inclusão o papel do professor também sofre mudanças, por ser fundamental no
desenvolvimento escolar de uma criança com necessidades educacionais especiais associadas
ao autismo infantil. O professor hábil desenvolve métodos e estratégias que fazem esse aluno
processar as informações de maneira mais fácil, principalmente devido à singularidade de seus
pontos fortes, interesses e habilidades em potencial.
É preciso repensar a formação de professores especializados, a fim de que estes sejam
capazes de trabalhar em diferentes situações e possam assumir um papel-chave nos programas
de necessidades educativas especiais. Deve ser adaptada uma formação inicial não
categorizada, abarcando todos os tipos de deficiência, antes de se enveredar por uma formação
especializada numa ou em mais áreas relativas a deficiências específicas (Declaração de
Salamanca, 1994, p. 27).
Nessse mesmo sentido, segundo Fumegalli (2012, p. 40), a formação continuada deve
ser objetivo de aprimoramento de todo professor, porque o educador deve acompanhar o
processo de evolução global, colocando a educação passo a passo no contexto de modernidade,
tornando-a cada vez mais interessante para o aluno, a fim de que ele possa compreender que,
na escola, ele aperfeiçoa sua bagagem. É nesse processo que o professor pode ver e rever sua
prática pedagógica, as estratégias aplicadas na aprendizagem dos alunos, os erros e acertos
desse processo para melhor definir, retomar e modificar o seu fazer de acordo com as
necessidades dos alunos.
As adaptações de pequeno porte devem ocorrer junto ao planejamento do professor,
assim o conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu
desenvolvimento e potencial, de acordo com a sua idade e de acordo com o seu interesse; o
ensino é o principal objetivo a ser alcançado, e sua continuidade é muito importante, para que
elas se tornem independentes.
Atender e ensinar crianças com necessidades especiais, autistas, exige o
desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que acolham e respeitem as diferenças.
“A incapacidade de desenvolver um relacionamento interpessoal se mostra na falta de resposta
ao contato humano e no interesse pelas pessoas, associada a uma falha no desenvolvimento do
comportamento normal, de ligação ou contato. Na infância, estas deficiências se manifestam
por uma inadequação no modo de se aproximar, falta de contato visual e de resposta facial,
indiferença ou aversão a afeto e contato físico” (Gauderer, 2011, p. 14). Este comportamento,
muitas vezes, pode não ser compreendido pela comunidade escolar.
O professor deve tentar viabilizar a melhor forma de condições de seu trabalho, por isso
analisar cada caso de seus alunos para que assim sejam respeitadas suas diferenças, e
conseguindo assim de ambas as partes o melhor aproveitamento e rendimento escolar de seu
aluno especial.

(ESTUDO DE CASO)

O presente trabalho realizado teve como finalidade descrever o desenvolvimento e


aprendizagem do aluno DCF de 11 anos, matriculado na turma 6° ano 01 da Escola de Tempo
Integral João Prudêncio de Brito e do aluno VLCD de 13 anos, matriculado na turma 8° ano 02
da Escola de Tempo Integral João Evangelista da Silva, ambas as Escolas no município de
Parauapebas-PA. Ao aluno DCF foram propostas atividades lúdicas com conteúdos específicos
da disciplina de Geografia, sob orientação da professora Kelliane Guimarães Gama, enquanto
para o aluno VLCR foram propostas atividades lúdicas com conteúdos específicos da disciplina
de Matemática, sob orientação do Professor Josivaldo Alves Chaves.
Os objetivos das atividades desenvolvidas foram estimular a criatividade e a
curiosidade, garantindo assim os direitos fundamentais descritos na BNCC: conviver, brincar,
participar, explorar, expressar e conhecer-se. Favorecendo seu desenvolvimento em múltiplas
habilidades e funções no plano cognitivo, social, emocional e, também, motriz.
O aluno DCF foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresenta
grande dificuldade de comunicação, não se socializa com os colegas, foi recebido na turma com
nível de desempenho baixo e não verbaliza nenhuma palavra. O mesmo conhece as letras do
alfabeto e com auxilio consegue realizar atividades adaptadas. O aluno VLCR é diagnosticado
com Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresenta pouco ou quase nenhum interesse de
comunicação e socialização, quando é percebido em um momento de socialização verifica-se
um número limitado entre um e dois colegas, foi recebido na turma com nível de desempenho
baixo mesmo apresentando uma boa verbalização em nível de conversas com um colega ou
com o professor. O mesmo tem habilidade leitora e com auxilio consegue realizar mais de 50%
das atividades que é trabalhada na sala de aula.
Nesse sentido, é interessante que as aulas sejam planejadas e tragam coisas diferentes,
agradáveis, que “prendam” a atenção destes alunos, para que assim seja possível eliminar as
barreiras para a aprendizagem.
Para isso, é preciso investigar estímulos, assuntos que o aluno goste e também conhecer
o que ele já sabe. Ou seja, é importante se trabalhar interesses da turma, adequando o conteúdo
de acordo com as necessidades e potencialidades de cada um, favorecendo positivamente a
inclusão do aluno com autismo, já que esses procedimentos são primordiais para a participação
e desenvolvimento em sala de aula. Adaptar atividades lúdicas de acordo com a capacidade
cognitiva e motora, e, de acordo com a idade do aluno é muito importante para proporcionar o
a comunicação e desenvolvimento do aluno autista.

