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EDUCAÇÃO ESPECIAL
SETE BARRAS
2021
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Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais. “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”.
RESUMO - A inclusão é um sistema ético da Política Nacional da Educação Especial, com vistas a gerar
a Educação Inclusiva. Diante disso, os educandos com TEA têm o direito de acesso à escola pública,
contudo, não se trata meramente de colocar estes alunos no contexto escolar, pois certamente o
desempenho educacional não será o mesmo. Por se tratar de um transtorno do neurodesenvol vimento,
os indivíduos com TEA apresentam níveis de diversos de funcionalidade, indo do leve ao mais grave,
requerendo, desta forma, um atendimento que lhes possibilite usufruir o direito de acesso à escola
regular, porém com metodologias e recursos adequados às suas demandas. Nesta perspectiva, este
trabalho teve como objetivo analisar a inclusão educacional do aluno com TEA no ensino regular. Para
tanto, utilizou-se uma metodologia bibliográfica, qualitativa e exploratória, com respaldo instrumental em
livros e artigos científicos. Deste modo, as informações contidas nesta pesquisa sugeriram que a inclusão
do aluno com TEA requer mais do que sua mera inserção no ensino regular, é necessário que haja uma
atenção especial às demandas individuais, pois ainda que este transtorno tenha uma classificação
topográfica, cada pessoa manifestará as características de forma diferente, de acordo com sua
personalidade, apoio familiar, estimulação cognitiva, etc. Esta atenção especial permitirá que cada aluno
seja percebido em sua singularidade, refine suas habilidades e explore seu campo de potencialidades .
INTRODUÇÃO
estimulação cognitiva, etc. Esta atenção permitirá que cada aluno seja percebido em
sua singularidade, refine suas habilidades e explore seu campo de potencialidades.
Cogitou-se, também, a hipótese de que, muitas vezes, os alunos com níveis de
funcionalidade mais graves terem menos privilégio do que os alunos com níveis mais
leves ou moderados, pois quanto maior o nível de comprometimento, mais se requererá
das habilidades de um professor atuante no AEE. Olhar por esta ótica deixa claro o
quanto à inclusão ainda é fragilizada e necessita evoluir para que seja de fato efetiva.
Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo principal analisar a inclusão
educacional do aluno com TEA no ensino regular. Ademais, três objetivos específicos
nortearam o desenvolvimento desta pesquisa, sendo eles: i) compreender o Transtorno
do Espectro Autista; ii) conceitualizar as necessidades educativas especiais; iii)
descrever o Atendimento Educacional Especializado – AEE para alunos com TEA.
Isto posto, a realização deste trabalho se justifica pela importância de falar sobre
os autistas no contexto da escolar regular, no sentido de entender as possibilidades de
atuação com estes educandos, possibilitando, por consequência, uma formação
adequada, vendo-a não como um transtorno, mas como uma pessoa que necessita de
uma atenção e recursos adequados às suas demandas cognitivas e educacionais.
Este trabalho mostra sua relevância ao levar este importante tema para o meio
acadêmico, para que os futuros profissionais conheçam esta realidade e busquem
aperfeiçoamento. Na esfera social, acredita-se que este trabalho poderá desmistificar
informações acerca da realidade dos autistas no âmbito escolar, de maneira que as
famílias, professores e demais agentes escolares consigam cuidar de suas crianças e
adolescentes com TEA, proporcionando-lhes melhores oportunidades de aprendizado.
No âmbito científico, esta pesquisa mostra sua importância ao aplicar o método
bibliográfico de forma sistemática, permitindo a complementação e atualização das
informações aqui apresentadas através de futuras pesquisas de revisão.
Frente a isso, a confecção deste trabalho ocorreu através de uma metodologia
bibliográfica, qualitativa e exploratória, com o auxílio de materiais literários, como: livros
e artigos científicos, acessados na Biblioteca Eletrônica Científica Scielo. Desta forma,
realizou-se uma revisão da literatura, seguindo critérios, como as palavras-chave “TEA”,
“Educação Especial” e “Inclusão”, selecionando publicações pertinentes ao tema.
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1 DESENVOLVIMENTO
A colocação dos autores sugere que não basta inserir os alunos em uma
estrutura do espaço escolar para fazer jus à inclusão, e não atentar para a
funcionalidade deste espaço, ou seja, a forma como tem suprido às demandas
educativas e especiais dos indivíduos, de modo que a formação educacional seja
efetiva, sem lacunas e seja capaz de prepará-los devidamente para as séries seguintes.
