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Brasília
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE BRASÍLIA
Brasília
2022
A INCLUSÃO DA CRIANÇA AUTISTA NO AMBIENTE ESCOLAR
RESUMO
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um desenvolvimento que pode causar
desafios sociais, de comunicação e comportamentais significativos. Neste sentido,
destaca-se a importância da educação inclusiva, o qual tem como objetivo promover
que todo o sistema educacional facilite ambientes de aprendizagem onde
professores e alunos aceitem e recebam bem o desafio e os benefícios da
diversidade. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo discorrer sobre os
diversos aspectos associados à inclusão de pessoas com TEA na Educação Infantil.
Para tanto, adota-se como metodologia o estudo descritivo e exploratório, fazendo
uso da pesquisa bibliográfica. Com base nos dados apresentados pode-se concluir
que considerando o grau de complexidade de um aluno autista, a instituição escolar
de ensino regular deve ser contemplada com procedimentos pedagógicos
adequados, visto que sem esta ação o processo de inclusão torna-se imperfeito e
inacabado.
INTRODUÇÃO
O transtorno do espectro do autismo (TEA), é uma síndrome
comportamental que leva ao comprometimento psiconeurológico e motor, gerando
falhas na cognição, linguagem e interação social do portador. Nestes termos o
transtorno do autismo ou o TEA é considerado uma síndrome com etiologia ainda
desconhecida, causada por diversos fatores genéticos, neurológicos e sociais da
criança que afetam o desenvolvimento do cérebro podendo ocorrer antes, durante
ou mesmo após o nascimento da criança.
CONCEITUANDO O AUTISMO
A EDUCAÇÃO INFANTIL
CONCEITO
A fase que compreende entre 0 a 06 anos é o período considerado mais
importante na formação da criança, é durante essa fase que a criança vai
construindo seus principais mecanismos interiores do qual se servirá. Primeiro e de
forma inconsciente e de progressiva consciência, para se relacionar com o mundo
exterior. (OLIVEIRA, 2009)
A educação infantil não possui um currículo formal, desde 1998, existe uma
documentação, denominada de Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil, em que constam os Parâmetros Curriculares Nacionais que servem de
embasamento para os demais segmentos da educação Básica.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz para nós possíveis formas
nas áreas de conhecimento que o aluno deve aprender na educação infantil, se trata
de um documento regimental com relação ao ensino e aprendizagem no que se
refere as etapas e modalidades da Educação Básica, garantindo os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com os preceitos do Plano
Nacional de Educação (PNE). Além disso, como orientação de competências gerais
para a educação básica a BNCC orienta que “a escola, como espaço de
aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de
não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades”. Sendo
assim é importante que a escola conduza o ensino de maneira que todos venham
aprender e desenvolver o ensino com qualidade, democracia e inclusão. A BNCC
também aborda diferentes maneiras de se trabalhar com a inclusão o que é de
extrema importância se tratando da educação.
Outro avanço frente a tal alcance se deu com a Lei N° 12.764/2012, que
institui a Política Nacional de Proteção aos Direitos das Pessoas com Transtorno do
Espectro do Autismo, que prevê o acesso e a permanência em um espaço escolar
inclusivo em seus diferentes níveis de ensino e atendimento aos profissionais aptos
a desenvolver o trabalho a partir de uma perspectiva inclusiva (BRASIL, 2012).
Sendo assim, tem-se que a referida lei estabelece que é um direito do aluno autista
frequentar e permanecer na escola regular.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo se propôs em discorrer sobre os diversos aspectos
associados à inclusão de pessoas com TEA no ensino regular infantil investigando
limites e possibilidades para essa inclusão. Os dados apresentados no referencial
teórico viabilizaram encontrar respostas para a questão norteadora deste trabalho e
concluir que um dos maiores desafios da atualidade é proporcionar uma educação
para todos, sem distinções, além de garantir um processo de ensino estruturado e
adaptado para atender às Necessidades Educacionais Especiais dos alunos, em
especial, dos autistas.
É importante o professor estabelecer um elo de comunicação com o aluno
com TEA e a gradativa conquista de sua confiança. Logo, a adoção de ações futuras
que visem o processo de inclusão escolar no contexto da educação regular é
indispensável, a fim de tornar os professores capacitados e atualizados, rompendo
com os obstáculos e barreiras da indiferença, proporcionando, assim, um trabalho
de inclusão bem-sucedido.
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, I. Formação continuada como instrumento de profissionalização
docente. In: VEIGA, I. P. A. (org.) Caminhos da profissionalização do magistério
– Campinas: Papirus, 1998.
ZEICHNER, K. M. Teacher education and the struggle for social justice. UK:
Routledge, 2009.