AULA COM O ALUNO DCF


No dia 31 de maio durante a aula de geografia foi desenvolvido com ele duas atividades
lúdicas diferentes, com o intuito de estimular a interação professor/aluno e a aprendizagem
sobre o conteúdo. A primeira atividade foi com um jogo da memória desenvolvido pela
professora da sala regular, sendo o conteúdo: Os Setores da Economia. Já a segunda atividade
se tratava de uma sequência numérica recortada em papel cartão com a imagem do Mapa
Mundi, identificando os continentes do planeta.
Foto 1: Primeira atividade Foto 2: Segunda atividade

Fonte: Elaborada pelos autores


Durante a aplicação da primeira atividade, de imediato foi observado o interesse por
parte do aluno, algo diferente, colorido, novo. Após uma explicação detalhada e com linguagem
simples o mesmo conseguiu desenvolver de forma rápida, divertida e com muita facilidade.

Foto 3: Aplicação da aula usando o lúdico -1ª atividade

Fonte: Elaborada pelos autores

Foto 4: Aplicação da aula usando o lúdico -1ª atividade

Fonte: Elaborada pelos autores

Após um intervalo de tempo foi aplicada a segunda atividade, novamente houve interesse e
curiosidade por parte do aluno, que mais uma vez conseguiu realizar com precisão e agilidade.
Foto 5: Aplicação da aula usando o lúdico -2ª atividade

Fonte: Elaborada pelos autores

AULA COM O ALUNO VLCR


No dia 15 de agosto durante a aula de Matemática foi desenvolvido com ele uma
atividade lúdica para proporcionar maior clareza e compreensão do tema abordado ( Geometria
linear e espacial ), conectando teoria e prática. A partir de uma maquete de uma bacia
hidrográfica, desenvolvida nas aulas de geografia, o professor aplicou uma atividade em que o
aluno deveria efetuar as medidas lineares da altura de alguns picos e vales e a medida dos lados
da maquete para em seguida efetuar os cálculos de medida da área.

Foto 6: Aplicação da aula usando o lúdico – atividade de Matemática

Fonte: Elaborada pelos autores

A utilização de recursos diferentes, lúdicos é sempre uma forma garantida de


aprendizagem, os alunos de modo geral se sentem motivados, desafiados e dispostos a realizar
o que lhe é proposto. Desse modo, com o contínuo acompanhamento profissional, da família e
escola, acredito que o aluno possa ao longo do ano obter melhorias significativas.
Nas atividades didáticas apresentadas anteriormente fica notória estratégias pedagógicas
capazem de promover a educação de estudantes inclusos, especificamente autistas. Em que os
professores coordenaram os conhecimentos sobre o aluno e sobre os conhecimentos do contexto
experienciados e o contexto vivido por ambos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Incluir uma criança ou adolescente com TEA é muito mais do que simplesmente a
presença em sala de aula, é preciso objetivar a aprendizagem com desenvolvimento de
habilidades e competências que garantem superação de dificuldades por eles mediante a
sociedade em que vivem. Dentre as ações que desenvolve uma pessoa autista, a educação é uma
das maiores ferramentas neste papel, uma vez que, todo estudante aprende conteúdos
acadêmicos e maneiras formais de socialização.
Desenvolver o processo de ensino e aprendizagem junto a crianças autistas não é tarefa
rotineira e fácil, porém a pré-disposição para a dedicação e amor do corpo docente, uma
estrutura escolar eficiente e preparo escolar dos envolvidos no processo educativo, elas podem
adquirir qualidade de vida e independência. Espera-se ainda que tenhamos escolas inclusivas
com salas de aulas inclusivas com estratégias para rotinas didáticas diferentes da tradicional,
criando situações adaptativas no tempo e no espaço.
Sendo assim, as escolas brasileiras cumprirão objetivos expostos em lei (Brasil, 1996),
abrindo portas e para promover o aumento dos números de matrículas de crianças e adolescentes
com TEA na rede regular de ensino.
A parceria entre pais, escolas e professores é outra ação de grande importância no
processo de ensino e aprendizagem da criança e adolescente com autismo, uma vez que, juntos
serão capazes de encontrar maneiras de atuação que venha favorecer uma educação significativa
e eficaz para superar dificuldades.
Que a Escola seja inclusiva e acolhedora, se construindo como um espaço para
a socialização e a produção de conhecimento sem distinção ou seleção.
REFERÊNCIAS

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