No caso dos alunos com TEA, assim como de qualquer outro transtorno ou
deficiência, é primordial a adoção estratégica de metodologias e instrumentos
pedagógicos apropriados, compatíveis com as especificidades não só do transtorno em
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si, mas do indivíduo autista. Desta maneira, é possível atender, de forma concomitante,
ao movimento da inclusão social e ao princípio da equidade (WUO; GIRARD, 2019).
A inclusão escolar do aluno com TEA presume que ele será mais do que apenas
colocado no contexto escolar, mas que terá acesso a uma estrutura e funcionalidade
receptiva, que contemple suas necessidades educacionais e, consequentemente,
favoreça sua socialização e formação (OLIVEIRA; PRIETO, 2020). O autor coloca que a
sala de aula deve prover os recursos e instrumentos necessários ao desenvolvimento
educacional do autista, refinando suas habilidades e potencialidades.
Nessa ótica, Santos (2008) conforme citado por Oliveira e Prieto (2020, p. 01)
traz uma reflexão pertinente acerca da inclusão escolar do aluno com TEA, observe:
A escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras
sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo confundido
com falta de educação e limite. E por falta de conhecimento, alguns
profissionais da educação não sabem reconhecer e identificar as características
de um autista, principalmente os de alto funcionamento, com grau baixo de
comprometimento. Os profissionais da educação não são preparados para lidar
com crianças autistas e a escassez de bibliografias apropriadas dificulta o
acesso à informação na área.
A reflexão do autor deposita uma luz sobre o tema, mostrando que o ambiente
escolar, muitas vezes, não dispõe de profissionais devidamente habilitados e
preparados para identificar possíveis sinais do autismo, levando à rotulação e pré-
julgamento. Este tipo de comportamento acaba por comprometer negativamente a
aderência do aluno no contexto escolar, refletindo, inclusive, em seu processo de
aprendizagem. Assim, através das palavras do autor pode-se entender que o primeiro
desafio do aluno autista é ser compreendido, de maneira que sua forma peculi ar de se
comportar e se comunicar acabam passando pelo crivo moral dos professores,
resultando em punições, repreensões, estigmatização e demais condutas inadvertidas.
Os professores de escola regular não têm a obrigatoriedade em serem
especialistas em TEA, no entanto é necessário que haja sensibilidade para reconhecer
quando um aluno necessita ser investigado por um profissional especialista, para que
possam, no mínimo, orientar os pais ou responsáveis a procurarem ajuda
especializada, favorecendo a inclusão, pois muito além de tentar patologizar os
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2 CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo analisar a inclusão educacional do aluno com
TEA no ensino regular. Assim, considerando que os educandos com TEA fazem parte
do público alvo da Educação Especial, estes devem estar inseridos no AEE, o qual
deve considerar as demandas de cada aluno, incluindo a comunicação, socialização,
comportamentos estereotipados, aprendizagem, etc., para que seja possível pensar em
recursos e estratégias que favoreçam o desabrochar das habilidades destes alunos.
Uma possibilidade enriquecedora para os educandos com TEA é a SRM, a qual
tem como proposta a disponibilização de recursos, incluindo ferramentas tecnológicas,
materiais lúdicos e didáticos, equipamentos e demais instrumentos que atendam as
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demandas destes alunos, para que enfrentem suas próprias dificuldades e superá-las
em seu próprio tempo, sem a exigência de estar competindo com crianças que não
apresentam este transtorno em um espaço inacessível. A SRM deve contar com a
atuação de professores treinados para trabalhar com o público alvo da Educação
Especial, articulando com o ensino regular, de modo que a inclusão seja respeitada.
Esta pesquisa permitiu confirmar a primeira hipótese, ou seja, a inclusão do
aluno com TEA requer mais do que sua mera inserção no ensino regular, é necessário
que haja uma atenção especial às demandas individuais, pois ainda que este transtorno
tenha uma classificação topográfica, cada pessoa manifestará as características de
forma diferente, de acordo com sua personalidade, apoio familiar, estimulação
cognitiva, etc. Esta atenção especial permitirá que cada aluno seja percebido em sua
singularidade, refine suas habilidades e explore seu campo de potencialidades.
Confirmou-se, também, a hipótese de que, muitas vezes, os alunos com níveis
de funcionalidade mais graves terem menos privilégio do que os alunos com níveis mais
leves ou moderados, pois quanto maior o nível de comprometimento, mais se requererá
das habilidades de um professor atuante no AEE. Olhar por esta ótica deixa claro o
quanto à inclusão ainda é fragilizada e necessita evoluir para que seja de fato efetiva
3 REFERÊNCIAS
Colégio Pedro II. Interlúdio, v. 3, n. 3. São Paulo, 2015. Disponível em: https://www.cp2
.g12.br/ojs/index.php/interludio/article/view/1386/1018.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.